BERECI da R MACEDO
ESTRADAS, quando
as tivemos?
Jornal TRIBUNA do Povo, edição de 16 de abril de 1993,
BASTIDORES – Nilo Dias. “Um bonito exemplo de espírito comunitário foi
dado por um grupo de pessoas ligado a atividade rural que preferiu não esperar
pelas providências oficiais e tomou para si a tarefa de recuperar boa parte da
estrada geral de Catuçaba, para permitir o escoamento da safra de grãos”.
“Por
iniciativa do empresário rural Lauro Antoniazzi, com apoio dos produtores da
região, em especial Dorvani
Maldaner , Elizeu Souto, Fernando Kirchoff Junior e outros,
foram patrolados cerca de 50
km de estrada, desde a Estância Águas Claras até a Vila
do Tiarajú. As máquinas utilizadas no trabalho foram locadas junto à Empresa
Prevedello, de Rosário do Sul, deixando a estrada em excelentes condições”.
“Também
merece elogios um outro empresário, o senhor Geraldo Estrázulas pereira de
Souza, verdadeiro símbolo da atividade rural no município de São Gabriel. Com
problemas para escoar a produção de grãos da sua propriedade, não pensou duas
vezes e com seus próprios recursos mandou construir uma ponte de concreto, com 11 metros de vão, na
localidade do Cerro do Ouro, que atende aos interesses de um grande número de
produtores da região”.
Quando
trabalhei na Cooperativa de Lã Tejupá Ltda,
01/4/1986-24/8/1987, lembro que o Luiz Fernando Abreu, o médico Dirceu
Menna Barreto de Abreu e outros proprietários/produtores do Batovi e
adjacências também procediam da mesma forma. Ante o descaso da administração
municipal e para ter trafegabilidade assumiam a manutenção das estradas.
Numa
época mais recente o Inocêncio Fernandes Gonçalves e outros produtores também
se obrigaram a melhorar a trafegabilidade do Corredor do Umbu, pois as péssimas
condições existentes estavam impossibilitando o acesso para o plantio e
posteriormente o escoamento da produção. Neste caso, se não me falha a memória,
a Prefeitura participou de alguma forma.
É
preciso muito cuidado quando se fala em estrada, pois a rigor nunca as tivemos.
O descuido não é de hoje, mas é uma falha grotesca dos administradores do
município, ao longo dos anos, pois ainda não se deram conta de que sua atividade
principal é a produção primária.
Mas
quem até hoje não urbanizou a Avenida Tito Prates que está tão pertinho, é
obvio, que não cuidará das estradas que nem conhece.
E
isso vai muito longe porque São Gabriel há muito tempo é uma terra de ninguém.
Cada qual tem seu projeto pessoal, mas para a cidade e sua coletividade não há
nenhum.
Pudera,
um Município como São Gabriel que remunera com R$ 7.500,00 mensais cada um dos
seus 15 vereadores não pode mesmo ter cuidado com suas estradas, pois a
prioridade é atender o bem estar dos componentes da administração (governo)
para em um segundo plano zelar pelo bem estar de toda a coletividade.
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