sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CORRUPÇÃO SE COMBATE COM ATITUDE


 

 

            E não somente com leis. Estas existem em demasia e neste mal amado Brasil são feitas para serem desrespeitadas.

            O efetivo combate à corrupção está no convencimento de cada pessoa de não praticar atos corruptos que tragam benefícios ilícitos para si ou para outrem. A lei, quando invocada, pune tão somente os denunciados por corrupção. Mas enquanto a publicidade dirige suas atenções para uma minoria de denunciados, a grande maioria que se diz contra a corrupção a cultiva em todo e qualquer ramo de atividade.

            Não falo desta ou daquela corrupção, pois o ato de corromper e de ser corrompido está presente tanto na iniciativa pública quanto na iniciativa privada e todos devem receber o mesmo repúdio. Além disso, não existe o corruptor sem que haja o corruptível, assim como não havendo o receptador o roubo seria bem menor.

            A mola propulsora da corrupção é a ambição humana e não importa o grau de sua dimensão: o insatisfeito com seus limites, o rico ou o pobre, abraça os atos ilícitos como o parâmetro de igualdade social, pois supostamente eles conduzirão fatalmente à realização material.

            Muito se reclama da corrupção no Brasil, mas ao mesmo tempo não assisto os meios de comunicação combater os exploradores do jogo do bicho, embora nos bastidores todos sabem quem é quem no submundo.

            Falar da corrupção dos outros para desviar a atenção da sua, forçosamente, não é o meio mais eficaz de combatê-la.

            Não há mundo perfeito, mas se queres um mundo quase perfeito se comporte de maneira tal que sua contribuição seja olhada como exemplo de conduta ilibada e não como modelo de enriquecimento ilícito tão comum nos dias de hoje.

            Não tenho grande patrimônio material, mas todo o que tenho é lícito e construído dentro das exigências legais e do respeito que devo aos meus concidadãos. O cidadão que faz essa afirmação é o que realmente constrói uma nação de fortes alicerces e é o mesmo que com seu suor paga as anistias e as moratórias dos malandros que vivem nababescamente.

            Não adianta Lei, somente com um comportamento coletivo de atitudes fortes de cada brasileiro, sustentado no respeito e no amor à pátria, combateremos essa corrupção que abona e remunera uma pequena parcela que explora a grande maioria, mas que é, incompreensivelmente, aplaudida pela própria maioria, tão somente devido à exteriorização de riqueza material.

            A corrupção, se supõe, está instalada nas igrejas, nos colégios, nos hospitais, nas indústrias, nos sindicatos, nas câmaras municipais, nas assembléias legislativas, na câmara federal, no senado, nos executivos federal, estaduais e municipais, pois ela está enraizada na pessoa humana e é de difícil controle porque é extremamente difícil controlar a pessoa humana. E é nela que mora o perigo. Acreditem, é só olhar para bem perto de cada um. Façam isso e me darão razão.

           

           

           

           

           

           

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

DECADÊNCIA MORAL


 

 

         A decadência moral que assusta muita gente na nossa cruel atualidade a mim não surpreende, pois ela está maturando há vários anos. Tenho 68 anos de feliz existência e durante esse período adquiri convicções e cheguei a constatações que aos alienados passaram despercebidas.

         Sou um homem comum, modesto, autêntico, corajoso e que sempre me faço acompanhado da verdade, por isso sou contestado e rejeitado na minha comunidade, porém respeitado e por poucos admirado. Nunca querido, porque a verdade fere e a maioria prefere os aplausos falsos e subservientes dos aduladores que massageiam seu ego.

         A sociedade de um modo geral é a grande responsável pelo caos que estamos vivendo e a anarquia social é, sim, em parte patrocinada, salvo honrosas exceções, pela desagregação da família que se acentuou consideravelmente com a conquista do direito de igualdade da mulher (a verdadeira educadora) ao homem, o que ninguém quer admitir. A falta do lar, da família organizada, da assistência de pessoa responsável que dê orientação da ordem das coisas e da razão da existência conduz essa meninada para a droga e para os desvios de conduta. E não importa o nível social, pois temos marginais para todos os gostos, desde os que obrigam a população a ouvir sons altíssimos instalados nos seus automóveis de luxo, até os drogados com todo tipo de substância química ou pelo consumo exagerado do álcool.

         Quando os corretos são chamados de intransigentes, radicais e quando uma agente da Lei Seca no exercício profissional, cumprindo o preceito constitucional de que todos são iguais perante a Lei, é condenada por interceptar em uma batida policial um juiz de direito infrator das leis de trânsito, faço as seguintes perguntas: As ditas autoridades estão desobrigadas de respeitar a Lei? O Juiz de Direito que não respeita a Lei não será o pior dos marginais?

         Justamente por ser um julgador não deveria ter a humildade de reconhecer, ou como é muito citado no Direito, se autoconvencer de que estava errado?

         Não será esta maluca sociedade de consumo a produtora de toda essa violência a que estamos expostos? Pensem.

    

 

        

        

             

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

TRÊS FATOS QUE PODEM MUDAR O BRASIL


 

 

            Primeiro – A Ascendência do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República; Segundo – A grande mídia, salvo honrosa exceção, ser, terminantemente, contra o PT e terceiro – O aparelhamento e independência da Polícia Federal na investigação de supostos escândalos.

            É por demais sabido que a corrupção está na pessoa humana e como as instituições são compostas de pessoas boas e pessoas ruins os riscos de desvirtuamento no seu funcionamento estão sempre presentes.

            A sociedade que se deslumbra com a evolução material da pessoa humana e automaticamente sem qualquer questionamento quanto à legalidade de sua aquisição a aplaude, está aprovando inadvertidamente ou não a corrupção.

            Embora a grande maioria se manifeste contra a corrupção pública, conduzida pelo patrulhamento midiático, não há como dissociá-la da corrupção privada, pois uma sem a outra dificilmente progride.

            Há tempo chamo a atenção dos meus leitores para a rejeição imposta pela grande maioria àqueles que procuram respeitar as normas legais e a cada investigação da polícia federal constato que sempre tive razão, pois a maioria dos políticos eleitos é produto da promiscuidade corrupta instalada desde muitos anos entre a maioria do eleitorado e os candidatos, salvo rara exceção.

            Durante minha vida profissional tratei com vendedores profissionais e sempre recusei propina para fazer pedido que extrapolasse as necessidades da firma que representava, mas isso me alertou para a podridão do país, pois os vendedores, ante minha negativa, afirmavam que oferecer propina era uma técnica de vendas no Brasil.

            Recusei propostas políticas porque eram indecentes e visavam me tornar refém de políticos inescrupulosos. Entre ter votos e cargos ou me preservar preferi a segunda alternativa.

            Aplausos à mídia; aplausos à Polícia Federal; aplausos às CPIs; aplausos a todo e qualquer tipo de investigação, porém não posso deixar de fazer uma pergunta: Porque tão tarde?

            Todos os governos deveriam ter a divulgação de suas falcatruas, mas isso não é possível porque a mídia tem o seu interesse que não é o mesmo da coletividade e também tem o seu lado.

            A Polícia Federal, se supõe, deve ter em seus quadros elementos que violem a disciplina e a ética da corporação. Ou ela não é composta de humanos?

            E a mídia? Quem fiscaliza a mídia? Serão os veículos de comunicação perfeitos na sua composição? Não creio. Os exemplos são fartos.

            O roubo é uma ilegalidade, mas as provas para condenar o ladrão precisam ser legais. Dependendo, é óbvio, de quem seja o ladrão. Pode isso?

            O Brasil é contraditório: a grande maioria do seu povo, nos seus discursos, é contra a corrupção, mas é um dos países mais corruptos do mundo. Deve ser pelo Cristo Redentor.

            A corrupção garantiu a reeleição e continua sendo o combustível que a alimenta. Ah, não só na Presidência da República, pois ela é nociva em todas as instituições que a admitem.

 

            ### Carlos Emílio, obrigado pelo convite para o III Remate de Cavalos Crioulos. Não comparecerei porque assumi um compromisso, comigo, de não frequentar o Parque Assis Brasil enquanto não urbanizarem a Avenida Tito Prates. Pelo que vislumbro, morrerei sem visitar novamente aquele Parque onde outrora vivi alegres e inesquecíveis momentos. Sucesso.

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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

É HORA DE MUDAR


 

 

Francisco Ferrer – Advogado (In Memorian)

            Impõe-se que os verdadeiros intelectuais deste País reajam, veementemente, erguendo suas vozes conclamando para que o direito e a justiça modifiquem esta horrenda, caótica e drástica situação que se encontra o nosso País. A minoria que manobra o controle do preço de forma voraz, a maior causadora da inflação, tem desrespeitado os limites para bem sobreviver a democracia, embora já deteriorada, porque desvirtuada, sem qualquer  sentido da verdadeira liberdade reguladora da cidadania do povo brasileiro. É o caos! É a lamentável inversão de valores! A minoria não se dá conta por ser a causadora da miséria, do analfabetismo, da violência de toda a ordem e a falência social. Por sua vez o governo já combalido, confuso, pródigo porque gastador exagerado em suas mordomias, quando de suas tratativas outra coisa não faz senão contemplar os interesses dos escolhidos pelos mais diversos partidos, pois esta é a maneira de se manter. Quando trata dos interesses do povo, a sistemática é sempre a mesma, a criação de novos impostos e o aumento das tarifas das mais diversas espécies. A classe média, braço forte do desenvolvimento do país com  seu honrado trabalho, está exaurida sem condições de suportar o prosseguimento da indiferença e da maneira selvagem e egoísta como vem se conduzindo as medidas do governo e dos manobradores da nossa economia, os capitalistas brasileiros. (Jornal Tribuna do Povo, 25 de junho de 1993).

 

         ### O escrito acima evidencia que a atual situação do Brasil vem em gestação há bastante tempo sem que a sociedade (povo) acorde para a necessidade de mudanças. Os escolhidos pela maioria são sempre os mesmos ou no mínimo do mesmo clã familiar, o que assegura o continuísmo.

            Quando da eleição do José Ivo Sartori para administrar o RS alguns desavisados pensaram em mudanças. Ledo engano, o Beto Albuquerque que até ontem fazia parte do projeto do PT só não será secretário na próxima administração se não quiser. Palavras do mesmo José. Pelas palavras do nosso próximo governador parece que tudo continuará igual: primeiro os meus, depois os teus e por último o do povo. Ainda é cedo para qualquer crítica, mas o sinal foi dado pelo nosso novo comandante.

           

 

        

 

               

           

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

CEZAR SALDANHA SOUZA JUNIOR


 

 

         São Gabriel (RS), 15 de março de 1991. Caro Saldanha. Saúde. Há poucos dias tentei conversar contigo ao telefone. Estavas dormindo. Deixei recado para a senhora tua mãe. Não recebi retorno.

         Saldanha, se aproxima 1993 e o que estamos fazendo pelo parlamentarismo? Nada. Não podemos desanimar. Não fosse o governo Collor que financeiramente me trouxe dificuldades (estou trabalhando muito mal) e, por certo, estaria percorrendo esta região para conscientizar nossa gente. Gostaria de ter tua intelectualidade e o teu preparo para que aliados à minha resistência e voluntariedade mudar o pensamento do Rio Grande. Não podemos abandonar o objetivo de ver nosso ideal realizado, pois o dia em que isso acontecer começaremos a morrer. Estudas a possibilidade de uma conferência em São Gabriel, me informa uma data disponível e então conseguirei um espaço com os senhores vereadores.  Estou tremendamente preocupado com os rumos do nosso país. Somente a reorganização da família e o resgate de nossos princípios morais nos afastarão da catástrofe que se avizinha. Estão os poderes constituídos por incompetência ou má fé minimizando a crise que assola o país. Não podemos ficar a mercê de um Presidente narcisista e de uma déspota na economia.  Chega de engodos, palavras bonitas e mentiras. Tenho a certeza de que se os políticos e aqueles que formam opinião neste Brasil, sem segundas intenções, afirmarem todos os dias de que as grandes nações existem porque têm grandes povos acordaremos para o desenvolvimento. A inversão de valores é uma realidade e somente com muita abnegação, coragem, renúncias, nós educadores, homens sem votos, mas devotos conseguiremos recolocar as coisas nos seus devidos lugares. E isso é possível. Precisamos justificar nossa passagem por esta vida porque fatalmente a história nos julgará ou na pior das hipóteses, os que virão.

         Sei que sou pequeno, mas se dependesse apenas dos meus sentimentos, pode crer, a sociedade seria melhor.

         Desculpa-me o atrevimento, mas o Brasil ainda precisa de nós. E não podemos faltar-lhe. Com um forte abraço. Bereci da Rocha Macedo.

        

         ### Não é de hoje minha preocupação com a coletividade e por isso talvez não me surpreenda com a decadência moral que assola o Brasil nos dias de hoje. Tenho essa percepção desde muitos anos idos, mas isso é próprio das pessoas despidas de vaidade e de ambições materiais. Os resultados são modestos porque a grande maioria se faz de surda e luta somente pela sua riqueza material. Não nasci para ser entendido e por essa razão não me preocupo com tamanha indiferença. Nasci só e nunca me assustou a possibilidade de viver só. Só não, pois vivo acompanhado das minhas convicções.

        

        

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

DIÁLOGO RASTEIRO


 

 

            A história de São Gabriel exige melhor qualidade no debate entre seus líderes; a população de São Gabriel exige maior respeito das ex-autoridades e das atuais autoridades nas discussões das respectivas propostas; e, finalmente São Gabriel exige que se debata um projeto para o seu desenvolvimento e não um bate boca estéril que depõe contra a grandeza daqueles que o produzem.

            São Gabriel precisa crescer e para tanto necessita da união de todos para que num ambiente de paz e de entendimento consiga seus objetivos.

            Todos afirmam que trabalham pelo bem da coletividade, mas é muito difícil de acreditar, pois se assim fossem caminhariam na mesma direção. Porque acontece exatamente o contrário? Não será porque cada um tem um projeto pessoal para si e para os seus e não para a coletividade?

            A cidade está há muito tempo abandonada e a cada dia fica mais feia e menos acolhedora. Mas as autoridades são legítimas, embora umas sejam omissas quanto às suas responsabilidades e outras extrapolem suas prerrogativas.

            O Poder Executivo e o Comando 6º BE, ambos desrespeitando as normas legais e extrapolando seus poderes, anarquizam com o trânsito na Rua João Manoel ante a omissão do Poder Legislativo que não ousa se manifestar contra a arbitrariedade do Senhor Prefeito porque os beneficiados são alguns militares.

            Mas o Poder Legislativo, representado por parte expressiva de seus quadros, se manifesta com energia, raiva e ódio quando outras ilegalidades do Senhor Prefeito beneficiam a Associação dos Aposentados e outra sociedade civil. Qual a diferença, quanto à legalidade e a imoralidade, entre a cessão de parte da Rua João Manoel e a cessão de um terreno para a Associação dos Aposentados se todas as duas não tramitaram na Câmara de Vereadores e nenhuma foi por ela aprovada?

            Ou foi porque o Prefeito anterior atendendo o interesse da maioria expressiva da coletividade liberou toda a Rua João Manoel para o trânsito de veículos? Ou foi porque o atual Prefeito se considera militar e atendeu ao pedido esdrúxulo do Comandante do 6º BE, o que representa uma agressão à comunidade são-gabrielense?

            Qual a razão da minoria de prepotentes se beneficiar de privilégios que agridem e prejudicam a maioria? A maioria talvez seja composta de covardes e de submissos que não têm consciência da sua força coletiva.

            Está na hora da coletividade exigir de seus líderes lucidez, desprendimento e grandeza para entenderem que são líderes para se sacrificar pela maioria e não sacrificar a maioria pelos seus caprichos rançosos e ilegais.

            Está na hora de todos aqueles que dizem trabalhar pelo bem desta terra sentar à mesa e cavalheirescamente tratarem das divergências que emperram o desenvolvimento do município. Os grandes homens sabem conviver com as divergências; os pequenos morrem afogados no fel produzido pelo próprio ódio e pelo seu sentimento de inveja e rancor.

            Será que não existe nenhum líder suficientemente lúcido que se proponha a mediar um encontro para por fim a esse diálogo rasteiro que envergonha os protagonistas e toda a coletividade desta maravilhosa terra de São Gabriel?

            Será que não se envergonham do seu próprio comportamento? Haja estômago.

           

           

           

           

           

           

           

           

           

           

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MINISTROS DO STF


 

 

            A todo o momento se contesta ou se critica a nomeação dos Ministros do Supremo Tribunal Federal pelo PT, mas nunca esse assunto foi suficientemente esclarecido quando outros Partidos Políticos estiveram no poder. Até a assunção do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República a Constituição Federal não era contestada e a matéria não era motivo de discussão como uma interferência do Executivo no Judiciário.

            A Constituição Federal do Brasil, de 1988, diz: Seção II – Das Atribuições do Presidente da República. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal,...

            A Constituição Federal do Brasil foi aprovada pela maioria do Congresso Nacional que era na época composto por diversos partidos políticos e não somente pela bancada do PT.

            A Constituição Federal já é uma colcha de retalhos, haja vista as emendas que já sofreu o que reflete as lacunas deixadas quando de sua elaboração. E por que esse artigo não foi contestado de 05 de outubro de 1988 a dezembro de 2002? Ou não imaginavam mudanças radicais em tão pouco tempo?

            Penso que as regras devem ser duradouras e não modificadas de acordo com o grupo que assume o poder.

            Acompanho a grande mídia dar espaços enormes para discutir jogador de futebol e outras baboseiras, mas o espaço para pessoas preocupadas com a vida nacional é reduzido ou quase nulo.

            A escolha dos Ministros do STF passa pelo crivo do Senado Federal e se este é negligente ao fazer a avaliação dos candidatos também é responsável por uma má escolha. O que me preocupa não é a competência de quem escolhe, pois isso é um preceito constitucional, mas sim a suspeita descarada de que os Ministros nomeados pelos últimos presidentes, e só por esse fato, estariam favorecendo o Executivo em suas decisões. E por que essa dúvida não recaía sobre os Ministros anteriores também nomeados de acordo com o mesmo preceito constitucional?

            Os atuais Ministros são suspeitos, em suas decisões, aos adversários do PT, assim como os anteriores eram suspeitos ao PT porque eram nomeados pelos adversários. Pensando dessa forma não tem Ministro que sirva, pois todos são nomeados em qualquer tempo pelo presidente da República, que estiver de plantão, sempre sob a suspeição dos adversários.

            A verdade é que o nosso povo está desprezando o cidadão de conduta ilibada e grande saber e apostando em qualquer populista sem eira e nem beira.

            Será que isso ocorre só na Presidência da República? Claro que não.

            Conheço pessoas que não leem o que assinam ou então assinam o que não leem, pois do contrário não teriam comportamento tão conflitante, pois na prática seus atos são iguais ou muito parecidos com os de seus criticados. Têm solução para tudo, porém não solucionam nada. Não sabem administrar seus bolichos, mas pensam que podem administrar o universo.

 

            ### Contra-senso: Metade do Brasil odeia o PT, mas no vácuo desse ódio todos nós somos reféns do PMDB, o maior partido político do Brasil e que tem nos seus quadros os políticos mais versáteis: Está sempre no poder, mas nunca arca com o ônus do poder. Não será por essa razão que evita ter candidato próprio à Presidência da República? Pensem.

           


 
           

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

APLAUSOS


 


            A maiúscula vitória do José Ivo Sartori para ser o nosso novo governador a partir de 01 de janeiro de 2015 lhe tem garantido os mais variados elogios e um sem número de aplausos pela maneira descompromissada com que enfrentou a campanha eleitoral. Uns dizem que a estratégia adotada foi fruto de sua inteligência, outros dizem que foi da inteligência de quem o assessorou.

            A maioria afirma que José Ivo Sartori nada prometeu e muito menos disse a que veio durante os debates dos quais participou. Afirma inclusive que ninguém poderá lhe cobrar coisa alguma em vista de não ter dito que ia ou não fazer e de que maneira.

            A maioria mais uma vez está completamente equivocada ou então não sabe analisar as manifestações dos candidatos, pois o nosso governador que assume a administração estadual a partir de primeiro de janeiro de 2015 está tão ou mais comprometido do que aparentemente parece.

            O novo governador se comprometeu a pagar o piso nacional para o magistério estadual, pois ao cobrar o não pagamento ao atual, tacitamente, assumiu a responsabilidade de fazê-lo; o candidato eleito com expressiva maioria, ao acusar o atual governador de relaxamento quanto à segurança dos gaúchos estava se comprometendo com um melhor aparelhamento da brigada militar, da polícia civil e com o aumento considerável de seus quadros, além de melhorar os níveis salariais; o candidato eleito ao criticar os investimentos na saúde feitos pelo governador atual está assumindo o compromisso de melhorá-la e assim sucessivamente no tocante a estradas, pedágios, universidade estadual e toda a parafernália que implica na infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do RS.

            Tomara que o senhor José Ivo Sartori não siga o exemplo nefasto de tantos outros executivos eleitos que ficam aumentando cargos e secretarias para garantir empregos aos políticos que perderam mandatos ou que não conquistaram um.

            Tomara que o senhor José Ivo Sartori não siga o exemplo do senhor José Fortunatti que arrumou uma secretaria em P. Alegre ao Pompeo de Mattos, funcionário concursado do Banco do Brasil S. A, quando perdeu a eleição que disputou na condição de vice-governador.

            Administrar um Estado como o RS que vem com as finanças combalidas há mais de trinta (30) anos é uma tarefa árdua e desgastante porque têm no seu orçamento despesas que não se pode cortar como é o caso dos salários do pessoal ativo e inativo e que só aumentam.

            O bom administrador é aquele que reduz custos, mas na administração pública isso nem sempre é possível pela existência de vícios legislativos inexistentes na administração privada.

            As informações que tenho do nosso governador eleito são das melhores, mas não criem falsas expectativas, pois os abutres de sempre já sobrevoam sua cabeça de olho em uma boca ou na pior das hipóteses de uma orelha para continuarem exibindo sua imbecilidade nos corredores dos Palácios, à custa do erário público.

            A avaliação de sua administração vai depender dos critérios de distribuição das verbas publicitárias e dos veículos contemplados. Desculpem, mas esta é uma verdade cristalina.

 

            Sessão de autógrafos: JOÃO ALFREDO REVERBEL BENTO PEREIRA participa aos amigos e amantes do livro que estará autografando sua mais recente obra, AMENIDADES 6, às 15,00 horas, do dia 09 de novembro de 2014, na Feira do Livro, em Porto Alegre.

            Na mesma ocasião estará colocando à disposição do grande público o conjunto das demais cinco (5) edições anteriores.