sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

NOSSOS VOTOS


 

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Foi um bom ano. Nada a reclamar.  Agradecemos toda a sorte de solidariedade recebida durante o ano que finda. Não destacamos nenhuma em especial porque todas foram importantes e gratificadoras.

Fomos pequenos para tanto carinho e tanta preocupação.

Todos serão lembrados durante nossa existência.

Obrigado, muito obrigado.

Aproveitamos do espaço para agradecer e retribuir os votos recebidos, ao tempo em que desejamos a todos que o Ano Novo de 2013 seja pleno de humanidade, solidariedade, paz e respeito entre os humanos, pois só assim estaremos construindo um mundo melhor. Tudo depende de nós

Saúde e prosperidade.

São Gabriel (RS), 28/dezembro/2012.

RAFAELA e BERECI MACEDO

        

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O SECRETARIADO DO NOVO PREFEITO


 

 

         Sem surpresas. Assim como Deus criou o homem à sua imagem e semelhança o Prefeito eleito não poderia fazer diferente na escolha dos seus secretários. A proposta de “chega dos mesmos” está comprovada através de certas escolhas do senhor prefeito de que na realidade não passava de uma mentira para ganhar a eleição. Os que acreditaram devem estar se sentindo traídos.

            A inexperiência pesa pouco, pois todos enfrentam em qualquer atividade sempre uma primeira vez. E não foi diferente com os outros prefeitos e os outros secretários, pois ninguém nasce predestinado para ocupar este ou aquele cargo público. O que vale é a intenção de fazer as coisas com capricho e com obediência às normas legais.

            O novo Prefeito, e todos deveriam saber disso, assumiu compromissos contraditórios para chegar ao Palácio Plácido de Castro. Aos eleitores sua mensagem pública era de renovação total, mas nos bastidores negociava o apoio “dos mesmos” com a promessa de aproveitamento na sua administração. E não poderia ser diferente, pois quem não vende a alma não chega lá. O pior de tudo é começar desacreditado.

            Esta análise está sendo feita sustentada nos discursos de quem legitimamente, através do voto da maioria, ganhou o direito de administrar o Município nos próximos quatro (4) anos e que por essa razão deve ter o respeito de todos.

            Não alimentem esperanças de que São Gabriel se transforme na Nova Terra Prometida, pois o que deveria estar em discussão nunca foi discutido que é o modelo de administração pública que impera no Brasil. O atual modelo político onde o gestor primeiro tem de atender os interesses dos Partidos Políticos que lhe dão sustentação, dos financiadores de campanha e dos apoiadores mais próximos deveria ser substituído pelo modelo técnico científico no qual prevalece primeiro o interesse da coletividade com a nomeação de pessoas identificadas com o bem comum para a ocupação dos cargos na administração pública. Isso seria o ideal, mas nem o povo quer.

            Cabe ao futuro Prefeito provar, aos descrentes que nem eu, que sua administração será diferente das demais, não que lhe negue a possibilidade de acertar, mas simplesmente porque não acredito nesse modelo político ultrapassado de administração pública que é direcionado àqueles que administram e não aos contribuintes que a sustentam através de pesados impostos.

         

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ANA AMÉLIA, mau exemplo partidário


 

 

         Entendo que muito mais do que um simples afiliado quem desempenha um mandato de Senador (a) está obrigado (a) a honrar o Estatuto e o Programa de um Partido, assim como dar exemplos de fidelidade partidária. A Senadora Ana Amélia (PP/RS), se pensando acima do Partido, fez exatamente o contrário quando, desrespeitando as orientações do Diretório Municipal do PP de Porto Alegre, declarou publicamente apoio à candidata do PC do B nas eleições de 2012.

            Através da imprensa tomei conhecimento da realização de uma reunião do Partido Progressista em Porto Alegre na qual a Senadora declarou que o Partido entendeu sua posição. Mas que Partido é esse? Quem devia pedir desculpas era a Senadora, mas humildemente o Partido se joga aos seus pés.

            É por essa e outras razões que os Partidos Políticos são fracos e desrespeitados. Como respeitar a Ana Amélia se ela não respeita o Partido Político que lhe deu guarida para obter um mandato? O que tem de especial? Nada. Ou porque foi uma repórter das organizações Globo pensa que não está obrigada a respeitar seus correligionários?

            Esse é o resultado de quem aposta em pessoas com visibilidade na mídia, sem qualquer vivência partidária e que tem consciência de que os votos recebidos foram na sua grande maioria pela presença permanente em um veículo de comunicação do que votos partidários.

            Antes de apoiar o PC do B a Senadora deveria propor aos seus pares a transformação do Congresso Nacional em Assembléia unicameral e acabar com o sistema bicameral que é a maior causa da morosidade funcional das duas casas. Propor ainda a redução do número e do mandato dos senhores senadores e fixar a representação no Senado respeitando o índice populacional de cada Estado, pois não é admissível que Estados como o Acre, Amapá, Rondônia e Roraima tenham o número de Senadores igual a São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul entre outros.

            Ou nenhum Senador (a) enxerga isso?

            O fato de ser Senadora não a torna melhor do que ninguém e nem a desobriga das responsabilidades partidárias, pois quem não respeita o seu Partido não merece o respeito de seus correligionários. E muito menos o voto.

        

        

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A IMPRENSA


 

 

            “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.” Joseph Pulitzer: (1847 – 1911)

 

                “A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”. Millôr Fernandes: (1925 – 2006)

 

                Pergunta: “Até quando vamos ter que agüentar a apropriação da liberdade de imprensa, de liberdade de expressão pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas – que as definem como sua liberdade de dizer o que acham  e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios  privados?” Emir Sader – 2012.

 

                O Governador do Paraná, Roberto Requião, perguntou para os jornalistas qual a diferença entre a Globo e a Mendes Jr. Pois se a Mendes Jr. pagou as contas da amante jornalista da Globo do Renan Calheiros, a Globo também pagou as contas da amante jornalista da Globo do FHC. A mídia brasileira que gosta tanto de apontar os filhos bastardos dos seus inimigos, esconde os dos amigos...” Blog do Saraiva

 

Pulitzer e Millôr têm razão?

            Quem tem liberdade de imprensa são os donos das concessões dos serviços de comunicação. Quem tem o poder de censura são os donos dos veículos de comunicação.

A expressão que criei: Até enquanto a censura não me cortar, novamente é um atestado inequívoco de tudo quanto está transcrito acima.

            O longo tempo que escrevo para periódicos, não só de São Gabriel, me permitiu viver essa experiência e sofrer esse tipo de censura. Nunca me curvei aos interesses dos donos de Jornais, Rádios e Televisão porque se não for para escrever sobre assuntos de interesse do povo, jamais vou escrever para atender os interesses mesquinhos de quem reclama da liberdade de imprensa e de expressão, mas nega esse direito a quem quer divulgar a verdade.

            Qual a diferença entre a Miriam Cordeiro e a Miriam Dutra? Nenhuma, as duas foram amantes. Mas para a grande imprensa a diferença foi abissal: a primeira: amante de um analfabeto; a segunda: amante, mas de um pretenso magistrado.

            E não fica por aí, os escândalos ganham maior ou menor cobertura, se supõe,  dependendo dos interesses da grande imprensa ou de quem lhe paga melhor.

            Até enquanto...

 

           

 

              

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A RELAÇÃO DE CONFIANÇA


 

 

         É a que faz, em muitos casos, determinadas pessoas enfrentarem situações deveras constrangedoras e comprometedoras. Isso acontece tanto na atividade pública, na atividade privada quanto na vida particular de cada um.

            O corno é o último “a saber”. Muitos citam essa expressão popular, mas poucos se preocupam em entender o seu significado. É muito simples. Quanto maior for a confiança do marido na mulher, menores são as possibilidades dele se preocupar com uma possível traição. Daí o dito.

            Na administração pública, já bem mais complicada, existem os cargos de confiança do chefe do executivo que nada mais são do que os diversos secretários que deveriam ser por ele nomeados. Prestem atenção que grifei os termos deveriam ser, mas nem sempre o são. A ambição para chegar ao poder faz o indivíduo se comprometer com Deus, com o Diabo e com qualquer gangster que lhe acene com alguma negociata que lhe possibilite chegar lá.

            Apoio se recebe não se pede e muito menos se negocia. A governabilidade não depende tanto de uma maioria parlamentar, mas muito mais da formação de uma equipe homogênea de trabalho. Os administradores fracassam na maioria das vezes porque se envolvem mais em aparar arestas entre as forças antagônicas que os conduziram ao poder do que propriamente em administrar o patrimônio público.

            Uma vez eleito enfrenta o primeiro grande problema que criou; compor com os de confiança do Diabo, com os de confiança de Deus, com os de sua confiança e o pior de tudo ter de agüentar o gangster que o incomodará até o fim do seu mandato, criando em torno de si uma rede de intrigas, boicotes e de traições.

            No modelo de administração política que predomina no Brasil se deve substituir o significado de “CC” Cargo de Confiança por “CCE” Cargo para Cabos Eleitorais, ou ainda por “CPP” Cargos para Parasitas Partidários.

            A administração quando voltada para os interesses da coletividade é extremamente atritiva, pois ela despreza os interesses individuais, partidários ou dos apoiadores de campanha.

            Conheço administração, conheço política, conheço os homens, conheço o caminho para chegar ao poder, conheço a imprensa, conheço os empresários, conheço a sociedade da qual faço parte e afirmo sem qualquer receio e medo de errar que a corrupção começa nas administrações antes das mesmas se iniciarem. Sou especial? Não, participo de tudo sem ter lucro. Ela começa no processo eleitoral, na promessa de retribuição aos apoios recebidos e outras.

            Homens sérios poucos apóiam porque eles não aceitam aventureiros, impostores que pensam no poder como meio de acumular fortunas pessoais.

            As traições acontecem nas administrações públicas principalmente porque o eleito é obrigado a confiar em quem não é da sua confiança. Esse é o risco que corre.

            Sugiro que o leitor se imagine Prefeito para constatar as dificuldades de formar um bom secretariado. A intenção pode existir, mas os Partidos Políticos não deixam, pois os que ascendem ao poder, salvo exceções, o usam em benefícios específicos de seus afiliados ou donos. O requisito principal? Ser apoiador do eleito.

    

 

             

             

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

AÇÃO POPULAR


 

 

         Tomo conhecimento através da imprensa escrita  que o funcionário público, Fernando Silva, através da propositura de uma ação popular tenta manter em dez (10) o número de vereadores na Câmara Municipal.

            Antes do que vou relatar desejo que o Fernando tenha sucesso na sua empreitada e que receba os aplausos e a solidariedade de parte da população que tanto reclama dos detentores de mandato e de suas absurdas remunerações.

            As agressões e os deboches que recebemos de nossos administradores públicos no tocante às remunerações chegam às raias do absurdo, mas isso acontece pela passividade e indiferença da população que indiretamente os paga através do recolhimento dos impostos. Fosse a coleta dos recursos feita diretamente junto a cada cidadão e o berro seria extraordinário. Mas não é, daí a indiferença.

            No dia 15 de maio de 2012, antes da realização das convenções partidárias que fixariam o número de candidatos, provoquei o Ministério Público para propor uma Ação Civil Pública, com Pedido de Liminar, para anular a emenda de nº. 5 da Lei Orgânica do Município de São Gabriel por não ter respeitado os trâmites legais na aprovação da alteração do número de vereadores de dez (10) para quinze (15).

            Fundamentei anexando ao requerimento documentos comprobatórios solicitados de conformidade com a Lei à própria Câmara Municipal.

            Tomei a decisão que entendi ser a melhor a fim de coibir os abusos e os deboches dos nossos homens públicos quanto à fixação do número de parlamentares e de suas respectivas remunerações.

            Lamentavelmente até o presente momento não recebi nenhuma manifestação do Ministério Público. Se o meu requerimento foi indeferido, arquivado, ou coisa que o valha não sei.

            O meu objetivo era manter o número em dez (10) para que as convenções partidárias fixassem o número correto de candidatos sem causar transtornos depois das eleições. Mas pelo silêncio acredito que não logrei êxito.

            Desejo que o Fernando Silva tenha melhor sorte do que eu na sua empreitada, pois ninguém melhor do que ele, na qualidade de funcionário da própria câmara municipal, pode atestar que não há a mínima necessidade de quinze (15) vereadores em São Gabriel.

            A imprensa do País pressionou o STF no julgamento da Ação Penal 470 e o resultado foi positivo. Espero que o Fernando receba a solidariedade e o apoio da comunidade e da imprensa, pois só a força coletiva poderá acabar com tamanho privilégio de uma minoria que fixa sua própria remuneração. E como são vereadores de fim de mês o fazem pelo valor máximo que a Lei permite. Salvo remota exceção.

            O Fernando e eu fizemos a nossa parte, façam a de vocês.

            ### As concessões governamentais aos maus pagadores é um desrespeito e um desestímulo aos que honram seus compromissos. Os governos deveriam dar descontos para incentivar os bons que pagam em dia. Mas fazem exatamente o contrário: remuneram os maus e penalizam os corretos. É por essa razão, se supõe, que cresce assustadoramente o número de caloteiros.

       

           

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

APOSENTADOS DO INSS



 

         Quem deve prestar estes esclarecimentos aos aposentados é o senador Paim, os políticos detentores de mandatos, os representantes de bancos e tantos outros que apelam à classe para atingir seus objetivos.

            Uma quantidade expressiva de aposentados insiste em transformar suas aposentadorias em número de salários mínimos, o que é um erro. Muitos pedem na Justiça a revisão do cálculo alegando que, ao longo dos anos, ela diminuiu. Acontece que os benefícios não são mais atrelados ao salário mínimo, exceto o piso salarial dos aposentados.

            Os benefícios concedidos até outubro de 1988 tiveram seu valor transformado em número de salários mínimos e, a partir daí, sofrem reajustes com base em índices divulgados pelo governo.

            A lei 8.213, de 24 de junho de 1991, desvinculou todos os benefícios do salário mínimo. Porém a maioria das pessoas no ato da aposentadoria teima em, erradamente, transformá-la em salário mínimo. As aposentadorias, desde 24 de junho de 1991, são deferidas em moeda corrente nacional vigente e seus reajustes não são feitos pelos mesmos índices do salário mínimo. Se for justo ou não, moral ou não perguntem aos senadores, aos deputados federais, aos deputados estaduais e aos vereadores em quem os senhores votam. Perguntem a eles se suas remunerações são reajustadas pelos mesmos índices de correção das aposentadorias do INSS.

            Quem escreve esta página é um aposentado que não é eleitor do Senador Paim e de nenhum candidato que usa as classes para obter seu voto com promessas mirabolantes e inexeqüíveis. Todos querem ganhar aposentadorias de R$ 20.000,00 por mês, mas todos sabem que isso é impossível, porém quando aparece qualquer vigarista acenando com essa possibilidade se transforma no porta-voz herói dos aposentados e estes, mesmo conscientes das suas mentiras, seguem-nos quais vaquinhas de presépio. E depois choram, choram e choram, mas em ouvidos errados. Choram nos meus, quando deveriam chorar nos ouvidos dos seus queridos representantes merecedores dos seus qualificados votos.

            Vocês gostam muito dos demagogos, dos irresponsáveis que para adquirir sua simpatia defendem um salário mínimo de R$ 3.500,00 ou R$ 4.000,00 sem avaliar se nossos empregadores e a produção suportam tamanho ônus.

            Temos que lutar pela unificação da Previdência no Brasil. Temos que lutar pelo respeito ao artigo da Constituição Federal que prega a igualdade de todos os cidadãos. Mas que igualdade falsa é essa que permite ao funcionário público federal e tantos outros se aposentar com 15.000,00 ou 40.000,00 por mês? Que igualdade é essa que permite ao militar se aposentar com 47/48 anos de idade, salário integral do dia da aposentadoria e um trabalhador comum não pode se aposentar com menos de 60 anos de idade, 35 de contribuição ao INSS e o salário pela média dos últimos 10 anos?

            Parem de reclamar, estudem, participem, cobrem das pessoas certas, mas não se omitam, pois a omissão ajuda os aproveitadores e a submissão transforma-o em um covarde sem voz e sem vez e isso só ajuda os impostores que fixam a própria remuneração. E ainda dizem para justificar seu deboche: “Todos estão satisfeitos, pois só quem reclama é o Bereci. No que não deixam de ter razão”. Este assunto já foi abordado nesta página em janeiro/2012.

            ESCLAREÇO: As aposentadorias do INSS desde 1991 não são fixadas em número de salários mínimos, mas sim baseadas na média das contribuições sem qualquer indexação.