sexta-feira, 30 de abril de 2010

AOS QUE ME SÃO SOLIDÁRIOS

Não existo, mas preocupo. Assim como o descrente em Deus quando roga aos céus em busca de ajuda reconhece a existência daquele, também certos vereadores reconhecem o meu trabalho em prol da informação da comunidade quando dedicaram boa parte da sessão da câmara do dia 26 do corrente em minha homenagem ou se manifestaram através de jornal. Exerceram seus direitos.
Ora, o que está em discussão é a atuação dos senhores vereadores e não a vida particular do articulista por demais conhecida da sociedade sãogabrielense, eis que aqui nasceu e aqui construiu seu nome através de uma vida de trabalho alicerçada na ética e nos princípios que devem nortear a existência de qualquer cidadão.
Bereci da Rocha Macedo é sinônimo de honradez, de grandeza, de eficiência no que faz, de credibilidade, de trabalho, de respeito, de exercício de seus direitos e de cumprimento de suas obrigações. Qualquer ambiente, por mais poluído que possa ser, se purifica com a pronúncia desse nome ainda que quem o pronuncie seja dotado de inteligência varzeana, pois não se discute aquilo que não existe. Ora, se fui debatido na sessão da colenda é porque preocupo; se preocupo é porque minha opinião faz eco na coletividade.
De outro lado é imperioso esclarecer que quem primeiro se manifestou sobre o tal processo relativo às contas de um ex-prefeito foi o presidente atual do legislativo e não pode o mesmo atribuir qualquer responsabilidade ao articulista que não exerce nenhuma ingerência no funcionamento da casa legislativa. Talvez tenha sido mal interpretado pela sua dificuldade de expressão.
Os amigos, admiradores e leitores podem ficar tranqüilos porque não existe nada de comprometedor na vida pregressa que desabone minha conduta. Quanto a ter ou não votos estou careca de saber que não os tenho e as causas disso escrevo exaustivamente há bastante tempo. Na história do Brasil consta que foram nomeados senadores, os chamados biônicos, para que com o seu talento e sua sabedoria remediassem a incapacidade dos eleitos. Portanto...
Necessário se torna dizer que o articulista não participou da elaboração, da discussão e da aprovação da desastrada LC 006/2009 e muito menos da Lei número 3.120, de 30.09.2008, cujo parágrafo único do artigo 2º e o artigo 3º foram declarados inconstitucionais. O parágrafo e o artigo citados são os que autorizavam o pagamento da verba de representação ao presidente da casa (40%) da remuneração mensal e mais duas vezes por ano a cada vereador o equivalente ao subsídio mensal de R$ 4.625,00.
Resta-me agradecer toda a sorte de solidariedade recebida dos que ouviram a tal sessão ou dela participaram desde alguns vereadores que fazem parte da casa até o cidadão mais modesto, pois moradores da aldeia há bastante tempo eles sabem quem tem razão.
O mandato da minha consciência é muito mais forte do que os mandatos adquiridos através dos votos. E ninguém me impedirá de exercê-lo ainda que pague um preço muito caro.
Repito: A vida privada de qualquer indivíduo não me interessa, todavia a vida pública, por ser sustentada com recursos do próprio povo, me interessa e muito. Lamento que pessoas não saibam separar suas individualidades dos cargos que ocupam causando transtornos que poderiam ser evitados.
Os sábios nasceram para entender e não para serem entendidos...
O que a sociedade precisa saber senhores vereadores, é se vão ou não devolver o que receberam indevidamente, prestem atenção, se é que receberam.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O DIREITO DE DIVERGIR

Assim como os meus leitores têm o direito de divergir do pensamento que escrevo tenho o mesmo direito em relação a certas atitudes tomadas por certos homens públicos. A unanimidade não é fácil de ser alcançada e não serei eu, simples mortal, que terei essa pretensão.
Em um primeiro momento poderia se comparar o eleitor com o leitor; O primeiro vota em um candidato que se identifica com ele, com seu perfil, com sua personalidade e deste modo lhe outorga uma procuração. Já o segundo, o leitor, aplaude o articulista que escreve o que ele sente ou o que ele gostaria de escrever e só não o faz, muitas vezes, por que não tem o espaço privilegiado que aquele possui.
Não há, em nenhum momento, de minha parte a intenção de obter aplausos generalizados até porque procuro demonstrar, através do espaço que tenho hoje no Jornal Correio Gabrielense e que já tive em outros periódicos, as razões do Brasil ser um país extremamente desorganizado. Uma das principais é a desorganização do brasileiro, este é mais do que desorganizado é anárquico.
As pessoas que de uma maneira ou de outra se comportam mal dentro da sociedade da qual fazem parte, ainda que queiram parecer corretas, jamais vão concordar com o que escrevo, pois na ânsia de mostrar como é fácil consertar o que está errado acabo atingindo os enganadores e aproveitadores.
Sou um cidadão de rígidos princípios e bons propósitos e não silencio quando percebo que o comportamento dos nossos homens públicos, com raras exceções, é um quando almejam determinado cargo, elegível ou não, e outro completamente diferente depois de conquistá-lo.
Durante a campanha eleitoral optei por apoiar o atual grupo que está à frente da administração do município e por essa razão entendo que tenho o direito de criticar tudo aquilo que entendo de errado que o mesmo está fazendo. A preocupação da crítica é mostrar rumos melhores e soluções mais rápidas para os problemas que afligem a população. Optei por esse grupo porque ele era, em minha opinião, a única alternativa válida naquele pleito já que o meu próprio partido boicotou minha pretensão de ser a melhor opção. Não avalizei a atual administração para ser repeteco da anterior ou pior, mas sim para ser melhor. Talvez, por assim pensar e me manifestar que em determinados momentos pessoas do meu relacionamento se magoem comigo. Nesse momento essas pessoas demonstram todo o seu despreparo porque querem encarnar na sua individualidade o cargo que, temporariamente ocupam. A vida particular dos indivíduos não me diz respeito, mas quando esse mesmo indivíduo exerce uma função pública e com suas atitudes prejudica a maioria protegendo interesses da minoria ele está sujeito à crítica feroz de qualquer cidadão que olha para muito além dos seus mesquinhos interesses.
A obrigação de prestar contas é deles. Que fique bem claro que eles estão em determinadas funções é por que querem e muitos se delas se afastassem não deixariam saudades.
### Tínhamos 19 vereadores. Hoje temos dez e nem o nome de alguns se sabe. Ninguém sentiu a falta dos nove. Para os que não enxergaram a finalidade da emenda Pompeu de Mattos aumentando o número de vereadores creio que agora ficou claro. A intenção era arrumar mais cabos eleitorais sustentados com o dinheiro público. Menos mal que o Tribunal não permitiu tamanha desfaçatez.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

domingo, 25 de abril de 2010

OS ELEITOS SÃO OS CULPADOS?

?
Penso que não. No processo de eleição direta existente no Brasil creio que a responsabilidade maior é de quem elege, ou seja, do eleitor e de quem financia a campanha do candidato. Converso, no dia a dia, com centenas de pessoas de toda sorte de escolaridade e das mais variadas classes sociais e por incrível que lhes possa parecer quem mais vota errado são os eleitores com formação acadêmica.
É pela constatação acima que estou escrevendo sobre o assunto, pois tem muitas correntes que defendem o registro de candidatos escolarizados, muito bem preparados intelectualmente etc. etc., como se o fato de ser possuidor de um diploma fosse atestado de seriedade e de zelo no trato das coisas públicas. De outra sorte eu defendo que quem deve ter o cuidado de fazer a boa escolha é o eleitor.
Por que os chamados doutores sem sê-los, inteligentes, elitizados, eruditos votam mal? Eles que respondam. Conheço muitos eleitores de reconhecido saber, com formação acadêmica de fazer inveja a medíocres mortais que confessaram seu voto ao articulista e o fizeram rir, pois a pedido da mamãe ou de qualquer parente votaram conscientemente em candidato dodói. Pois apesar dos grandes conhecimentos nas áreas de suas atividades são os chamados de analfabetos políticos e responsáveis pela eleição de qualquer aventureiro desde que seja seu amigo ou filho de mamãe sua amiga. Esquecem de que quem vai exercer o mandato é o dodói e não a mãe do “excepcional”. Portanto... Cuide bem do seu voto, pois é ele que elege o político bom ou ruim.
A obrigação de quem escreve em um periódico é esclarecer para que no futuro não se cometa os mesmos erros do passado. Divulgar a verdade é antipático, mas é o ônus de todo aquele que não usa jornal para lamber os sapatos de quem está no poder. Pago um preço muito alto por ser um cidadão consciente e cumpridor das minhas obrigações e por saber separar a individualidade do cargo ocupado tanto é que há poucos dias disse a um amigo que telefonou dizendo que gostaria de me visitar: Podes vir desde que deixe o vereador na tua casa. E convivemos bem.
Nunca simpatizei com a escravidão, por essa razão não tenho bicicleta e muito menos carro, pois é uma chatice tirá-los para a rua pela manhã e ter de guardá-los pela noite e assim se sucedem os dias, os meses e os anos. Prefiro o táxi que no meu entendimento é o melhor meio de transporte e mais barato, pois as pessoas os usam somente quando precisam.
E para descontrair, não ficar muito tenso lhes conto uma passagem do cotidiano: Uma senhora que me aprecia muito perguntou por que eu não tenho automóvel: respondi rapidamente, não gosto de dirigir e segundo porque estou pagando o carro do advogado tal. Ela insiste, mas o que o senhor tem a ver com o advogado tal? Já irritado respondi. Trabalhei para ele e o mesmo não me pagou para andar em carro luxuoso e zero.
## O estacionamento particular na via pública na frente do 6º BE faz escola. Surgiu outro na Rua Antonio Mercado, na entrada para o Bairro Menino Jesus. E agora? Permitindo o primeiro como proibir o segundo?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 20 de abril de 2010

CÂMARA DE VEREADORES OU DE ANARQUIA?

Quem não se respeita não merece ser respeitado. A safadeza na casa legislativa de São Gabriel chega às raias do deboche segundo notícias publicadas na imprensa e parece institucionalizada tal a naturalidade com que os responsáveis pela sua direção a encaram.
Comentam do sumiço do processo do Tribunal de Contas do Estado-RS que opina sobre as contas da gestão do prefeito anterior. Sumiço é quando não se sabe onde está o objeto. Segundo notícias veiculadas o referido processo estaria na posse do presidente anterior da Câmara com o único objetivo de retardar sua apreciação pelo plenário. Isso não é sumiço é crime. E além do presidente anterior deve ser responsabilizado também o presidente atual que negligencia no exercício de suas funções. O poder legislativo não pertence ao presidente que sai nem ao presidente que entra e nenhum dos dois tem o direito de se apropriar indevidamente dos documentos enviados à casa para apreciação.
A falta de atitude do Presidente atual em resgatar o referido processo compromete definitivamente a credibilidade do poder legislativo sãogabrielense e coloca este sob a suspeita de que está a serviço de maus administradores e não da coletividade que o sustenta.
De outro lado é de espantar o silêncio da atual mesa diretiva e dos demais vereadores diante de tamanho desrespeito, de tamanha soberba do presidente anterior que confunde o poder legislativo com uma camioneta de sua propriedade. E os outros? Compactuam com esse comportamento?
As providências que se dizem tomadas no sentido de resgatar o referido processo para que sejam efetivados os trâmites legais são comprometedoras, desabonadoras e suspeitas. O que teme o atual presidente? O julgamento de algum correligionário? O próprio julgamento? Comprometimento com coisas mal feitas? Proteger coisas mal feitas também o coloca no banco dos réus, senhor presidente. A renúncia é o melhor caminho para os que têm medo de enfrentar o ônus do cargo. Receber condecorações de praxe a quem ocupa o cargo não o coloca acima de ninguém e muito menos lhe isenta de responsabilidades. Por favor, aja na defesa do interesse público e não do corporativismo tão maléfico à coletividade e tão próprio dos parlamentos brasileiros.
Os absurdos patrocinados pelos vereadores de São Gabriel são tantos que não é de se duvidar que algum apresente um projeto obrigando touro a dar cria.
E o decoro parlamentar? Os presidentes da Casa Legislativa de São Gabriel não estão faltando com o decoro e passíveis de cassação?
### - Tramita no Congresso nacional um projeto de lei de autoria popular – 1,5 milhão de assinaturas – que visa barrar a candidatura de políticos já condenados por um colegiado de julgadores. Louvável iniciativa, porém inócua. O Brasil tem ao redor de 132,00 milhões de eleitores cuja maioria é a responsável pela anarquia reinante na vida política nacional. É essa maioria que escolhe os detentores de mandato, razão pela qual a desqualificação do eleito representa o seu pensamento. De uma maneira geral o brasileiro não gosta do disciplinador, do austero e de quem tem vida recatada. É a maioria do voto sujo que entope de nulidades os parlamentos brasileiros. É triste, muito triste...
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

DESCASO CRÔNICO E HISTÓRICO

Devido a compromissos sociais anteriormente assumidos não permaneci na cidade nos dias 10 e 11 do corrente motivo pelo qual não me fiz presente no rodeio do CTG Tarumã realizado no empoeirado Parque Assis Brasil.
Alguns moradores da Rua Wolmer Porciúncula ficaram eufóricos com os sinais dos extraterrestres porque pensaram que os mesmos lhes traziam boas novas sobre o tão reclamado calçamento/encascalhamento ou coisa que o valha. O Ireno Jobim de tanto esperar o calçamento da sua rua, dizem, estava eufórico e disposto a embarcar na nave espacial dos ETs se ela aterrizasse no Bom Fim a fim de buscar uma solução para o problema.
Conforma-te Ireno, mas insiste. A Avenida Tito Prates é o mais gritante e histórico descaso dos que administraram ou administram o Município, pois ao longo de 151 de emancipação política de São Gabriel nenhum teve a iniciativa de pelo menos calçar aquela artéria que dá acesso ao Parque Assis Brasil local onde são realizados os maiores eventos turísticos da cidade.
Segundo relato de quem lá esteve o CTG Tarumã através de sua patronagem e colaboradores se esmerou em apresentar uma festa à altura dos visitantes e de quantos participaram da mesma. O brilho só foi ofuscado pela nuvem de poeira que se fez permanente durante os dias da realização do rodeio. Quando chove, barro; quando faz tempo bom, poeira.
Sou antipático, repetitivo, mas insisto em escrever que a negligência dos administradores do município pelo não calçamento da Avenida Tito Prates chega às raias do relaxamento, eis que aquele local recepciona muitos turistas que nos visitam.
Não dá para entender e nem aceitar. O Município gasta em publicidade desnecessária, cargos de confiança em demasia, excesso de secretarias, mas esquece dos melhoramentos inadiáveis na Avenida Tito Prates, os quais representariam maior conforto aos freqüentadores do Parque de Exposições Assis Brasil. Será que estão esperando a ressurreição do senhor Rolino Vieira para com seus recursos particulares calçar aquela avenida assim como fez na Francisco Hermenegildo no sentido centro-cemitério? Será por que a avenida tem poucos eleitores? Será por que não é reduto eleitoral de ninguém? Respondam os responsáveis, ou melhor, realizem as obras necessárias, pois como cartão de visita está péssimo.
### Falar sozinho em rádio qualquer secretário gosta, mas ser questionado alguns vereadores não deixam. Quem tem fé no taco e certeza das coisas bem feitas não precisa ser convocado, oferece-se, explica e pronto. Quanto menos explica, mais se complica.
### Matemática é uma ciência exata, dizem: Então respondam. São Gabriel comemorou cem (100) anos de emancipação política no dia 15 de dezembro de 1959 com direito a desfile, a hino, rainha e outras comemorações. Como comemorar cento e sessenta e quatro (164) no dia 04 de abril de 2010? Idiotice a parte, não dá para entender.
### Os convidados de Santa Maria para o churrasco “Na Sombra do Salso”, em 27.02.2010, confundiram o Bairro Bom Fim com o Menino Jesus e pensaram que era uma recepção aos Ets. Não compareceram por que o Luiz Pedroso (sósia do Zeca Pagodinho) ficou com medo de encontrar o Noel Rosa junto com o Adoniran Barbosa e não resistir ao convite de ambos para visitar outras paragens. Enganou-se o Pedroso. Qualquer ET que comer um churrasco e beber um uísque “Na Sombra do Salso” vai cantar: “DAQUI NÃO SAIO, DAQUI NINGUÉM ME TIRA”...
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O ERRO DO LUIZ INACIO

Não resta a menor dúvida de que o metalúrgico sindicalista e analfabeto, segundo seus detratores, hoje é um cidadão do mundo. Temos no atual Presidente da República a confirmação de que não é a formação acadêmica que aumenta a inteligência das pessoas. Aquela é uma questão de oportunidade, de esforço, de tenacidade, de perseverança e de perseguição a uma meta, um objetivo. Não conheço alguém que entrou na Universidade e de lá saiu sem um diploma exceto se desistiu em meio ao caminho. Resumindo, só não sai da Universidade sem a tão valorizada formação acadêmica aquele que desiste, como eu, ou quem não entra. Penso que se deveria facilitar o ingresso e dificultar a saída nos chamados cursos superiores.
Por que os cartazes na fachada das casas quando alguém da família logra êxito no vestibular? Simples, nesse momento já existe a certeza da obtenção do diploma, com o saber ou não.
Ainda que o mundo aplauda o Luiz Inácio, e isso talvez esteja lhe fazendo mal, ele está perdendo a oportunidade ímpar de ser o magistrado que este Brasil nunca teve e de quem tanto precisa. O Brasil há muito se ressente da falta desse magistrado que forçosamente não precisa ser um poliglota, um homem de grande saber ou de grande inteligência, mas sim um homem de extraordinária lucidez, conduta irrepreensível e isenção na condução dos destinos do país e que se transforme em exemplo para todos indistintamente. Poderia ser o Luiz Inácio. Não será.
Ouso dizer que se o Luiz Inácio fosse realmente essa inteligência que o mundo aplaude depois de manter uma popularidade antes nunca vista no país e depois de conquistar o respeito das maiores autoridades do mundo não cometeria o desatino que está cometendo tentando criar uma sucessora à sua imagem e semelhança.
E é nesse momento que se torna um impostor igual a tantos outros que tentaram ser maiores do que realmente foram e jogaram fora, de forma ridícula, a oportunidade não de terem a unanimidade de opiniões, mas sim o reconhecimento dos companheiros e dos adversários de que realmente soube ser o magistrado do qual o Brasil e o mundo tanto precisam.
Imagino-me assessor do Presidente e se assim fosse lhe diria: Senhor Luiz Inácio recolha-se à Presidência da República e entregue sua sucessão aos partidos políticos. Compete-lhe a obrigação constitucional de garantir uma eleição dentro da normalidade democrática. Dê condições para tanto, restrinja-se a administrar o Brasil até o fim do seu mandato por que o senhor será o maior prejudicado interferindo no processo sucessório. Elegendo o sucessor dirão que usou a máquina administrativa; não elegendo é o senhor que perde o prestígio que hoje detém. Outros tentaram isso e hoje invejam o seu prestígio. Seja inteligente, não cometa o mesmo erro.
Nunca mais se candidate à Presidência da República ou a outro cargo qualquer por que as oportunidades não se repetem e o seu sucesso se deve ao contexto no qual foram exercidos os seus mandatos. O homem não deve parecer inteligente, mas demonstrar inteligência em todos os momentos.
### PAGUEI MICO. Sexta-feira, dia 02 do corrente, recebi a visita de amigos de Santa Maria. Tentei retribuir as atenções que me são dispensadas quando os visito. Ledo engano. Convidei-os para jantar em um ambiente localizado na Rua Barão de São Gabriel que pensei ser um restaurante. Pelas patadas que recebemos aquilo pode ser qualquer coisa menos um restaurante que deveria justificar a hospitalidade e a educação da gente desta terra. E querem desenvolver o turismo. Assim não dá.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sábado, 3 de abril de 2010

INTERROGAÇÕES

Acordo cedo.
6,00 horas da manhã.
Preparo-me para sair.
Do aparelho de som, ligado,
saem, languidamente,
os acordes de “Besame Mucho”.
De repente volta o passado.
Besame Mucho me angustia,
não me alegra.
Sou tomado de dúvidas,
incertezas e lembranças.
Recordo de uma mulher querida,
Mulher que, pelos meus defeitos,
Não soube amar.
Será que amo?
Será que amei?
Onde andará ela?
Onde estou? Quem sou?
Não sei... não sei... não sei...
Do turbilhão de idéias que
Me assalta restam somente
interrogações.