sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O DEVER DE FAZER



            Quem aceita um mandato, seja eletivo ou não, remunerado ou não, público ou não, tem o dever de cumpri-lo sem que isso seja transformado pelo outorgado e seus colaboradores em supostos favores.
         Por essa razão o Prefeito eleito precisa trabalhar e dizer a que veio e os seus outorgantes que julguem o seu trabalho, pois o município estando em calamidade financeira decretada obriga, ao administrador que se preza, a economizar até na farta e desnecessária propaganda que visa enaltecer a pessoa física do gestor.
         O que vale para um vale para todos os eleitos e a Constituição Federal é suficientemente clara na redação do caput do seu Artigo 37. – A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.
         E disso o atual Prefeito está cansado de saber, pois é a quarta vez que ocupa o mesmo cargo em um período de vinte (20) anos.
         E nas vezes em que transmitiu e ou recebeu a administração pública municipal nunca, ou na maioria das vezes, ela esteve superavitária, portanto não há razão para essa gritaria pelo montante da dívida herdada, dívida essa que o Senhor e outros, talvez, tenham ajudado a construí-la.
         Outro fator que não o justifica nas reclamações é o conhecimento que o Senhor tinha das condições atuais das finanças do Município. Ou é uma estratégia de fuga?
         Além disso, foi um ato soberano e subjetivo que o levou a disputar esse cargo, tão cobiçado, que outros também desejavam.
         Trabalhe, pois a comunidade não quer um líder chorão, mas sim um líder que assuma responsabilidades e mostre competência para fazer tudo aquilo que os incompetentes, segundo o Senhor, não fizeram. Mas não se esqueça que já desempenhou esse cargo por outras três (3) vezes e em todas elas também deixou muito a desejar.
         O Senhor brigou por esse cargo, então mãos à obra.
         Não queremos um benfeitor, mas sim um capataz que cumpra com eficiência o mandato pelo qual lutou desesperadamente. 
         O Senhor foi eleito legitimamente pela maioria e em nome dessa maioria tem o dever de fazer. Sucesso.    
      

          

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