quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ESTRADAS, quando as tivemos?


BERECI da R MACEDO

ESTRADAS, quando as tivemos?

         Jornal TRIBUNA do Povo, edição de 16 de abril de 1993, BASTIDORES – Nilo Dias. “Um bonito exemplo de espírito comunitário foi dado por um grupo de pessoas ligado a atividade rural que preferiu não esperar pelas providências oficiais e tomou para si a tarefa de recuperar boa parte da estrada geral de Catuçaba, para permitir o escoamento da safra de grãos”.

            “Por iniciativa do empresário rural Lauro Antoniazzi, com apoio dos produtores da região, em especial Dorvani Maldaner, Elizeu Souto, Fernando Kirchoff Junior e outros, foram patrolados cerca de 50 km de estrada, desde a Estância Águas Claras até a Vila do Tiarajú. As máquinas utilizadas no trabalho foram locadas junto à Empresa Prevedello, de Rosário do Sul, deixando a estrada em excelentes condições”.

            “Também merece elogios um outro empresário, o senhor Geraldo Estrázulas pereira de Souza, verdadeiro símbolo da atividade rural no município de São Gabriel. Com problemas para escoar a produção de grãos da sua propriedade, não pensou duas vezes e com seus próprios recursos mandou construir uma ponte de concreto, com 11 metros de vão, na localidade do Cerro do Ouro, que atende aos interesses de um grande número de produtores da região”.

            Quando trabalhei na Cooperativa de Lã Tejupá Ltda,  01/4/1986-24/8/1987, lembro que o Luiz Fernando Abreu, o médico Dirceu Menna Barreto de Abreu e outros proprietários/produtores do Batovi e adjacências também procediam da mesma forma. Ante o descaso da administração municipal e para ter trafegabilidade assumiam a manutenção das estradas.

            Numa época mais recente o Inocêncio Fernandes Gonçalves e outros produtores também se obrigaram a melhorar a trafegabilidade do Corredor do Umbu, pois as péssimas condições existentes estavam impossibilitando o acesso para o plantio e posteriormente o escoamento da produção. Neste caso, se não me falha a memória, a Prefeitura participou de alguma forma.

            É preciso muito cuidado quando se fala em estrada, pois a rigor nunca as tivemos. O descuido não é de hoje, mas é uma falha grotesca dos administradores do município, ao longo dos anos, pois ainda não se deram conta de que sua atividade principal é a produção primária.

            Mas quem até hoje não urbanizou a Avenida Tito Prates que está tão pertinho, é obvio, que não cuidará das estradas que nem conhece.

            E isso vai muito longe porque São Gabriel há muito tempo é uma terra de ninguém. Cada qual tem seu projeto pessoal, mas para a cidade e sua coletividade não há nenhum.

            Pudera, um Município como São Gabriel que remunera com R$ 7.500,00 mensais cada um dos seus 15 vereadores não pode mesmo ter cuidado com suas estradas, pois a prioridade é atender o bem estar dos componentes da administração (governo) para em um segundo plano zelar pelo bem estar de toda a coletividade.

           

           

             

           

           

 

           

             

 

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