Trecho de artigo
da juíza federal Paula Emília Moura Aragão de Sousa Brasil, do Ceará, sob o
título “O Ministro, o respeito e o Poder”, diretamente dirigido a Joaquim
Barbosa – e publicado na imprensa de Fortaleza:
“Todos nós, Sr. Ministro, todos nós juízes merecemos
respeito. É apenas o quanto pedimos dos outros, os outros como Vossa
Excelência, que nunca foi juiz. Como Vossa Excelência mesmo ressaltou, Vossa
Excelência é ministro, ministro-presidente do STF.
Juíza
sou eu, o Dr. Ivanir Cezar, o Dr. Nino Toldo, tantos de nós, que temos nomes,
sim, que desejamos e merecemos, como qualquer cidadão respeitado, ser chamado
por ele. E que temos voz também, uma voz que repercute profundamente no seio da
sociedade e que não precisa de permissão de nenhum homem ou mulher para se
fazer ecoar. Uma voz que não pode se fazer calar pelos gritos exaltados do
destempero do poder. Uma voz que a Constituição quis que falasse pelo cidadão,
no resguardo dos seus direitos, principalmente quando todas as outras vozes
calassem ou dissessem o contrário.
Por
fim, ministro, se Vossa Excelência, puder, peço que aceite o desabafo desta
juíza de primeiro grau ao senhor ministro-presidente do STF. Com todo o
respeito que devo a Vossa Excelência, que é o mesmo que desejo para mim mesma,
para os meus pares e para os meus concidadãos. Seja feliz!” (JC. 12.04.2013).
Nos poucos dias como presidente
do STF o ministro Joaquim Barbosa causou um estrago naquela instituição e
prejudicou sua imagem interna e externa devido aos seus arroubos de se colocar
acima da Lei, de Deus e dos homens. Endeusado pela grande mídia durante o
julgamento da ação penal 470 não teve estrutura emocional, como nunca teve
segundo dizem os que o conhecem a mais tempo, para absorver um sucesso
produzido. Analisem, pois todos os dias na qualidade de ministro-presidente do
STF, o que é pior, ele extrapola os limites a que está obrigado respeitar pela
liturgia do cargo que exerce. Eis o homem.
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