Cada
vez que é eleita a oposição ao grupo dominante que administrava o executivo em
qualquer das suas instâncias a ladainha sobre os famosos restos a pagar ou
sobre as dívidas herdadas é uma praxe dos que assumem o novo mandato.
Nos
dias de hoje é normal o endividamento dos municípios eis que as gerências são
na sua grande maioria políticas, o que provoca despesas desnecessárias, mas que
são quase obrigatórias para enaltecer a figura do administrador.
A
tomada de financiamento em longos prazos para a realização de obras necessárias,
mas nem sempre prioritárias faz o gerente de plantão comprometer as
administrações futuras na obrigação de saldar as obrigações assumidas em nome
do Município.
Os
restos a pagar, são, assim também como as dívidas, uma obrigação do Município, do Estado ou da União e como tal
cumpre ao novo gerente honrá-las e não de quem o administra.
Para
evitar essa ladainha ridícula é que todos se esforçam pela reeleição e quando
esta não é mais possível tentam eleger um companheiro para ser o sucessor, pois
dessa maneira nada é levado ao conhecimento do grande público, mesmo existindo
os famosos restos a pagar ou dívidas.
Dia
31 de janeiro corrente será eleita a nova mesa diretora da Santa Casa de
Caridade de São Gabriel. Não tenho conhecimento se haverá mais de uma chapa
concorrendo, mas o certo é que a situação quer permanecer. Neste caso não
haverá ladainha quanto às dívidas da Santa Casa, mas se porventura uma outra
ganhar e for empossada, saia da frente porque assim como o Município a Santa
Casa também as tem, o que é normal.
A
Presidente Dilma é o melhor exemplo que posso apresentar. Agüenta firme as
maracutaias herdadas do Luiz Inácio e afirma que não é uma herança maldita. Mas
imaginaram o incêndio que seria provocado se o José Serra fosse o vitorioso?
O
choro do Prefeito eleito não procede, pois ele sabia que o Município tinha
dívidas, mas mesmo assim fez acordos com Deus e o Diabo para ganhar a eleição.
Só lhe resta trabalhar para provar que sua administração será diferente das
demais porque até o presente momento a impressão que se tem é de que está
amarrado pelos compromissos assumidos “com os mesmos”. Pelo menos é o que se
constata pela revolta de quem diz que sempre esteve ao seu lado e hoje está
preterido por nomeações que não obedecem aos requisitos da boa administração e
representam uma agressão aos contribuintes. Até quando caminhará de mãos dadas
“com os mesmos”? É a pergunta que se faz.
As
nomeações de militares da reserva ou reformados, a nomeação de aposentados que
já têm a sobrevivência garantida para cargos em comissão iguala o perfil da
atual administração ao das anteriores. E muitos são-gabrielenses se mandam para
Vacaria ou outro destino.
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CORREÇÃO: Na edição passada comentei
que 0,887hectares estão sendo desapropriadas na Chácara da família Assis
Brasil. Não são 0,887, mas sim 1, 7385 hectares . Para quem afirma que o Município
está falido e não atende as prioridades da comunidade fica difícil justificar
tal ato. Fica a interrogação: Quem serão os maiores beneficiados com tal
desapropriação? Fica difícil de entendê-la como um dos primeiros atos
da nova administração quando ainda nem tomou conhecimento dos crônicos
problemas que afligem a municipalidade. No prazo de vinte (20) dias é
impossível se inteirar de tudo. Nem com mágica. A desapropriação, se supõe,
começou a ser programada tão logo foi proclamado o resultado da eleição. Ou
não?
Entendo
precipitada a decisão, independente de quem são os proprietários da área. Se
meus amigos ou não, pois ela contraria o discurso da “terra arrasada” dos novos
administradores.
Até
enquanto a censura não me cortar, novamente.
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