terça-feira, 16 de abril de 2013

UMA QUESTÃO DE RESPEITO


 

 

            Trecho de artigo da juíza federal Paula Emília Moura Aragão de Sousa Brasil, do Ceará, sob o título “O Ministro, o respeito e o Poder”, diretamente dirigido a Joaquim Barbosa – e publicado na imprensa de Fortaleza:

            “Todos nós, Sr. Ministro, todos nós juízes merecemos respeito. É apenas o quanto pedimos dos outros, os outros como Vossa Excelência, que nunca foi juiz. Como Vossa Excelência mesmo ressaltou, Vossa Excelência é ministro, ministro-presidente do STF.

         Juíza sou eu, o Dr. Ivanir Cezar, o Dr. Nino Toldo, tantos de nós, que temos nomes, sim, que desejamos e merecemos, como qualquer cidadão respeitado, ser chamado por ele. E que temos voz também, uma voz que repercute profundamente no seio da sociedade e que não precisa de permissão de nenhum homem ou mulher para se fazer ecoar. Uma voz que não pode se fazer calar pelos gritos exaltados do destempero do poder. Uma voz que a Constituição quis que falasse pelo cidadão, no resguardo dos seus direitos, principalmente quando todas as outras vozes calassem ou dissessem o contrário.

         Por fim, ministro, se Vossa Excelência, puder, peço que aceite o desabafo desta juíza de primeiro grau ao senhor ministro-presidente do STF. Com todo o respeito que devo a Vossa Excelência, que é o mesmo que desejo para mim mesma, para os meus pares e para os meus concidadãos. Seja feliz!” (JC. 12.04.2013).

         Nos poucos dias como presidente do STF o ministro Joaquim Barbosa causou um estrago naquela instituição e prejudicou sua imagem interna e externa devido aos seus arroubos de se colocar acima da Lei, de Deus e dos homens. Endeusado pela grande mídia durante o julgamento da ação penal 470 não teve estrutura emocional, como nunca teve segundo dizem os que o conhecem a mais tempo, para absorver um sucesso produzido. Analisem, pois todos os dias na qualidade de ministro-presidente do STF, o que é pior, ele extrapola os limites a que está obrigado respeitar pela liturgia do cargo que exerce. Eis o homem.

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