Mais
uma eleição que se avizinha. A maioria dos candidatos já está com sua
publicidade nas ruas. Mas o eleitor que tanto cobra político, sério, competente
e honesto, está preparado ou se preparando para uma boa escolha? Eis a questão.
A
grande mídia comenta quase todos os dias que a sociedade está cansada dos maus
políticos. Penso que não, pois se fosse verdadeira a afirmativa a cada eleição
aumentaria a responsabilidade dos eleitos. O José Roberto Arruda, segundo foi
noticiado, esteve preso, foi flagrado recebendo dinheiro mal havido, mas mesmo
assim é o líder nas pesquisas para ser eleito governador do Distrito Federal.
Será que são falsas as acusações contra ele? Quem lhe dá essa preferência? São
os extraterrestres?
Temos
políticos ruins porque a maioria escolhe os ruins.
Onde
está a responsabilidade do eleitor?
Um
vereador ruim jamais será um deputado bom. Lembrem disso quando votarem. A
carência de verdadeiros líderes é consequência do comportamento da sociedade
que virou as costas para a convivência humana; que agride da mais variada forma
o direito dos outros; que aposta no egoísmo e na individualidade para a
completa realização dos seus objetivos e que se deixou dominar pelo consumismo.
Cada
candidato tem seu projeto pessoal e usa a coletividade para sua realização.
Procura se servir da coletividade quando o ideal de todo líder é se doar para a
comunidade. Quem precisa analisar tudo isso é o eleitor, pois ele tem a maior
responsabilidade de uma boa escolha que sirva a todos e não somente a ele.
Sempre
recebo bem os candidatos e seus cabos eleitorais, mas nenhum escapa da seguinte
pergunta: O (a) senhor (a) está aqui pelo meu ou pelo seu interesse? Porque
nunca tive o prazer de receber sua visita noutra ocasião?
Será
que qualquer vereador de São Gabriel que nunca deu atenção ao desenvolvimento
do Município modificará seu comportamento se eleito deputado? Duvido. A
sociedade, representada pelos eleitores, cria péssimos políticos porque ela
vende mandatos. Nem sempre a moeda de compra é dinheiro. Essa moeda pode ser
uma carona, uma promessa de emprego, um jogo de camiseta para time de futebol,
uma bola, uma promessa de bolsa de estudo, mas nunca um projeto para a cidade
que beneficie a todos indistintamente.
Conheço
muito bem minha sociedade, pois fui candidato diversas vezes e em todas fiz
poucos votos porque não corrompi ninguém e muito menos permiti que me
corrompessem. Há poucos dias uma leitora deste espaço me perguntou, diante de
certas críticas que fiz à Câmara Municipal, se não gostaria de ter sido vereador:
Respondi logo. Óbvio que sim minha senhora caso contrário não teria me
candidatado. Mas gostaria de ter sido o escolhido pelos eleitores e não eu
escolhê-los. Fui recusado pelas minhas virtudes. Respeitei e respeito a decisão
popular, mas sempre com a convicção de que para trabalhar pela minha cidade não
preciso de mandato popular e muito menos de remuneração pública. Faço a parte
que rende antipatias; a que rende simpatias e votos eu deixo para os vereadores.
Esta eles gostam de fazer.
Resumo:
Não culpem os maus políticos antes de
olhar para si próprio, pois eles são produtos dos maus eleitores e da omissão
da sociedade. Maioria boa, bons políticos; maioria ruim, maus políticos.
Vamos trabalhar pelo voto
responsável e exercê-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário