sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

NÃO BASTA MUDAR O ANO


 

 

         A cada mudança de ano há a esperança de que o novo seja melhor do que o velho e os votos se repetem durante toda a vida sem que a maioria das pessoas se dê conta de que esse é um ritual vazio e inconseqüente.

            Na passagem de 2013 para 2014 estava só e assim fiquei propositadamente. Recolhi-me e em meio ao barulho dos foguetes, dos carros com suas buzinas estridentes e do alvoroço da grande maioria fiz uma profunda reflexão sobre o meu comportamento perante minha coletividade e o que deveria fazer para melhorá-la.

            O resultado foi satisfatório, pois pesando os prós e os contra entendo que fiz tudo da maneira correta. Fui leal, sincero e muitas vezes antipático porque quem procura ser útil aos outros sempre é um tanto antipático.

            De repente, não mais que de repente me assaltou o seguinte pensamento: De que adianta desejar bom ano novo se não há no íntimo das pessoas a predisposição de mudar atitudes para melhorar a convivência?

            O novo só será melhor se todos os que compõem o extraordinário universo mudarem para melhor e reside neste ponto a grande dificuldade de avanço no desenvolvimento das nações, senão vejamos: diminuirá o consumo de drogas? Diminuirá o consumo de bebidas alcoólicas? Os motoristas obedecerão a lei do trânsito? Haverá a recuperação da família? Cada cidadão cumprirá com suas obrigações? Diminuirá a pedofilia? Os relaxados deixarão de colocar lixo nas ruas e praças? Os governantes governarão para a coletividade? A Justiça será mais justa? A ânsia pelo lucro será menos selvagem? Ah, que bom seria se produzíssemos um ano melhor do que o outro porque somente a mudança no calendário não é suficiente para tanto.

            Tomem consciência disso e sejamos todos os protagonistas da mudança. Fora disso não apostem em um ano melhor.

 

            ### Leio que a Prefeitura gasta com os veículos de comunicação R$ 19.854,75 (dezenove mil, oitocentos e cinqüenta e quatro reais e setenta e cinco centavos) por mês. Multiplicando esse valor por doze (12) teríamos R$ 238.257,00 (duzentos e trinta e oito mil, duzentos e cinqüenta e sete reais) por ano. Ao cabo de quatro (4) anos seriam R$ 953.028,00 (novecentos e cinqüenta e três mil e vinte e oito reais). Agora se sabe por que falta recurso para urbanizar a Avenida Tito Prates, uma prioridade que as autoridades constituídas transformaram em deboche e desleixo.

 

            “Devemos rir antes de ser felizes, por recear morrer sem haver rido.” (La Bruyère).

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