Publiquei
o artigo que leva o título acima, por incrível que pareça, no dia 20 de maio de
2008, no Jornal Cenário de Notícias. É bom escrever, pois alguns anos após
faz-se uma avaliação positiva ou não do assunto abordado. Lembro que recebi
manifestações grosseiras, através do telefone, porque muitos entenderam que meu
objetivo era atingir pessoas. Republico porque entendo que o conteúdo está mais
presente no nosso dia a dia do que nunca. Vejamos: A maioria das pessoas ganha
visibilidade perante a comunidade através das instituições que representa. A
instituição paga a publicidade nos veículos de comunicação, mas quem aparece
nas fotos, nas reportagens, na TV, normalmente, é o presidente, o provedor, o
diretor, o representante legal, o prefeito, o governador, etc..., etc. O
veículo de comunicação em busca da publicidade da instituição bajula, enche o
ego do representante e nesse exato momento ajuda a criar o monstro e um grande
problema para todos. Monstro é monstro, depois de criado se acha no direito de
dar as cartas e jogar de mão. Contrariado, faz beicinho.
Os
exemplos do afirmado acima são fartos: A Maria do Carmo Bueno foi eleita
deputada estadual com 205.000 votos porque apresentava o Jornal do Almoço
(RBS); em São Gabriel
sem ninguém conhecê-la fez 500. Revelou-se uma grande deputada. Foi reeleita
(sem o Jornal do Almoço/RBS) com míseros 37.000 votos, em São Gabriel com 50.
Perdeu a visibilidade. Quem se lembra da Margareth Tatcher? Quem se lembra da
Maria do Carmo?
O
Baltazar ganhou visibilidade gerenciando (por indicação), durante muitos anos,
a agência local da Caixa Econômica Estadual; organizou o PL (Partido Liberal)
com a visibilidade da Prefeitura de São Gabriel e, por coincidência organizou o
PR (Partido da República) de idêntica maneira. Lembram do Mário da Rosa
Machado? Lembram do Carlos Vieira Gonçalves? Ganharam a sua maior visibilidade em São Gabriel quando,
cada um a seu tempo, foram provedores da Santa Casa de Caridade. Teria o amigo
Roque Montagner a visibilidade que tem se não fosse hoje o provedor da Santa
Casa? Foi o Roque Montagner ou o provedor da Santa Casa o convidado para ser
vice do PSDB? São Gabriel teve o tempo áureo das Cooperativas e cada uma com
seu dono; a cooperativa do B, a do F, a do M. Onde estão? Muitas instituições
recebem verbas públicas a fundo perdido (não precisa prestar conta) e outras
com destinação específica; outras têm seus mantenedores, seus doadores e sua
receita operacional razão pela qual resistem às crises.
Os
veículos de comunicação, através das instituições, consagram os monstros e
estes depois de criados não admitem divergência de opinião e muito menos uma
crítica de quem quer que seja.
Outro
exemplo palpitante e atual é a Senadora Ana Amélia Lemos virtual candidata ao
governo do Estado do Rio Grande do Sul que conquistou um mandato graças a sua
visibilidade como repórter da Globo.
Manter
visibilidade por seus méritos, sem estar escorado nas instituições, é para poucos.
O mundo é cíclico, portanto... Tudo é
possível.
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“Ser bom é estar em harmonia consigo
mesmo. A dissonância consiste em ver-se obrigado a estar em harmonia com os
outros.” (Oscar Wilde)
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