quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ALMA INQUIETA



         Rebelde, mas romântica. Pouquíssimas pessoas conhecem seu verdadeiro “eu”. Quando escuto música minha alma viaja, viaja para lugares desconhecidos onde tudo é luz, tudo é encanto, tudo é poesia e nesses lugares onde reina a eterna primavera ela encontra a paz e outra alma para viver um encantado encontro de ventura e querer bem.

            Quando minha alma inquieta viaja para esses lugares desconhecidos é que percebo quanto está triste, feio e sujo o mundo em que vivo, mas lamentavelmente é este o meu mundo real.

            E é nesses momentos de profunda reflexão que me pergunto: Quando eu me for definitivamente será que lembrarão de mim e do esforço que faço para melhorar e embelezar este mundo cada dia mais feio, mais triste e mais sujo?

            Não será pelo sentimento de impotência que minha alma é tão inquieta? A minha inquietude não será provocada pela indiferença da grande maioria quanto aos cuidados que devem ter com a alma?

            O mundo está pleno de mentiras, de armadilhas e de maldade porque está dominado pelo lucro frio, cruel e insaciável que não respeita nem a preservação da saúde humana.

            A rigor tenho dois mundos: o meu, onde não há maldade; onde predomina o comportamento ético; a disciplina; o romantismo; a poesia; a solidariedade; a compreensão e o respeito mútuo entre seus habitantes e é neste mundo que busco a energia suficiente para enfrentar o meu segundo mundo, o mundo real, o que divido com todos, inclusive com os que não tem alma, pois é o mundo dos horrores, da selvageria, da malquerença, do preconceito, da discriminação, do egoísmo, da soberba, do desprezo, pois quem não tem alma pensa que as coisas boas deste mundo foram criadas somente para ele.

            Minha alma é inquieta porque não consigo, por mais esforço que faça, conscientizar a grande maioria de que a harmonia, a alegria, a segurança, a paz, o trabalho e a beleza deste imenso universo dependem de nossas atitudes e da compreensão que devemos ter até para com os torpes e os ignorantes.

            Será que todos convivem bem com suas almas? Será que todos conversam com suas almas? Será que todos são sinceros com suas almas?

            Alguns estranharão o conteúdo desta crônica, mas entendo que é o momento de cada um assumir suas responsabilidades para amenizar as tragédias e a insanidade do mundo atual e isso só acontecerá quando cada pessoa fizer um questionamento de si para si, ou seja, conversar candidamente com sua alma. Ela pode estar esquecida, mas cada qual tem a sua. Pensem nisso.

    

           

           

           

             

             

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