sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

UMA IMPOSIÇÃO DA MÍDIA

Está cansativa a exploração, por parte da mídia, do julgamento da ação penal 470 e das decisões do STF no que diz respeito aos réus. Nunca foi meu desejo falar sobre o assunto, mas pela insistência de alguns leitores deste espaço que pedem minha opinião, e como são eles os mantenedores do mesmo, não posso me furtar a tanto. É consabido que a grande mídia do Brasil está na mão de cinco ou seis famílias e que as mesmas não são nada simpáticas ao grupo que está temporariamente no poder e que desejam a volta dos seus preferidos. Quem acompanha ao longo de mais de quarenta (40) anos o que escrevo nos espaços que ocupei na imprensa escrita e minhas manifestações nas rádios e TV é testemunha de que sempre fui e sou contra a corrupção praticada por quem quer que seja e a favor da preservação das instituições. O STF foi pressionado por essa mídia a marcar o julgamento para o ano de 2012 sabidamente um ano eleitoral com a evidente intenção de detonar eleitoralmente o Partido dos Trabalhadores, haja vista, que transformaram o julgamento em um espetáculo circense e midiático. Os veículos da grande mídia, propositalmente, colocaram os Ministros, cuja maioria foi indicada pelas administrações Luiz Inácio – Dilma também em julgamento, pois se absolvesse os réus estaria grata a quem a nomeou, imitando o famoso Geraldo Brindeiro, o engavetador. Isso ficou provado nas entrelinhas. Se os julgados fossem do outro lado, os Ministros teriam de absolver, caso contrário seria perseguição porque a maioria foi nomeada pelo Luiz Inácio e Dilma. Foi um Deus nos acuda. Aos Ministros não restou alternativas senão condenar. A maioria poderia se declarar impedida? Não conheço o Regimento Interno do STF no que diz respeito, especificamente, a um caso como esse. O Relator JB, nomeado pelo Luiz Inácio, apavorado saiu na busca de um instrumento que salvasse o STF da ira da mídia e encontrou no domínio do fato a salvação que permitia condenar sem provas e excluir a norma jurídica mais antiga do mundo: na dúvida, a sentença deve ser favorável ao réu. A estratégia da grande mídia não deu certo, tanto é verdade que o PT elegeu o prefeito de São Paulo, a maior capital do país, e manteve a sua condição de forte concorrente à reeleição da Presidente. Quando o assunto tende a se esgotar, estrategicamente, em nova manobra prorrogam para 2014, por coincidência outro ano eleitoral, a continuação do julgamento através dos embargos infringentes, recurso que, embora favoreça aos réus, não lhes dá o direito de absolvição, quiçá lhes reduza as penas. O objetivo da grande mídia é manter o assunto em pauta. Dará resultado? É de se supor que se a maioria dos Ministros não tivesse sido nomeada por Luiz e Dilma os réus, mesmo do PT, poderiam ser absolvidos. O inverso também poderia ser verdadeiro: Os réus não sendo do PT poderiam ter melhor sorte sendo julgados pelos Ministros nomeados por Luiz e Dilma. O julgamento, é cristalino, seria outro. O azar dos réus do PT foi serem julgados pelos Ministros indicados pelo PT. Outro resultado e a mídia jogava o STF na sarjeta. Entenderam? Tudo foi arrumado para criar o herói Joaquim Barbosa, pois se os réus fossem outros seriam, supostamente, absolvidos e o Relator, de igual maneira, seria cantado em prosa e verso. Não sou jurista, não sou PT, não devo favores a políticos e tenho personalidade suficiente para dizer e escrever o que penso e é essa a minha opinião sobre o julgamento, prestem atenção, sobre o julgamento e não sobre os réus condenados. Culpados ou inocentes é outra questão. Espero ter respondido a todos. Muito obrigado. ### O casal Hortência - Odilson Castro opina pela recuperação do prédio onde funciona a creche Palmira Vieira da Silva em detrimento do Memorial ao índio Sepé.

Nenhum comentário:

Postar um comentário