Assim como os meus leitores têm o direito de divergir do pensamento que escrevo tenho o mesmo direito em relação a certas atitudes tomadas por certos homens públicos. A unanimidade não é fácil de ser alcançada e não serei eu, simples mortal, que terei essa pretensão.
Em um primeiro momento poderia se comparar o eleitor com o leitor; O primeiro vota em um candidato que se identifica com ele, com seu perfil, com sua personalidade e deste modo lhe outorga uma procuração. Já o segundo, o leitor, aplaude o articulista que escreve o que ele sente ou o que ele gostaria de escrever e só não o faz, muitas vezes, por que não tem o espaço privilegiado que aquele possui.
Não há, em nenhum momento, de minha parte a intenção de obter aplausos generalizados até porque procuro demonstrar, através do espaço que tenho hoje no Jornal Correio Gabrielense e que já tive em outros periódicos, as razões do Brasil ser um país extremamente desorganizado. Uma das principais é a desorganização do brasileiro, este é mais do que desorganizado é anárquico.
As pessoas que de uma maneira ou de outra se comportam mal dentro da sociedade da qual fazem parte, ainda que queiram parecer corretas, jamais vão concordar com o que escrevo, pois na ânsia de mostrar como é fácil consertar o que está errado acabo atingindo os enganadores e aproveitadores.
Sou um cidadão de rígidos princípios e bons propósitos e não silencio quando percebo que o comportamento dos nossos homens públicos, com raras exceções, é um quando almejam determinado cargo, elegível ou não, e outro completamente diferente depois de conquistá-lo.
Durante a campanha eleitoral optei por apoiar o atual grupo que está à frente da administração do município e por essa razão entendo que tenho o direito de criticar tudo aquilo que entendo de errado que o mesmo está fazendo. A preocupação da crítica é mostrar rumos melhores e soluções mais rápidas para os problemas que afligem a população. Optei por esse grupo porque ele era, em minha opinião, a única alternativa válida naquele pleito já que o meu próprio partido boicotou minha pretensão de ser a melhor opção. Não avalizei a atual administração para ser repeteco da anterior ou pior, mas sim para ser melhor. Talvez, por assim pensar e me manifestar que em determinados momentos pessoas do meu relacionamento se magoem comigo. Nesse momento essas pessoas demonstram todo o seu despreparo porque querem encarnar na sua individualidade o cargo que, temporariamente ocupam. A vida particular dos indivíduos não me diz respeito, mas quando esse mesmo indivíduo exerce uma função pública e com suas atitudes prejudica a maioria protegendo interesses da minoria ele está sujeito à crítica feroz de qualquer cidadão que olha para muito além dos seus mesquinhos interesses.
A obrigação de prestar contas é deles. Que fique bem claro que eles estão em determinadas funções é por que querem e muitos se delas se afastassem não deixariam saudades.
### Tínhamos 19 vereadores. Hoje temos dez e nem o nome de alguns se sabe. Ninguém sentiu a falta dos nove. Para os que não enxergaram a finalidade da emenda Pompeu de Mattos aumentando o número de vereadores creio que agora ficou claro. A intenção era arrumar mais cabos eleitorais sustentados com o dinheiro público. Menos mal que o Tribunal não permitiu tamanha desfaçatez.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 27 de abril de 2010
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