sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A LÓGICA INVERSA



            Muitas pessoas que se manifestam através dos veículos de comunicação e das redes sociais culpam os indigentes e os marginais pelo caos em que atualmente vive o Brasil, em especial, e também o mundo.
         Mas poucas pessoas se interrogam quem administra o Brasil e também o mundo.
         Acredito firmemente que os grandes responsáveis pelo caos estabelecido no Brasil e no mundo são os administradores provenientes das parcelas mais esclarecidas e mais abonadas que acabam dominando o que chamamos de poder.
         Entendo que os primeiros, indigentes e marginais, são produto da insensibilidade dos governantes que têm o dever de bem distribuir as riquezas nacionais e mundiais as concentram em uma parcela reduzida da população.
         A maioria quando pronuncia a expressão marginal está se referindo aos moradores da periferia dos grandes centros, às camadas de baixa renda, aos moradores de rua, às prostitutas, aos negros e se esquece de que marginal é aquele que se comporta ao arrepio da lei, independente de sua posição social, seu credo religioso ou político.
         A lógica inversa em um primeiro momento faz a maioria acreditar que os desassistidos são os responsáveis pelos fracassos do Brasil e do mundo.
         Mas como atribuir aos marginais e miseráveis as mazelas do país se eles não têm a articulação e o domínio do Poder?
         Todos os privilégios são oriundos de leis elaboradas por um legislativo desqualificado e discriminador que contempla as benesses para poucos e esquece os menos favorecidos e/ou desamparados.
         Esses mesmos legisladores que através da sua ma fé, incompetência ou buscando criar um nicho eleitoral que atenda seus interesses pessoais transformaram os servidores públicos em uma camada intocável que escraviza a maioria da sociedade que os sustenta.
         Não culpem os sem terra, os sem teto, ou os sem nada, pois quem faz a desgraça do Brasil e do mundo são os donos do poder que direcionam a maior parte da riqueza para ficar sob o domínio da minoria egoísta, cruel e dominadora.
         Quem comanda são os poderosos e ou seus prepostos e por essa razão se enganam todos aqueles que atribuem à marginália, aos indigentes e aos fracos o fracasso na condução do mundo.
         
        
        
        
        
        
        
        

          

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