Em nome da modernidade se tolera e se justifica os maiores absurdos praticados pelo ser humano. Deslumbrado pelo brilho do consumismo incentivado pela publicidade televisiva o homem abandonou de vez os pruridos morais e se atirou de corpo e alma na conquista do lucro a qualquer preço percorrendo caminhos que não sabe a qual abismo o conduzirá. O preço pago está sendo muito alto, mas poucos percebem.
A modernidade, que pode ser chamada de anarquia social, nada mais é do que a apologia à evolução tecnológica com a presença cada vez mais forte do capitalismo e o desprezo à moral, à religiosidade e aos valores internos de cada um.
As coisas boas do passado, a organização da família e a educação, por exemplo, na nova ordem são rotuladas de cafonas, quadradas, antiquadas e bregas. Na modernidade quem tem a obrigação de cuidar das crianças na praia não são os pais, mas os salva-vidas; na modernidade os pais não têm responsabilidade com os filhos, mas a escola tem de dar escolaridade e substituir a família nas suas finalidades; na modernidade a ausência dos pais na formação e na educação dos filhos é substituída pelos psicólogos; na modernidade o diálogo familiar é substituído pelos ensinamentos podres das novelas televisivas, etc.
Por que nossos pais não contratavam psicólogos para nos formar? Cada leitor que dê sua resposta.
Muitas vezes penso que nossos pais eram resquícios de uma civilização muito mais adiantada do que a atual, pois há fortes indícios de houve uma anterior à nossa haja vista o livro “Eram os Deuses Astronautas” que muitos devem ter lido e o filme que levava o mesmo nome e também muitos devem ter assistido.
Como é que homens sem escolaridade transmitiam aos seus descendentes o conceito de nome, de família, de honra, de dignidade, de respeito e de responsabilidade? Como é que esses homens primavam pelo bem vestir? Como é que as mulheres tinham mais recato? De onde tiravam sabedoria e criatividade para sobreviver?
Não tenho formação acadêmica, não invejo quem a tem, pois a renunciei quando uma fundação educacional tentou me desmoralizar perante meus colegas. Nunca reclamei nada, virei às costas e fui embora. Por ironia do destino voltei para organizar sua tesouraria para que conseguisse o reconhecimento do MEC – Ministério da Educação e Cultura.
Ah meus velhos, como me fazem falta! Muito do que sei devo a vocês.
E é neste momento de profunda solidão que na falta de vocês eu lembro de um em especial, meu pai quando dizia: “meus filhos, os homens não são criados para serem chamados à atenção a qualquer hora de todos os dias”.
Não neguem o passado, pois nossos velhos nos deixaram lições de vida e uma sociedade estruturada com instituições fortes e saudáveis a seu serviço. As que restam inverteram a finalidade e estão hoje a serviço das individualidades.
Lembrem-se de que o passado sustenta o presente e o futuro é a mais traiçoeira das incógnitas. Portanto vivam e não tentem decifrar o futuro. Ele nem sempre acontece.
Mas por favor, não desprezem o passado, pois ele sempre fará parte de nossas vidas.
Não percam o grande filme já nas locadoras: “Vinte vinténs mudam a história”.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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