Um tema que os candidatos ao
governo do Rio Grande do Sul precisam discutir com mais profundidade é o do
Instituto de Previdência do Estado (Ipergs), que se tornou inviável
financeiramente, diante da elevação dos gastos com as aposentadorias e pensões
dos funcionários públicos estaduais. De acordo com o presidente do SINDIATACADISTA-RS,
Zildo de Marchi, mais de R$ 500 milhões são tirados, mensalmente, do Tesouro do
Estado para cobrir os déficits do Ipergs. Além de diminuir o dinheiro para os
demais setores e inviabilizar qualquer tipo de investimento, seja em rodovias,
educação, saúde e segurança, é um buraco sem fundo que vai, brevemente,
inviabilizar a administração do Estado.
BURACO
II – O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de
Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Rio Grande do Sul, em
parceria com a Pucrs, fez um estudo sobre o assunto e concluiu que 29% das
despesas do Estado são destinados para menos de 2% da população, isto é, os
inativos do Ipergs – são 144.031 aposentados e 46.520 pensionistas. Somente com
a folha de inativos do serviço público gasta-se mais de R$ 12 bilhões/ano. “Os
longos quatro anos de cada gestão terminam e não vemos um debate concreto e
ações efetivas para resolver essa questão”, afirma o presidente do SESCON-RS,
Diogo Chamun. Segundo ele, o modelo de Previdência do Estado precisa ser
alterado, sob pena de inviabilizar a gestão no médio prazo.
BURACO
III – Além do número de aposentados, o custo de cada um, no Rio Grande do Sul,
é muito elevado. Os inativos do serviço público gaúcho custam R$ 1.070,00 por
ano a cada habitante do Estado. Em segundo lugar está o Mato Grosso com custo
per capita anual de R$ 703,00 e, em terceiro, o Rio de Janeiro, com R$ 648,00.
A média nacional ficou em R$ 462,00. Ou seja, o Rio Grande do Sul paga
proporcionalmente mais que o dobro da média brasileira com a folha dos
inativos. No acumulado dos últimos 10 anos, tirando os efeitos da inflação,
essa despesa cresceu 177,1% (se pagava no Rio Grande do Sul R$ 386,00 per
capita em 2004). A previdência social gaúcha consome 29,1% do dinheiro que o
governo recolhe, quando a educação gasta apenas 14,2%, a saúde, 9,8%, e a
segurança, 5,5%. O SESCON-RS criou o Projeto Gestão Pública Eficaz para
levantar debates como este. (JC. 29.07.2014 – Danilo
Ucha – Painel Econômico).
Os estudiosos ainda
levarão muito tempo para encontrar o Sistema de Previdência Social ideal, haja
vista, a complexidade do assunto.
O processo que corre em segredo
de justiça visa proteger a sociedade ou ao faltoso? Aquele que, de sã
consciência, pratica o ilícito pouco está ligando à sua honra e ao seu nome e
em razão disso não há porque de a Justiça protegê-lo. Quanto maior a proteção
ao criminoso, maior é a exposição da coletividade aos prejuízos decorrentes de
sua atuação maléfica.
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