Não gosto de falar em mim e nem
de mim, mas na derrocada de valores que todos presenciam no momento e quando
existe um clamor popular por ética, moral, honestidade e decência hoje, quando
acordei, talvez porque lembrei do Darci e da Jacy, nossos pais e por ser
aniversário do João Manoel, me fiz a seguinte pergunta: Sou político, sempre me
comportei dentro das regras da civilidade para com todos, profissionalmente
tenho bom nome, sou guarda de valores desde a mocidade, nunca lesei ninguém,
trabalhei gratuitamente nos clubes sociais da cidade, fui presidente da
Associação dos Contabilistas de São Gabriel, sempre participei de Partidos
Políticos e com eles colaborei, sou cuidadoso com meus compromissos (o que
deveria ser obrigação de todos), me preparei com esmero para servir minha
comunidade, nunca corrompi ninguém e muito menos permiti que me corrompessem,
tudo que fiz foi bem feito, sou bastante conhecido, enfim tenho credibilidade
porque conquistei essa credibilidade através do meu comportamento, fui
candidato a vereador em quatro (4) oportunidades e a deputado federal em uma
(1) e porque os eleitores nunca me elegeram?
Se
meus caros leitores não sabem, eu sei. Por ser independente e ter a pretensão
de ser escolhido pelos eleitores e em nenhum momento na qualidade de candidato
escolhê-los. Porque sempre pensei em um projeto para minha cidade e nunca ter
colocado meus interesses à frente dos do povo.
Fui
recusado nas diversas oportunidades porque estudei, me preparei para ser o
legislador que sempre faltou na cidade; fui recusado porque nunca tive coragem
de invadir a privacidade dos eleitores nas suas residências, exceto quando
convidado; fui recusado porque em uma das oportunidades na qual fui candidato
defendi o mandato gratuito nas cidades onde as reuniões das câmaras municipais
se realizam à noite; fui recusado porque sempre que fui procurado me recusei a
aliciar eleitor; e, finalmente fui recusado porque seria um fiscal ferrenho e
permanente dos atos do Poder Executivo. A sociedade me recusou. Decisão que
respeito. Ela perdeu, acreditem.
Um
fato por demais curioso: O eleitor exige bons políticos e porque escolhe os
maus?
Um
Presidente do Brasil foi morto pela corrupção em 1954; outro foi impedido pela
mesma corrupção em 1992; ditadura civil não adiantou; ditadura militar não
adiantou e tantas outras medidas no campo administrativo se mostraram
infrutíferas. Não perceberam que as razões dos nossos fracassos estão em nós
mesmos? E penso isso há muito tempo, senão vejamos.
Este
é o trecho de uma correspondência que escrevi em 1987, ao Deputado Federal
ALISSON PAULINELLI: Sou um pouco descrente quanto à recuperação deste povo
porque ele não se administra e não se administrando se torna inadministrável.
Povo inculto é povo escravo. Creio que os maiores administradores do mundo, se
transferidos para o Brasil, fracassariam rotundamente ante a inconsequência do
brasileiro.
Então?
Protestem, chorem, batam cabeça, troquem Presidente, troquem a imprensa,
troquem Governador, troquem Prefeito, pois enquanto a sociedade como um todo
não mudar seu comportamento permaneceremos por dois mil (2000) anos no atraso e
na escuridão que produz.
Quero
dizer aos amantes da modernidade que o nome do nosso Município é SÃO GABRIEL e
não SANGA BRIEL como muitos estão pronunciando. Aprendam enquanto estou vivo.
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