<
Autor: Bereci da Rocha Macedo
Meia-noite, um dia que se termina, outro que se inicia.
Lentamente caminho, solitário, na noite.
Penso se a noite é escura ou se é escura minha vida.
Ao ouvir meus próprios passos
penso na minha existência.
No que fiz, no que deixei de fazer. O balanço é positivo.
Fiz as coisas que devia, que podiam ser feitas.
Tentei outras, não as fiz
porque eram maiores do que eu.
Mas tentei, ah se tentei, só, muito só, extremamente só.
Talvez minha força provenha da solidão,
solidão que me assusta, que me faz sofrer, mas que me faz forte.
Ouço um barulho, apresso o passo, não enxergo nada.
Talvez o barulho seja provocado
pelo fervilhar de minhas próprias idéias,
assim como eu, também incompreendidas.
O calor sufocante, o deserto das ruas, a solidão na noite,
meus companheiros de vigília, até outra.
Aproxima-se o dia com sua hipocrisia, suas farsas e suas mentiras.
Os pecadores do dia não andam à noite
porque não conseguem conviver a sós
com suas consciências, se é que as têm.
Eu consigo, por isso sou um forte.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
parabéns pelo poema
ResponderExcluir