sexta-feira, 9 de março de 2012

LIÇÕES PARA A VIDA

Por muito pouco tempo fui menino, garoto, guri ou adolescente. Posso dizer que nasci adulto, pois já nos tenros anos trabalhava para ajudar na manutenção da família. E para isso nunca escolhi trabalho desde que fosse lícito. Vendi banana, laranja, pastel e outros quitutes que a mãe, como todas as mulheres da época, fazia com maestria. Mas nunca vendi a alma, o caráter, a personalidade e jamais permiti que me desmoralizassem.

Trabalhei em olaria, um dos serviços mais brutos que já executei; fui açougueiro junto com meu pai e ainda por longo período fui o cozinheiro da família.

No tempo do trem de passageiros fui carregador de malas.

Nunca reclamei de nada. Nunca fui problema, sempre fui solução.

Meu primeiro emprego formal foi na Sociedade Meridional da Educação (SOME) na função de porteiro do Ginásio São Gabriel (março-dezembro/1964). O serviço era pouco, o tempo disponível utilizava na leitura cujos ensinamentos são de grande valia até hoje.

Quando terminei o segundo ano de contabilidade como primeiro lugar da turma (1964) o Colégio Comercial São Gabriel me indicou para trabalhar na Revenda Volkswagen, AUTO GABRIELENSE S. A., que ora iniciava suas atividades comerciais. Fui admitido no dia 02 de janeiro de 1965 e aos trancos e barrancos, devido a minha forte personalidade, fui conquistando minha afirmação profissional graças às oportunidades ímpares que recebi pelo destaque no exercício de minhas atribuições.

O grande aprendizado e o aperfeiçoamento profissional aconteceram no período de 02 de janeiro de 1965 a 25 de junho de 1973 o tempo que durou a AUTO GABRIELENSE S. A.

E foi quando lá trabalhava que recebi grandes lições que me são úteis até o presente momento. Destaco duas, dentre outras, porque foram de transcendental importância na minha vida. A primeira foi aprender a ter tempo para tudo: Um viajante do qual não recordo o nome, quando lhe disse que não tinha tempo, pois trabalhava no dia e estudava na noite disse: “moço, o dia tem vinte e quatro (24) horas dividido em três (3) períodos de oito (8). Oito horas para trabalhar, oito horas para se divertir e oito horas para descansar e nesses três períodos um homem organizado arruma tempo para tudo”. Refleti naquelas palavras e depois disso nunca mais me faltou tempo para nada. Nem hoje que trabalho e moro só. A segunda a não ter pressa: Certo dia a empresa precisou licenciar, no departamento de trânsito da Delegacia de Polícia local, um automóvel vendido para Porto Alegre. O inspetor encarregado era o Senhor JUVENIL JACOBSEN, um dos policiais civis mais corretos do Brasil senão o mais correto. Quando pedi sua atenção e falei que tinha pressa ele simplesmente sem se virar para ver quem era o apressado lascou: “se o senhor tem pressa porque não iniciou o serviço ontem?” Nunca mais tive pressa, começo tudo mais cedo e por isso sou intolerante com os retardatários apressadinhos que prejudicam a grande maioria.

Todos os dias recebo reclamações de quem não faz nada e não tem tempo para nada e de quem tem pressa porque saiu atrasado. Ora, a solução está no texto basta ler com atenção.

### Está na hora do Presidente da Câmara reiniciar a administração da Casa e parar com essa publicidade pessoal. O ano é eleitoral, mas todo o cuidado é pouco.

### O reservatório de água à Rua Duque de Caxias nas redondezas da Livraria do Wolmer (José Ximendes), Casa Nova e Benoit continua invisível aos olhos das administrações municipais. E é no centro. Credo. O perigo maior é uma epidemia da dengue.

### Para todas as mulheres que gostam de ser mulher, que se vestem como mulher e que agem como mulher os cumprimentos do colunista pelo dia internacional que lhes é consagrado.

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