terça-feira, 15 de maio de 2012

ATITUDE IMPENSADA



É o que pode ter tomado o Executivo são-gabrielense ao manifestar uma suposta preferência pela São Gabriel Saneamento para a exploração do serviço de água e saneamento básico no município. Na qualidade de representante do poder concedente o que se esperava dos administradores de plantão era um comportamento isento quanto a todos e qualquer um participante da licitação. Como condutor do processo não lhe assistia razão para tomar tal atitude, pois colocou em dúvida a sua lisura.

A suposta preferência dos mandatários municipais por uma empresa que pela sua constituição, à distância, parece não ter o devido conhecimento técnico na exploração desse serviço tão vital para a população e a vida, foi um risco desnecessário e temerário.

Nem sempre o interesse dos mandatários se alinha com os da coletividade e o que é bom para os primeiros nem sempre o é para a segunda. O que resta é fiscalizar e exigir que o serviço de muito boa qualidade mantido pela Corsan ao longo de quarenta e dois (42) anos seja mantido e elevado à categoria de ótimo pela nova concessionária, o que só tempo de atuação comprovará.

Não estou me antecipando a nada e muito menos fazendo previsões catastróficas, mas simplesmente preparando os espíritos para o fato de que um possível fracasso dessa desconhecida empresa atingirá diretamente todos os envolvidos que precipitada e equivocadamente manifestaram suposta preferência e ou aval para sua instalação quando o bom senso aconselhava uma atitude mais recatada do poder concedente.

Estamos no começo de maio, ano eleitoral, em cujo pleito o atual prefeito busca a segunda reeleição a qual poderá ser inviabilizada caso a concessionária da exploração do serviço de água e esgoto não superar a Corsan quanto à qualidade da água, a expansão da rede de esgoto, a presteza no atendimento e na realização dos investimentos reclamados.

Todo o suposto empenho, sem razão aparente para tanto, pode se transformar, dependendo das circunstâncias, em cabo eleitoral contra as pretensões do grupo palaciano. Por outro lado, se der certo poderá garantir a permanência do mesmo no Palácio Plácido de Castro. A sorte está lançada.

Todos têm o direito de defender seus interesses, inclusive a Corsan, mas isso não autoriza nenhum dos representantes das partes envolvidas a baixar o nível do diálogo usando palavras incompatíveis com a civilidade e a boa educação.





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