quinta-feira, 2 de julho de 2009

CAOS

Já cansado de chamar a atenção de todos para a desorganização da família, da sociedade, do desordenamento jurídico que vive o Brasil e que esta preocupação fique registrada para a posteridade, entendi de escrever e publicar este alerta.
Quando as instituições são personificadas; quando a justiça é impotente; quando a mentira se torna verdade; quando a imoralidade se torna padrão de dignidade; quando a corrupção grassa; quando a impunidade campeia; quando a honra é a desonra; quando roubar é virtude; quando a ambição é desmedida; quando o ódio substitui o amor; quando a mediocridade é patrocinada; quando o material se sobrepõe ao espiritual; quando a energia coletiva se acaba; quando o trabalho deixa de ser fonte de riqueza; quando os filhos comandam os pais; quando a educação entra em colapso; quando a titulação vence a qualificação; quando a quantidade sufoca a qualidade; quando a devassidão é tolerada; quando a sociedade é de consumo e, principalmente, quando o respeito inexiste entre os homens é porque estamos dentro de uma convulsão social e à beira do caos.
Sem a pretensão de ser um messias, mas com o dever de cidadão; sem um mandato popular, mas com o mandato da consciência de quem persegue incessantemente e solitariamente o pensamento de que somente a maioria do povo pode patrocinar transformações profundas em um País, apelo a todos àqueles que lerem esta mensagem que repensem seus comportamentos enquanto é tempo, pois se não temos responsabilidades conosco urge que tenhamos com os que virão.
Por favor, acordem.
Salvemos o Brasil, tão rico e tão mal amado.
Esta página foi escrita em 03 de abril de 1991. Decorridos quase 14 anos e tudo piorou.
A maioria dos eleitos pelo voto popular se transforma na maior exploradora dos recursos públicos e a minoria de contribuintes já não agüenta sustentar o banquete dos governantes.
O testemunho do que afirmo é o comportamento da maioria dos senadores, deputados federais e estaduais, vereadores e de tantos outros que não abrem mão das benesses do poder.
Rui Barbosa escreveu, não resolveu; Alcides Maia escreveu, não resolveu; resolverá o Bereci Macedo escrever? Pode não resolver para os outros, mas o próprio espanta o infarto.

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