sexta-feira, 15 de julho de 2011

MÍDIA

“A grande mídia, também conhecida por “PIG”, por “GAFE” ou “Marronzinha”, só fala dos corrompidos, mas nunca dos corruptores. Deveria, se tivesse vergonha na cara, dar o nome de todos os envolvidos, pois um jamais existiria sem o outro. Ah! Eles podem ser anunciantes e, sendo assim, não convém. Está explicado, eles são coniventes e convenientes. São os sepulcros caiados dos nossos dias... (Carmen Fusquine)” – ( JC. Edição de 14.07.2011).
Menos mal que aos poucos as pessoas vão acordando para uma realidade evidente, mas que a grande maioria não quer ver. Claro que a mídia é importante, porém nem tudo que ela publica é o que interessa ao grande público. Em outras ocasiões tenho escrito que a mídia publica o que interessa aos seus exploradores.
A credibilidade de quem informa também precisa ser levada em consideração. Lá pelos idos de 1986, na campanha da constituinte, afirmei que um grande explorador das comunicações do Rio Grande do Sul era o maior explorador do jogo de bicho na cidade de Porto Alegre. Espanto geral quando citei o nome. O candidato que apoiava se surpreendeu e os amigos que estavam à mesa, para variar, me chamaram, mais uma vez, de louco. O motorista do candidato que estava junto a nós disse que eu tinha razão. Que ele tinha sido arrecadador do dito e que muito devia à sua bondade, pois tinha comprado casa e a mobiliado trabalhando para o bicheiro. Nada foi publicado na grande mídia a respeito do assunto. E nunca será.
Há poucos dias escrevi do porque das CPIs sempre acabarem em nada. É porque quando ela chega ao ralo todos morrem abraçados, homens públicos eleitos, não eleitos, empresários financiadores de campanha e anunciantes na mídia, etc.
Por isso é difícil combater a corrupção, ela está entranhada na vida de todos os brasileiros e poucos, muito poucos, dão a cara para bater. Todos ficam na fila, quietinhos, esperando sua vez de tirar um pouco de proveito dessa podridão que cresce assustadoramente e que parece estar longe do fim no Brasil e no mundo. Mas percebo a reação de uma minoria corajosa e descomprometida.
A senhora Fusquine está cheia de razão e o Jornal do Comércio comprova ser um dos maiores e melhores periódicos do Rio Grande do Sul ao publicar uma manifestação desse teor.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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