sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

TRIBUTO AOS NOSSOS PAIS.


         Darcy Corrêa de Macedo
Jacy da Rocha Macedo
Extensivo aos outros pais que viveram naquela época de dificuldades, mas que nem por isso deixaram de dar uma educação exemplar aos filhos. Talvez pelas dificuldades enfrentadas, pouca escolaridade, mas um conteúdo moral extraordinário.

            Quando os pilares da República estremecem, não pela corrupção, mas pela canalhice dos homens de toga e de renomado saber, busco, e tenho certeza de que meus irmãos também, forças e coragem na formação moral que nossos pais deixaram aos filhos para enfrentar as adversidades.
            Eles viveram quando existiam caminhos, um pouco piores do que as estradas de hoje. As rodovias e as BRs vieram depois.
            Não tinham energia elétrica, mas enxergavam melhor do que aqueles que a têm nos dias de hoje; não tinham ruas calçadas; não tinham linhas de ônibus; não tinham telefone; não tinham TV, não tinham escolas; não tinham água encanada; não tinham farmácia popular; não tinham, enfim os recursos dos quais dispomos hoje.
            Mas tinham sabedoria, brio, tenacidade e a capacidade de fazer as coisas sem qualquer reclamação a quem quer que fosse.
            Não sei se fui bom filho, mas tenho certeza absoluta de que tive excelentes pais, pois foram eles que me deram a auto-estima e os ensinamentos necessários para nunca desistir, por mais pedregoso que fosse o caminho a percorrer.
            Gostaria de escrever muito mais sobre meus pais porque eles, dentro das dificuldades que foram muitas, fizeram o HOMEM que sou hoje, mas principalmente porque ensinaram esse mesmo homem a conquistar seu lugar, gostar das suas coisas e respeitar o que é dos outros.
            Sempre fui rebelde, mas sempre solidário e desprendido. Apesar de ter um gênio complicado, que preocupava meus pais, nunca pratiquei um ato que os envergonhasse ou agredisse a comunidade em que sempre vivi e vivo.
            Tenho orgulho de não ter sido vereador, embora as quatro (4) tentativas ao longo dos anos. Tentei do meu jeito, mas principalmente do jeito que meus pais gostariam: SER ESCOLHIDO. Eles acreditavam no filho que criaram e eu, candidato, acreditava nos ensinamentos recebidos, como de resto acredito até hoje e acreditarei enquanto viver.
            Tenho orgulho de não ter sido prefeito, mas cumpri com minha obrigação apresentando meu nome para tanto. O povo me recusou para vereador; o meu Partido me recusou o direito de ser candidato a Prefeito. Ser vereador ou Prefeito não depende do candidato, mas de quem escolhe.
            E nesta hora de lembranças quero dividir com meus irmãos, JAURES DA ROCHA MACEDO; GENECI MACEDO PINHEIRO, em memória; JANE T. MACEDO ROCHA, em memória; e JOÃO MANOEL ROCHA DE MACEDO, o orgulho de que nem o pai e nem a mãe acabaram distante dos filhos, na solidão de um asilo.
            Nenhum filho de notório saber, nenhum filho com formação acadêmica, mas todos os filhos de ilibada conduta. Obrigado pelo interminável patrimônio que legaram aos seus filhos.
            
           
           
           
             
           

             

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