Quem aceita um mandato, seja eletivo ou não,
remunerado ou não, público ou não, tem o dever de cumpri-lo sem que isso seja
transformado pelo outorgado e seus colaboradores em supostos favores.
Por essa razão o Prefeito eleito
precisa trabalhar e dizer a que veio e os seus outorgantes que julguem o seu
trabalho, pois o município estando em calamidade financeira decretada obriga, ao
administrador que se preza, a economizar até na farta e
desnecessária propaganda que visa enaltecer a pessoa física do gestor.
O que vale para um vale para todos os
eleitos e a Constituição Federal é suficientemente clara na redação do caput do
seu Artigo 37. – A administração pública
direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade e publicidade.
E disso o atual Prefeito está cansado de saber, pois é
a quarta vez que ocupa o mesmo cargo em um período de vinte (20) anos.
E nas vezes em que transmitiu e ou
recebeu a administração pública municipal nunca, ou na maioria das vezes, ela
esteve superavitária, portanto não há razão para essa gritaria pelo montante da
dívida herdada, dívida essa que o Senhor e outros, talvez, tenham ajudado a
construí-la.
Outro fator que não o justifica nas
reclamações é o conhecimento que o Senhor tinha das condições atuais das
finanças do Município. Ou é uma estratégia de fuga?
Além disso, foi um ato soberano e
subjetivo que o levou a disputar esse cargo, tão cobiçado, que outros também
desejavam.
Trabalhe, pois a comunidade não quer um
líder chorão, mas sim um líder que assuma responsabilidades e mostre
competência para fazer tudo aquilo que os incompetentes, segundo o Senhor, não
fizeram. Mas não se esqueça que já desempenhou esse cargo por outras três (3)
vezes e em todas elas também deixou muito a desejar.
O Senhor brigou por esse cargo, então
mãos à obra.
Não queremos um benfeitor, mas sim um
capataz que cumpra com eficiência o mandato pelo qual lutou desesperadamente.
O Senhor foi eleito legitimamente pela
maioria e em nome dessa maioria tem o dever de fazer. Sucesso.
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