O Ato Institucional nº. 2, de 27 de outubro de 1965, diz em seu artigo 18º. – Ficam extintos os atuais partidos políticos e cancelados os respectivos registros. Não sobrou nenhum. Todos foram para as paragens do além e de lá ninguém volta.
Logo após a edição desse ato a vida política partidária nacional se organizou dentro de dois (2) segmentos: ARENA – Aliança Renovadora Nacional apoiadora servil dos militares e o MDB – Movimento Democrático Brasileiro representando a oposição. Ambos tiveram vidas efêmeras, pois foram extintos no dia 21 de novembro de 1979 por decisão da maioria do Congresso Nacional quando foi restabelecida a liberdade partidária.
A história mostra que o brasileiro é mais seguidor de homens do que de idéias razão pela qual nossas instituições são fracas e desmoralizadas. A prova inconteste é a fundação de dois partidos políticos pelo mesmo homem, Getúlio Vargas, o PTB e o PSD em 1945, este último para brecar o crescimento do primeiro. O PTB – Partido Trabalhista Brasileiro abrigava o proletariado e as massas sindicais e o PSD – Partido Social Democrático os conservadores descontentes.
Com o restabelecimento da liberdade partidária proliferaram as siglas, duas ou três de expressão nacional e as demais as chamadas nanicas que gravitam em torno das maiores. A exceção, ela caracteriza a regra, acontece no Rio Grande do Sul onde a grande, o PP - Partido Progressista gravita em torno da menor que é o PSDB.
Cada líder quer um partido para si e aproveitando a oportunidade a Ivete Vargas cria o atual PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, em 03.11.1981 e para apressar seu crescimento não vacilou em dizer que era o mesmo de Getúlio Vargas, o que não passa de uma grande mentira. Tem o mesmo nome e assim foi feito para atrair os simpatizantes do antigo e aproveitar a mística do presidente assassinado.
O maior erro político do Leonel Brizola, na minha maneira de ver a política nacional, foi a recusa em disputar essa sigla com a Ivete, pois em igualdade de condições ele sairia vencedor. Pela sua arrogância perdeu uma sigla de abrangência nacional e fundou o PDT o que lhe impediu de chegar à presidência da república, seu grande objetivo.
A dificuldade maior da democracia no Brasil é a inexistência de partidos políticos fortes. Definitivamente não os temos. O que existe são cúpulas dominantes constituídas por familiares e aventureiros que sacrificam as instituições na busca de realizações pessoais. Isso é prejudicial ao país independentemente de quem o esteja administrando.
O ideal é a individualidade ser sacrificada em benefício da instituição, mas estamos muito longe dessa evolução. Não existe partido político no Brasil com mais de trinta (30) anos, porém existem os que clamam por uma nova reforma política. É impossível fazer as reformas de que o Brasil tanto precisa quando ninguém admite perder seus privilégios ou parte deles. Os homens são os mesmos e quem não tem grandeza não suporta o desenvolvimento coletivo, daí o atraso e a fragilidade de nossas instituições.
###Depois que certos proprietários rurais se abraçaram com os “sem terra” com a finalidade de eleger um prefeito em São Gabriel, desordem maior só a compra e venda de apoios aos candidatos à presidência da república e aos governos dos estados. E falam da podridão dos presídios...
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
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