sexta-feira, 29 de abril de 2011

CÃES E GATOS

Estou abordando este assunto a pedido de um cidadão com o qual convivo nas esporádicas horas do cafezinho, após o almoço, no HSBC.
Há quem diga que um dos grandes negócios nos dias de hoje é a exploração do instituto de beleza para cães e gatos. A rentabilidade, dizem, é muito boa ultrapassando o ramo de sindicato, para quem explora, e o da decantada sucata. A bicharada está se enfeitando e conquistando as passarelas que até então eram reservadas aos humanos.
A que se deve o fenômeno? Porque certas pessoas estão substituindo o afeto humano pelo afeto principalmente de cães e gatos? Fuga? Depressão? Modernismo? Cada um que dê sua própria resposta.
Gosto de cachorros. Tenho dois que são os guardiões da residência, mas nenhum vai aos institutos de beleza e a sua maior mordomia é o porão da casa. Entrar no seu interior nem pensar; tomar banho, só de chuva; usar brincos, franjas, pintar unhas é uma ofensa para o Baco e o Baruc, pois nenhum é boiola.
Alguns exageram na dose, pois além de tratar os bichanos como filhos dormem na mesma cama e os acariciam como se fossem aqueles. Outros colocam nos animais nomes de pessoas o que confunde e constrange visitas.
Certa vez a cachorra de uma senhora escapuliu... Lá vai o marido procurá-la. Ao confrontar com uma parada de ônibus onde uma moça esperava o coletivo avistou a cadela que fazia festa por estar solta e lascou... Fulana (disse o nome da cadela) vai já para casa senão te pego e te arrebento a pau. Foi uma loucura, pois a moça que sem saber tinha o nome da cadela saiu em desabalada carreira rumo à casa dos pais com medo de apanhar sem nada ter feito àquele furioso cidadão. Imaginem a confusão entre os vizinhos. É o que dá colocar nome de gente em bicho.
A dedicação aos animais contrasta com a indiferença de certas pessoas ao seu semelhante. Condomínios em muitos casos precisam adequar seus estatutos para permitir a convivência dos condôminos com cães e gatos nas áreas comuns dos edifícios. E logo surgem os conflitos entre os proprietários dos pequenos e dos grandes animais. Síndicos enlouquecem... E tem lei para carregar os bichanos em ônibus. Já imaginaram um passageiro levar um arranhão de um gato? Imaginem a dificuldade que terá o infeliz de provar perante sua mulher de que foi um gato e não uma gata quem provocou a lesão. Outros culpam o pobre gato pelo arranhão da “gata”.
A preferência compulsiva dos humanos pelos animais aumenta a indiferença ao seu semelhante talvez pelo fato de que os ditos irracionais não reclamam por dinheiro e dificilmente se rebelam diante dos maus tratos. São surrados e logo após vêm beijar a mão do algoz. Estamos, sem sombra de dúvidas, vivendo em um mundo cada vez mais perverso. Até quando?
### Certos demagogos falam muito na educação de forma genérica, mas esquecem de esclarecer que ela deve começar no âmbito familiar com a formação moral da criança desde seus primeiros passos. E a superproteção patrocinada pelo Estatuto do Menor e do Adolescente provocou ou provoca a desagregação familiar.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 26 de abril de 2011

A VILÃ PREVIDÊNCIA SOCIAL

Poucos a reconhecem, muitos reclamam das contribuições, mas a maioria quer, com ou sem direito, gozar dos seus benefícios. Ela foi criada com a finalidade de proteger e oferecer segurança, por mínima que seja, aos trabalhadores contribuintes nos momentos cruciais de suas vidas.
A Previdência Social traz no seu bojo onze (11) benefícios que seguem:
01 – Aposentadoria por idade;
02 – Aposentadoria por invalidez;
03 – Aposentadoria por tempo de serviço;
04 – Aposentadoria especial;
05 – Auxílio-doença;
06 – Auxílio-doença por empresa convenente;
07 – Auxílio-acidente;
08 – Auxílio-reclusão;
09 – Pensão por morte;
10 – Salário-maternidade; e,
11 – Salário-família.
Nas edições que se seguirão dedicarei uma parte deste espaço, alternadamente com outros conteúdos, para esclarecimentos resumidos a respeito de cada tipo de benefício, pois entendo que as pessoas devem ter um conhecimento de seus direitos antes de requerê-los.
Por se tratar de matéria um pouco técnica a leitura será um pouco cansativa, mas entendo que será de grande utilidade a todos.

### - Certas pessoas, supostamente de oposição a atual administração, extravasam seu relaxamento e sua falta de respeito quando depositam lixo nos lugares onde a Prefeitura acaba de limpar. Não é com esse comportamento que derrotarão o atual prefeito, pelo contrário tais atitudes o fortificam porque revoltam a grande maioria dos que gostam de uma cidade limpa e contribuem para isso. O caminho não é esse, pois os que provocam a imundície não prejudicam o prefeito, mas sim a saúde de toda a população. Façam uma oposição responsável e verão que os resultados serão outros.
### Lembrete: A Prefeitura esqueceu definitivamente de recompor a pista de rolamento da Rua Antonio Mercado desde a residência número 1777 até a esquina da Rua Vergílio Silva. Deve fazer dois (2) anos ou mais. É deplorável, mas verdadeiro.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 19 de abril de 2011

BRENO CALDAS - (continuação)

[Resolução 63, do Banco Central, que permitia repasses às empresas de empréstimos externos captados em dólar.] eu nem sabia o que era “Meia Três”. O Babot Miranda, presidente do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, me explicou o que era e disse que havia grande verba para isso. Ponderei que era um risco, que a nossa economia não tinha garantia nenhuma de estabilidade: e se eles resolvessem de uma hora para outra desvalorizar o cruzeiro como é que eu ficaria devendo em dólar? Aí o Delfim me assegurou: “Não se preocupe, o cruzeiro acompanha o dólar. No fim dá tudo no mesmo”. Poucos meses depois que eu contraí os primeiros empréstimos em dólar, o Delfim anunciava, em fevereiro de 1979, uma maxidesvalorização do cruzeiro de 30%! Fui de novo até ele: E agora como é que eu fico?” Ele me tranqüilizou: “Não te preocupa”. “Isso tu absorves com o decorrer do tempo, foi apenas um impacto...” dois meses depois outra maxi de mais 30%! Foi uma loucura. A dimensão do prejuízo que eu tive foi inimaginável... E aí começou a bola de neve de prejuízos e dívidas se somando, se multiplicando... Quando começou a demorar o empréstimo da Caixa Federal eu tive que fazer outros negócios, pedir dinheiro em outros bancos, com juros altíssimos, correção monetária, etc. Eu até hoje acho que no início... e em vários momentos subseqüentes... hoje eu vejo isso claramente... faltou, digamos assim, um estímulo extra de minha parte para resolver certas dificuldades, conseguir algumas coisas que teriam sido decisivas para resolver nossos problemas. Mas nesse ponto eu confesso plenamente minha incompetência: eu não sei subornar! (o grifo é meu). A minha impressão... uma impressão pessoal minha é que alguém poderia estar querendo lucrar alguma coisa com as minhas dificuldades... comissões, porcentagens. E eu que nunca agi nesse terreno te confesso que se tivesse que fazer o negócio nessa base, não saberia o que fazer, teria que me socorrer de alguém... Não sei fazer essas coisas... Nunca fiz! Não tenho cara para fazer uma proposta dessas... Chegar a uma autoridade e dizer “Olha, tem uma margem de tanto por cento...” eles usam esses eufemismos: “uma margem...”, “uma margem para despesas...” Eu me lembro quando o presidente Médici me disse aqui em casa, estava sentado aí, bem onde estás, das preocupações dele quando foram fechar aquele negócio de Itaipu com o Paraguai. Cheguei a brincar: “Como é? Tem muita bola grande aí nesse negócio?” Ele me contou, então, que tinha exigido um orçamento “claro e limpo” antes de qualquer coisa. Apesar de todo o rigor ainda encontrou lá uma verba de oito milhões de dólares que ele não conseguia identificar exatamente para o que era... os assessores diziam que era uma rubrica destinada a “aquisição de boa vontade...” (o grifo é meu).
Toda essa orquestração foi articulada com o fim único de acabar com a única imprensa livre do País, e acabaram. Sabiam do gabarito moral do cidadão Breno Caldas e se aproveitaram da sua lisura moral para inviabilizá-lo definitivamente como empresário das comunicações.
Eis um homem que merece um memorial, não no Rio Grande do Sul, mas no Brasil e não certas caricaturas que não resistem a menor análise.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

BRENO CALDAS

Pergunta – De qualquer maneira, com todos os problemas e dificuldades, pelo que o senhor falou antes, a saúde financeira da empresa era perfeita e, acima de tudo: era uma empresa com crédito! O senhor não mobilizou as suas boas relações do mundo político e das finanças para tentar uma ajuda e superar a fase crítica logo no nascedouro? Afinal, não era a primeira empresa a viver um mau momento...

Breno Caldas – O fato objetivo é que todos, por motivos misteriosos, ou, pelo menos, por motivos que não estão até hoje bem claros para mim, me falharam. Bem no começo das dificuldades eu tive um encontro circunstancial com o general Golbery, em Brasília. Fui visitá-lo no Palácio, uma visita de cortesia, sem qualquer outra conotação: eu já o conhecia há muito tempo, desde a época do Colégio Militar, aqui em Porto Alegre. Na saída, quando nos despedíamos, ele puxou o assunto: “Você está montando uma televisão no sul... Essa coisa exige muito investimento. Você não está precisando de dinheiro?” Respondi-lhe com franqueza que, embora o objetivo da minha visita não fosse pedir dinheiro, eu realmente estava precisando, pois os investimentos eram muitos altos. Então, ele me disse que mandaria notícias. Poucos dias depois, já em Porto alegre, recebi um recado de que o Delfim estava vindo para conversar comigo. Ele queria vir, conversar e voltar no mesmo dia à Brasília. Por ser mais discreto e perto do aeroporto combinei o encontro na casa do Francisco Antonio que ficava na Rua Dom Pedro II. Falamos francamente, expus a nossa situação, as necessidades de recursos para enfrentar os investimentos crescentes e ele disse que era tudo muito fácil: “Não tem problema. O senhor tem bens e os seus bens garantem qualquer transação que o senhor quiser. Acho melhor fazermos tudo através da Caixa Federal. Vou mandar o Gil Macieira a Porto Alegre para lhe dar o dinheiro”. E, de fato, poucos dias depois estava no meu gabinete o Gil Macieira, presidente da Caixa Econômica Federal, que também garantiu que não havia problema algum, que os bens garantiam, que bastava ver os papéis, documentos etc., etc. Mas na hora de consumar a coisa, começaram a surgir dificuldades, empecilhos... Primeiro, pequenos. Depois, crescentes. Chegaram a fazer objeções ao título de propriedade de um dos terrenos onde fica o prédio do Correio do Povo, ali, próximo à esquina da Rua da Praia com a Rua Caldas Junior! Ocorre que aquele terreno tinha sido adquirido pelo meu pai no começo do século, antes da vigência do Código Civil e, portanto, quando ainda não tinha sido instituído o Registro de Imóveis. Aí o pessoal da Caixa Econômica que deveria aprovar a documentação e liberar o empréstimo, começou a encrencar com esse prédio... Com essas indefinições a situação foi ficando difícil porque eu tinha me organizado em função daquela possibilidade que me fora oferecida de empréstimo na Caixa Federal. Mas o tempo foi passando, o empréstimo não saia, e a minha necessidade de recursos para enfrentar as despesas crescentes da TV e da reestruturação gráfica do jornal, aumentando. Fui ao Delfim de novo dizendo que precisava de recursos urgentes e o empréstimo da Caixa estava emperrado. Então, ele me sugeriu: “Por que você não pega uma Meia Três?” Aqui começa a derrocada, com a malícia do Delfim.
Por falta de espaço serei obrigado a concluir esta parte do depoimento do Breno Caldas na próxima edição. (Do Livro Meio Século de CORREIO DO POVO – Glória e agonia de um grande jornal).

Não sobrou espaço para falar na Avenida Tito Prates.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 12 de abril de 2011

UMA BAGUNÇA.

É o que se pode dizer do trânsito de São Gabriel. Alguns motoristas fazem o que bem entendem sem qualquer tipo de punição. Andam na contramão, estacionam em qualquer lugar, para economizar gasolina andam de ré, tomam chimarrão, conversam ao celular e carregam crianças no colo quando estão ao volante e praticam os mais variados tipos de infrações.
Seguidamente as pessoas estacionam seus carros no meio da rua e vão tirar uma cópia, comprar material ou qualquer outra mercadoria na Livraria do Saldanha. Sou testemunha ocular, inclusive veículos dos quartéis, pasmem, da própria prefeitura e de particulares. Parecem os donos do universo. Seus motoristas não podem caminhar uma quadra. Isso é coisa de interiorano, isso é atraso de quem pensa que ainda vive em uma oligarquia rural. Todos precisam evoluir para desenvolver a cidade.
As ditas “Zonas”, e vou lá, são exemplos de disciplina diante do trânsito são-gabrielense. A maioria dos ciclistas não respeita a mão das ruas e a todo o momento atropela os pedestres ou é atropelada. Pede para ser atropelada, mas precisa assumir suas responsabilidades, pois tem consciência de que anda errada.
Os motoqueiros parecem que querem superar o tempo do Alexandre Barros, o maluco do motociclismo, andando a mil nas ruas centrais e periféricas. Temos as belas fêmeas nas suas flamantes BIS que esvoaçando a cabeleira chamam a atenção dos tarados do sexo para seus dotes físicos, mas também criam a eminência de um desastre. É um salve-se quem puder. Nessa bagunça sempre sobra “um fdp para alguém”, a encrenca engrossa e aparece faca, facão, pistola, revolver e bazuca.
Tudo acontece com o conhecimento e o beneplácito das autoridades responsáveis. Autoridades só para receber polpudos salários porque sua ação disciplinadora e punitiva inexiste.
O exército nacional dá uma mãozinha na anarquia quando resolve exercitar seus efetivos ocupando a pista de rolamento em bloco criando transtornos de toda a ordem para o tráfego de veículos.
Já que o exército precisa exercitar seus efetivos que o faça nos lugares apropriados e não no centro da cidade. Ou então que o faça em fila dupla ocupando as margens da pista de rolamento. Atrapalharia bem menos.
Todos são iguais perante a lei. É mentira, a nossa Constituição Federal inicia com uma grosseira mentira. Se todos fossem iguais perante a lei qualquer cidadão ou empresa, devidamente constituída, poderia interromper uma rua para estacionamento próprio como faz o 6º. BE na Rua João Manoel. E se a moda pega temos o 9º RCB e a 13ª Companhia de Comunicações. Quem diria, o glorioso exército nacional atrapalhando o trânsito. Estamos em tempo de paz e esses absurdos, essa prepotência, essa soberba são dignos de uma republiqueta de quinta (5ª) categoria, uma Venezuela ou uma Costa do Marfim, não do Brasil.
É incrível como certas pessoas bagunçam a cidade na qual vivem e estarrece a indiferença das autoridades. No caso de São Gabriel, supõe-se, alguém ganha com tanta anarquia. Enquanto isso o resto é uma troca de homenagens para alimentar vaidades e silenciar a crítica ou então o que é pior, para desviar a atenção do caos.

O que acontecerá primeiro: O calçamento/asfaltamento da Avenida Tito Prates pelo Executivo ou o julgamento do Parecer do TCE-RS referente às contas do ex-prefeito Baltazar pelo legislativo? É de doer.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

RADICAIS

Quem acompanha a vida nacional conhece por longos anos, através da imprensa, o ultra radical de direita, Jair Bolsonaro. Ele não está só, pois representa milhares de brasileiros, seus eleitores, que o mantém no Congresso Nacional. Bolsonaro, afirmam, diz o que pensa. Hoje, diante de suas afirmações está mais para preconceituoso do que para militar. Conseguiu o que procurava, ser notícia e manchete.
Já escrevi muitas vezes que no Brasil o preconceito e a discriminação existem de acordo com a posição sócio econômica do indivíduo. O preto, o homossexual e a prostituta, só para citar alguns, são discriminados quando pobres, pois quando abastados todas as portas se abrem para eles.
O Bolsonaro pelos seus destemperos verbais constrange até a direita, mas é um parlamentar com direito a voz respaldado por um mandato popular. Poucos entenderam que as palavras discriminatórias que usou foram dirigidas a pessoas supostamente de esquerda e o Bolsonaro não discrimina a esquerda, a odeia. Sendo da esquerda nada presta para esse extraordinário militar. Quem o conhece diz que ele não dirige porque o veículo automotor tem o volante na esquerda.
A repercussão sobre os comentários do deputado se deve ao fato da Preta Gil ser cantora e filha do Gilberto Gil porque se o deputado tivesse agredido um negrinho qualquer, se supõe, receberia uma menção honrosa. Esta é a triste realidade. O País está cheio disso e ninguém dá a mínima.
“Não suporto o Bolsonaro. Ele irrita os militares. Ele é um radical e eu não suporto radicais. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os radicais da direita. Pior ainda os da direita, porque me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir que disse que o pensamento da direita é um só: o medo. O medo de perder privilégios”. Jarbas Passarinho. (JC 1,2,3 de abril de 2011).

A respeito de CPI: “No ano passado tinha MP, TCE e Polícia Federal e, mesmo assim, a oposição queria CPI. Agora, no governo, porque tem MP e TCE não precisa? E a coerência onde fica? Coerência é uma palavra muito forte”. Jorge Pozzobom, DEPUTADO ESTADUAL/PSDB. (JC, 05.04.2011)
É Pozzobom, a coerência vale também para quem no ano passado não queria CPI e quer agora. Já que vocês têm dificuldade de expressão ou são mal intencionados, oposição e situação, a expressão certa é: Quem é situação e tem maioria nunca quer CPI. No passado o PSDB não era assim? A patifaria é comum e o simples jogo de palavras não engana todos.

Ídolos de Barro: O vice-presidente José Alencar, herói no combate ao câncer, afetuoso no trato com as pessoas, dizia “não temer a morte, mas a desonra”. E, mesmo assim, foi incapaz de sequer conhecer sua suposta filha com uma enfermeira. Recusou-se a fazer exame de paternidade e chamou publicamente a mãe de Rosemary de Morais de prostituta: “ Todo mundo que foi à zona um dia pode ser pai”. “São milhões de casos”. No caso de Alencar a atitude não combina com a biografia. Onde estava sua coragem? Encarou o câncer e 17 cirurgias, mas Rosemary não. Ela ganhou na Justiça o sobrenome Alencar. (ÉPOCA, edição de 04.04.2011). A Televisão divulga este perfil do José Alencar?
### Sugestão de Placa para a Avenida Tito Prates depois de urbanizada: Esta obra foi realizada depois de 152 anos da verdadeira emancipação política de São Gabriel. Ou 165 para os que modificam a história por decreto.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 5 de abril de 2011

SOBRE A RESERVA LEGAL

A Lei 4771/1965 – Código Florestal – diz no seu artigo 1º. – As florestas existentes no território nacional... Artigo 16. As florestas de domínio privado... a – nas regiões Leste Meridional, Sul e Centro Oeste, esta na parte sul, as derrubadas de florestas nativas, primitivas ou regeneradas, só serão permitidas desde que seja, em qualquer caso, respeitado o limite mínimo de vinte por cento (20%) da área de cada propriedade com cobertura arbórea localizada, a critério da autoridade competente.
A Lei 7803 de 18 de julho de 1989, que alterou a 4771/1965, adicionou a obrigatoriedade da averbação na matrícula dos Cartórios de Registros de Imóveis da Reserva Legal que será mantida em caso de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento.
A polêmica é muito grande sobre o assunto. Não é minha especialidade, mas acredito que a discussão pode estar bastante equivocada, pois interpreto que a reserva legal de, no mínimo, vinte por cento (20%) de que trata a Lei deve ser respeitada sobre a área das florestas e não sobre a área total da propriedade. Exemplifico: Uma propriedade com área em torno de dois mil e seiscentos (2600) hectares e dentro dela uma floresta de duzentos (200) hectares, a reserva legal será de no mínimo quarenta (40) hectares e não de quinhentos e vinte (520) como interpretam alguns líderes rurais. E se a propriedade não possuir florestas ou matos o proprietário terá de reservar vinte por cento (20%) para quê? A Lei institui o Código Florestal Brasileiro conseqüentemente visa regular a derrubada e a recuperação das florestas, e pronto.
É necessário bem interpretar a Lei para discuti-la com propriedade.
Não tenho a pretensão de ser o único certo, mas quero que os envolvidos recebam esta como uma colaboração espontânea e desinteressada já que os debates nesta terra são promovidos só pelos contra ou só pelos a favor esquecendo que da argumentação e discussão de opiniões divergentes é que nasce a luz e a solução para muitos problemas.
Espero que parem, pensem e considerem a interpretação do colunista sobre a Lei, pois quem não tem interesse pessoal no debate faz sua análise de uma maneira isenta, sem preconceito e sem ranço ideológico. Há muita falácia e pouco conhecimento sobre a Lei e o governo que a institui. A Lei de 1965 foi alterada em 1989, porém a discussão sobre a matéria está acontecendo agora quando se pretende uma nova alteração. Se a discussão tivesse acontecido em 1964/1965 certamente teremos um código florestal muito mais justo e adequado. É o que penso.

### O prefeito está vulnerável? Está. Mas seus opositores para superá-lo precisam mudar de estratégia, usar mais a inteligência e a sabedoria do que a boca e os pés. Da maneira que procedem só o fortificam. Há uma única maneira de mudar o rumo de São Gabriel, mas essa os donos dos partidos e os eleitores não querem.
### Já imaginaram a paisagem do parque Assis Brasil com a urbanização da Avenida Tito Prates?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

AGRESSÃO E REAÇÃO

Diz-se que toda a ação provoca uma reação, prefiro dizer que toda a agressão provoca uma reação. O comentário que predomina na comunicação falada e escrita está concentrado no que diz respeito a agressão física. Pois bem, na realidade ela não é uma agressão, mas quase sempre se trata de uma reação a uma agressão moral existente. Para melhor entendimento dos leitores explico: a agressão moral que normalmente é praticada pelo maior contra o menor; pelo forte contra o fraco; pelo erudito contra o analfabeto; pelo rico contra o pobre não é considerada violência porque quase nunca é noticiada. Já a reação dos atingidos contra a agressão moral recebida é noticiada, explorada com sensacionalismo, repetida inúmeras vezes para dar lucro aos detentores dos veículos de comunicação.
A agressão dos administradores públicos aos contribuintes pela má gestão é a maior violência praticada contra a pessoa humana, mas tudo fica envolto em fumaça porque os veículos de comunicação são, na sua grande maioria, sustentados com generosas verbas públicas.
A agressão do profissional, com formação acadêmica ou não, quando se apropria dos valores pecuniários dos clientes jamais é divulgada na imprensa, mas se o lesado ou roubado como queiram, chefe de família que fica despojado do sustento, em uma reação condenável, porém compreensível, explode a cara do vigarista com uma 38, 44 ou 45 ou coisa que o valha é prontamente execrado perante a opinião pública.
Poucos, pouquíssimos comentam os malefícios da agressão moral, mas todos comentam a reação dela decorrente.
O escândalo da Câmara Municipal, que existiu e não foi obra minha, já faz parte do passado porque teve os aplausos silenciosos da grande maioria covarde e cúmplice. O nome de quem proporciona a fraude é guardado em sigilo. O corporativismo campeia, porém os agressores da sociedade continuam com seus microfones sustentados com o dinheiro dos agredidos. Recebem e distribuem medalhas, honrarias e homenagens fartamente divulgadas pela imprensa. É uma promiscuidade preocupante. Esta é a base podre da pirâmide.
E o povo não pode falar. O agredido, o povo, não tem direito de uma entrevista e quando esta acontece já está previamente combinada.
Não confundam pessoas que são notícias com pessoas que pagam para ser notícia. Aliás, quem paga a despesa de publicidade, via de regra, é a instituição que exploram. Não me enganam.
Os conceitos são diferentes dependendo do autor da irregularidade. Silenciam sobre quem autorizou a ocupação da Rua João Manoel (uma quadra) pelo 6º BE, mas o MST é condenado sumariamente. A área do Patronato está mutilada e invadida, porém nunca é notícia. Por quê?
O Rio Vacacaí nada mais é do que um receptor de dejetos humanos in natura e o mau cheiro que exala das sangas que atravessam a cidade contamina a saúde da população e deprecia os administradores públicos que se sucedem no município.
Chega de exploração. O povo precisa tomar uma atitude caso contrário morreremos afogados na m... que eles produzem. Esperem e verão quanta razão me assiste. Culpados? Sempre os cidadãos de bem que se submetem, por covardia, aos poucos e audazes aproveitadores que enquanto lhes sorriem vão metendo a mão no seu bolso.
Um pouco de humor: Vejam até onde chega a vaidade humana: Para certas pessoas os políticos não são merecedores dos seus votos porque são falsos. Tudo bem. Mas essas mesmas pessoas quando homenageadas pelos políticos falsos juram que a homenagem é verdadeira e a aceitam. Se isso não é vaidade, por favor, digam o que é.
### Tenho sido muito gozado pela oposição por apostar no calçamento/asfaltamento da Avenida Tito Prates ainda na gestão atual. Não faço parte do grupo do poder, mas pressinto que vou acertar.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.