sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O DESVIRTUAMENTO DA POLÍTICA

A política é a ciência dos fenômenos referentes ao Estado; ciência política. Pode ser definida como sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos; arte de bem governar os povos; conjunto de objetivos que enformam determinado programa de ação governamental e condicionam a sua execução. Estas são algumas das definições de política. Politicagem: política mesquinha, estreita, de interesses pessoais ou o conjunto dos políticos pouco escrupulosos, desonestos. Pelas definições acima é fácil de constatar que a maioria dos eleitores de hoje, quase completamente alienados dos assuntos sérios em geral, prefere a politicagem à política, pois isso é comprovado pela qualidade dos eleitos para exercer um mandato político ou não. Hoje não temos política, temos politicagem e dessa maneira não temos políticos, mas sim politiqueiros. Os maiores responsáveis por essa anomalia são os Partidos Políticos que deixaram de ser ideológicos e passaram a ser instrumentos de acomodação de suas cúpulas, abandonando por completo a defesa dos interesses da coletividade. A exploração dos deserdados da sorte é o maior campo produtor de votos, pois os legisladores elevam sua remuneração a patamares exorbitantes para deles retirarem quando muito 10% e distribuírem aos velhos, crianças, doentes e tantos outros necessitados, com a cretina e cruel intenção de se transformarem em benfeitores daqueles. Também não falta nessas ocasiões a publicidade nos veículos de comunicação para enaltecer o ultrajante donativo. E lá vai quermesse, carreteiro, galeto, cachorro quente e tantas outras porcarias para atrelar o eleitor ao falso benfeitor. Falso porque o maior beneficiado é o político safado que em vez de orientar, de elevar a auto-estima, de oferecer dignidade, incentivar o civismo, desmoraliza os necessitados para manter um novo mandato ou conquistar o primeiro. Essa simbiose entre os politiqueiros e os necessitados é que deturpa o processo eleitoral, o violenta e o conduz à marginalidade. O quadro é sombrio e a perspectiva é de ficar negro em um futuro muito próximo. A anarquia dos partidos políticos é tanta que eles andam a busca de pessoas com visibilidade na grande mídia para preencherem as vagas de candidatos, mas que nunca tiveram a mínima iniciação política. O exemplo mais recente é o da Senadora Ana Amélia Lemos que desrespeitou as diretrizes do seu Partido na eleição municipal de Porto Alegre. Sentiu-se maior do que o Partido, mas e quando for candidata admitirá a discórdia ou exigirá a união partidária? A inversão danosa, destruidora das instituições é a que permite a pessoa ser maior do que aquelas. E nisso os Partidos Políticos pecam em demasia, pois estão admitindo ser menores do que os politiqueiros de plantão, inclusive certos dirigentes. Olhem para o que ocorre em São Gabriel e analisem se me assiste alguma razão. ### Caro professor Meneghello, és sabedor do apreço que tenho por tua pessoa, porém sou radicalmente contrário à tua idéia de mudar o nome da Avenida Antonio Trilha: Primeiro – já existe a Rua Dom Félix de Azara e segundo e mais importante – o transtorno que causaria a quem está estabelecido nas respectivas ruas e a seus moradores, com a mudança do endereçamento postal. Com a capacidade que tens não te será difícil escolher outro tipo de homenagem ao Azara.

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