Precisam ser controlados e drasticamente reduzidos sob o risco de comprometimento das finanças públicas nacionais. Quando se fala em reduzir gasto público não há o que confundir com redução de investimentos. Pelo contrário, a simples redução daqueles proporcionará um salutar aumento destes.
A orgia com gastos desnecessários nas administrações federal, estaduais e municipais é tão abusiva que ofende todo o contribuinte que sustenta o funcionamento da máquina gerencial. Quanto custa o Congresso Nacional? Quanto custa as Assembléias Legislativas? Quanto custa as Câmaras de Vereadores? Quanto custa as pensões vitalícias e demais mordomias para ex-governantes? Verdadeiros rios de dinheiro. Nosso dinheiro. A tática é desviar a culpa para os aposentados do INSS que a cada dia vão de mal a pior. Em parte eles têm razão porque a grande maioria é omissa e silente e quem não reclama consente.
Para o articulista que desde jovem se interessa pelas coisas coletivas, participa ativamente da vida administrativa nacional e da vida partidária não foi surpresa o conteúdo do livro de autoria do Lúcio Vaz, A Ética da Malandragem. Para aqueles que nunca se preocuparam em saber como funcionam os bastidores dos nossos parlamentos aconselho sua leitura. É bom porque se pode fazer uma avaliação verdadeira da promiscuidade existente entre os péssimos eleitores e os péssimos detentores de mandatos. Prestem atenção, na página 15 do referido livro o autor assim se expressa: “É bem verdade que não apenas o Congresso é palco desse submundo da política. Parte das reportagens relata fatos ocorridos nos Estados, em campanhas eleitorais, em disputas de convenções invariavelmente com a participação de parlamentares. Afinal, é lá que eles são eleitos. Há quem acredite que essa prática política seja gerada e desenvolvida em Brasília para depois ser irradiada nos Estados. Mas é possível que ela tenha origem na base de atuação dos deputados e senadores, nas assembléias, nas câmaras de vereadores. O que acontece no parlamento brasileiro seria apenas um reflexo do que ocorre nos mais longínquos rincões do país”. Para quem me lê há bastante tempo isso não é novidade.
O artigo 37 da Constituição Federal diz: A administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Ninguém respeita. Os gastos em publicidade são aqueles necessários à divulgação dos atos oficiais em todas as esferas administrativas e não a propaganda descarada feita hoje para enaltecer o gerente de plantão, desrespeitando o princípio da impessoalidade.
Os administradores públicos gastam milhões com publicitários renomados para que estes transformem ou melhorem, através da mídia, a imagem do individuo que comanda determinada instituição. Outros controlam os meios de comunicação com o dinheiro da Prefeitura como acontece no Município de Sempre os Mesmos.
Os honestos, a grande maioria, precisam deixar a omissão e a covardia de lado e partir para o confronto com os mentirosos e demagogos que defendem altos salários e aumentos exorbitantes para si, esbanjam o dinheiro público e contemplam seu curral eleitoral, a minoria, com isenções que sobrecarregam a grande maioria. Não são apenas os candidatos que apodrecem o sistema eleitoral brasileiro, mas os eleitores que em determinadas circunstâncias são piores do que os eleitos. É preciso acordar, falar, espernear e fazer a mudança acontecer porque se depender dos sugadores do nosso suor ela jamais acontecerá. Insisto, ou mudamos ou continuaremos escravos dos gananciosos que convencionamos chamar de administradores públicos. Ganham muito e fazem pouco enquanto nós ganhamos pouco e sustentamos tudo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
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