terça-feira, 14 de janeiro de 2014

AS INSTITUIÇÕES E A CRIAÇÃO DE MONSTROS


 

 

            Publiquei o artigo que leva o título acima, por incrível que pareça, no dia 20 de maio de 2008, no Jornal Cenário de Notícias. É bom escrever, pois alguns anos após faz-se uma avaliação positiva ou não do assunto abordado. Lembro que recebi manifestações grosseiras, através do telefone, porque muitos entenderam que meu objetivo era atingir pessoas. Republico porque entendo que o conteúdo está mais presente no nosso dia a dia do que nunca. Vejamos: A maioria das pessoas ganha visibilidade perante a comunidade através das instituições que representa. A instituição paga a publicidade nos veículos de comunicação, mas quem aparece nas fotos, nas reportagens, na TV, normalmente, é o presidente, o provedor, o diretor, o representante legal, o prefeito, o governador, etc..., etc. O veículo de comunicação em busca da publicidade da instituição bajula, enche o ego do representante e nesse exato momento ajuda a criar o monstro e um grande problema para todos. Monstro é monstro, depois de criado se acha no direito de dar as cartas e jogar de mão. Contrariado, faz beicinho.

            Os exemplos do afirmado acima são fartos: A Maria do Carmo Bueno foi eleita deputada estadual com 205.000 votos porque apresentava o Jornal do Almoço (RBS); em São Gabriel sem ninguém conhecê-la fez 500. Revelou-se uma grande deputada. Foi reeleita (sem o Jornal do Almoço/RBS) com míseros 37.000 votos, em São Gabriel com 50. Perdeu a visibilidade. Quem se lembra da Margareth Tatcher? Quem se lembra da Maria do Carmo?

            O Baltazar ganhou visibilidade gerenciando (por indicação), durante muitos anos, a agência local da Caixa Econômica Estadual; organizou o PL (Partido Liberal) com a visibilidade da Prefeitura de São Gabriel e, por coincidência organizou o PR (Partido da República) de idêntica maneira. Lembram do Mário da Rosa Machado? Lembram do Carlos Vieira Gonçalves? Ganharam a sua maior visibilidade em São Gabriel quando, cada um a seu tempo, foram provedores da Santa Casa de Caridade. Teria o amigo Roque Montagner a visibilidade que tem se não fosse hoje o provedor da Santa Casa? Foi o Roque Montagner ou o provedor da Santa Casa o convidado para ser vice do PSDB? São Gabriel teve o tempo áureo das Cooperativas e cada uma com seu dono; a cooperativa do B, a do F, a do M. Onde estão? Muitas instituições recebem verbas públicas a fundo perdido (não precisa prestar conta) e outras com destinação específica; outras têm seus mantenedores, seus doadores e sua receita operacional razão pela qual resistem às crises.

            Os veículos de comunicação, através das instituições, consagram os monstros e estes depois de criados não admitem divergência de opinião e muito menos uma crítica de quem quer que seja.

            Outro exemplo palpitante e atual é a Senadora Ana Amélia Lemos virtual candidata ao governo do Estado do Rio Grande do Sul que conquistou um mandato graças a sua visibilidade como repórter da Globo.

            Manter visibilidade por seus méritos, sem estar escorado nas instituições, é para poucos.

             O mundo é cíclico, portanto... Tudo é possível.

             

            ### “Ser bom é estar em harmonia consigo mesmo. A dissonância consiste em ver-se obrigado a estar em harmonia com os outros.” (Oscar Wilde)

            

           

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