terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

COERÊNCIA

É definida como congruência, nexo, ligação harmônica, qualidade de quem defende sempre os mesmos valores, as mesmas soluções para os mesmos problemas, similitude entre o que se diz e o que se faz. Ah, o que se diz e o que se faz.
Escrevo há mais de quarenta (40) anos e procuro ser coerente. Procuro não machucar as palavras, aos outros e a mim. Critico com rigor, mas com justiça. Aceito a crítica quando procedente e não tolero a incoerência. Procuro enquadrar no mesmo ângulo companheiros e adversários políticos quando praticam os mesmos equívocos e procuro desvincular a individualidade das pessoas dos cargos que eventualmente ocupam. Criei um estilo próprio, pois abomino os copiadores, os plagiadores e imitadores. Procuro, sempre, ser coerente.
Sempre fui um homem modesto e há mais de quarenta (40) anos sou cliente da Casa Nova e durante todo esse período o Amir Tanuri nunca deixou de me atender ainda que estivesse sem dinheiro. Legal. Por ser coerente quando tenho algum trocado compro do Amir, por uma questão de reciprocidade.
Sou observador. Há poucos dias conversando com produtores primários sobre o custo do plantio o preço de venda do produto surgiu de repente, não mais que de repente, o arroz do Uruguai. Esquentou o debate, extravasou de repente o nacionalismo verde amarelo e uns quase exaltados defendiam o consumo do arroz brasileiro.
Quando chegou minha vez de falar simplesmente disse: o produtor está no seu direito, mas tem de parar com esse nacionalismo fajuto, quer o consumo do arroz nacional porque é o negócio dele enquanto isso a maioria toma uísque e vinho do Uruguai, consome o laticínio do Uruguai, o vinho tem de ser chileno, uruguaio, argentino ou de outra republiqueta qualquer menos o nosso. Não é coerente. E o produtor nacional como é que fica? Onde está a coerência? Os outros tem de consumir o que eu produzo, mas me outorgo o direito de não consumir o que os outros produzem. Está na hora de valorizar a produção nacional que é de qualidade e acabar com o tabú de que por ser importado é melhor. O aumento do consumo exigirá maior padrão na qualidade do produto.
Quando os líderes rurais se manifestam parece que só existe o produtor de arroz, soja e carne. Esquecem do produtor de leite, de milho, de mandioca, de batata, de vinho, etc., como se estes não retirem seu sustento da produção primária e não vivam as mesmas dificuldades.
De outro lado cantam os homens do agronegócio em prosa e verso, mas estranhamente as cooperativas foram para as cucuias salvo raríssimas exceções. E as que sobrevivem a todo o momento recebem uma injeção de recursos públicos. São sociedades de pessoas e uma vez respeitada a Lei das cooperativas não há possibilidade de liquidação. Por favor, expliquem.
### Estou adotando a defesa do calçamento/asfaltamento da Avenida Tito Prates. O atual prefeito está no seu 11º ano de administração. Não acredito que queira se igualar no relaxamento ao seu antecessor que foi prefeito por quatorze (14) anos e esqueceu a referida avenida. O secretário de obras e o prefeito são irmãos e por isso aposto na realização daquela obra até a próxima exposição-feira. Será melhor para todos.
INCOERÊNCIA é existir uma secretaria de turismo e não modernizar o acesso aos pontos turísticos do Município. O Parque Assis Brasil, o Hipódromo de Cancha Reta pelos eventos que realizam creio que merecem estar incluídos na rota turística do município. É esse abandono a maneira moderna de incentivo?
ASSALTO NO ISSQN – 25,28% de aumento c/inflação anual de 5,95% é absurdo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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