O leitor João Leão pede para escrever sobre o crack, generalizo porque há muita droga rondando os fracos e perturbados. Penso que a grande causa do consumo de drogas, caro João, é o desajuste familiar, a falta de diálogo e a ignorância de quem pensa que constituir família é tão somente fazer filhos.
A evolução tecnológica foi tão rápida e impositiva que de uma hora para outra acabou sufocando a família, trazendo para o seio dela competidores terríveis que a esfacelaram.
Não tenho formação acadêmica, observo o que me rodeia e tiro minhas conclusões por isso entendo que muito mais fortes que o crack são as drogas admitidas e defendidas pela grande maioria chamadas de televisão e computador. Quem não as tem e cultiva? Pois esses aparelhinhos conduzem seus adeptos para uma irrealidade tão grande que eles abandonam o seu mundo verdadeiro, sua realidade e passam a viver uma vida fictícia com personagens criados comercialmente que aos poucos substituem familiares e amigos. Uns chegam às raias da estupidez de acreditarem que tudo que existe naquele mundo é autêntico.
Está na moda pais, tios e avós presentearem filhos, sobrinhos e netos com 3, 4 ou 5 anos com um computador imaginando que estão fazendo uma grande coisa. Penso que a partir desse momento estão perdendo o moleque porque nenhum deles acompanhará aquela criança no uso daquela máquina. Ela mergulhará, com a curiosidade que lhe é natural da idade, em um universo fantástico e totalmente diferenciado do mundo da família e em curto lapso de tempo poderá contestar os ensinamentos paternos e ou maternos, pois estes da vida real se contraporão aos do computador.
A criança, via de regra, vai praticar jogos violentos, assistir sexo explícito, se comunicar com exploradores de todos os tipos sem a assistência de ninguém e através de sítios duvidosos ficará a mercê de criminosos que a poderão induzir ao consumo de toda a sorte de drogas ou à prática de crimes.
A televisão, em proporções menores, também é um instrumento de desagregação familiar, pois ela impede o diálogo e apresenta cenas fictícias, mas que podem conduzir as pessoas desorientadas a imitá-las.
Essas drogas não são legais? O álcool não é uma droga legal? Defendo a legalização de toda a sorte de drogas e a dos jogos, bingos, cassinos, jogo do bicho porque elas e eles já fazem parte do nosso dia a dia. A legalização diminuiria o consumo e terminaria de vez com o aliciamento feito pelos traficantes e pelos exploradores de jogos. Bebe quem quer, fuma quem quer, joga quem quer e se mata quem quer. Ponto final.
A lei que impede menores de 16 (dezesseis) anos de trabalharem é outro fator que contribui com a marginalização do adolescente e o seu ingresso no mundo das drogas. A sociedade de consumo impõe suas regras e todos querem consumir respeitando ou não seus limites.
## Wichita, Kansas, cidade com 600 mil habitantes, sete (7) vereadores – Estados Unidos da América. São Gabriel – RS – 62 mil habitantes, 10 vereadores e querem 15 – Brasil. Eis uma das razões do nosso atraso.
## Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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