Extraído do JC – Palavra do Leitor – edição de 08 de fevereiro de 2011 sob o título HONESTIDADE (Osvaldo Ferreira) diz ele: “Estou à procura de um homem honesto. Começo por mim. Não passo no teste. Se vou comprar algo qualquer e me oferecem um bom desconto sem nota fiscal, aceito. Não sou bobo. Você não aceitaria? Se estou trafegando por um lugar onde presumo que não haja fiscalização, acelero mais, mesmo que a velocidade permitida seja 80 km/h. Você não? E por aí vai. Mas sei que deve existir aquele homem realmente honesto. Por isso estou à procura. Veja agora esse aumento de 61% que os parlamentares ofereceram a si próprios com o dinheiro de nossos pesados impostos. Milhões de brasileiros mourejam, a maioria ganhando um, dois, três salários mínimos; aposentados minguando um benefício (?) para sobreviver no equilíbrio entre alimento e remédios; gente humilde que levanta de madrugada para ganhar uns trocados na informalidade; multidões de desempregados sem perspectiva nenhuma – e nossos parlamentares, por nós eleitos, aumentam seu salário nominal para R$ 26.000,00. Sem contar com todas as mordomias decorrentes do cargo, como passagens aéreas, telefones, correio, auxílio-moradia, automóvel com motorista e até auxílio terno (roupa). E sabe que cheguei a uma conclusão? É bobagem reclamar. Aquilo que está lá na Câmara dos Deputados e no Senado é a fina flor, o extrato mais fiel daquilo que somos como povo. Eles são os nossos representantes. Escolhidos por nós. Tirados, dentre nós, como os de melhor capacidade para defender os interesses da gente brasileira. Diante desse descalabro moral que contaminou quase por completo nosso tecido social eu não acredito, ao menos por enquanto, no futuro deste País. Você acredita? Caso acredite experimente atrasar um imposto – aquele dinheiro sagrado que mantém as maracutaias dos congressistas – para ver o que acontece, finaliza”.
Essa é a maior esperança. Que as pessoas comecem a por a mão na consciência e assumam suas responsabilidades pela desorganização do País. Nada a acrescentar à manifestação do senhor Osvaldo Ferreira exceto cumprimentá-lo pela sua lucidez.
### Esta é do Daniel Salton, produtor de vinho: “O preconceito e a falta de conhecimento do consumidor travam muito o crescimento do vinho nacional. Um recente teste cego, promovido pelo Ibravin apenas com vinhos brasileiros, comprovou essa percepção. A maioria (75%) dos degustadores afirmou que se tratava de produto importado. Esperamos que o consumidor, nos próximos anos, acredite mais fortemente na qualidade de nossos vinhos finos, assim como confia nos espumantes, e não continue tomando importados de qualidade inferior apenas pelo nome de pronúncia difícil”.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
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