terça-feira, 17 de agosto de 2010

LEI DO TABACO

LEI Nº. 9.294, de 15 de julho de 1996.
Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do artigo 220 da Constituição Federal.
É uma lei boa e adequada quando cuida de preservar a coletividade dos males provocados pelos produtos nela citados pelo seu uso indevido pela individualidade. Caro Bruno, se dependesse da quantidade de leis o Brasil seria o país mais disciplinado e mais avançado do mundo, mas infelizmente o problema não são as leis e sim grande parcela de brasileiros que pensam estar acima da lei e de Deus. Bruno, não é só a lei 9.294 que é desrespeitada, mas nesse verdadeiro cipoal que é a legislação brasileira são quase todas senão vejamos: é proibido tomar chimarrão ao dirigir veículo automotor; é proibido falar ao celular ao dirigir veículo automotor; é proibido andar na contramão ao dirigir veículo automotor; é proibido carregar crianças no banco dianteiro dos veículos automotores; é proibido ingerir bebida alcoólica e dirigir veículo automotor; é proibido vender cigarro e bebida alcoólica a menores, etc. Nada disso é acatado por muita gente sem respeito por si, gente que gosta de se machucar, gente frustrada no seu dia a dia que pensa com essas atitudes crescer perante aos demais.
Quanto à parte tocante ao tabaco, especificamente, acredito que já houve uma evolução coletiva, pois sou assíduo freqüentador de restaurante e é muito raro ver alguém fumando no recinto. A grande maioria nesse ambiente não fuma inibindo assim o fumante inveterado que se sente constrangido e acaba, por essa pressão silenciosa, diminuindo o consumo do cigarro.
Bruno, sou um homem lutador, um homem duro, sou ríspido, mas não sou mal educado. Sou fumante, mas no meu escritório ou no meu lugar de trabalho não fumo um cigarro sequer durante todo o expediente, pois assim estou respeitando meus clientes e tornando o ambiente mais saudável. De outro lado penso que o respeito à lei está dentro de cada um e cada um sabe o que é certo ou é errado.
A vida disciplinada é muito difícil meu amigo e as pessoas de um modo geral não disciplinam a própria vida porque não a respeitam. Respeitarão a dos outros? Durante minha vida tenho conquistado muitas antipatias por ser crítico e disciplinador. A modernidade, que eu apelido de anarquia, fez com que certas pessoas confundam liberdade com liberalidade. Umas porque andam na sua casa sem camisa, só de cueca, pelado e de gorro se outorgam o direito de entrar no Banco, na Mercearia, no Clube, na Padaria, no Escritório, no Bar, enfim em muitas repartições da mesma maneira. Errado.
E a maior culpada das leis não serem respeitadas é a maioria do povo que tolera todos esses atos de péssima educação silente e submissa.
Amigo Bruno, sou um idoso, já vivi o suficiente e o meu maior dilema foi escolher na primeira encruzilhada que me surgiu na vida quando era ainda garoto uma das alternativas: ser um homem digno de mim mesmo e dos meus ou um perverso. Optei pela primeira e não me arrependo, pois tuas palavras são minhas riquezas e a certeza de que trilho o caminho certo. És novo, sei que é difícil resistir diante da podridão reinante em todos os cantos do país, mas alguém precisa resistir. “Um homem que acredita em si e pratica a moral será sempre um vencedor porque será merecedor dos próprios aplausos ainda que lhe falte os aplausos da turba e dos aproveitadores”.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

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