A superproteção deve ser o maior pecado praticado contra o ser humano. Não interessa a idade. Ela torna a pessoa egoísta, mimada e, por incrível que pareça, violenta. Ao elaborarem o Estatuto da Criança e do Adolescente nossos legisladores pensando no bem dos mesmos causaram-lhes um grande mal. O melhor estatuto não é o superprotetor, mas sim aquele que dá proteção mediante o princípio da responsabilidade. Não é a lei que educa o menor ou a criança, mas sim o amor e o respeito que recebe transformando-o em um bom adulto.
Ao tomar conhecimento dos seus exagerados direitos o adolescente entende que já é adulto e pratica atos contra a vida, contra os bons costumes, contra a família justamente por estar ao alcance de uma lei que mais o protege do que pune. O que via de regra acontece é a violência da proteção demasiada se voltar contra o protegido fazendo a sociedade assistir, estarrecida, menores matando e menores sendo cruelmente assassinados. O caminho, definitivamente, não é esse.
As autoridades competentes ainda não avaliaram no seu devido grau a precocidade do nosso jovem de hoje resultando da falta de uma apreciação mais profunda instrumentos legais inadequados e vencidos para disciplinar o comportamento social da criança e do adolescente.
Penso que o homem não deve ser julgado pela idade, mas pela sua capacidade intelectual e psíquica. Todos, jovens e velhos, devem responder pelos atos praticados porquanto tiveram lucidez e vontade quando os praticaram, excluindo-se, é lógico, o ato acidental nos quais não há a vontade do autor em praticá-lo.
A marginalidade se faz sentir em todas as camadas sociais, indicativo de que o problema não é conseqüência da miséria como afirmam certos estudiosos da matéria. Os jovens são culpados? Acredito que não. São mais vítimas do que réus.
A culpa maior é da família moderna totalmente desagregada salvo honrosa exceção. Não há diálogo, não há respeito e a convivência familiar foi substituída pelas produções televisivas de péssima qualidade e pelo afastamento simultâneo de mães e pais da formação moral dos filhos.
O culto ao corpo enche as academias, mas de que vale um corpo perfeito guiado por uma cabeça vazia?
Pensem bem, pois todos devem se empenhar na busca de uma solução que amenize tal problema.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
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