terça-feira, 29 de abril de 2014

BECO


 

 

            Rua estreita e curta, geralmente fechada num extremo. É redundância, portanto falar beco sem saída. Toda vez que estivermos numa situação insuperável basta dizer que estamos num beco.

            Neste ano de eleições, pelos candidatos que se apresentam, podemos dizer que estamos num beco. A reeleição da Dilma seria tempo demasiado na Presidência da República, pois significaria dezesseis (16) anos do mesmo grupo no poder, ou seja continuidade; Eduardo Campos, o neto do Miguel Arraes, com o PSB nada representa de novo, pois até ontem fazia parte da base de apoio do atual governo e Aécio Neves, o neto do Tancredo, representa a volta do neoliberalismo, o que a grande maioria abomina.

            Votar em quem? Respondo por mim: Está deveras difícil de fazer uma escolha. Não gosto de votar em mulher, mas também não gosto de votar em quem não tem trajetória própria e só existe politicamente porque é filho, neto ou sobrinho do fulano ou do sicrano. Também não voto em branco. Avaliem bem a encruzilhada em que estamos.

            Particularmente acredito que mudanças acontecerão quando a sociedade se conscientizar de que só ela poderá produzi-las, mas o que se assiste no momento é uma omissão e total indiferença para com os destinos do país.

            Quando a sociedade de um modo geral insiste de que cabe ao Presidente da República, seja homem ou mulher, provocar mudanças no comportamento de cada individuo é porque este foge de suas responsabilidades, senão vejamos: 1 – quem não sabe que é proibido dirigir veículo automotor tomando chimarrão? Todos, mas muitos dirigem. Quem não sabe que é proibido, quando se ingeriu bebida alcoólica, dirigir veículo automotor? Todos, mas muitos dirigem. Quem não sabe que quem recebe qualquer valor de alguém está obrigado a dar o devido comprovante do pagamento? Todos, mas muitos se negam a dar. São exemplos simples, mas os uso para mostrar a todos que não basta o Presidente, o Governador, ou o Prefeito quererem, pois quem tem que querer é a grande maioria do povo e esta, definitivamente, não quer.

            Quando cada cidadão e uma relativa parcela da sociedade se outorgam o direito de estar acima das leis reina o caos e por isso estamos já dentro dele.

            Nossos veículos de comunicação são muito limitados ou mal intencionados, pois raramente eles esclarecem seus ouvintes e telespectadores com o que lhes interessa, mas sim os levam a acreditar no que é do interesse dos exploradores do serviço de comunicação.

            Tanto faz Dilma, Aécio ou Eduardo, pois nenhum conseguirá mudar este País se seu povo não se decidir pelas mudanças. E um povo que gosta de anarquia onde cada um faz o que bem entende e não recebe o repúdio da maioria, custará muito a se convencer de que o desenvolvimento pleno depende das forças vivas e nunca de quem o administra.

            Será o Presidente, o Governador ou o Prefeito que estimulam a colocação de lixo nas praças, como é o caso da Praça Independência do Bairro Menino Jesus? Ou é uma parcela de relaxados que desrespeitam seus vizinhos e todos aqueles moradores caprichosos que ali residem? Será que eles não se dão conta de que o visitante ao se deparar com tanto relaxamento emitirá a opinião de que todos os moradores são relaxados?

            Não basta trocar o Presidente, o Governador ou o Prefeito, mas é preciso que o povo troque o seu comportamento anárquico pela consciência de que depende dele um país organizado.

            Fora disso não há solução.

 

           

           

sexta-feira, 25 de abril de 2014

HORÁRIO INCONVENIENTE


 

 

            A matéria foi escrita e publicada no ano de 2008, edição de 29 de março, no Jornal C. de Notícias. Republico parte da mesma porque é do interesse dos contribuintes do Município.

            “Parece que o horário de verão implantado na Prefeitura Municipal de São Gabriel, das 8,00 às 14,00 horas, se estenderá até o fim do ano, pelo menos. A decisão foi tomada, segundo se comenta, em nome da redução de custos. Quem trabalha junto a essa repartição pública sofre prejuízos com esse horário, pois se medido pela produtividade se resume a três (3), no máximo quatro (4) horas, de atendimento aos contribuintes. Além disso, existem os funcionários que chegam de 15 a 20 minutos permanentemente atrasados; outros saem para o almoço e não voltam, sobrecarregando os bons e prejudicando os contribuintes e outros, os CCs, aduladores que nada fazem exceto puxar o saco  do rei e cujo maior esforço é sacar a remuneração que lhes é depositada regiamente no Banco, em um flagrante desrespeito aos que trabalham e aos contribuintes. Não pensem, porém que a economia produzida pela redução do horário retorna aos contribuintes. Não, ela é aplicada ostensivamente em publicidade pela assessoria municipal de imprensa. Ou será que esse horário é um compromisso de campanha ou exigência para a reeleição?

            A administração pública municipal, como de resto as outras, tem por obrigação trabalhar pelo bem estar da coletividade em geral e não pelo bem estar de funcionários, administradores ou dos amigos destes. As medidas tomadas pelos administradores não podem vir de encontro aos interesses daqueles que, com seus impostos, sustentam toda a estrutura funcional".

            Mudou alguma coisa? A manutenção desse ridículo horário é o tal choque de gestão de que tanto falava o candidato (hoje Prefeito) quando em campanha política?

            Fiquei sabendo que o dito horário contempla somente o setor administrativo, pois outras secretarias como Saúde e Serviços Urbanos, por exemplo, continuam com horário normal. Por quê?

            Pode-se dizer que o referido horário se confunde com vadiagem remunerada, eis que no fundo só beneficia determinados funcionários.

            ### Outro grave problema que está a exigir uma atitude da Prefeitura, setor de meio-ambiente, é o depósito de material de construção da empresa CONSTRULAR, localizado à Rua Antonio Mercado esquina com a 1º de Janeiro, na propriedade da Fundação Agrícola (PATRONATO). A licença, se existe, deve ser cassada, pois o local é inadequado para esse tipo de atividade por ser bastante poluente. A poluição é permanente e atinge a zona residencial, Bairro Menino Jesus, Bairro Medeiros e Bairro Andrade, como também aos comerciantes de gêneros alimentícios da periferia. É pão com terra, carne com pó de brita, hortifrutigranjeiro com resíduo de balastro, etc. Ainda existe o perigo iminente de entupimento da rede de esgoto do Bairro M. Jesus, pois as constantes chuvas conduzem apreciável quantidade de areia, terra, balastro, pó de brita para o seu interior. O direito de trabalhar é reconhecido por todos, mas o lucro não deve ser obtido causando prejuízo à saúde da população vizinha que também é cliente da CONSTRULAR. Esse dano deveria ter sido considerado pela autoridade anterior que deferiu a pretensão da empresa proprietária.

            ### Falta a catraca para registrar o número de pessoas que entra no estádio nos dias de jogos. Sugiro que o boletim informativo de cada jogo seja publicado, pois essa atitude provocará a adesão de novos colaboradores. Ou não?

             

           

           

           

terça-feira, 15 de abril de 2014

E OS VEREADORES?


 

 

            Nenhum deles transita pela frente do 6º. BE para verificar a arbitrariedade do Senhor Prefeito que autorizou, sem a aprovação da Câmara Municipal, um estacionamento em plena Rua João Manoel para os veículos particulares de alguns militares? Façam jus aos seus sete mil reais (R$ 7.000,00) mensais e fiscalizem.

            Os senhores não conhecem a Lei Orgânica do Município – Das Atribuições da Câmara Municipal - que diz no seu artigo 23, VIII – Legislar sobre a concessão e permissão de uso de bens municipais.

            Um pedaço de rua não é um bem municipal? Qual a Lei que autoriza o Senhor Prefeito a fazer tal concessão?

            Já me dirigi ao Poder Executivo e o mesmo não soube ou não quis me dar tal informação e esta é a razão de, publicamente, me dirigir a todos os senhores vereadores.

            Coloquei o meu nome a disposição do eleitorado em quatro oportunidades e em todas as quatro fui rotundamente rejeitado, mas isso não foi o suficiente para impedir que trabalhe pela minha comunidade.

            Entendo que é obrigação de cada cidadão colaborar com os poderes constituídos e assim procedo para satisfazer minha consciência que é extremamente exigente.

            As razões porque não fui escolhido são muitas, mas uma das principais é que meu caráter impede a prática de certos atos que são exigidos por certos eleitores para atingir uma cadeira do legislativo. Mas sem atingir o número suficiente para ocupar uma das cadeiras desse legislativo não esqueço em nenhum momento daqueles eleitores que em todas as quatro eleições, ou em alguma delas, acreditaram nas minhas propostas e depositaram sua confiança neste cidadão. É por eles que ainda luto e ainda mais porque tenho responsabilidades com a família.

            Faço um pedido aos Senhores Vereadores: Constatem “in loco” o perigo iminente que ronda todos os motoristas que transitam pelo desvio ridículo que foi feito na frente do BE para que a Rua João Manoel fosse interrompida para atender meia dúzia de militares que fazem dela estacionamento para seus veículos particulares.

            É um deboche arbitrário do Senhor Prefeito que dessa maneira desrespeita tanto ou mais esse poder legislativo do que toda a coletividade são-gabrielense. Independente do ato arbitrário e ilegal o 6º BE tem espaço suficiente para estacionamento dentro da unidade o que mostra a inconveniência de tamanho e descabido privilégio.

 

            ### Sou locador, faz muitos anos, da cadeira de nº. 96 no estádio municipal. Domingo, 13.04.2014, no intervalo do jogo fui à copa e pedi uma mineral com gás. O rapaz começou a servi-la em um recipiente que estava mais para bacia do que para copo. Pedi na garrafa plástica. Ele disse que era proibido pela Brigada Militar e pelo Presidente Roque Hermes. Repliquei que deveria haver engano, pois à minha frente o presidente Roque Oscar Hermes estava tomando água, não sei se mineral, na garrafa. Assisti no mesmo jogo o vendedor de cerveja, no pavilhão, vendendo cerveja em lata. Lógico que ele servia a cerveja no copo plástico. Mas que regra é essa que proíbe a entrada de garrafa plástica no pavilhão e libera a entrada de lata de cerveja? Ou sou considerado marginal e o vendedor de cerveja não? O presidente pode? Eu vi. Agora entendo porque muitos não vão aos estádios. Vou pensar nisso porque para colaborar não preciso me abster da minha mineral. Conclusão lógica? Estou pensando não ir mais ao estádio.

 

            ### Nas histórias do velho oeste americano a única maneira de desmanchar quadrilha era quando os quadrilheiros brigavam entre si. Parece que a história se repete.

     

             

             

sexta-feira, 11 de abril de 2014

UMA CIDADE UNIVERSITÁRIA


 

 

         Muitos são-gabrielenses ainda não se deram conta de que nossa cidade tem duas (2) universidades e desse modo se prepara para o desenvolvimento. Negar essa realidade é comum naqueles que torcem pelo fracasso de tudo e de todos.

            A Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) está para São Gabriel como outrora esteve a UFSM para nossa vizinha Santa Maria. O crescimento daquela cidade foi impulsionado, sem sombra de dúvidas, pela instalação e funcionamento da Universidade. Por que a Unipampa não pode desempenhar o mesmo papel aqui?

            A conscientização dos habitantes de que são eles os responsáveis pelo desenvolvimento ou não do seu município é o início da mudança de comportamento que oportunizará avanços em todos os seus setores de atividade.

            Para os que não sabem as Universidades têm atraído estudantes de todos os recantos do RS e dos mais diversos Estados do Brasil trazendo com eles o intercâmbio de conhecimentos e costumes.

            Nossas Universidades são pólos desenvolvimentistas que devem orgulhar a todos, principalmente os que a chamam de SANGA BRIEL em um desrespeito estúpido e ridicularizador.

            Não é comprando na cidade uruguaia de Rivera que vamos aquecer o comércio local e muito menos investindo na aquisição de imóveis em Santa Maria, em Porto Alegre ou em qualquer outra cidade que contribuiremos com o desenvolvimento pleno de nossa comuna.

            O desleixo e a omissão de quantos têm administrado o município são os responsáveis maiores pelo acanhamento de nossa infra-estrutura.

            A Avenida Tito Prates, acesso ao nosso parque de exposição, abandonada, mal cuidada é uma testemunha silenciosa, há cento e cinquenta anos, do que afirmo. Não existe justificativa válida das autoridades e muito menos da coletividade.

            O descaso com sua história representado pela mudança, sem justo motivo, da data da sua emancipação política ofende a memória de quantos a construíram.

            O silêncio dos que participaram dos festejos do seu centenário em 1959 é a demonstração viva de descaso, desânimo e muito pior, de INDIFERENÇA que joga no baú do esquecimento fatos que construíram a verdadeira história.

            Honrem nossa cidade e tomem consciência de que quer queiram ou não os destruidores da verdadeira história que hoje ela é UMA CIDADE UNIVERSITÁRIA de fato e de direito. Não esqueçam disso.

 

             

terça-feira, 8 de abril de 2014

ODE À SOLIDÃO





A solidão já não me quer,
A solidão já não me abraça,
A solidão já não é linda mulher,
A solidão já não me deixa em desgraça.

A solidão é boa companheira
A solidão não fala, não faz reclamação,
A solidão parece uma feiticeira,
A solidão diminui a emoção.

A solidão é fiel, não atraiçoa,
A solidão também sabe querer bem,
A solidão não é uma coisa à toa.

A solidão é a esperança que se tem,
A solidão é a presença que não voa
A solidão é a companhia de ninguém.
Bereci da Rocha Macedo. 28.06.1999.

            ### Se ser quadrilheiro é nocivo à sociedade avaliem o que é quem apóia quadrilheiro. Não será bem pior?

            ### Dia quatro de abril, se supõe, comemoram o aniversário da vila SANGA BRIEL porque o aniversário DA CIDADE DE SÃO GARIEL é dia 15 de dezembro.
            Os leitores desta coluna que me perdoem, pois estou fazendo um jornalismo investigativo sigiloso, por enquanto, que tem me absorvido demasiado.
            Também pudera a coletividade paga um Prefeito e não tem Prefeito, paga 15 Vereadores e não tem Vereadores, pois só o que sabem é distribuir homenagens sem ao menos saber o seu significado. Consultem o dicionário da língua portuguesa e procurem a definição de EMÉRITO. Talvez seja por isso que  não elejo um vereador. Porém ainda pretendo eleger um antes de morrer.
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terça-feira, 1 de abril de 2014

LAMA (Mauro Duarte)


 


                Prestem atenção nesta letra do autor e analisem se a semelhança com o que acontece na nossa cidade é mera coincidência.

 

            “Pelo curto tempo que você sumiu

         Nota-se, aparentemente, que você subiu

         Mas o que eu soube a seu respeito

         Me entristeceu, ouvi dizer

         Que pra subir você desceu,

         Você desceu.

 

         Todo mundo quer subir,

         A concepção da vida admite

         Ainda mais quando a subida

         Tem o céu como limite.

 

         Por isso não adianta estar

         No mais alto degrau da fama.

         Com a moral toda enterrada na lama”.

 

         Tem gente que desaparece e aparece que nem nuvem no céu. Ninguém sabe por onde andou, com quem andou e o que arrumou. Mas na sua arrogância e santa ignorância pensam que enganam a todos ao mesmo tempo.

            Gostaria de comentar o momento conflitante dos companheiros de administração municipal, porém tenho coisas mais importantes para fazer.

            Quem já foi administrador deste município e deixou as coisas importantes por fazer não tem o direito de cobrar que os outros as façam.

            Falar em estradas em um município que nunca teve estrada é a mais barata política do façam o que não fiz. A Avenida Tito Prates é a maior testemunha silenciosa da omissão e do desleixo de quantos já passaram pelo Palácio Plácido de Castro.

            No mês de maio escreverei com mais calma sobre os absurdos que ocorrem na cidade de São Gabriel que muitos dos seus filhos diletos insistem em chamá-la de SanGabriel para alegria dos ignorantes da História.