Para os que não sabem e para os que
confundem os termos educação e instrução, apresento, segundo dicionário da
língua portuguesa, a definição de um e de outro: Educação –1 - Ato ou efeito de
educar(-se). 2 – Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual
e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração
individual e social. Instrução. 1 –
Ato ou efeito de instruir(-se). 2 – Ensino. 3 – Conhecimentos adquiridos;
cultura; saber; erudição.
Pode um indivíduo ser bastante instruído e mal
educado? Pode um indivíduo ser bastante educado e pouco instruído?
Creio que educação e instrução se
completam, mas é bem possível existir uma sem que forçosamente exista a outra.
O intelectualizado, o erudito, o instruído que ri ou que faz pouco daquele que
tem pouca escolaridade, no momento em que ridiculariza este, não está sendo
educado. Isso caracteriza o indivíduo instruído, culto, porém com pouquíssima
ou nenhuma educação.
Já o contrário é verdadeiro quando nos
deparamos com pessoas de pouquíssima escolaridade, mas com uma educação
esmerada no trato com o seu semelhante. Este comportamento é notado nas pessoas
mais humildes do meio rural.
Uma pergunta me assalta neste momento:
Porque nossos velhos, sem universidades, sem a dita formação acadêmica e sem
tantos recursos da tecnologia eram extremamente educados?
Arrisco dizer que estão fazendo, não
sei se de propósito ou não, uma grande confusão sobre quem é responsável pela
educação e quem é responsável pela instrução, pois é evidente que a pessoa
humana necessita de todas as duas para uma completa realização.
Não acredito em uma ou na outra sem a
integração entre a família e a escola. E com o esfacelamento da família que a
modernidade insiste em não admitir é quase impossível existir uma boa educação,
o que vai, forçosamente, se refletir na instrução.
Agride minha capacidade de pensar
quando assisto tanta gente exigindo educação e essa mesma gente não educando os
seus. Esta é a nossa crua realidade.
Sem família, é definitivo, nunca
teremos educação, pois quando ela existiu, e nossos pais são a mais contundente
prova dessa verdade, educar os filhos era a sua maior preocupação. Muitos não
tinham condições de contemplar os filhos com a instrução, escolaridade ideal,
mas educá-los todos faziam. E muito bem.
A insistência em afastar as crianças do
convívio familiar, implantação do turno integral nas escolas, só pode colaborar
com a formação de maus adultos. O turno integral nas escolas virou pretexto
para quem defende a transferência da educação da criança e do adolescente para
as escolas.
É muito melhor a implantação do
programa “Assistente Social nas vilas e bairros” para a orientação e
consolidação das famílias, reaglutinando o núcleo familiar, do que apostar na
aventura da escola em turno integral.
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