terça-feira, 28 de setembro de 2010

A FORMA DE EXPRESSÃO

As pessoas que reclamam da imprensa têm lá suas razões, porém elas se manifestam de maneira imprópria, pois as reclamações devem se restringir aos formadores de opinião e nunca àquela de maneira generalizada. Um articulista de jornal, um comentarista de rádio ou de televisão precisa ser imparcial quando se manifesta sobre determinados fatos ou pontos de vista. O exemplo vem de Brasília quando o articulista Nilo Dias opina de que está na hora de São Gabriel criar alternativas que não sejam Baltazar ou Rossano e cita R ou R. Ora, no momento em que ele cita determinados nomes ele está direcionando a coletividade à alternativa que ele indica. O certo seria ele opinar pelo fim do ciclo e deixar à coletividade a escolha de alternativas.
Leio na coluna Ponto de Vista, edição de 17 de setembro, do Correio Gabrielense - Nada Pega - a manifestação do titular “É impressionante como a cada dia surgem mais escândalos envolvendo o Governo Federal e nada de muito relevante acontece. Primeiro, foi o caso “Erenice Guerra”, agora a candidata petista Dilma Rousseff que foi multada na terça feira pelo Tribunal Superior Eleitoral em R$ 5 mil por propaganda antecipada. O valor até então parece insignificante em se tratando de uma campanha à Presidência. Seria se não fosse pela décima vez. Dilma já acumula R$ 48 mil de débito com a Justiça Eleitoral”. Verdade. Nada a opor. O estranho é que o articulista não fala dos escândalos estaduais e das multas do José Serra cujo total é igual ou maior do que o da Dilma. Foi um lapso de memória ou insinuação de que só a Dilma transgride a Lei Eleitoral e os escândalos só acontecem no governo Federal?
São manifestações como essas que desacreditam a imprensa como um todo, pois é sabido que a maioria dos candidatos desrespeita a Lei e que os escândalos são marcas registradas do poder.
Outro exemplo: Muito critiquei a política de aluguel da administração anterior porque entendo que o bom administrador deve dar solução definitiva aos problemas do Município. Critico a atual porque manteve a mesma política em grau supostamente mais elevado. Mantenho coerência. Critico os erros e não quem erra. Não faço parte do grupo daqueles que praticam os mesmos vícios dos antecessores e vendem a idéia de que agora é virtude. Combati e combato o excesso de CCs e Secretarias, pois mudam as pessoas, mas não mudam as práticas.
Conheço eleitores que combatem os maus candidatos de Brasília, mas votam nos péssimos candidatos de São Gabriel.
Sou um homem de muitos defeitos, mas ninguém pode me acusar de mal usar este espaço porque tenho responsabilidades enormes com meus leitores e com o Jornal que me dá guarida. Com esses práticos exemplos espero ter esclarecido porque muitos reclamam da Imprensa. Ela não tem culpa de nada, culpados são os que a exploram e os que a fazem como eu.
Já escrevi em muitos periódicos, já participei de muitos programas de rádio e já fui notícia na televisão. Sei muito bem como funciona esse poder que se chama imprensa e por essa razão muitos me querem longe dele. Praticar a verdade é quase crime neste Brasil de faltosos e enganadores.
### Comentam à boca pequena que a demora do julgamento do ex-prefeito se deve ao constrangimento dos senhores vereadores em julgar o “mestre” e “benfeitor”. No vernáculo não há vocábulo que defina comportamento tão comprometedor. Para desviar a atenção da comunidade e conquistar simpatias homenagens são distribuídas a torto e a direito.
Não se ofendam, exerço o direito de pensar diferente.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FIDALGUIA FARRAPA

É, sem sombra de dúvidas, um dos grandes predicados do casal anfitrião NADIR DA SILVA BORGES PEREIRA-LUIZ ALBERTO MAGRI PEREIRA, auxiliado pelos filhos, que no dia dezenove (19) de setembro, devido a uma falha grotesca dos novos senhores do raio e do trovão são-gabrielenses que previam chuva para o dia vinte (20), recepcionou seus funcionários, parentes e amigos com um grandioso churrasco comemorativo à data magna do Rio Grande do Sul.
Foi mais do que um churrasco foi um verdadeiro ato de integração, pois lá compareceram convidados de diversos municípios do RS bem como de outros estados da federação, o médico Lucas Leite – SP, para viver momentos de grande descontração, efetiva alegria e reviver as fantásticas histórias da epopéia farroupilha.
Perfeitamente integrado à sociedade são-gabrielense e às suas tradições o casal citado acima ao longo de oito (8) anos, com a hospitalidade tradicional do gaúcho, participa dos festejos da semana farroupilha dessa maneira gentil fazendo com que a memória do passado não se perca e que nossos filhos saibam aqueles que seguem os trilhos e os que pularam a cerca.
E nesse convívio sadio e alegre as oitenta (80) pessoas presentes representantes de diversas famílias vivem momentos que justificam a grandeza e a mística da gente gaúcha. O churrasco assado à moda antiga, no fogo de chão, chama a atenção principalmente dos visitantes de outros estados que entre uma pergunta e outra vão se familiarizando com nossa história e entendendo o sentimento do gaúcho à terra em que nasceu. É por respeito a esta terra que alguém disse, acredito que um são-gabrielense do qual não lembro o nome, a seguinte expressão: “O Rio Grande está de portas abertas para todos, mas as águas barrentas de nossos rios tingir-se-ão com a púrpura de nosso sangue se forasteiros audazes menosprezarem da nossa altivez”.
As palavras podem representar pouco, mas quem me conhece sabe que quando admiro as atitudes às quais a pessoa humana não está obrigada a tomá-las e as toma elas se transformam em uma exaltação de admiração e respeito.
Nadir Borges Pereira-Luiz Alberto Magri Pereira que Deus os guarde e proteja para que por muitos anos o local onde proporcionam aos amigos tão significativos momentos seja o relicário das mais caras tradições deste Estado do RIO GRANDE DO SUL para orgulho de todos nós seus amigos. Muito Obrigado.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ESCOLA EM TURNO INTEGRAL? Não.

Entendo que a escola em turno integral como defendem muitos parlamentares e candidatos da atualidade é totalmente prejudicial ao ser humano em formação, pois o deixa à mercê de doutrinadores de plantão e afasta-o do mundo que um dia fatalmente terá de enfrentar bem como o distancia da pluralidade de idéias e pensamentos.
A transferência da formação moral e psíquica dos adolescentes à escola e aos professores nunca deu certo haja vista as experiências vividas com os internatos de antigamente. O que se impõe como urgente e necessária é a recuperação da família como pólo educador e formador moral da criança.
A falta de bons adultos existe porque os pais modernos afastam de si a responsabilidade de assistir e preparar adequadamente o crescimento dos filhos os entregando aos cuidados dos avós, de domésticas, de creches ou de qualquer outra pessoa completamente despreparada para tão importante missão.
Avós, salvo honrosas exceções, são péssimos educadores, pois fazem aos netos as concessões que nunca fizeram aos seus filhos e parte daí a idéia que se tem de que os avós são os estragadores dos filhos dos outros.
A sociedade de consumo e os seus defensores insistem em pregar a igualdade entre o macho e a fêmea, a base do núcleo familiar, afirmando que ambos precisam abandonar o lar na busca da sustentação financeira o que definitivamente não é verdadeiro. Isso pode ocorrer enquanto o casal não tem filhos, mas se os tem começa o drama de encontrar alguém que se encarregue dos mesmos. É nesse momento que procuram a escola de turno integral, a creche ou uma doméstica para entregar a formação dos filhos. É o início do desastre que presenciamos na atualidade.
Sou um prático e tenho a audácia de escrever o que penso o que aprendi ao longo de uma existência sofrida, porém plena de observações que me levam a essas constatações. Este espaço não é dedicado para puxar saco de administradores descuidados que mal conseguem cumprir com suas obrigações.
Sou fruto de uma sociedade economicamente patriarcal e socialmente matriarcal onde o macho e a fêmea têm funções claramente definidas e distintas. O macho buscava o sustento material da família enquanto a fêmea pelos seus atributos naturais era a encarregada da organização social do lar e do acompanhamento educativo dos filhos. A organização e a disciplina que a sociedade de hoje não tem se deve à extinção do núcleo familiar que era o responsável pela que existia outrora.
A escola em turno integral por certo conduzirá o ser humano ao radicalismo, à rebeldia, ou ao fanatismo ideológico de direita, de centro ou de esquerda, mas todos maléficos àquele que não convive com o pluralismo e a divergência de idéias.
Precisamos urgentemente reorganizar o núcleo familiar e integrá-lo à comunidade escolar e essa simbiose será o alicerce vigoroso que sustentará um novo amanhã voltado para o desenvolvimento intelectual, psíquico e moral da pessoa humana. Aí sim teremos organização, segurança, saúde, educação e respeito entre homens o que construirá a fraternidade que todos buscam.
Sem a reorganização da família não chegaremos a lugar algum, porém marcharemos céleres rumo ao caos se é que já não estamos nele.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A FALÊNCIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS

É a mais inequívoca realidade. Divorciados de suas finalidades, voltados para a defesa dos interesses dos figurões de suas cúpulas, ineficientes na formação de novos líderes e transformando a atividade política em um balcão de acomodações os partidos políticos ao darem guarida nos seus quadros para repórteres de TV ou rádio, jogadores de futebol, artistas, humoristas, cantores, religiosos das mais variadas correntes e demais profissionais da mídia que invadem os lares brasileiros através de seus programas nem sempre recomendáveis querem transformar o Congresso Nacional numa passarela de personagens sem vida partidária e sem qualquer comprometimento com o Estatuto e o Programa partidários.
Com o tipo de eleitor que temos entendo que deveríamos substituir as bancadas representativas dos partidos políticos pelas seguintes: bancada dos repórteres de TV e Rádio; bancada dos cantores: bancada dos jogadores de futebol: bancada dos humoristas; bancada dos religiosos das mais variadas igrejas e bancada dos artistas.
A irresponsabilidade dos partidos é tanta que um deles coloca em seu programa eleitoral uma eleitora do primeiro voto dizendo que vota em uma repórter porque ela já faz parte da família, pois está em todos os lares gaúchos através de certa repetidora de TV. Pobreza ou safadeza? A referida eleitora está votando na tela do veículo de comunicação e não no candidato que ela desconhece, mas que faz parte da família.
Ela vota no partido? Não. Ela vota na proposta? Não. Ela simplesmente vota porque aquele (a) candidato (a) aparece todos os dias na tela da repetidora. Aquele (a) candidato (a) não tem vida política e muito menos partidária, mas foi buscado (a) às pressas pelo partido político devido à sua visibilidade perante os eleitores. A eleição, que ás vezes acontece, disfarça o relaxamento partidário.
A irresponsabilidade do voto é outro fator que produz a eleição de péssimos candidatos. E não é só o analfabeto que vota mal como querem mostrar os defensores da idéia de que o eleitor precisaria de certa escolaridade para exercer esse direito. O que leva eleitores sabidamente qualificados votar em candidatos sabidamente desqualificados e desonestos? Conheço muitos eleitores desse tipo. Por que ninguém contesta os financiadores de campanha? A própria Lei Eleitoral em vigor beneficia os que já detém um mandato e prejudica a renovação dos parlamentos.
Os exemplos são fartos: No RS já elegeram a previsão do tempo – 100.000 votos; O Jornal do Almoço – 205.000 votos e nesta eleição poderá haver repeteco desse tipo de voto. A competição é desigual porque os que atuam na mídia estão permanentemente visíveis ao eleitor enquanto os demais se tentarem visibilidade são multados por propaganda extemporânea. E dizem que todos são iguais perante a Lei. É por essa razão que admiro os teimosos que com um currículo invejável colocam seus nomes à disposição embora sabendo que serão preteridos por uma imagem da tela de uma repetidora de TV ou por um corruptor qualquer que antes da eleição distribuí sorrisos e qualquer porcaria ou vantagem para eleitores muito piores do que ele. Votam nos piores e querem bons eleitos. Poupem-nos dessa.
### A diferença entre as administrações anteriores e a atual é: “As anteriores distribuíam R$ 20 bilhões/ano para cinco (5) famílias; a atual distribui os mesmos R$ 20 bilhões/ano para cinco (5) milhões de famílias”. Na roubalheira e na corrupção se igualam. Portanto... Não há milagre.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

DIFÍCIL DE ENTENDER

O discurso da governadora do RS, pois em determinados programas eleitorais reclama de que é atacada, injustiçada, desrespeitada e que sua família é atingida com difamações injustas. Tenta justificar a aquisição da casa e expõe suas razões porque não mora no Palácio Piratini. Morar ou não morar no Palácio é facultado pela Lei e quem decide é o (a) governador (a) no exercício do mandato.
A atual governadora demonstra ser uma masoquista (pessoa que se deleita com o próprio sofrimento), pois diante de tantas agressões e injustiças sofridas insiste na reeleição. Não merecem crédito suas palavras contraditórias. Está no fim do seu mandato e se é tão desgastante e ultrajante para a família ser a primeira mandatária do RS o lógico é ir cuidar dos filhos e netos que compõem a família.
Outro que deixa a desejar no seu discurso em busca de uma vaga no senado é o senhor Germano Rigotto. Ao eleitor atento não escapam as contradições do ex-governador senão vejamos: um dos seus últimos atos na qualidade de governador do RS foi apresentar um projeto de alteração da matriz tributária do Rio Grande do Sul com o aumento de tributos existentes e ou a criação de novos. Pois esse senhor pretendente a uma das vagas no Senado, avalizado pelo Presidente do PMDB gaúcho, Pedro Simon, no programa político afirma que se eleito lutará por uma reforma visando a redução da carga tributária que no seu ponto de vista é uma das mais altas do mundo. Os eleitores lembram que esse mesmo Rigotto viajou por todo o Brasil na administração do FHC com o objetivo de idealizar a tal reforma tributária. Viajou, viajou e viajou e não construiu reforma nenhuma. O fato é que poucos querem mudanças, pois quando estas acontecem uns perdem e outros ganham. E perder ninguém quer em hipótese alguma.
Como entender? Quando representava o poder trabalhava pelo aumento dos impostos; como pretendente ao poder diz que trabalhará pela redução de impostos. Qual dos dois é o verdadeiro Germano Rigotto: O Governador do RS ou o candidato a Senador? Prestem atenção na hora de votar senhores eleitores.
## Mais demorada do que a obra de remodelação do calçadão só a da reforma do prédio do Palácio Plácido de Castro (Prefeitura). Até nisso as administrações se parecem.
Comentam: “Que o julgamento do ex-prefeito não sai porque certos vereadores terão que descer do muro”. Eis o maior problema. As apostas estão abertas: O certo x O errado. Qual o placar?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A COMUNICAÇÃO MODERNA DISPENSA VIAGENS

A alegação dos senhores vereadores de que as viagens a serviço da comunidade e os cursos de aperfeiçoamento justificam os gastos exagerados com diárias não procede, pois o avanço extraordinário das comunicações dispensa ou torna desnecessário o deslocamento físico até outras localidades para solucionar a maioria dos problemas salvo honrosas exceções.
A modernidade possibilita conferências, palestras, cursos de atualização, namoro, compras através do telefone e de computadores com seus recursos eficazes. As viagens ficaram para a solução de casos especiais, pois quase tudo se faz usando como veículo a rede internacional.
Os contabilistas e os profissionais que atuam junto ao judiciário (advogados) e os que o compõem são os que mais necessitam de uma permanente atualização em suas atividades e o fazem quase cem por cento (100%) de dentro dos seus escritórios.
A maioria dos habitantes desta imensa São Gabriel está se comunicando via correio eletrônico. Sabem por quê? Porque não recebem diárias para visitar os amigos. Resolvemos um montão de coisas entre empresas de diversos municípios, estados e países através de um fio ou de um sinal, mas os administradores públicos são tão atrasados que ainda não descobriram os recursos da nova comunicação. Eles precisam viajar, viajar e viajar com todas as despesas pagas pela comunidade. Uns nem gastam a totalidade do valor da diária, porém o saldo ajuda a engordar a remuneração mensal ao invés de retornar aos cofres públicos como seria o correto.
Procurem outra explicação senhores vereadores porque a que usam é tão tola que depõe contra o decoro que devem manter no exercício do mandato.
No ano de 1999 elaborei um projeto de lei, aperfeiçoado juridicamente pelo advogado Charlesmagne Fenianos Neme, que foi apresentado na Câmara Federal pelo então deputado João Augusto Nardes e que levou o número PLC 895/1999. Pois bem, o acompanhamento do referido que hoje tramita no Senado é feito por mim, desde aquela data, sem nunca ter ido à Brasília. E o Charlesmagne também não foi.
Não fomos porque não há necessidade e nossa presença em nada agilizaria sua tramitação. Será aprovado no Senado? Não sei, mas acredito que sim porque ele corrige uma omissão da Lei 8009, de 29 de março de 1990, que dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Os que dizem que não faço nada por São Gabriel têm razão, faço pelo Brasil.
## O Rigotto candidato a Senador diz que lutará pela redução da carga tributária, mas um dos seus últimos atos na qualidade de governador do RS foi apresentar um PL alterando a matriz tributária do RS, ou seja, aumentando impostos. Que mudança hein?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PENSÃO VITALÍCIA APÓS QUATRO ANOS, uma imoralidade

É o que penso sobre esse privilégio para ex-governadores e ex-presidentes ao cabo de quatro (4) anos de mandato. Nenhuma pessoa é obrigada a ser administradora pública. É uma opção subjetiva. Para isso é condição “sem qual não” o seu consentimento.
Um trabalhador precisa ser contribuinte do INSS pelo prazo de trinta e cinco (35) anos ou mais, ter a idade de sessenta (60) anos para se aposentar com um salário máximo de, nos valores de hoje, R$ 3.400,00 (três mil e quatrocentos reais) ainda que durante os dez (10) últimos anos de trabalho tenha recebido uma remuneração em torno de R$ 10.000,00 (dez mil reais) mensais. Prestem atenção, ele está impedido de contribuir sobre um valor maior de R$ 3.400,00, porém a empresa que recebe seus préstimos está obrigada a contribuir com vinte por cento (20%) sobre a integralidade da sua remuneração.
A nossa Constituição Federal começa com uma grande mentira: todos são iguais perante a Lei. O que fazer quando a Carta Magna de um país já patrocina as desigualdades? Há poucos dias em um debate com certo capitão do exército nacional que entrará para a reserva com quarenta e sete (47) anos de idade e com a integralidade de sua remuneração atual lhe fiz ver a grande diferença que nos separa, pois para um trabalhador aposentar além das exigências acima ainda a sua aposentadoria é calculada pela média dos maiores oitenta (80) salários de contribuição o que sempre lhe reduz o provento. Dependendo da idade existe o Fator Previdenciário para complicar a vida do desgraçado. É só um exemplo.
O infeliz vai à procura da previdência privada que para variar é sempre insegura no Brasil.
E as aposentadorias dos funcionários dos Tribunais, do Congresso, do Corpo Diplomático, da Brigada Militar? Nem dá para falar no resto porque dá nojo. Essa é a expressão NOJO. E os aposentados do salário mínimo e dos que ganham mais do salário mínimo são os responsáveis pela miséria do Brasil. Mudem de discurso.
A Pensão Vitalícia dos ex-governantes é o maior deboche à classe trabalhadora que além de explorada por essa minoria é tão desmoralizada que ainda lhe bate palma. Por isso que é necessário assistir o programa político. Não assisto nenhum desses palhaços que vão beijar administrador público perguntar porque tamanha diferença. Façam esta pergunta: porque o governante ganha muito para trabalhar tão pouco e o trabalhador precisa gastar o couro trabalhando tanto para ganhar tão pouco?
Está na hora do enfrentamento. Por que um vereador que nos é tão prejudicial custa à população em torno de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por mês ou mais e uma professora que nos é tão benéfica ganha a bagatela de R$ 400,00 ou 500,00 por mês. Por que a arrogante governadora do RS entrou no Tribunal para não pagar o miserável piso de R$ 900,00 ou R$ 1.000,00 por mês aos professores?
Tudo isso é culpa da coletividade que tudo paga e nada cobra dos seus administradores. É o povo alienado da política e do civismo que faz um mero vereador de arrabalde pensar que é melhor ou superior aos demais. Mas eles não são os responsáveis e os desonestos, eles se aproveitam dos que são piores do que eles: aqueles que mesmo sabendo quem eles são insistem em votar neles. E não são os analfabetos não que votam mal. Conheço eleitor que se diz inteligente, com formação acadêmica, erudito e que vota tão mal, vota em vigarista e debilóide só porque este lhe enche o ego. E o pior: estufa o peito falando mal do indigente atribuindo a este a sua idiotice política e eleitoral.
O brasileiro de um modo geral é atilado, esperto, mas muito desonesto. Ele sabe o que é certo e o que é errado, todavia faz o errado para tirar proveito. Sabe votar, vota mal porque quer. O voto é seu faça dele o que bem entender, porém não venha encher o saco dos outros exigindo político sério.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.