sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A COMUNICAÇÃO MODERNA DISPENSA VIAGENS

A alegação dos senhores vereadores de que as viagens a serviço da comunidade e os cursos de aperfeiçoamento justificam os gastos exagerados com diárias não procede, pois o avanço extraordinário das comunicações dispensa ou torna desnecessário o deslocamento físico até outras localidades para solucionar a maioria dos problemas salvo honrosas exceções.
A modernidade possibilita conferências, palestras, cursos de atualização, namoro, compras através do telefone e de computadores com seus recursos eficazes. As viagens ficaram para a solução de casos especiais, pois quase tudo se faz usando como veículo a rede internacional.
Os contabilistas e os profissionais que atuam junto ao judiciário (advogados) e os que o compõem são os que mais necessitam de uma permanente atualização em suas atividades e o fazem quase cem por cento (100%) de dentro dos seus escritórios.
A maioria dos habitantes desta imensa São Gabriel está se comunicando via correio eletrônico. Sabem por quê? Porque não recebem diárias para visitar os amigos. Resolvemos um montão de coisas entre empresas de diversos municípios, estados e países através de um fio ou de um sinal, mas os administradores públicos são tão atrasados que ainda não descobriram os recursos da nova comunicação. Eles precisam viajar, viajar e viajar com todas as despesas pagas pela comunidade. Uns nem gastam a totalidade do valor da diária, porém o saldo ajuda a engordar a remuneração mensal ao invés de retornar aos cofres públicos como seria o correto.
Procurem outra explicação senhores vereadores porque a que usam é tão tola que depõe contra o decoro que devem manter no exercício do mandato.
No ano de 1999 elaborei um projeto de lei, aperfeiçoado juridicamente pelo advogado Charlesmagne Fenianos Neme, que foi apresentado na Câmara Federal pelo então deputado João Augusto Nardes e que levou o número PLC 895/1999. Pois bem, o acompanhamento do referido que hoje tramita no Senado é feito por mim, desde aquela data, sem nunca ter ido à Brasília. E o Charlesmagne também não foi.
Não fomos porque não há necessidade e nossa presença em nada agilizaria sua tramitação. Será aprovado no Senado? Não sei, mas acredito que sim porque ele corrige uma omissão da Lei 8009, de 29 de março de 1990, que dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Os que dizem que não faço nada por São Gabriel têm razão, faço pelo Brasil.
## O Rigotto candidato a Senador diz que lutará pela redução da carga tributária, mas um dos seus últimos atos na qualidade de governador do RS foi apresentar um PL alterando a matriz tributária do RS, ou seja, aumentando impostos. Que mudança hein?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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