Está
chegando ao fim o prazo para suas realizações conforme determina o calendário
eleitoral. E o que se constata não é o agrupamento de partidos com o mesmo
perfil ideológico, mas sim uma mistura de nomes que mais atende aos interesses
das cúpulas e das minorias dominantes.
Em
todas as Convenções Partidárias imperam os discursos vazios, corriqueiros e sem
nenhum indício de que este ou aquele candidato terá condições de realmente
mudar o cenário de um Estado ou do País, pois efetivamente eles não falam para
o povo, mas na realidade ele quer realizar sua vaidade pessoal.
Todos
falam contra a corrupção, mas todos têm na composição de suas chapas
concorrentes corruptos ou defensores dos “seus” corruptos.
A
dificuldade de votar é muito grande devido às contradições existentes dentro de
um mesmo Partido Político nas eleições estaduais e nacionais. Por exemplo: O
Partido Progressista, ao qual sou filiado, diz na convenção estadual que é
contra a corrupção, mas está coligado com o PSDB aqui e o apóia para a
presidência da República, enquanto que o diretório nacional apóia o PT que em
matéria de corrupção disputa a hegemonia com o mesmo PSDB. Este comportamento
não é privilégio só do meu Partido, mas uso o PP como exemplo porque primeiro
tenho de olhar para a minha casa e não para a dos outros, ainda que eles também
pratiquem o mesmo erro.
Em
questões partidárias não cultivo o menor respeito pela senhora Ana Amélia
Lemos, pois na qualidade de detentora de um mandato de Senadora do PP não se
dignou respeitar as orientações do seu partido nas eleições municipais de Porto
Alegre (2012), e por essa razão me considero liberado da fidelidade partidária.
Sou livre atirador.
O
PT já administra o País há quase 12 anos e para não criar raízes que poderão
trazer prejuízos em um futuro bem próximo o ideal seria a alternância. Mas com
quem? Quando a maior credencial dos outros candidatos é ser neto de A ou B a
coisa fica complicada. Além de netos nenhum merece confiança quando se dizem
representantes das mudanças, pois um é defensor do modelo FHC (Aécio Neves) e o
outro (Eduardo Campos) até o ano passado de 2013 era apoiador, de carteirinha,
do PT.
E
o povo? Este que deveria ser o protagonista das mudanças não as quer porque uma
grande parcela teria de abrir mão de privilégios e, além disso, não participa
de coisa séria, pois a disciplina e a participação naquilo que beneficiam a
coletividade são nulas. O perfil individualista e egoísta do brasileiro que
quer tudo para si, salvo exceções, é o que dificulta a promoção de mudanças no
país.
E
o que esperar dos eleitores? Absolutamente nada, pois a grande maioria vota nos
mesmos políticos desqualificados de sempre, simplesmente para reclamar nos
bares e nas esquinas da qualidade dos eleitos.
A
eleição se assemelha ao espelho, pois o eleitor escolhe o candidato no qual ele
enxerga a própria imagem.
As
dificuldades de votar estão ligadas diretamente à falta de vontade dos partidos
políticos em representar a maioria, mas sim de assumir o poder para beneficiar
suas minorias e os seus financiadores.
E
sem um povo consciente, sério e forte jamais teremos políticos conscientes,
sérios e fortes porque estes são produtos da vontade da maioria.
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