É, sem sombra de dúvidas, um dos
maiores males que contamina a sociedade moderna.
Salvo honrosa exceção todas as profissões deixaram de
ser vocacionadas e visam acima de tudo o lucro que proporciona o acúmulo de
riqueza material.
Em consequência disso tudo está
deteriorado.
É a corrida pelo dinheiro, o que
interessa é ter mais, mais e mais.
Pessoas que se dizem cansadas aposentam
com um excelente salário, e isso é corriqueiro nos dias de hoje, mas saem em
busca de novo emprego ou atividade simplesmente pela ganância. O resultado
disso é o péssimo serviço prestado, seja em que atividade for, pois se
aposentaram porque estavam cansadas ou sem disposição para trabalhar é natural
que sua capacidade esteja prejudicada.
Conheço gente desse tipo que vive
miseravelmente e infeliz porque pensa que só existe ela no universo e que a
morte nunca chegará para si.
A última manifestação de mediocridade e
de mercantilização vem do nosso Supremo Tribunal Federal (STF) quando o grande
destaque do discurso de posse do novo presidente foi a sua predisposição de
lutar por melhores remunerações.
Nossos Ministros têm mordomias que se
transformadas em dinheiro atingem um montante muito mais elevado do que seus
próprios ganhos mensais. Mais de oitenta por cento (80%) do orçamento do
Judiciário é consumido pelos gastos com pessoal, mas o próprio Judiciário através
de seus representantes mais elevados pensa que é pouco. E também quer mais,
mais e mais.
A derrocada moral atinge todos os
pilares de sustentação da República e se Getúlio Vargas, antes de ser morto,
admitiu que por baixo do seu palácio corria “um rio de lama” não é demais
afirmar que hoje corre um mar de
lama na maioria das instituições brasileiras, sejam elas públicas ou privadas.
Reclamam da alta carga tributária, mas
no País onde a maioria quer ganhar milhões, não quer contribuir com nada, quer
tudo de graça, a minoria será sempre penalizada com pesados tributos.
É neste momento
que relembro dos tempos de guri quando jogava bolita e existia a regra, muito
desonesta, que garantia a vantagem ao que dissesse primeiro a seguinte
expressão: quero tudo e não dou nada. O
que falasse primeiro tinha o direito de limpar o alvo (a bolita do adversário),
quero tudo e quando o seu adversário
fosse jogar ele colocava o pé em cima da sua bolita, não dou nada. Bonito, não?
Jamais as coisas vão funcionar quando a maioria quer
tudo e não dá nada.
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