quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A MALFADADA MERCANTILIZAÇÃO


 

 

         É, sem sombra de dúvidas, um dos maiores males que contamina a sociedade moderna.

            Salvo honrosa exceção todas as profissões deixaram de ser vocacionadas e visam acima de tudo o lucro que proporciona o acúmulo de riqueza material.

         Em consequência disso tudo está deteriorado.

         É a corrida pelo dinheiro, o que interessa é ter mais, mais e mais.

         Pessoas que se dizem cansadas aposentam com um excelente salário, e isso é corriqueiro nos dias de hoje, mas saem em busca de novo emprego ou atividade simplesmente pela ganância. O resultado disso é o péssimo serviço prestado, seja em que atividade for, pois se aposentaram porque estavam cansadas ou sem disposição para trabalhar é natural que sua capacidade esteja prejudicada.

         Conheço gente desse tipo que vive miseravelmente e infeliz porque pensa que só existe ela no universo e que a morte nunca chegará para si.

         A última manifestação de mediocridade e de mercantilização vem do nosso Supremo Tribunal Federal (STF) quando o grande destaque do discurso de posse do novo presidente foi a sua predisposição de lutar por melhores remunerações.

         Nossos Ministros têm mordomias que se transformadas em dinheiro atingem um montante muito mais elevado do que seus próprios ganhos mensais. Mais de oitenta por cento (80%) do orçamento do Judiciário é consumido pelos gastos com pessoal, mas o próprio Judiciário através de seus representantes mais elevados pensa que é pouco. E também quer mais, mais e mais.

         A derrocada moral atinge todos os pilares de sustentação da República e se Getúlio Vargas, antes de ser morto, admitiu que por baixo do seu palácio corria “um rio de lama” não é demais afirmar que hoje corre um mar de lama na maioria das instituições brasileiras, sejam elas públicas ou privadas.

         Reclamam da alta carga tributária, mas no País onde a maioria quer ganhar milhões, não quer contribuir com nada, quer tudo de graça, a minoria será sempre penalizada com pesados tributos.

 É neste momento que relembro dos tempos de guri quando jogava bolita e existia a regra, muito desonesta, que garantia a vantagem ao que dissesse primeiro a seguinte expressão: quero tudo e não dou nada. O que falasse primeiro tinha o direito de limpar o alvo (a bolita do adversário), quero tudo e quando o seu adversário fosse jogar ele colocava o pé em cima da sua bolita, não dou nada. Bonito, não?

Jamais as coisas vão funcionar quando a maioria quer tudo e não dá nada.

       

           

          

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