Modernizar
o existente ou construir um novo seria, no meu modo de pensar, o maior
propulsor do desenvolvimento de São Gabriel nas suas mais variadas atividades
produtivas. Colocar o município no rol dos que são beneficiados com a aviação
comercial seria um extraordinário impulso inclusive para nossa
industrialização.
Estamos
longe dos pólos tecnológicos mais avançados e isso, sem sombra de dúvidas,
dificulta a instalação de indústrias e de grandes empresas nesta região.
Quando
tanto se fala em turismo é bom não esquecer que para transformar São Gabriel em
um pólo turístico é imperioso que primeiro se cuide da infra-estrutura que
possibilite a visita do turista. Ninguém viajará de Gramado a São Gabriel, por
exemplo, de carro ou de ônibus para visitar um complexo faraônico em homenagem
a uma figura que não se sabe ao certo se não foi criada por algum pretenso
historiador.
Querer
atrair turista para uma cidade que renega
sua história e cultiva ridiculamente a vontade de um prefeito analfabeto em
história e prepotente o suficiente para criar sua estória por decreto ou lei
sem qualquer fundamentação relevante, é deveras muito difícil e complicado.
Não
costumo receber convites para freqüentar o Gabinete ocupado por quem está, transitoriamente,
Prefeito, talvez porque tenha idéias que não se coadunam com o que está de plantão,
mas segundo informações dos que o freqüentam, o brasão da cidade exposto naquele Gabinete é o que reconhece a data de
15 de dezembro de 1859 como a da emancipação política plena do Município.
Não se deve
começar as coisas pelo fim. Transformem São Gabriel em um pólo turístico, porém
não desperdicem o dinheiro público em mostrengos que ficarão inacabados ou
então que não cumpram com suas finalidades.
Um
dos meios de incentivar o turismo é dotar a cidade de uma excelente infra-estrutura
que atraia o forasteiro e que definitivamente não temos.
E
o Ginásio poli - esportivo? Uma vez terminado deverá proporcionar a realização
de eventos que naturalmente chamarão a atenção e a presença da região para
nossa São Gabriel. Mãos à obra Senhor Prefeito, mas primeiro devemos terminar o
que outros começaram, pois as obras não pertencem aos gerentes de plantão e nem
são construídas com o seu dinheiro, mas sim com os tributos pagos pela
comunidade.
Por
tudo o que foi escrito, acredito que um aeroporto é muito mais necessário ao
desenvolvimento geral do município do que um monumento em homenagem a uma
lenda. Além disso, Senhor Prefeito, no último dia 04 de abril corrente o Executivo
oficializou atos que agridem a verdadeira história de São Gabriel. E o senhor
sabe disso.
E
se um simples artigo de jornal da capital, menos
para mim, mudou uma história secular construída pelos meus antepassados,
poetas, literatos e povo em geral, tenho o direito de pensar que a existência
do Sepé, lenda ou verdadeira, está sendo explorada mais como ranço ideológico
do que mesmo como uma fonte para desenvolver o turismo.
Um
aeroporto já.
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