terça-feira, 31 de agosto de 2010

A VIDA

A certeza da morte transforma a vida terrena ou a existência da pessoa humana na coisa mais estúpida que possa ser. Nasce, cresce e morre. A inexorabilidade da morte iguala todo o ser humano independente da cor ou da classe social. O apego à riqueza material abundante leva à mesquinhez, a insensibilidade, ao isolamento e ao egoísmo. O usurário não tem amigos e prefere os aduladores àqueles.
A vida é um mistério difícil de decifrar, pois muitas vezes embora a procura seja constante o ser humano não encontra o objetivo almejado para de repente encontrá-lo quando já não mais o procura. É próprio dos humanos procurarem longe o que muitas vezes está bem próximo de si.
A vida pode-se dizer que é uma sucessão de encontros e desencontros e estes acontecem porque não se sabe viver o momento do verdadeiro encontro; a vida também pode ser uma alternância de dores e de prazeres e aquele que se entrega às dores dificilmente conhecerá e desfrutará dos prazeres. A pessoa é produto da própria mente só que nem sempre é consciente disso. Ninguém cura ninguém haja vista que os médicos, os benzedores, os curandeiros, os médiuns por mais adiantados que sejam nas suas ciências também adoecem e acabam morrendo. O poder da mente é ilimitado, mas poucos são os que o exploram. Nós adoecemos por falta de cuidados e por exageros de qualquer sorte praticados, todavia nos recuperamos pelo retorno aos cuidados e ao abandono dos exageros. A comprovação do que afirmo é muito fácil: de que valeria ir ao médico e não executar sua receita, não tomar os remédios indicados? Nada. Então o médico não representa a cura. A cura temporária ou definitiva depende da vontade do paciente em aceitar cumprir as determinações daquele. O princípio da cura é a admissão de que está doente. Fora disso não há solução.
De que vale mil amigos dizerem ao Antonio que está bebendo demais? Nada. O Antonio é que deve chegar à conclusão de que está bebendo demais. Não vive todo aquele que sofre influência de empulhadores e vigaristas.
A Igreja melhora a vida de alguém? Não. O que melhorou a vida do Zé não foi a Igreja, mas sim a sua iniciativa de mudar de vida. Se ele for à igreja e continuar no trago, no jogo enfim no vício aposto que não melhorará em nada. Financeiramente? Não sei, pois o dinheiro que o Zé gastava no vício passará a gastar, dependendo da Igreja, no dízimo obrigatório que passará forçosamente a fazer parte do seu orçamento.
Cada um produz a vida que deseja. Uns procuram viver felizes enquanto outros insistem em viver mal porque seu objetivo é unicamente dinheiro. A vida destes é um inferno porque invejam até os que têm menos dinheiro, mas têm a paz, a harmonia e a tranqüilidade que o seu interior produz fazendo com que a espiritualidade possibilite sua aproximação com o Ser Supremo e invisível que governa o Universo.
Não esqueçam que a vida é uma luta na qual a morte acaba sempre vencedora: a primeira é uma ilusão, a segunda a grande verdade.
## Segundo noticiado na imprensa continua a bagunça na Câmara Municipal. Até quando? Lá funciona a administração monárquica. O Rei reina, mas não governa.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

TRÊS COROAS, o bom exemplo

Os eleitores desse município gaúcho estão de parabéns, pois escolheram para eleger vereadores verdadeiros homens que honram os mandatos recebidos. Quem lê os artigos que escrevo sabe que sempre afirmo que a responsabilidade maior é de quem escolhe e não do escolhido. Ora o eleitor que elege homens desqualificados para o exercício do mandato não pode de sã consciência esperar dos mesmos um comportamento exemplar na defesa dos interesses coletivos.
Faz muitos anos que acuso a falta de qualidade nos representantes populares e que ela acontece pela irresponsabilidade do eleitor. O levantamento do Ministério Público de Contas em nada me surpreende e só pode surpreender quem não acompanha a vida de nossos parlamentares. A explicação de certos atuais presidentes de casas legislativas de que as diárias diminuíram no decorrer de 2010 não lhes retira a responsabilidade pelo desperdício dos recursos públicos, eis que os próprios em exercícios anteriores na qualidade de vereadores também se beneficiaram desse expediente imoral ainda que defendam sua legalidade.
O engraçado, curioso ou coisa que o valha é que os cursos quase sempre são realizados em locais turísticos. Os cursos, supõe-se, são de especializações em mal aplicar os recursos populares e usá-los no entretenimento dos senhores parlamentares e seus familiares, pois muitos deles levam a família. As justificativas são ainda mais desavergonhadas do que as imoralidades praticadas. O pior em tudo isso é que a prática safada vai continuar, pois ela é conseqüência da personalidade desvirtuada dos seus autores.
Essa orgia acontece em todos os parlamentos. Não é privilégio dos legislativos municipais. A sociedade tem grande culpa pelo comportamento dos parlamentares aproveitadores, pois abundam notícias sobre fartas distribuições de homenagens e de medalhas aos homens públicos que tão mal administram os recursos populares. Esses atos banalizam a homenagem e desprestigiam os realmente merecedores da mesma.
O que me anima neste momento é que o município de Três Coroas representado pelos seus eleitores que sabem escolher e pelos seus parlamentares que cumprem com decoro o mandato recebido dá ao Rio Grande do Sul e ao Brasil o exemplo dignificante do qual a grande maioria precisa.
Não conheço Três Coroas, mas através deste espaço cumprimento a todos os seus habitantes, seus administradores e homens públicos em geral pelo respeito mútuo com que trabalham pelo engrandecimento de sua comunidade. Obrigado pelo exemplo, pois essa cidade comprova que quando a maioria dos eleitores é séria os seus representantes também o são.
Quando critico os vereadores sempre tenho razão, todavia sou articulista do Correio Gabrielense. Bastou a crítica circular na TV e num periódico estadual para provocar indignação coletiva pela má conduta da maioria dos parlamentares municipais como se ela fosse novidade. Esses abusos acontecem há muitos anos. Quem não elege qualidade sustenta a precariedade de caráter. A sociedade permissiva é a responsável por esse cruel descalabro que tantos prejuízos lhe proporciona. Uns com direito a diplomas e medalhas.
Não reclame, a maioria escolheu esse tipo de gente à sua imagem e semelhança. Portanto... Até aprender o povo estará sujeito a chuvas e trovoadas.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente. (bmacedo46@brturbo.com.br).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

RELATÓRIO DO TCE-RS - continuação

Inexistência de atribuições para o cargo de Vice-Prefeito (1.1) – A Administração Municipal vem contrariando os entendimentos desta Corte expressos no Parecer 34/2001 e na Informação 56/2001, ao não definir, em lei, atribuições para o cargo de Vice-Prefeito. Comprova a assertiva supra os documentos fls.04 a 07.
Cabe ao Chefe do Executivo providenciar o encaminhamento de projeto-de-lei à Câmara Municipal no sentido de regulamentar as referidas atribuições, pois descabe atribuir ao Vice-Prefeito uma função meramente cerimonial e de tão somente substituir o Prefeito em seus impedimentos e afastamentos.
Ao Vice-Prefeito devem ser conferidas atividades permanentes na administração que fundamentem a legalidade, a moralidade, a legitimidade e a economicidade da sua remuneração.
Inicialmente no que tange ao item 1.1, referente às atribuições do cargo de Vice-Prefeito, notada é a inobservância do Parecer do TCE nº. 34/2001, tendo em vista que a LOM não estabelece outras atribuições ao Vice-Prefeito além daquelas inerentes à substituição do Prefeito Municipal. Assim, é retrógrada a idéia de que seja o Vice-Prefeito figura investida de função meramente substitutiva do Prefeito Municipal, ao contrário, é o Vice-Prefeito detentor de cargo público cujo conjunto de atribuições deve estar previsto na Lei Orgânica do Município, não se admitindo o exercício do cargo concomitante com outras atividades, a não ser as de Secretário do Município, sob única remuneração na forma de subsídios.
Nesta direção encontra-se o Parecer nº. 34/2001 da Auditoria desta Casa, da lavra da ilustre Doutora Rosane Heineck Schmitt, senão vejamos, in verbis:
“Destarte, considerando a impossibilidade de modificação da remuneração estabelecida para o Vice-Prefeito durante a legislatura, a inviabilidade de sua fixação por critérios variáveis de acordo com as atividades que venha a exercer e, ainda, a vedação da percepção cumulativa de remuneração de Vice-Prefeito com a de Secretário Municipal, devem os Municípios fixar-lhe a remuneração, por lei, observado o princípio da anterioridade, em valor condizente com as suas atividades: a do cargo eletivo e a de cargo político na administração municipal e/ou se a restringirem ao cargo eletivo, que de antemão fixem atribuições ao Vice-Prefeito, condizentes com a dignidade do seu cargo, legitimadoras do quantum que lhe será pago, abandonando, de vez, a previsão da figura meramente ´cerimonial´, insuficiente para justificar tais pagamentos”.
O Parecer 34/2001 do TCE-RS acaba com o Vice-Prefeito cerimonial, aquele que substitui o Prefeito nos seus impedimentos, em vista dessa figura ter uma remuneração permanente e por esta razão estar obrigado a prestar serviços à municipalidade, os quais não estariam previstos na Lei Orgânica do Município. Não se tem notícias se o atual Prefeito encaminhou projeto-de-lei nesse sentido à Câmara de Vereadores. O Tribunal de Contas cita o Parecer 34/2001 o que evidencia que tal desobediência vem sendo praticada por todos os ocupantes do Palácio Municipal.
A pergunta que se impõe: E o jornalismo desta terra? Para que tantos jornais e tantas rádios? Está na hora de, salvo as raras exceções, tais veículos bem informarem os são-gabrielenses.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O RELATÓRIO DO TCE-RS

CONTAS DO ANO 2006
É deveras contundente. Acredito que nenhum jornal da cidade divulgou o conteúdo do referido que enumera as diversas irregularidades praticadas pela administração do Município de São Gabriel o que produziu o Parecer Desfavorável à aprovação das contas do senhor Baltazar B. G. Teixeira naquele ano.
Por que tarda a decisão da Câmara Municipal? Os senhores vereadores somente votarão a favor ou contra o Parecer. O voto será aberto, então o povo saberá quem é quem. Eis algumas das irregularidades apontadas: 1.1.1 – Legislação desorganizada e sem descrição analítica ou sintética das atividades dos Cargos em Comissão nos termos estabelecidos no inciso V do artigo 37 da CF (fls. 263 e 279); 1.1.2 – Cargos em Comissão que não atendem ao trinômio estabelecido pelo inciso V do artigo 37 da CF caracterizando-se como atividades burocráticas ou permanentes da administração, devendo ser exercidas por servidores efetivos como reza o inciso II do artigo 37 da CF. Situação registrada nos exercícios anteriores (fls. 263/264 e 279); 1.2.1 – Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos Municipais – RPPS. Ausência de repasse de aporte inicial. Cabe à Administração Municipal saldar o compromisso, nos termos da legislação vigente, Lei Federal nº. 9.717/98, artigo 2º, “caput” e § 1º, combinado com o artigo 7º, “caput” e respectivos incisos (fls. 264/265 e 279); 2.1 - Terceirização irregular de serviços para diversas áreas da administração municipal através do Edital de licitação nº. 002/2006, incluindo serviços de caráter burocrático e para os quais existem cargos de servidores criados para atender a demanda, como é o caso de merendeira, atendente de creche e serviços de informática. Ocorre desta forma burla a obrigatoriedade de prévio concurso para o ingresso no serviço público, contido no inciso II do artigo 37 da CF, caracterizando-se uma intermediação de mão-de-obra. Verifica-se no processo licitatório falta de clareza do Edital quanto ao seu objeto, tanto nos serviços a serem prestados como na quantidade de pessoal necessária para a realização desses. Tal situação dificultou a apresentação das propostas de forma clara, complicando a análise comparativa das mesmas, o que contraria o princípio do julgamento 0bjetivo insculpido nos artigos 3º, “caput”, 40, inciso VII, “caput” e 45 “caput” todos da Lei Federal nº. 8.666/93 (fls. 265 a 267 e 279); 5.1 – Cargo de Vice-Prefeito sem atribuições específicas, contrariando os entendimentos desta Corte de Contas expressos no Parecer 34/2001e na informação nº. 56/2001 (fl.282); Há muito esta Corte de Contas tem se manifestado no sentido de que deve existir legislação estabelecendo as atribuições do Vice-Prefeito, consoante expresso na Carta Federal, artigo 79, parágrafo único, e no voto do Excelentíssimo Senhor Conselheiro Hélio Saul Mileski.
O Relatório é extenso e mostra o desrespeito do Administrador citado às leis que regem a administração pública. Muito pior do que as irregularidades é a repetência das mesmas desconsiderando até mesmo os avisos do órgão fiscalizador, o TCE-RS.
Não há surpresa no comportamento do Administrador, pois o Parecer do TCE-RS lhe foi desfavorável às contas de 1988 e a maioria da Câmara Municipal, vergonhosamente, aprovou todas as irregularidades e absolveu o faltoso. A impunidade incentiva a permanência no erro.
E por que os jornais não publicam o conteúdo do Parecer? Não basta expor o mesmo no recinto da Câmara, pois isso é escondê-lo e não divulgá-lo. Continua na próxima edição.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente. (bmacedo46@brturbo.com.br)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

LEI DO TABACO

LEI Nº. 9.294, de 15 de julho de 1996.
Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do artigo 220 da Constituição Federal.
É uma lei boa e adequada quando cuida de preservar a coletividade dos males provocados pelos produtos nela citados pelo seu uso indevido pela individualidade. Caro Bruno, se dependesse da quantidade de leis o Brasil seria o país mais disciplinado e mais avançado do mundo, mas infelizmente o problema não são as leis e sim grande parcela de brasileiros que pensam estar acima da lei e de Deus. Bruno, não é só a lei 9.294 que é desrespeitada, mas nesse verdadeiro cipoal que é a legislação brasileira são quase todas senão vejamos: é proibido tomar chimarrão ao dirigir veículo automotor; é proibido falar ao celular ao dirigir veículo automotor; é proibido andar na contramão ao dirigir veículo automotor; é proibido carregar crianças no banco dianteiro dos veículos automotores; é proibido ingerir bebida alcoólica e dirigir veículo automotor; é proibido vender cigarro e bebida alcoólica a menores, etc. Nada disso é acatado por muita gente sem respeito por si, gente que gosta de se machucar, gente frustrada no seu dia a dia que pensa com essas atitudes crescer perante aos demais.
Quanto à parte tocante ao tabaco, especificamente, acredito que já houve uma evolução coletiva, pois sou assíduo freqüentador de restaurante e é muito raro ver alguém fumando no recinto. A grande maioria nesse ambiente não fuma inibindo assim o fumante inveterado que se sente constrangido e acaba, por essa pressão silenciosa, diminuindo o consumo do cigarro.
Bruno, sou um homem lutador, um homem duro, sou ríspido, mas não sou mal educado. Sou fumante, mas no meu escritório ou no meu lugar de trabalho não fumo um cigarro sequer durante todo o expediente, pois assim estou respeitando meus clientes e tornando o ambiente mais saudável. De outro lado penso que o respeito à lei está dentro de cada um e cada um sabe o que é certo ou é errado.
A vida disciplinada é muito difícil meu amigo e as pessoas de um modo geral não disciplinam a própria vida porque não a respeitam. Respeitarão a dos outros? Durante minha vida tenho conquistado muitas antipatias por ser crítico e disciplinador. A modernidade, que eu apelido de anarquia, fez com que certas pessoas confundam liberdade com liberalidade. Umas porque andam na sua casa sem camisa, só de cueca, pelado e de gorro se outorgam o direito de entrar no Banco, na Mercearia, no Clube, na Padaria, no Escritório, no Bar, enfim em muitas repartições da mesma maneira. Errado.
E a maior culpada das leis não serem respeitadas é a maioria do povo que tolera todos esses atos de péssima educação silente e submissa.
Amigo Bruno, sou um idoso, já vivi o suficiente e o meu maior dilema foi escolher na primeira encruzilhada que me surgiu na vida quando era ainda garoto uma das alternativas: ser um homem digno de mim mesmo e dos meus ou um perverso. Optei pela primeira e não me arrependo, pois tuas palavras são minhas riquezas e a certeza de que trilho o caminho certo. És novo, sei que é difícil resistir diante da podridão reinante em todos os cantos do país, mas alguém precisa resistir. “Um homem que acredita em si e pratica a moral será sempre um vencedor porque será merecedor dos próprios aplausos ainda que lhe falte os aplausos da turba e dos aproveitadores”.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

NOME NOVO EM COISA VELHA

O avanço extraordinário das comunicações, no meu ponto de vista, não criou um novo mundo, mas agilizou a informação e o transporte trazendo consigo a facilidade de conhecimentos teóricos à grande maioria dos povos. Em vista dessa rapidez certos comunicadores, certos homens de negócios, economistas e outros adotaram o termo globalização como se este representasse uma grande novidade.
Ledo engano. Sou muito atrasado, mas me atrevo dizer que na minha mocidade estudava o globo terrestre e suponho que os que me antecederam também. Portanto... A conclusão a que se chega é que certas pessoas são tão alienadas que não refletem sobre o próprio passado, pois se assim fizessem observariam que se usa nome novo em coisa velha. O mundo foi, é e sempre será cíclico.
A globalização que a modernidade canta em prosa e verso existiu desde que o mundo é mundo senão vejamos: no Brasil não existiam montadoras de automóveis, mas estes eram importados de outros países; o Brasil por sua vez exportava café para outros países que não o produziam; brasileiros cursavam universidades da Europa, enfim o intercâmbio entre os países sempre existiu, porém a comunicação era precária e os meios de transporte subdesenvolvidos. Os exemplos são fartos.
A quase instantaneidade da notícia, da fotografia através dos meios de comunicação nos faz crer que a globalização é coisa de hoje muito embora ela sempre tenha existido desde a criação do homem. Posso estar cometendo um equívoco, todavia completamente equivocado está quem usa a expressão “no mundo globalizado de hoje”. O aumento das populações e o avanço tecnológico não globalizaram o mundo, mas aperfeiçoaram e intensificaram o relacionamento entre as nações que o compõem.
Pensa errado quem pensa que a pedofilia, que o latrocínio, que o incesto, que a bandidagem, que o homicídio, que o arrombamento e toda sorte de crimes que assistimos hoje através da televisão são exclusividade do mundo moderno. Não, eles sempre existiram, porém custavam a chegar ao nosso conhecimento. Aconteciam em menores proporções porque o globo terrestre era habitado por menos gente.
A história conta, mas é preciso descontar suas mentiras, que Diógenes na antiguidade já andava de lanterna acesa em pleno dia à procura de UM HOMEM. Hoje é preciso um farol. Tudo é uma questão de época. Contrario aqueles, sejam quais forem que usam a expressão “o melhor de todos os tempos”. E quem viveu todo o tempo para fazer tal afirmação ou comparações?
O Renato Baldissera dos Santos, genro do Peri Barbosa, me emprestou uma edição da revista L’ILLUSTRAZIONE ITALIANA, edição de 18 de março de 1906, com várias páginas dedicadas ao Brasil comentando sobre o Presidente Afonso Pena, o Ministro Rio Branco, a entrada do Porto do Rio, o Ex-presidente Rodrigues Alves, o Osvaldo Cruz e outras particularidades de nossa Pátria. 1906, reflitam e tirem suas próprias conclusões.
### FALTA DE RESPEITO: Os vereadores pensam que a simples detenção de um mandato lhes dá o direito de usarem os recursos públicos em benefício próprio da forma que bem entendem... Os de Triunfo, Dom Pedro de Alcântara e General Câmara é claro. Só?
### “Há gente para quem a arrogância é grandeza; a desumanidade, firmeza de ânimo; e a patifaria, inteligência”. LA BRUYÈRE.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

FISCALIZEM, senhores vereadores

Este caso estranho existente. No dia 14 do mês de outubro do ano 1987 conforme Escritura Pública nº. 6.066, às folhas 136/137, Livro 1-X de Transmissões do 1º. Tabelionato, registrada sob número R/16-13.057, de 03.04.1989 no Registro de Imóveis da Comarca de São Gabriel – RS – Livro número 2 – Registro Geral, foi doada uma área de terra nua correspondente a um mil e seiscentos metros quadrados (1.600,00 m²), com o fim específico da construção de uma escola municipal, situada no prolongamento da Avenida Francisco Chagas (Corredor do Lava pés) na saída para a localidade de Tiarajú.
Cumprindo com a vontade do doador, Carlos Bibiano Ochoa, foi construído o prédio onde hoje funciona a Escola Municipal HOMERO MENNA BARRETO PRATES DA SILVA. Tal construção não está averbada na matrícula do registro de imóveis e por essa razão não se pode informar a data. Tudo bonito e elogiável.
É difícil de acreditar que os administradores que se sucedem na administração do município não saibam que a tal área foi desmembrada em duas partes que se acredita sejam iguais, pois não há nenhuma outra averbação no registro 16.13.057.
O estranho nada mais do que estranho, é que na parte desmembrada estão construídos dois (2) prédios de alvenaria de fazer inveja a muitas residências existentes por esse mundão de Deus e que também não foram averbados no registro 16-13.057 no Registro de Imóveis “enquanto na escola referida acima as professoras se empilham em um cubículo que lhes é destino como sala”.
A divisória entre a escola e os prédios foi construída de alvenaria e não se sabe por quem. A desmembração está autorizada porque o número da escola é 5489 e as construções dos prédios leva o número 5479 inclusive com ligação de luz efetuada da rede pública supõe-se pela empresa que atende São Gabriel, a AES Sul.
Onde estão os fiscais? Quem construiu os prédios? Quem deu a licença? Quem habita nos referidos prédios? Ninguém da administração vai até a escola? Por que não ampliaram a escola para maior conforto das professoras e dos alunos? São interrogações nada mais do que interrogações que alguém terá de esclarecer. Estamos em 2010. De 1987 para cá quantos prefeitos passaram pelo paço?
Quando os fiscais remunerados se omitem é preciso que alguém desempenhe o seu papel, mesmo sem remuneração.
Que ninguém leve a matéria como acusação a B ou a C, mas sim como uma exigência de esclarecimentos aos quais os contribuintes têm direito.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PROCUREM O QUE FAZER

Mas não inventem de profissionalizar ou politizar o movimento comunitário que começou no município de São Gabriel com a fundação da Associação dos Moradores do Bairro Menino Jesus (AMOBAMJE) no dia dois (2) de agosto de 1979 a primeira juridicamente organizada que serviu de exemplo para muitas outras que foram constituídas posteriormente.
Não assiste nenhuma razão à Câmara de Vereadores quando tenta em uma manobra eleitoreira profissionalizar os presidentes desse segmento social através de um projeto de lei ou de sugestão ao senhor prefeito no sentido de criar uma remuneração aos mesmos. Acredito que se tal insensatez chegar até o executivo deverá ser vetada. Os argumentos usados para justificar a remuneração são vazios e próprios de quem nunca dirigiu uma associação de bairro e só se preocupa em ganhar destaque exercendo atividades remuneradas.
O objetivo da grande maioria que ocupa uma cadeira no legislativo é ganhar dinheiro e aparecer em publicidade paga com os recursos populares, pois quando o vereador não era remunerado a qualidade era muito maior, o número de postulantes menor porque eram movidos pelo interesse de servir a comunidade e não se servir da mesma.
Fui presidente em duas oportunidades da Associação do Bairro Menino Jesus e nunca aconteceram despesas de publicidade porque os veículos de comunicação dificilmente cobram seus serviços das entidades sem fins lucrativos e as despesas de locomoção do presidente quando a serviço da associação sempre foram suportados por esta. Sem remuneração tem uns que não largam a rapadura imaginem com remuneração. Vão se matar, ou não?
Não basta o custo da Câmara de Vereadores? Querem outro ralo para esvair o dinheiro público sem qualquer retorno para a comunidade? Os senhores vereadores estão plantando para colher no futuro? O pensamento de quem apresenta tão ridícula proposta deve ser a saída no caso de não conseguir a reeleição: candidatar-se a presidente de uma associação de bairro e continuar com uma remuneração.
Um bairro tem representatividade própria e legítima através da sua diretoria e abre qualquer porta com muito maior facilidade do que qualquer aproveitador que de uma forma ou de outra queira explorar seus moradores. Os instrumentos que existem são tantos e diretos que dispensam a intermediação de terceiros principalmente de vereador. Se for possível chegar diretamente a Deus não há razão de rogarmos aos santos para que estes intercedam por nós.
As relações diretas evitam complicações e obtém resultados mais rápidos.
Não se deixem enganar e repudiem os intermediários que se apresentam com facilidades porque ninguém é maior na representação dos moradores do que a própria associação. Nem Associação de Associações e muito menos União de Associações ou outro nome qualquer que lhes apresentarem. Quanto maior o número de intermediários maior é a dificuldade na solução dos problemas.
### Absolvido antes do julgamento é o que se deduz quando um dos julgadores faz ou fazia propaganda do réu em seu carro. Isso é prepotência, má fé ou burrice? Ou voto gratidão? Cuidado.
### Descaso é o tratamento dado pelo Município de S. Gabriel ao terreno que lhe foi doado há mais de quinze (15) anos para a construção de uma escola. Ao que se sabe o aludido está ocupado por terceiro com o conhecimento dos ocupantes do Palácio P. de Castro. Nada contra o terceiro, porém tudo contra os administradores. Por que tanto apoio ao Colégio Tiradentes que é estadual e desprezo à construção de um municipal? Ou os interesses entre um e outro são diferentes?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente. (bmacedo46@brturbo.com.br)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

FAIXA DO PEDESTRE

O direito de uma pessoa termina quando começa o da outra. Quando há o respeito mútuo as relações perduram e os conflitos diminuem. O perigo está sempre presente quando a pessoa pensa que é superior a lei. E quando diversas pessoas pensam ser superiores a lei passamos a viver em um estado de anarquia. É o que assistimos no dia a dia das cidades. As irregularidades mais gritantes e repetitivas acontecem no trânsito quando certas pessoas sentam ao volante de um carro e se pensam as donas do mundo. Estacionam no meio da pista para conversar com o amigo, deixam o carro estacionado no meio da rua e vão fazer compras na Livraria, andam na contramão para economizar combustível, dirigem conversando ao celular ou com criança no colo, etc.
Outro pecado grave é não respeitar as faixas dos pedestres. Esta descortesia dos motoristas até pouco tempo atrás era marca registrada de São Gabriel. Hoje, é necessário reconhecer, já temos um bom percentual de motoristas que elegantemente oferecem a preferência ao pedestre. De outra parte, muitas vezes, existe o abuso do pedestre em atravessar a rua fora da faixa ou então entrando na mesma em momento inadequado. Tudo é fácil de resolver quando existe o respeito à lei pelas partes interessadas. Do bom convívio entre motoristas e pedestres haverá de surgir maior disciplina no trânsito e a conseqüente diminuição de acidentes.
E os ciclistas? Bem estes precisam merecer uma atenção especial por parte das autoridades que disciplinam o trânsito na cidade, principalmente aqueles que teimam em andar na contramão e fora da ciclovia onde esta existe.
Espero ser bem compreendido, pois minha preocupação é com a preservação da vida da pessoa humana seja pedestre, ciclista, motociclista ou condutor de veículos. Todos devem ser responsáveis por seus atos e arcar com o ônus ocasionado pela sua falta de respeito à lei. Qual o direito de quem anda na contramão quando provoca um acidente? O faltoso perder a vida é uma coisa. Outra bem diferente é tirar a vida de seu semelhante devido à sua soberba e prepotência. Este prejuízo é irreversível e não existe indenização que repare tal dano.
E os motociclistas? Querem voar? É inadmissível a correria praticada por motociclistas na zona urbana. Para quê? Para nada. Quase todas as ultrapassagens são de alto risco. Repense seu comportamento enquanto é tempo.
Não interpretem mal este comentário, pois é preciso destacar o comportamento daqueles que respeitam a lei e são extremamente cuidadosos no sentido de não agredir seu semelhante. É possível melhorar a situação. Basta cada um fazer a coisa certa.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.