A
Ex-Corregedora do Conselho Nacional de Justiça fez um pronunciamento antes de
deixar a Corregedoria que deve ser muito bem considerado e nunca esquecido
pelos brasileiros. Corajosa, foi ela quem mostrou, de dentro para fora, que o
Judiciário por ser formado de pessoas humanas tem lá suas falcatruas e seus
corruptos. Algumas de suas frases retiradas do pronunciamento: “Tenho 34 anos de magistratura e sou
sabida. Sou sabida por que sou velha”. “Eu sei o que é um processo contra uma
pessoa que tem importância social. O Brasil é um país em que a importância
social, importância econômica, as elites políticas e as elites econômicas ainda
têm grande peso”. “Eu não tenho dúvidas de que mexer com patrimônio ainda é
muito sério”.
Para este
jornalista a corajosa magistrada não diz nenhuma novidade, pois há muito tempo,
pelas atividades que desempenhou e desempenha, tem a consciência de que as
elites do Brasil sempre protegem seus faltosos. Ele já viveu isso, pois quando
decidiu responsabilizar administrador público pertencente à elite por mau uso
dos recursos públicos ficou solitário no Tribunal enquanto o faltoso teve o
apoio da sociedade muito bem representada no ato. Isso mesmo... Mas mesmo com o
apoio da elite corrupta foi condenado porque quando os Tribunais são
representados por Juízes que julgam com independência a justiça sempre triunfa.
Mas
o trabalho dessa magistrada mostrou aos que insistem em dizer que só na
política existe gangsterismo que esta prática não é exclusividade dos políticos.
Ele se faz presente, assim como a corrupção, em toda e qualquer atividade, pois
elas são exercidas pelo ser humano e este a cada dia despreza a moral em nome
da riqueza material.
O
Brasil é um país novo, mas o povo precisa acordar e começar a realização das
mudanças de que tanto precisamos. Mudança de conduta, mudança de hábitos e
mudança na maneira de avaliar comportamentos. Atualmente queremos provocar
mudanças nos outros, mas antes de querer mudar os outros é imperioso nos
analisarmos para saber se não precisamos mudar primeiro.
Muitas
pessoas se dizem a favor da pena de morte, desde que seja aplicada nos filhos
dos outros, mas jamais nos seus, embora reconhecidamente criminosos. Ao
externar sua opinião sobre a pena de morte, sobre a prisão perpétua ou sobre os
trabalhos forçados, por favor, admita a possibilidade de que o condenado poderá
ser o seu filho ou um ente querido. Analise o assunto sobre diversos ângulos,
pois cada um deles poderá alterar sua opinião.