terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

De ALVARÁS E FISCALIZAÇÃO


 

 

            Quem concede Alvará para a exploração do jogo do bicho? Quem o fiscaliza? Quem concede Alvará para a exploração do tráfico de drogas? Quem o fiscaliza? Quem concede Alvará para a exploração do tráfico de armas? Quem o fiscaliza?

            São perguntas necessárias, mas que ninguém as faz porque na realidade a grande maioria gosta de navegar na ilegalidade.

            Quem mantém o jogo do bicho, o explorador ou o apostador? A pergunta vale para as outras explorações, tráfico de drogas, tráfico de armas, cassinos clandestinos, etc. Repito a pergunta: Quem os mantém? Os apostadores e os consumidores. Sem estes não haveria seus exploradores.

            Quando se fala na legalização do jogo do bicho e das drogas é um Deus nos acuda, mas esquecem que o álcool e o fumo são extremamente prejudiciais à saúde, porém sua exploração é legal.

            O brasileiro, salvo exceções, adora a ilegalidade haja vista que são poucos os que compram no Uruguai dentro do limite da quota de cada um. Acompanho as contradições de certas pessoas que escrevem nos jornais exigindo rigor nas nossas leis, mas são as mesmas que adoram contrabandear uísque da vizinha cidade uruguaia Rivera.

            O consumidor tem direito de examinar a cozinha do restaurante que freqüenta? Ou só o fiscal da saúde? Os Alvarás são concedidos para todos os que exploram determinados ramos de atividades e que se enquadrem nas normas legais.

            Nenhuma lei pode regulamentar o imprevisto, pois como o nome já está dizendo ninguém prevê o inesperado.

            Teria a Prefeitura, em nome da segurança, cassar todos os alvarás dos postos de gasolina que estão estabelecidos em zonas residenciais? Cassar os Alvarás dos depósitos de gás e de tinta na mesma situação em nome da possibilidade de desastre que tomara nunca aconteça? Cassaria os “habite-se” dos proprietários de apartamentos dos andares em que não têm saída de emergência ou exigiria que os habitantes desses apartamentos tivessem asas para voar em caso de emergência?

            Não existe futuro, pois ninguém vive no futuro, mas sim no presente. É por isso que procuro fazer as coisas de hoje porque não sei se terei amanhã. E o presente me obriga a escrever coisas que embora dolorosas e antipáticas sejam reais e atuais.

            Pelo menos procuro ser útil à coletividade a qual pertenço.

           

           

           

           

           

             

 

           

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