sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O SUCESSO DO LUIZ INÁCIO

Creio ser fácil fazer uma breve análise do sucesso dos oito (8) anos da administração federal que ora troca de comandante, mas não de projeto já que a nova dirigente diz que dará continuidade ao atual.
O atual Presidente é um político persistente e de muita sorte, pois nos últimos anos a economia mundial navegou em mares tranqüilos exceto os abalos de 2009 que sacudiram todo o planeta. E o Brasil saiu da referida crise mais fortalecido pela propriedade das medidas tomadas na sua economia interna. O último a entrar e o primeiro a sair da mesma.
Penso que um dos grandes méritos desse comandante sem formação acadêmica e tão ridicularizado por isso foi fazer de fato, talvez até sem saber, uma administração nos moldes do sistema parlamentarista no qual o presidente encarna o Estado e o Primeiro Ministro o governo. O Luiz Inácio foi, na realidade, o Chefe de Estado delegando às equipes da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central as atribuições do governo sob o comando da Primeira Ministra Dilma Roussef, no presidencialismo, Ministra da Casa Civil. O Chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva, com suas viagens tão criticadas por quem não tem idéia do que é ser Chefe de um Estado, abriu fronteiras para o Brasil que jamais alguém imaginaria. Conquistou o mundo com sua extraordinária inteligência e com sua dificuldade de expressão, mas se fazendo entender pelas maiores autoridades do planeta terra. Engrandeceu o Brasil, é o mundo que diz.
A pouca ou nenhuma interferência do Luiz Inácio nas coisas do governo aliada à boa escolha de seu articulador político e na falta deste da própria capacidade de conciliação foram sem sombra de dúvidas os pilares sustentadores do seu sucesso.
As pessoas que me lêem e que tem boa memória lembram que há muitos anos afirmo de que não acredito em economia saudável sem mercado consumidor interno forte, pois partindo dessa idéia é que não me surpreendo e nem me espanto com a situação atual do Brasil. Os programas sociais (assistenciais) da atual administração aqueceram o mercado interno, há circulação da moeda e consequentemente geração de renda. O resultado está aí. Não tenho paixões, sempre fui um homem cerebral por isso não diferencio uma administração que dá dinheiro para o rico de outra que dá dinheiro para o pobre. Para onde vai o dinheiro do pobre? Sempre aumenta a riqueza do que tem mais porque o pobre é obrigado a gastar para sobreviver. Pobre não faz poupança porque não sobra, mas também paga imposto em tudo que consome.

### Não há necessidade de uma nova CPMF, basta aplicar os recursos destinados à saúde na saúde da população e não nos ralos da corrupção. Precisamos é de criar o Tribunal de Contas dos Hospitais – TCH porque tem muito hospital particular que é movido por verba pública sem jamais prestar contas dos recursos que recebe. É preciso uma Lei que obrigue toda instituição que receba verba pública a prestar contas detalhadas do uso da mesma. A comunidade precisa saber... Ou não?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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