Um dos males da sociedade brasileira é pensar que a prática política está reservada para quem detém, momentaneamente, um mandato eletivo seja no legislativo ou no executivo.
Os intelectuais, os bem sucedidos, os cidadãos que se pensam melhores do que os outros, perdoem a palavra, na sua santa ignorância costumam dizer que não se metem em política porque esta é podre, corrupta e que os políticos de uma maneira geral são falsos, mentirosos, inescrupulosos e outros adjetivos desqualificativos que jorram de sua verbosidade erudita.
É necessário dizer, embora muitos não gostem, que esses intelectuais seres superiores melhores do que os outros, doutores sem sê-lo, conseguiram uma formação acadêmica gratuita em universidade federal graças à interferência, em determinados casos, de políticos influentes. E se não conseguiram o ingresso alguns conseguiram transferências das universidades particulares que são pagas com recursos próprios para as federais que são pagas com os recursos de todos os contribuintes, recolhidos sob o nome de impostos, taxas e ou contribuições federais.
A prática política é uma exigência extensiva à sociedade em geral, pois é um comportamento necessário à solução dos conflitos e das desigualdades sociais.
Aqueles que criticam os políticos detentores de mandatos, com honrosas exceções, são os mesmos que financiaram suas campanhas eleitorais com a finalidade de elegê-los e transformá-los em embaixadores de seus interesses particulares. Há poucos dias um renomado empresário de atuação internacional em uma crítica feroz disse que precisava cuidar de suas empresas, de sua família e dos políticos senão estes desmanchariam o que ele faz com muita competência. Esqueceu de dizer o empresário que vendeu um bem imóvel de sua propriedade por determinado valor sendo uma parte PF (por fora) ou (CD) caixa dois com a finalidade de sonegar imposto.
Esquecem os intelectuais, os bem sucedidos, os cidadãos que se pensam melhores do que os outros que é a sua omissão, sua empáfia, mas principalmente seu individualismo que cria esse quadro de políticos aproveitadores que infestam os partidos políticos e acabam ditando as decisões porque se tornam maioria.
Os bons são maioria, porém ausentes, medrosos e submissos a uma minoria de audaciosos, atuantes e que através de práticas espúrias acabam dominando as instituições e tornando-as quase sua propriedade. Os exemplos são fartos.
Quando o quadro social de um clube se omite, não cumpre com suas obrigações ou as transfere para a diretoria está fadado ao desaparecimento. Privativo dos sócios quer dizer que aquela instituição é mantida, frequentada e administrada pelos próprios e suas dificuldades devem ser solucionadas pelos mesmos.
No momento em que a maioria que se pensa especial participar do processo acredito que serão varridos de todas as instituições os aproveitadores de plantão porque só assim se construirá uma sociedade mais organizada para os que virão. Pensem bem, a omissão não é pecado, não é descaso, mas um crime responsável por muitos males que poderiam ser evitados.
A prática política é uma obrigação de todos e não devemos deixá-la ser exclusividade dos aproveitadores porque é exatamente isso que eles querem. Olhem para os lados e verão muitos exemplos que comprovam o que escrevo. As nulidades são escolhidas porque os que as escolhem são muito piores do que elas.
Quando cada um entender que é uma parte do contexto e como tal se comportar haverá nova luz iluminando os caminhos que fatalmente nos conduzirão à evolução espiritual tão necessária ao desenvolvimento material. Para isso é imprescindível a participação dos bons. Fora disso piorará a degradação moral do universo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 8 de junho de 2010
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