sexta-feira, 8 de abril de 2011

RADICAIS

Quem acompanha a vida nacional conhece por longos anos, através da imprensa, o ultra radical de direita, Jair Bolsonaro. Ele não está só, pois representa milhares de brasileiros, seus eleitores, que o mantém no Congresso Nacional. Bolsonaro, afirmam, diz o que pensa. Hoje, diante de suas afirmações está mais para preconceituoso do que para militar. Conseguiu o que procurava, ser notícia e manchete.
Já escrevi muitas vezes que no Brasil o preconceito e a discriminação existem de acordo com a posição sócio econômica do indivíduo. O preto, o homossexual e a prostituta, só para citar alguns, são discriminados quando pobres, pois quando abastados todas as portas se abrem para eles.
O Bolsonaro pelos seus destemperos verbais constrange até a direita, mas é um parlamentar com direito a voz respaldado por um mandato popular. Poucos entenderam que as palavras discriminatórias que usou foram dirigidas a pessoas supostamente de esquerda e o Bolsonaro não discrimina a esquerda, a odeia. Sendo da esquerda nada presta para esse extraordinário militar. Quem o conhece diz que ele não dirige porque o veículo automotor tem o volante na esquerda.
A repercussão sobre os comentários do deputado se deve ao fato da Preta Gil ser cantora e filha do Gilberto Gil porque se o deputado tivesse agredido um negrinho qualquer, se supõe, receberia uma menção honrosa. Esta é a triste realidade. O País está cheio disso e ninguém dá a mínima.
“Não suporto o Bolsonaro. Ele irrita os militares. Ele é um radical e eu não suporto radicais. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os radicais da direita. Pior ainda os da direita, porque me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir que disse que o pensamento da direita é um só: o medo. O medo de perder privilégios”. Jarbas Passarinho. (JC 1,2,3 de abril de 2011).

A respeito de CPI: “No ano passado tinha MP, TCE e Polícia Federal e, mesmo assim, a oposição queria CPI. Agora, no governo, porque tem MP e TCE não precisa? E a coerência onde fica? Coerência é uma palavra muito forte”. Jorge Pozzobom, DEPUTADO ESTADUAL/PSDB. (JC, 05.04.2011)
É Pozzobom, a coerência vale também para quem no ano passado não queria CPI e quer agora. Já que vocês têm dificuldade de expressão ou são mal intencionados, oposição e situação, a expressão certa é: Quem é situação e tem maioria nunca quer CPI. No passado o PSDB não era assim? A patifaria é comum e o simples jogo de palavras não engana todos.

Ídolos de Barro: O vice-presidente José Alencar, herói no combate ao câncer, afetuoso no trato com as pessoas, dizia “não temer a morte, mas a desonra”. E, mesmo assim, foi incapaz de sequer conhecer sua suposta filha com uma enfermeira. Recusou-se a fazer exame de paternidade e chamou publicamente a mãe de Rosemary de Morais de prostituta: “ Todo mundo que foi à zona um dia pode ser pai”. “São milhões de casos”. No caso de Alencar a atitude não combina com a biografia. Onde estava sua coragem? Encarou o câncer e 17 cirurgias, mas Rosemary não. Ela ganhou na Justiça o sobrenome Alencar. (ÉPOCA, edição de 04.04.2011). A Televisão divulga este perfil do José Alencar?
### Sugestão de Placa para a Avenida Tito Prates depois de urbanizada: Esta obra foi realizada depois de 152 anos da verdadeira emancipação política de São Gabriel. Ou 165 para os que modificam a história por decreto.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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