Têm razão os senhores vereadores quando fazem o que bem entendem, dentro ou fora da Lei, na Câmara Municipal. Quando a maioria de uma coletividade omissa e submissa aplaude a falta de decoro de seus homens públicos não serão os protestos isolados que os farão mudar.
Mais responsáveis do que os faltosos são os demais que em nome de um corporativismo nocivo lhes são solidários. A conclusão a que se chega é a de que entre os dez (10) não escapa ninguém, pois quem cala consente. Estão todos na vala comum.
Perdoem, mas tudo isso agride a inteligência de uns e ofende coletivamente a cidadania. Os senhores vereadores, com seus maus exemplos, desmoralizaram toda a municipalidade quando, em benefício próprio, desrespeitaram a Lei ainda que no exercício de um mandato popular. Devem, porém entender a inconformidade dos poucos que lhes acompanham os passos. Os senhores fazem o que bem entendem sem pedir permissão aos próprios eleitores razão pela qual devem aceitar a crítica dos que não concordam com ilícitos.
Uma diferença abissal: O ofendido e prejudicado é o povo do qual emana todo o poder e sustenta com seus tributos a orgia praticada pelos homens públicos deste país. Isso precisa acabar.
Na data de 09 de dezembro corrente protocolei, sob número 360, uma denúncia na secretaria da Câmara Municipal contra três (3) vereadores a qual, não sei por que razão, não foi lida em plenário. A finalidade desta coluna não é enxovalhar o nome de ninguém e nem é a busca de sensacionalismo a qualquer preço. A finalidade deste espaço é a busca intransigente da verdade. E aos poucos ela aparece. Há males que vêm para o bem.
Acabo de receber o depoimento escrito de dois (2) dos vereadores denunciados transferindo toda a responsabilidade da autoria das irregularidades ao presidente da Câmara Municipal no ano de 2009. Alegam que seus nomes foram usados sem o seu prévio conhecimento e sem o seu consentimento.
Não ficam os senhores vereadores isentos de responsabilidade, pois a prática desses ilícitos demonstra o total descaso para com o funcionamento interno da casa, ou seja, o poder fiscalizador que é o legislativo não fiscaliza os atos do executivo e nem os seus. Mergulhado em debates pessoais inócuos e ridículos depõe contra sua finalidade maior e escancara a mediocridade de seus componentes.
Que a atitude desses dois (2) vereadores, se sincera, que seja o início da moralização da atividade política, tão bela e necessária, mas infelizmente tão depreciada em função dessa simbiose nefasta constituída por péssimos eleitores e os não menos desqualificados candidatos que ultimamente têm sido eleitos.
E quando assisto a passividade de um povo mediante o abusivo aumento da remuneração dos senhores parlamentares e executivos mais me convenço de que não nasci para ser cordeiro.
A um povo sem vibração e que aceita a canga imposta por meia dúzia ou dez ou doze aventureiros só resta bater boca nas esquinas, nos botequins e pagar a conta cruel e injusta que a sua omissão produz.
As minhas atitudes são reflexos das cobranças da minha consciência. Não me rendo e não me calo porque sei que sou muito mais forte do que uma multidão de submissos e indiferentes.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
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