Há poucos dias os noticiários da grande mídia, em especial da televisão, infernizavam a vida dos que obedecem cegamente as suas produções comerciais com a febre amarela, morte de bugios até verem esgotados os estoques de vacina contra o que diziam ser uma nova epidemia. Os laboratórios e a indústria farmacêutica precisavam manter seu faturamento em alta e então de repente, não mais que de repente, em pleno inverno, criaram a gripe suína ou gripe A para alimentar o histerismo daqueles cujo Deus da verdade é a televisão.
Tem vacina para prevenir tudo, porém ninguém inventou uma contra a sem-vergonhice generalizada que assola o Brasil e o mundo. Atualmente morre um pato, um marreco, um ganso, um cachorro ou até uma árvore e a causa da morte é a gripe A. A coisa está ridícula.
Fiz, em maio, a vacina do idoso, do velho, do sexagenário ou da terceira idade – apelidem como lhes agradar – e desde então uma gripe, que chamo de puxa-saco, não desgruda mais de mim. Se qualquer mulher se agarrasse neste corpo como essa maldita gripe certamente estaria pesando trinta e cinco (35) quilos, pois é uma loucura.
Os fanáticos são terríveis, um perguntou: Como faço para “pegar a gripe A?”: Respondi. Injeta o vírus. A propaganda é tanta que já tem louquinho querendo a gripe na esperança de aparecer na televisão.
Esgotada a gripe A qual será o próximo massacre dos noticiários de jornais e TVs? Atualmente já é o acidente do Felipe Massa cuja profissão é arriscar a vida por dinheiro. Essa é a modernidade que assusta e só a sociedade em geral pode modificá-la quando quiser.
Contra a epidemia do celular não tem vacina; contra a epidemia dos cargos de confiança nas administrações públicas não tem vacina; contra a corrupção não tem vacina; contra as drogas não tem vacina; contra o tráfico de armas e de drogas não tem vacina; contra os que vendem os partidos políticos não tem vacina; contra a falta de respeito entre os homens não tem vacina; contra o desmoronamento familiar não tem vacina; por quê? Porque dessas doenças a maioria dos brasileiros não quer se livrar.
### Enquanto as atenções da mídia se direcionam para o Senado Federal, os senadinhos municipais aprontam poucas e boas. As administrações podem ser políticas desde que voltadas para projetos da comunidade. Combato a administração política voltada para o projeto político do administrador de plantão, pois é esta a maior impulsionadora da corrupção. A outra é a promiscuidade existente entre os poderes Executivo e Legislativo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Publicado no Jornal Correio Gabrielense, edição de 31.07.2009 - São Gabriel - RS
sexta-feira, 31 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A DÍVIDA É DO RS e NÃO DE QUEM O ADMINISTRA
Pode um Estado que deve mais ou menos quatro (4) bilhões de reais em precatórios e ainda os depósitos judiciais que utiliza dizer que não é deficitário? Os números, dizem, não mentem e se é verdade que o Estado do Rio Grande do Sul deve esse montante não há razão de se dizer que ele é superavitário. A dívida é do Estado e não do seu administrador da ocasião, a este cabe honrá-la obedecendo as cláusulas contratuais. O próximo administrador terá de arcar com os pagamentos ao Banco Mundial ainda que o compromisso tenha sido patrocinado pelo atual. E assim sucessivamente. Não cabe razão ao eleito chorar as dívidas herdadas, pois na condição de candidato tem conhecimento da real posição financeira da entidade que se propõe a administrar.
Todos os candidatos, sem exceção, quando almejam a eleição a qualquer cargo justificam suas pretensões afirmando que farão coisas boas e por isso não são merecedores de quaisquer elogios, pois nada mais fazem do que sua obrigação. Seria um desastre, para todos, se cada administrador respondesse só pelo período correspondente ao tempo de duração do seu mandato, neste caso não se manteria o Estado.
As mulheres se maquiam nos institutos de beleza e os balanços nos porões palacianos. Um déficit zero não dá à Governadora o direito de transformar o Rio Grande do Sul em refém da sua prepotência e da sua péssima educação política.
### A semelhança entre O MST e a Yeda Cruzius é que o primeiro usa as crianças nas suas arruaças e a segunda usa os netos.
### Quem quer proteger os seus familiares ante qualquer ameaça os coloca na retaguarda, às suas costas, em baixo da cama, no banheiro, mas jamais na linha de frente de um conflito, expondo-os a todo tipo de agressão. A Yeda Cruzius expôs os netos, usou-os para obter dividendos políticos. Pode ser ideológica e socialmente diferente dos militantes do MST, porém igual nas atitudes.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
publicado no Jornal Correio Gabrielense, edição de 24/07/2008 - São Gabriel-RS
Todos os candidatos, sem exceção, quando almejam a eleição a qualquer cargo justificam suas pretensões afirmando que farão coisas boas e por isso não são merecedores de quaisquer elogios, pois nada mais fazem do que sua obrigação. Seria um desastre, para todos, se cada administrador respondesse só pelo período correspondente ao tempo de duração do seu mandato, neste caso não se manteria o Estado.
As mulheres se maquiam nos institutos de beleza e os balanços nos porões palacianos. Um déficit zero não dá à Governadora o direito de transformar o Rio Grande do Sul em refém da sua prepotência e da sua péssima educação política.
### A semelhança entre O MST e a Yeda Cruzius é que o primeiro usa as crianças nas suas arruaças e a segunda usa os netos.
### Quem quer proteger os seus familiares ante qualquer ameaça os coloca na retaguarda, às suas costas, em baixo da cama, no banheiro, mas jamais na linha de frente de um conflito, expondo-os a todo tipo de agressão. A Yeda Cruzius expôs os netos, usou-os para obter dividendos políticos. Pode ser ideológica e socialmente diferente dos militantes do MST, porém igual nas atitudes.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
publicado no Jornal Correio Gabrielense, edição de 24/07/2008 - São Gabriel-RS
sexta-feira, 17 de julho de 2009
LEI SECRETA, INDECENTE OU SUJA?
No dia 18 de fevereiro de 2009 protocolei na Câmara Municipal a seguinte correspondência: “À Presidência da Câmara Municipal – Praça Fernando Abbott – SÃO GABRIEL – RS. BERECI DA ROCHA MACEDO, brasileiro, solteiro, maior, técnico em contabilidade, cédula de identidade no RG número 8014302064 – SSP – RS, inscrito no CPF/MF sob número 005.669.770-87, residente e domiciliado à Rua 20 de Setembro, 11 – Bairro Menino Jesus – nesta cidade de São Gabriel/RS, vem, mui respeitosamente, à presença de V. S, requerer, amparado no artigo 5º, § XXXIII da Constituição Federal, cópia (s) da (s) Lei (s) que instituiu (iram) o 13º e o 14º salários aos senhores vereadores de São Gabriel. N. Termos. P. Deferimento. São Gabriel (RS), 18 de fevereiro de 2009. Assinado nas formas da Lei”. SEM RESPOSTA.
Todas as leis aprovadas e sancionadas trazem em seu texto a seguinte expressão: “Esta lei entra em vigor na data da sua publicação”. Isso vale para todas as leis menos para as leis do legislativo gabrielense. Este elabora leis em benefício dos próprios legisladores, não as publica e as põe em vigor pela vontade dos próprios, e acabou. Ao contribuinte cabe pagar a conta, se justa ou não pouco importa. Os Deuses do legislativo sãogabrielense precisam aumentar as verbas dos seus banquetes. Esse tipo de comportamento é muito bom para que os eleitores tomem consciência de onde meteram seus votos.
O dia 21 de abril foi de muita reflexão e não tendo com quem conversar me veio à mente a figura de um homem chamado JOSÉ JOAQUIM DA SILVA XAVIER, e lhe disse: os abutres que te esquartejaram naquela época ainda existem hoje transformados em vampiros que chupam o sangue de todas as veias da pátria estremecida; se acabaram os esquartejamentos físicos, porém instituíram os esquartejamentos morais; os que foram eleitos para defenderem os contribuintes são os primeiros a apunhalá-los sem dó e sem piedade na busca dos seus interesses próprios. Os esquartejadores tomaram conta dos executivos, dos legislativos pela vontade da minoria gananciosa que os financia para se tornarem embaixadores dos seus interesses particulares. O povo, alienado e desonesto, com exceções, aceita a canga e sem auto-estima e poder de indignação assiste calado e submisso a toda sorte de falcatruas e de desmandos sob a alegação de que é um problema cultural; os teus sonhos de independência estão longe de se realizarem porque o povo por quem deste a vida teima em ser escravo de sua própria inconsciência; e nesse momento de profunda solidão te prestei uma íntima e merecida homenagem longe do rufar dos tambores, do toque dos clarins e dos desfiles que já não existem mais, mas olhando a imensidão do céu, ouvindo o canto dos pássaros, apreciando o verde de nossas coxilhas, a grandeza de nossas matas e o grito de socorro dos nossos miseráveis entendi porque deste a vida na luta pela independência.
Sem o brilho falso das homenagens especiais produzidas pelos esquartejadores de plantão, podes ter a certeza de que foste lembrado no dia 21 de abril, silenciosa e respeitosamente, por muitos brasileiros, cada um no seu recanto de solidão, mas com o pensamento voltado para o infinito justificando que teu sacrifício não foi em vão.
E foi nesse significativo momento que lamentei a mediocridade, a ganância, a prepotência, o despreparo e o desrespeito de quem escolhe e dos escolhidos para administrar os rumos do Brasil.
E lhes pergunto: Essa lei não foi publicada por que reflete o íntimo dos seus criadores? Envergonha seus eleitores? É inconstitucional? É imunda?
### Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Publicado dia 24 de abril de 2009 no Jornal Correio Gabrielense.
Todas as leis aprovadas e sancionadas trazem em seu texto a seguinte expressão: “Esta lei entra em vigor na data da sua publicação”. Isso vale para todas as leis menos para as leis do legislativo gabrielense. Este elabora leis em benefício dos próprios legisladores, não as publica e as põe em vigor pela vontade dos próprios, e acabou. Ao contribuinte cabe pagar a conta, se justa ou não pouco importa. Os Deuses do legislativo sãogabrielense precisam aumentar as verbas dos seus banquetes. Esse tipo de comportamento é muito bom para que os eleitores tomem consciência de onde meteram seus votos.
O dia 21 de abril foi de muita reflexão e não tendo com quem conversar me veio à mente a figura de um homem chamado JOSÉ JOAQUIM DA SILVA XAVIER, e lhe disse: os abutres que te esquartejaram naquela época ainda existem hoje transformados em vampiros que chupam o sangue de todas as veias da pátria estremecida; se acabaram os esquartejamentos físicos, porém instituíram os esquartejamentos morais; os que foram eleitos para defenderem os contribuintes são os primeiros a apunhalá-los sem dó e sem piedade na busca dos seus interesses próprios. Os esquartejadores tomaram conta dos executivos, dos legislativos pela vontade da minoria gananciosa que os financia para se tornarem embaixadores dos seus interesses particulares. O povo, alienado e desonesto, com exceções, aceita a canga e sem auto-estima e poder de indignação assiste calado e submisso a toda sorte de falcatruas e de desmandos sob a alegação de que é um problema cultural; os teus sonhos de independência estão longe de se realizarem porque o povo por quem deste a vida teima em ser escravo de sua própria inconsciência; e nesse momento de profunda solidão te prestei uma íntima e merecida homenagem longe do rufar dos tambores, do toque dos clarins e dos desfiles que já não existem mais, mas olhando a imensidão do céu, ouvindo o canto dos pássaros, apreciando o verde de nossas coxilhas, a grandeza de nossas matas e o grito de socorro dos nossos miseráveis entendi porque deste a vida na luta pela independência.
Sem o brilho falso das homenagens especiais produzidas pelos esquartejadores de plantão, podes ter a certeza de que foste lembrado no dia 21 de abril, silenciosa e respeitosamente, por muitos brasileiros, cada um no seu recanto de solidão, mas com o pensamento voltado para o infinito justificando que teu sacrifício não foi em vão.
E foi nesse significativo momento que lamentei a mediocridade, a ganância, a prepotência, o despreparo e o desrespeito de quem escolhe e dos escolhidos para administrar os rumos do Brasil.
E lhes pergunto: Essa lei não foi publicada por que reflete o íntimo dos seus criadores? Envergonha seus eleitores? É inconstitucional? É imunda?
### Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Publicado dia 24 de abril de 2009 no Jornal Correio Gabrielense.
AJUDA DE CUSTO, REMUNERAÇÃO EXTRA OU COISA QUE O VALHA
Não interessa a que título os senhores vereadores se beneficiaram com uma lei que se não é inconstitucional é eivada de imoralidade.
Transcrevo, para a interpretação de cada leitor, o artigo 21 da Lei Orgânica do Município de São Gabriel que diz: “Os vereadores serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, incisos X e XI da Constituição Federal”. (NR)
° Artigo 21 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 1/2003.
A remuneração mensal de um vereador é R$ 4.625,00 (quatro mil seiscentos e vinte e cinco reais) espantosamente alta para quem trabalha tão pouco e uma ofensa a quem trabalha tanto e ganha 500 ou 600 reais com uma carga horária muito maior de prestação de trabalho.
Os vereadores são escolhidos e por essa razão não há por que condená-los pela ganância desmedida quando votam matéria financeira de seus interesses. Há que se condenar aqueles eleitores que equivocadamente elegem homens sem desprendimento, destituídos de grandeza, sem vontade de trabalhar pela coletividade, mas sim preocupados com projetos pessoais e a própria sobrevivência a custa de recursos populares. Não existe justificativa aceitável para a falta de seriedade no trato da coisa pública. Isso é o resultado de se manter os mesmos homens por tempo indeterminado nos mesmos lugares.
Essa tal ajuda de custo nada mais é do que uma remuneração disfarçada para burlar a Lei Orgânica do Município e gratificar os senhores vereadores.
Quem tem a obrigação de bem distribuir a renda pública são os administradores, mas para atender suas necessidades políticas através dos recursos populares acabam fazendo justamente o contrário, concentram-na em uma minoria abastada.
O carro chefe da administração anterior do atual prefeito foi, sem sombra de dúvidas, a saúde comandada pelo secretário Forgiarini. A descentralização do atendimento médico foi marca registrada. E agora? O prefeito precisa acordar do sono letárgico que, parece à distância, o envolve. Precisa de mais audácia, maior energia, mas principalmente de maior criatividade na implantação de novas práticas administrativas e exigir maior dinamismo de seu secretariado.
O prefeito foi eleito para administrar quatro (4) anos e não pode seguir os passos de seu antecessor que cochilou nos três (3) primeiros e só acordou no último. Cuidado, quem avisa amigo é. O maior inimigo é aquele que diz coisas que gostamos de ouvir, porém o melhor amigo é aquele que diz as coisas que precisamos ouvir.
### A maior propaganda do tal de crack é justamente a campanha publicitária que estão fazendo em torno do mesmo. Mudem o foco, tanta publicidade estimula a curiosidade e em consequência disso aumenta o seu consumo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Transcrevo, para a interpretação de cada leitor, o artigo 21 da Lei Orgânica do Município de São Gabriel que diz: “Os vereadores serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, incisos X e XI da Constituição Federal”. (NR)
° Artigo 21 com a redação determinada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 1/2003.
A remuneração mensal de um vereador é R$ 4.625,00 (quatro mil seiscentos e vinte e cinco reais) espantosamente alta para quem trabalha tão pouco e uma ofensa a quem trabalha tanto e ganha 500 ou 600 reais com uma carga horária muito maior de prestação de trabalho.
Os vereadores são escolhidos e por essa razão não há por que condená-los pela ganância desmedida quando votam matéria financeira de seus interesses. Há que se condenar aqueles eleitores que equivocadamente elegem homens sem desprendimento, destituídos de grandeza, sem vontade de trabalhar pela coletividade, mas sim preocupados com projetos pessoais e a própria sobrevivência a custa de recursos populares. Não existe justificativa aceitável para a falta de seriedade no trato da coisa pública. Isso é o resultado de se manter os mesmos homens por tempo indeterminado nos mesmos lugares.
Essa tal ajuda de custo nada mais é do que uma remuneração disfarçada para burlar a Lei Orgânica do Município e gratificar os senhores vereadores.
Quem tem a obrigação de bem distribuir a renda pública são os administradores, mas para atender suas necessidades políticas através dos recursos populares acabam fazendo justamente o contrário, concentram-na em uma minoria abastada.
O carro chefe da administração anterior do atual prefeito foi, sem sombra de dúvidas, a saúde comandada pelo secretário Forgiarini. A descentralização do atendimento médico foi marca registrada. E agora? O prefeito precisa acordar do sono letárgico que, parece à distância, o envolve. Precisa de mais audácia, maior energia, mas principalmente de maior criatividade na implantação de novas práticas administrativas e exigir maior dinamismo de seu secretariado.
O prefeito foi eleito para administrar quatro (4) anos e não pode seguir os passos de seu antecessor que cochilou nos três (3) primeiros e só acordou no último. Cuidado, quem avisa amigo é. O maior inimigo é aquele que diz coisas que gostamos de ouvir, porém o melhor amigo é aquele que diz as coisas que precisamos ouvir.
### A maior propaganda do tal de crack é justamente a campanha publicitária que estão fazendo em torno do mesmo. Mudem o foco, tanta publicidade estimula a curiosidade e em consequência disso aumenta o seu consumo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
EXTINÇÃO DO SENADO
O Senado deve aproveitar a atual e brutal crise e se auto extinguir com a renúncia dos oitenta e um (81) senadores, pois todos são responsáveis pelas atrocidades cometidas. A modernidade exige um Congresso Unicameral com no máximo trezentos e vinte (320) deputados. Não há razão, também, para sustentarmos essa enxurrada de vereadores cujo principal objetivo da grande maioria é viver à custa pública. Toda a sociedade brasileira deve se integrar nessa luta.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
OS MÉRITOS DO LUIZ INÁCIO
Os que não suportam o sucesso do atual presidente do Brasil no concerto das nações são os mesmos que apostavam no seu fracasso. O Luiz Inácio, analfabeto para alguns, conquistou o mundo com sua linguagem atrapalhada e ridícula, mas com conceitos novos que lhe garantiram um lugar de destaque entre as maiores autoridades do mundo. Pode ter sido rato de sindicato, mas lá desenvolveu sua capacidade mesmo sem ter um diploma de formação acadêmica que nunca foi um atestado de inteligência. É, e sempre será, um atestado de escolaridade e habilitador para o exercício de atividade profissional mediante o recebimento de honorários.
Freqüentar a Universidade é uma questão de oportunidade e depois de entrar todos, inteligentes ou não, cultos ou não, saem com seus diplomas.
O Brasil sob a administração do Luiz Inácio pagou a dívida com o FMI, com o Clube de Paris, pela primeira vez na história conseguiu acumular reservas maiores do que a sua não menos histórica dívida externa, diminuiu o custeio agrícola de 8,75% ao ano para 6,75% e incrementou sobremaneira o PRONAF – Programa Nacional da Agricultura Familiar.
Seu maior mérito foi diminuir a miséria e proporcionar, naturalmente que através da distribuição da renda nacional, um pouco de dignidade aos indigentes e desassistidos. O Brasil que até então só beneficiava os prósperos ficou um pouco desconcertado com a nova política. O programa bolsa-família criado na administração anterior e que não era eleitoreiro foi redimensionado e, dizem, se transformou no maior programa eleitoral da atual administração. Quem terá coragem na campanha eleitoral de dizer que é contra o programa bolsa família? O PSDB? O antigo PFL? Quem terá a coragem de dizer que é um programa eleitoreiro? Os que viverem verão.
No presidencialismo os erros e os acertos da administração são atribuídos ao Presidente. A estabilização econômica começou com o Presidente Itamar Franco. É uma grande injustiça que se faz ao verdadeiro criador do real e que precisa ser reparada. A verdade precisa prevalecer.
O Luiz Inácio não ficará na história como o melhor Presidente do Brasil porque não conseguiu ou não quis e se quis não conseguiu diminuir a corrupção que já se tornou marca registrada da sociedade brasileira. O Brasil já tentou várias formas e sistemas de governo e nenhum deu certo, porém qualquer um daria certo se fosse possível trocar o povo. A vantagem da administração do Luiz Inácio é que ela não tem maioria no Congresso Nacional e por essa razão está exposta à instalação de corriqueiras CPIs – Comissões Parlamentares de Inquérito, o que é muito bom.
A administração tucana nunca foi questionada por uma CPI por que contava com maioria absoluta e fiel no Congresso ao ponto de sepultar todas as iniciativas de sua instalação embora os escândalos abundassem. Só para lembrar aos pais da ética e da eficiência, cito alguns: 1 – O escândalo do SIVAM; 2 – A farra do PROER; 3 – Caixa Dois das campanhas; 4 – Propina nas Privatizações; 5 – A emenda da reeleição; 6 – Grampos telefônicos; 7 – TRT Paulista; 8 – Os ralos do DNER (extinto); 9 – Desvalorização do Real; 10 – O caso Marka/FonteCidam (o Cacciola está preso); 11 – Rombo transamazônico da SUDAM (extinta). O espaço é pequeno para citar todos. A divulgação de tantas irregularidades foi pequena porque FHC teve uma mídia muito favorável (fonte Fala Brasil).
## CPIs lá e aqui: O PT e o PSDB, todos os dois mal intencionados, deveriam entrar em um acordo: o PT apóia a CPI da Petrobrás e o PSDB apóia a CPI da Governadora Yeda Cruzius, pois os dois têm uma prática comum em suas administrações, a corrupção. Só não quer enxergar essa evidência aqueles que tiram proveito direto ou de um ou de outro. Todos os dois afirmam estar tudo certo, o que temem?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Publicado no Jornal Correio Gabrielense, edição de 10/07/2009.
Freqüentar a Universidade é uma questão de oportunidade e depois de entrar todos, inteligentes ou não, cultos ou não, saem com seus diplomas.
O Brasil sob a administração do Luiz Inácio pagou a dívida com o FMI, com o Clube de Paris, pela primeira vez na história conseguiu acumular reservas maiores do que a sua não menos histórica dívida externa, diminuiu o custeio agrícola de 8,75% ao ano para 6,75% e incrementou sobremaneira o PRONAF – Programa Nacional da Agricultura Familiar.
Seu maior mérito foi diminuir a miséria e proporcionar, naturalmente que através da distribuição da renda nacional, um pouco de dignidade aos indigentes e desassistidos. O Brasil que até então só beneficiava os prósperos ficou um pouco desconcertado com a nova política. O programa bolsa-família criado na administração anterior e que não era eleitoreiro foi redimensionado e, dizem, se transformou no maior programa eleitoral da atual administração. Quem terá coragem na campanha eleitoral de dizer que é contra o programa bolsa família? O PSDB? O antigo PFL? Quem terá a coragem de dizer que é um programa eleitoreiro? Os que viverem verão.
No presidencialismo os erros e os acertos da administração são atribuídos ao Presidente. A estabilização econômica começou com o Presidente Itamar Franco. É uma grande injustiça que se faz ao verdadeiro criador do real e que precisa ser reparada. A verdade precisa prevalecer.
O Luiz Inácio não ficará na história como o melhor Presidente do Brasil porque não conseguiu ou não quis e se quis não conseguiu diminuir a corrupção que já se tornou marca registrada da sociedade brasileira. O Brasil já tentou várias formas e sistemas de governo e nenhum deu certo, porém qualquer um daria certo se fosse possível trocar o povo. A vantagem da administração do Luiz Inácio é que ela não tem maioria no Congresso Nacional e por essa razão está exposta à instalação de corriqueiras CPIs – Comissões Parlamentares de Inquérito, o que é muito bom.
A administração tucana nunca foi questionada por uma CPI por que contava com maioria absoluta e fiel no Congresso ao ponto de sepultar todas as iniciativas de sua instalação embora os escândalos abundassem. Só para lembrar aos pais da ética e da eficiência, cito alguns: 1 – O escândalo do SIVAM; 2 – A farra do PROER; 3 – Caixa Dois das campanhas; 4 – Propina nas Privatizações; 5 – A emenda da reeleição; 6 – Grampos telefônicos; 7 – TRT Paulista; 8 – Os ralos do DNER (extinto); 9 – Desvalorização do Real; 10 – O caso Marka/FonteCidam (o Cacciola está preso); 11 – Rombo transamazônico da SUDAM (extinta). O espaço é pequeno para citar todos. A divulgação de tantas irregularidades foi pequena porque FHC teve uma mídia muito favorável (fonte Fala Brasil).
## CPIs lá e aqui: O PT e o PSDB, todos os dois mal intencionados, deveriam entrar em um acordo: o PT apóia a CPI da Petrobrás e o PSDB apóia a CPI da Governadora Yeda Cruzius, pois os dois têm uma prática comum em suas administrações, a corrupção. Só não quer enxergar essa evidência aqueles que tiram proveito direto ou de um ou de outro. Todos os dois afirmam estar tudo certo, o que temem?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Publicado no Jornal Correio Gabrielense, edição de 10/07/2009.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
O CONSUMO DE DROGAS É CONSEQUÊNCIA
O leitor João Leão pede para escrever sobre o crack, generalizo porque há muita droga rondando os fracos e perturbados. Penso que a grande causa do consumo de drogas, caro João, é o desajuste familiar, a falta de diálogo e a ignorância de quem pensa que constituir família é tão somente fazer filhos.
A evolução tecnológica foi tão rápida e impositiva que de uma hora para outra acabou sufocando a família, trazendo para o seio dela competidores terríveis que a esfacelaram.
Não tenho formação acadêmica, observo o que me rodeia e tiro minhas conclusões por isso entendo que muito mais fortes que o crack são as drogas admitidas e defendidas pela grande maioria chamadas de televisão e computador. Quem não as tem e cultiva? Pois esses aparelhinhos conduzem seus adeptos para uma irrealidade tão grande que eles abandonam o seu mundo verdadeiro, sua realidade e passam a viver uma vida fictícia com personagens criados comercialmente que aos poucos substituem familiares e amigos. Uns chegam às raias da estupidez de acreditarem que tudo que existe naquele mundo é autêntico.
Está na moda pais, tios e avós presentearem filhos, sobrinhos e netos com 3, 4 ou 5 anos com um computador imaginando que estão fazendo uma grande coisa. Penso que a partir desse momento estão perdendo o moleque porque nenhum deles acompanhará aquela criança no uso daquela máquina. Ela mergulhará, com a curiosidade que lhe é natural da idade, em um universo fantástico e totalmente diferenciado do mundo da família e em curto lapso de tempo poderá contestar os ensinamentos paternos e ou maternos, pois estes da vida real se contraporão aos do computador.
A criança, via de regra, vai praticar jogos violentos, assistir sexo explícito, se comunicar com exploradores de todos os tipos sem a assistência de ninguém e através de sítios duvidosos ficará a mercê de criminosos que a poderão induzir ao consumo de toda a sorte de drogas ou à prática de crimes.
A televisão, em proporções menores, também é um instrumento de desagregação familiar, pois ela impede o diálogo e apresenta cenas fictícias, mas que podem conduzir as pessoas desorientadas a imitá-las.
Essas drogas não são legais? O álcool não é uma droga legal? Defendo a legalização de toda a sorte de drogas e a dos jogos, bingos, cassinos, jogo do bicho porque elas e eles já fazem parte do nosso dia a dia. A legalização diminuiria o consumo e terminaria de vez com o aliciamento feito pelos traficantes e pelos exploradores de jogos. Bebe quem quer, fuma quem quer, joga quem quer e se mata quem quer. Ponto final.
A lei que impede menores de 16 (dezesseis) anos de trabalharem é outro fator que contribui com a marginalização do adolescente e o seu ingresso no mundo das drogas. A sociedade de consumo impõe suas regras e todos querem consumir respeitando ou não seus limites.
## Wichita, Kansas, cidade com 600 mil habitantes, sete (7) vereadores – Estados Unidos da América. São Gabriel – RS – 62 mil habitantes, 10 vereadores e querem 15 – Brasil. Eis uma das razões do nosso atraso.
## Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
A evolução tecnológica foi tão rápida e impositiva que de uma hora para outra acabou sufocando a família, trazendo para o seio dela competidores terríveis que a esfacelaram.
Não tenho formação acadêmica, observo o que me rodeia e tiro minhas conclusões por isso entendo que muito mais fortes que o crack são as drogas admitidas e defendidas pela grande maioria chamadas de televisão e computador. Quem não as tem e cultiva? Pois esses aparelhinhos conduzem seus adeptos para uma irrealidade tão grande que eles abandonam o seu mundo verdadeiro, sua realidade e passam a viver uma vida fictícia com personagens criados comercialmente que aos poucos substituem familiares e amigos. Uns chegam às raias da estupidez de acreditarem que tudo que existe naquele mundo é autêntico.
Está na moda pais, tios e avós presentearem filhos, sobrinhos e netos com 3, 4 ou 5 anos com um computador imaginando que estão fazendo uma grande coisa. Penso que a partir desse momento estão perdendo o moleque porque nenhum deles acompanhará aquela criança no uso daquela máquina. Ela mergulhará, com a curiosidade que lhe é natural da idade, em um universo fantástico e totalmente diferenciado do mundo da família e em curto lapso de tempo poderá contestar os ensinamentos paternos e ou maternos, pois estes da vida real se contraporão aos do computador.
A criança, via de regra, vai praticar jogos violentos, assistir sexo explícito, se comunicar com exploradores de todos os tipos sem a assistência de ninguém e através de sítios duvidosos ficará a mercê de criminosos que a poderão induzir ao consumo de toda a sorte de drogas ou à prática de crimes.
A televisão, em proporções menores, também é um instrumento de desagregação familiar, pois ela impede o diálogo e apresenta cenas fictícias, mas que podem conduzir as pessoas desorientadas a imitá-las.
Essas drogas não são legais? O álcool não é uma droga legal? Defendo a legalização de toda a sorte de drogas e a dos jogos, bingos, cassinos, jogo do bicho porque elas e eles já fazem parte do nosso dia a dia. A legalização diminuiria o consumo e terminaria de vez com o aliciamento feito pelos traficantes e pelos exploradores de jogos. Bebe quem quer, fuma quem quer, joga quem quer e se mata quem quer. Ponto final.
A lei que impede menores de 16 (dezesseis) anos de trabalharem é outro fator que contribui com a marginalização do adolescente e o seu ingresso no mundo das drogas. A sociedade de consumo impõe suas regras e todos querem consumir respeitando ou não seus limites.
## Wichita, Kansas, cidade com 600 mil habitantes, sete (7) vereadores – Estados Unidos da América. São Gabriel – RS – 62 mil habitantes, 10 vereadores e querem 15 – Brasil. Eis uma das razões do nosso atraso.
## Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
PROCURA-SE UMA MULHER
Não precisa ser rica em dinheiro, mas que seja rica de sentimentos;
Não precisa ser superdotada, mas que não seja, por demais, limitada;
Não precisa ser a deusa da beleza física, mas que tenha a beleza interior que faz a mulher interessante em todos os momentos;
Procura-se uma mulher que não seja invejosa e nem vaidosa;
Procura-se uma mulher que não seja discriminadora;
Procura-se uma mulher que goste de poesia;
Procura-se uma mulher que goste da convivência natural das pessoas;
Procura-se uma mulher que goste de andar descalça nos dias de chuva;
Procura-se uma mulher que goste da natureza, aprecie os animais, em especial os cachorros;
Procura-se uma mulher que seja verdadeiramente fêmea;
Procura-se uma mulher que tenha consciência do seu valor e do papel que lhe é reservado na sociedade;
Procura-se uma mulher que queira ser somente mulher;
Procura-se uma mulher que goste de ser protegida e respeitada;
Procura-se uma mulher que participe das vitórias e das derrotas;
Procura-se uma mulher que saiba ser a suprema motivação do homem;
Procura-se uma mulher que goste de dançar, de preferência quase bailarina;
Procura-se uma mulher, venha de onde vier, que seja sábia o suficiente para entender os demais;
Procura-se uma mulher que não seja ciumenta e nem faça perguntas idiotas;
Procura-se uma mulher que tenha personalidade e goste de coisas simples;
Procura-se uma mulher que não seja produzida e, muito menos, artificial;
Procura-se uma mulher que saiba conquistar o mais indomável dos homens;
Procura-se uma mulher que seja humana e saiba doar-se aos que têm menos;
Procura-se uma mulher que goste de festas e que saiba tolerar os amigos;
Procura-se uma mulher que não finja no afeto;
Procura-se uma mulher que saiba dialogar;
Procura-se uma mulher, enfim, para preencher o triste vazio de uma vida, dividir e alegrar uma digna e modesta casa, aceitar dois cachorros amigos e viver momentos inebriantes, com gosto de aventura, entoando um hino em louvor à paz, ao amor, ao respeito e à própria existência.
Essa mulher existe. Encontrá-la é o grande desafio.
PS. Escrito em 2001, publicado no jornal A Tribuna, em São Gabriel – RS.
Não precisa ser superdotada, mas que não seja, por demais, limitada;
Não precisa ser a deusa da beleza física, mas que tenha a beleza interior que faz a mulher interessante em todos os momentos;
Procura-se uma mulher que não seja invejosa e nem vaidosa;
Procura-se uma mulher que não seja discriminadora;
Procura-se uma mulher que goste de poesia;
Procura-se uma mulher que goste da convivência natural das pessoas;
Procura-se uma mulher que goste de andar descalça nos dias de chuva;
Procura-se uma mulher que goste da natureza, aprecie os animais, em especial os cachorros;
Procura-se uma mulher que seja verdadeiramente fêmea;
Procura-se uma mulher que tenha consciência do seu valor e do papel que lhe é reservado na sociedade;
Procura-se uma mulher que queira ser somente mulher;
Procura-se uma mulher que goste de ser protegida e respeitada;
Procura-se uma mulher que participe das vitórias e das derrotas;
Procura-se uma mulher que saiba ser a suprema motivação do homem;
Procura-se uma mulher que goste de dançar, de preferência quase bailarina;
Procura-se uma mulher, venha de onde vier, que seja sábia o suficiente para entender os demais;
Procura-se uma mulher que não seja ciumenta e nem faça perguntas idiotas;
Procura-se uma mulher que tenha personalidade e goste de coisas simples;
Procura-se uma mulher que não seja produzida e, muito menos, artificial;
Procura-se uma mulher que saiba conquistar o mais indomável dos homens;
Procura-se uma mulher que seja humana e saiba doar-se aos que têm menos;
Procura-se uma mulher que goste de festas e que saiba tolerar os amigos;
Procura-se uma mulher que não finja no afeto;
Procura-se uma mulher que saiba dialogar;
Procura-se uma mulher, enfim, para preencher o triste vazio de uma vida, dividir e alegrar uma digna e modesta casa, aceitar dois cachorros amigos e viver momentos inebriantes, com gosto de aventura, entoando um hino em louvor à paz, ao amor, ao respeito e à própria existência.
Essa mulher existe. Encontrá-la é o grande desafio.
PS. Escrito em 2001, publicado no jornal A Tribuna, em São Gabriel – RS.
terça-feira, 7 de julho de 2009
TRINCHEIRA DE UM HOMEM SÓ
BERECI DA ROCHA MACEDO
Quando eu me for deste mundo,
quem vai ficar na janela
olhando os pingos da chuva
desenhando o corpo dela.
Não sei o autor destes versos. Ela? Não sei se ainda existe, mas quando chove e estou só no meu rancho e assisto os pingos da chuva correrem, suavemente, pela vidraça, mentalmente, eu desenho o corpo dela. Será que se lembra de mim? Não sei, mas seria bom se lembrasse.
Quando eu me for deste mundo
quem vai clamar liberdade
quem vai quebrar as amarras
quando eu me chamar saudade.
Claro que ninguém é insubstituível e naturalmente aparecerá alguém melhor do que eu para continuar clamando liberdade para um povo que teima em ser escravo de sua própria omissão e da falta de auto-estima. Nasci para ser livre e hei de morrer livre. Livre das amarras da corrupção, livre das amarras das facilidades, livre das fraquezas que fazem o homem desistir da boa luta e se entregar a qualquer tipo de aventureiro que distribui as migalhas, mas que fica com a maior parte do butim. E um dia também me chamarei saudade.
Quando eu me for deste mundo
pra o mundo do nunca mais
quero que fique o meu canto
pra que eu não morra jamais.
Não sei cantar, Deus não me concedeu essa dádiva, mas imitaria o autor, que desconheço, dizendo: quero que fique meu grito, pra que eu não morra jamais. Meu grito de rebeldia contra os tiranos de gabinete que em nome do povo exploram esse mesmo povo; meu grito de rebeldia contra os acomodados e os covardes que justificam suas fraquezas escondendo-se atrás da família; meu grito de rebeldia contra os falsos líderes que defendem interesses próprios quando deveriam defender os interesses dos liderados; meu grito contra as amarras da indiferença e da covardia coletivas; o grito de um homem que vive na trincheira do trabalho, da dignidade e do respeito; o grito de um homem que luta desassombrado, sem recursos e sem tribuna, exceto este espaço, por seus ideais e suas convicções; o grito de um homem que, ao contrário dos fracos, busca na tradição familiar as energias para enfrentar aqueles que quiseram silenciá-lo e desmoralizá-lo com propostas indecorosas; o grito de um homem que exige respeito dos vendilhões de partidos; o grito, enfim, de um homem que não morrerá jamais porque se criou enfrentando e vencendo adversidades, leal e reconhecido aos amigos, um vencedor, pois não vendeu nem venderá a sua identidade e jamais aceitará cabresto de quem quer que seja. E quando seus restos repousarem soberanos sob o manto da liberdade e o sussurrar dos ventos que alguém tenha a coragem de dizer: aqui jaz um homem que viveu e morreu lutando, sem medos e sem meias palavras, na defesa intransigente de seus ideais, na preservação da verdade e na construção de uma sociedade mais justa para todos.
Até outra.
Quando eu me for deste mundo,
quem vai ficar na janela
olhando os pingos da chuva
desenhando o corpo dela.
Não sei o autor destes versos. Ela? Não sei se ainda existe, mas quando chove e estou só no meu rancho e assisto os pingos da chuva correrem, suavemente, pela vidraça, mentalmente, eu desenho o corpo dela. Será que se lembra de mim? Não sei, mas seria bom se lembrasse.
Quando eu me for deste mundo
quem vai clamar liberdade
quem vai quebrar as amarras
quando eu me chamar saudade.
Claro que ninguém é insubstituível e naturalmente aparecerá alguém melhor do que eu para continuar clamando liberdade para um povo que teima em ser escravo de sua própria omissão e da falta de auto-estima. Nasci para ser livre e hei de morrer livre. Livre das amarras da corrupção, livre das amarras das facilidades, livre das fraquezas que fazem o homem desistir da boa luta e se entregar a qualquer tipo de aventureiro que distribui as migalhas, mas que fica com a maior parte do butim. E um dia também me chamarei saudade.
Quando eu me for deste mundo
pra o mundo do nunca mais
quero que fique o meu canto
pra que eu não morra jamais.
Não sei cantar, Deus não me concedeu essa dádiva, mas imitaria o autor, que desconheço, dizendo: quero que fique meu grito, pra que eu não morra jamais. Meu grito de rebeldia contra os tiranos de gabinete que em nome do povo exploram esse mesmo povo; meu grito de rebeldia contra os acomodados e os covardes que justificam suas fraquezas escondendo-se atrás da família; meu grito de rebeldia contra os falsos líderes que defendem interesses próprios quando deveriam defender os interesses dos liderados; meu grito contra as amarras da indiferença e da covardia coletivas; o grito de um homem que vive na trincheira do trabalho, da dignidade e do respeito; o grito de um homem que luta desassombrado, sem recursos e sem tribuna, exceto este espaço, por seus ideais e suas convicções; o grito de um homem que, ao contrário dos fracos, busca na tradição familiar as energias para enfrentar aqueles que quiseram silenciá-lo e desmoralizá-lo com propostas indecorosas; o grito de um homem que exige respeito dos vendilhões de partidos; o grito, enfim, de um homem que não morrerá jamais porque se criou enfrentando e vencendo adversidades, leal e reconhecido aos amigos, um vencedor, pois não vendeu nem venderá a sua identidade e jamais aceitará cabresto de quem quer que seja. E quando seus restos repousarem soberanos sob o manto da liberdade e o sussurrar dos ventos que alguém tenha a coragem de dizer: aqui jaz um homem que viveu e morreu lutando, sem medos e sem meias palavras, na defesa intransigente de seus ideais, na preservação da verdade e na construção de uma sociedade mais justa para todos.
Até outra.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
PAIXÃO E DESEJO
Gosto de vê-la, nua, em minha cama
e seus lábios entreabertos para o beijo,
sinto um tremor em meu corpo que se inflama
de amor, loucura, paixão e desejo.
ainda sinto do seu corpo o calor
e a ternura de seus lábios junto aos meus,
amamos juntos com êxtase e fervor
sem pensar em despedida ou adeus.
Mas a fraqueza do ciúme destruiu
todo o encanto que jurava eterno,
todo o afeto que sempre nos uniu.
Nosso romance tão doce, tão terno
não mais existe pois ela partiu
levando a primavera e me deixando o inverno.
e seus lábios entreabertos para o beijo,
sinto um tremor em meu corpo que se inflama
de amor, loucura, paixão e desejo.
ainda sinto do seu corpo o calor
e a ternura de seus lábios junto aos meus,
amamos juntos com êxtase e fervor
sem pensar em despedida ou adeus.
Mas a fraqueza do ciúme destruiu
todo o encanto que jurava eterno,
todo o afeto que sempre nos uniu.
Nosso romance tão doce, tão terno
não mais existe pois ela partiu
levando a primavera e me deixando o inverno.
ACUSAÇÕES
A direita acusa a corrupção da esquerda e defende a sua, a esquerda acusa a corrupção da direita e defende a sua em um linguajar ridículo e comprometedor. A maioria da sociedade deve ter consciência de que quem produz os políticos eleitos, de esquerda ou de direita, de reputação e moral duvidosas é a própria. Se a maioria fosse boa por certo teríamos bons políticos. Todos sabem votar, votam mal por que querem. Portanto, é bom olhar para nós mesmos e, então, encontraremos as razões que produzem um país tão anarquizado. Reclamar dos outros é fácil, mas quem faz a sua parte?
quinta-feira, 2 de julho de 2009
PAIS MAUS
BERECI DA ROCHA MACEDO
Este texto transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de duas jovens, ambas de 16 anos, em PE, depois de 13 dias desaparecidas. As mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana.
PAIS MAUS
(Carlos Hecktheuer, médico psiquiatra)
“Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu vos amei o suficiente para lhes ter perguntado aonde iam, com quem iam e a que horas regressariam...” – Eu vos amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e ter feito com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia. – Eu vos amei o suficiente para lhes ter feito pagar rebuçados que tiraram do supermercado ou pelas revistas do jornaleiro, e dizerem ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar.” – Eu vos amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam seus quartos, tarefa que eu teria feito em 15 minutos. – Eu vos amei o suficiente para lhes deixar ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e, também as lágrimas nos meus olhos. – Eu vos amei o suficiente para lhes deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que partiam o coração. – Mais do que tudo, eu vos amei o suficiente para lhes dizer NÃO quando eu sabia que vocês podiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Estas foram as mais difíceis batalhas travadas.
Estou contente. Venci... Porque, no final, vocês venceram também!
E, qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães e lhes perguntarem se os seus pais eram maus, vocês vão lhes dizer: “Sim, os nossos pais eram maus, eram os piores do mundo”...
As outras crianças comiam doces no café, nós tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. “Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos”. Nossos pais insistiam conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e, simplesmente, apenas a verdade. E quando éramos adolescentes eles conseguiam ler até os nossos pensamentos. Nossa vida era mesmo chata!
“Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que descer do carro, bater à porta, para que os conhecessem. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar os 16 para chegar um pouco mais tarde e aqueles chatos levantavam para saber se a festa tinha sido boa”... “(só para verem como estávamos ao voltar)”
“Por causa dos nossos pais, perdemos imensas experiências na adolescência”.
“Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.
“FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS”
“Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram”.
## Espero que esta contribuição leve todos os leitores a momentos de profunda reflexão. Podemos fazer coisas melhores, basta querer. Obrigado pela companhia em 2008 e o Ano Novo de 2009 será melhor ou pior dependendo do comportamento da grande maioria. Felicidades.
## O prefeito Baltazar termina seu mandato, mas faz escola. O novo prefeito também é adepto de santo, porém devido ao Mercosul é devoto de San Izidro.
Até enquanto a censura não me cortar, de novo.
Este texto transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de duas jovens, ambas de 16 anos, em PE, depois de 13 dias desaparecidas. As mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana.
PAIS MAUS
(Carlos Hecktheuer, médico psiquiatra)
“Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu vos amei o suficiente para lhes ter perguntado aonde iam, com quem iam e a que horas regressariam...” – Eu vos amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e ter feito com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia. – Eu vos amei o suficiente para lhes ter feito pagar rebuçados que tiraram do supermercado ou pelas revistas do jornaleiro, e dizerem ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar.” – Eu vos amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam seus quartos, tarefa que eu teria feito em 15 minutos. – Eu vos amei o suficiente para lhes deixar ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e, também as lágrimas nos meus olhos. – Eu vos amei o suficiente para lhes deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que partiam o coração. – Mais do que tudo, eu vos amei o suficiente para lhes dizer NÃO quando eu sabia que vocês podiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Estas foram as mais difíceis batalhas travadas.
Estou contente. Venci... Porque, no final, vocês venceram também!
E, qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães e lhes perguntarem se os seus pais eram maus, vocês vão lhes dizer: “Sim, os nossos pais eram maus, eram os piores do mundo”...
As outras crianças comiam doces no café, nós tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. “Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos”. Nossos pais insistiam conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e, simplesmente, apenas a verdade. E quando éramos adolescentes eles conseguiam ler até os nossos pensamentos. Nossa vida era mesmo chata!
“Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que descer do carro, bater à porta, para que os conhecessem. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar os 16 para chegar um pouco mais tarde e aqueles chatos levantavam para saber se a festa tinha sido boa”... “(só para verem como estávamos ao voltar)”
“Por causa dos nossos pais, perdemos imensas experiências na adolescência”.
“Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.
“FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS”
“Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram”.
## Espero que esta contribuição leve todos os leitores a momentos de profunda reflexão. Podemos fazer coisas melhores, basta querer. Obrigado pela companhia em 2008 e o Ano Novo de 2009 será melhor ou pior dependendo do comportamento da grande maioria. Felicidades.
## O prefeito Baltazar termina seu mandato, mas faz escola. O novo prefeito também é adepto de santo, porém devido ao Mercosul é devoto de San Izidro.
Até enquanto a censura não me cortar, de novo.
MEDITAÇÃO
<
Autor: Bereci da Rocha Macedo
Meia-noite, um dia que se termina, outro que se inicia.
Lentamente caminho, solitário, na noite.
Penso se a noite é escura ou se é escura minha vida.
Ao ouvir meus próprios passos
penso na minha existência.
No que fiz, no que deixei de fazer. O balanço é positivo.
Fiz as coisas que devia, que podiam ser feitas.
Tentei outras, não as fiz
porque eram maiores do que eu.
Mas tentei, ah se tentei, só, muito só, extremamente só.
Talvez minha força provenha da solidão,
solidão que me assusta, que me faz sofrer, mas que me faz forte.
Ouço um barulho, apresso o passo, não enxergo nada.
Talvez o barulho seja provocado
pelo fervilhar de minhas próprias idéias,
assim como eu, também incompreendidas.
O calor sufocante, o deserto das ruas, a solidão na noite,
meus companheiros de vigília, até outra.
Aproxima-se o dia com sua hipocrisia, suas farsas e suas mentiras.
Os pecadores do dia não andam à noite
porque não conseguem conviver a sós
com suas consciências, se é que as têm.
Eu consigo, por isso sou um forte.
Autor: Bereci da Rocha Macedo
Meia-noite, um dia que se termina, outro que se inicia.
Lentamente caminho, solitário, na noite.
Penso se a noite é escura ou se é escura minha vida.
Ao ouvir meus próprios passos
penso na minha existência.
No que fiz, no que deixei de fazer. O balanço é positivo.
Fiz as coisas que devia, que podiam ser feitas.
Tentei outras, não as fiz
porque eram maiores do que eu.
Mas tentei, ah se tentei, só, muito só, extremamente só.
Talvez minha força provenha da solidão,
solidão que me assusta, que me faz sofrer, mas que me faz forte.
Ouço um barulho, apresso o passo, não enxergo nada.
Talvez o barulho seja provocado
pelo fervilhar de minhas próprias idéias,
assim como eu, também incompreendidas.
O calor sufocante, o deserto das ruas, a solidão na noite,
meus companheiros de vigília, até outra.
Aproxima-se o dia com sua hipocrisia, suas farsas e suas mentiras.
Os pecadores do dia não andam à noite
porque não conseguem conviver a sós
com suas consciências, se é que as têm.
Eu consigo, por isso sou um forte.
CAOS
Já cansado de chamar a atenção de todos para a desorganização da família, da sociedade, do desordenamento jurídico que vive o Brasil e que esta preocupação fique registrada para a posteridade, entendi de escrever e publicar este alerta.
Quando as instituições são personificadas; quando a justiça é impotente; quando a mentira se torna verdade; quando a imoralidade se torna padrão de dignidade; quando a corrupção grassa; quando a impunidade campeia; quando a honra é a desonra; quando roubar é virtude; quando a ambição é desmedida; quando o ódio substitui o amor; quando a mediocridade é patrocinada; quando o material se sobrepõe ao espiritual; quando a energia coletiva se acaba; quando o trabalho deixa de ser fonte de riqueza; quando os filhos comandam os pais; quando a educação entra em colapso; quando a titulação vence a qualificação; quando a quantidade sufoca a qualidade; quando a devassidão é tolerada; quando a sociedade é de consumo e, principalmente, quando o respeito inexiste entre os homens é porque estamos dentro de uma convulsão social e à beira do caos.
Sem a pretensão de ser um messias, mas com o dever de cidadão; sem um mandato popular, mas com o mandato da consciência de quem persegue incessantemente e solitariamente o pensamento de que somente a maioria do povo pode patrocinar transformações profundas em um País, apelo a todos àqueles que lerem esta mensagem que repensem seus comportamentos enquanto é tempo, pois se não temos responsabilidades conosco urge que tenhamos com os que virão.
Por favor, acordem.
Salvemos o Brasil, tão rico e tão mal amado.
Esta página foi escrita em 03 de abril de 1991. Decorridos quase 14 anos e tudo piorou.
A maioria dos eleitos pelo voto popular se transforma na maior exploradora dos recursos públicos e a minoria de contribuintes já não agüenta sustentar o banquete dos governantes.
O testemunho do que afirmo é o comportamento da maioria dos senadores, deputados federais e estaduais, vereadores e de tantos outros que não abrem mão das benesses do poder.
Rui Barbosa escreveu, não resolveu; Alcides Maia escreveu, não resolveu; resolverá o Bereci Macedo escrever? Pode não resolver para os outros, mas o próprio espanta o infarto.
Quando as instituições são personificadas; quando a justiça é impotente; quando a mentira se torna verdade; quando a imoralidade se torna padrão de dignidade; quando a corrupção grassa; quando a impunidade campeia; quando a honra é a desonra; quando roubar é virtude; quando a ambição é desmedida; quando o ódio substitui o amor; quando a mediocridade é patrocinada; quando o material se sobrepõe ao espiritual; quando a energia coletiva se acaba; quando o trabalho deixa de ser fonte de riqueza; quando os filhos comandam os pais; quando a educação entra em colapso; quando a titulação vence a qualificação; quando a quantidade sufoca a qualidade; quando a devassidão é tolerada; quando a sociedade é de consumo e, principalmente, quando o respeito inexiste entre os homens é porque estamos dentro de uma convulsão social e à beira do caos.
Sem a pretensão de ser um messias, mas com o dever de cidadão; sem um mandato popular, mas com o mandato da consciência de quem persegue incessantemente e solitariamente o pensamento de que somente a maioria do povo pode patrocinar transformações profundas em um País, apelo a todos àqueles que lerem esta mensagem que repensem seus comportamentos enquanto é tempo, pois se não temos responsabilidades conosco urge que tenhamos com os que virão.
Por favor, acordem.
Salvemos o Brasil, tão rico e tão mal amado.
Esta página foi escrita em 03 de abril de 1991. Decorridos quase 14 anos e tudo piorou.
A maioria dos eleitos pelo voto popular se transforma na maior exploradora dos recursos públicos e a minoria de contribuintes já não agüenta sustentar o banquete dos governantes.
O testemunho do que afirmo é o comportamento da maioria dos senadores, deputados federais e estaduais, vereadores e de tantos outros que não abrem mão das benesses do poder.
Rui Barbosa escreveu, não resolveu; Alcides Maia escreveu, não resolveu; resolverá o Bereci Macedo escrever? Pode não resolver para os outros, mas o próprio espanta o infarto.
Vantagens
Abusos, promiscuidade, salários e vantagens exorbitantes existem no Senado e também nas Câmaras de Vereadores. Não fiscalizamos estas que estão perto de nós que dirá o Senado que está longe. Não são só os Senadores que querem ser milionários, haja vista que poucos se importam com a enxurrada de Secretários, Deputados Federais, Deputados Estaduais Vereadores e cargos de confiança que temos. A maioria, salvo honrosas exceções, só para receber salários. O que dizer das pensões vitalícias para ex-governadores ao cabo de quatro (4) anos? E para ex-presidentes? Os eleitores são os responsáveis por que sempre votam nos mesmos e não têm a consciência de que governo somos nós. Por essas razões é que não acredito em mudanças a curto prazo. Precisamos sofrer um trauma profundo para amadurecer. Não desisto. Quero que levem esta mensagem muito adiante. Quem tem que mudar é o povo. O resto é reflexo do comportamento da sociedade, inclusive os políticos eleitos que administram a riqueza coletiva. É a dura verdade, não somos uma nação. Somos um amontoado de egoístas querendo que o outro faça a nossa parte. Todos têm a obrigação de participar da administração do País e não se esconder atrás da própria omissão. Bereci da Rocha Macedo - São Gabriel - RS
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