N unca mais, acabou
A ternura
D e noites a dois.
I nstantes,
N ada mais do que instantes
E nvolvendo estranhos no amor.
12.06.1996.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
OS GASTOS PÚBLICOS
Precisam ser controlados e drasticamente reduzidos sob o risco de comprometimento das finanças públicas nacionais. Quando se fala em reduzir gasto público não há o que confundir com redução de investimentos. Pelo contrário, a simples redução daqueles proporcionará um salutar aumento destes.
A orgia com gastos desnecessários nas administrações federal, estaduais e municipais é tão abusiva que ofende todo o contribuinte que sustenta o funcionamento da máquina gerencial. Quanto custa o Congresso Nacional? Quanto custa as Assembléias Legislativas? Quanto custa as Câmaras de Vereadores? Quanto custa as pensões vitalícias e demais mordomias para ex-governantes? Verdadeiros rios de dinheiro. Nosso dinheiro. A tática é desviar a culpa para os aposentados do INSS que a cada dia vão de mal a pior. Em parte eles têm razão porque a grande maioria é omissa e silente e quem não reclama consente.
Para o articulista que desde jovem se interessa pelas coisas coletivas, participa ativamente da vida administrativa nacional e da vida partidária não foi surpresa o conteúdo do livro de autoria do Lúcio Vaz, A Ética da Malandragem. Para aqueles que nunca se preocuparam em saber como funcionam os bastidores dos nossos parlamentos aconselho sua leitura. É bom porque se pode fazer uma avaliação verdadeira da promiscuidade existente entre os péssimos eleitores e os péssimos detentores de mandatos. Prestem atenção, na página 15 do referido livro o autor assim se expressa: “É bem verdade que não apenas o Congresso é palco desse submundo da política. Parte das reportagens relata fatos ocorridos nos Estados, em campanhas eleitorais, em disputas de convenções invariavelmente com a participação de parlamentares. Afinal, é lá que eles são eleitos. Há quem acredite que essa prática política seja gerada e desenvolvida em Brasília para depois ser irradiada nos Estados. Mas é possível que ela tenha origem na base de atuação dos deputados e senadores, nas assembléias, nas câmaras de vereadores. O que acontece no parlamento brasileiro seria apenas um reflexo do que ocorre nos mais longínquos rincões do país”. Para quem me lê há bastante tempo isso não é novidade.
O artigo 37 da Constituição Federal diz: A administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Ninguém respeita. Os gastos em publicidade são aqueles necessários à divulgação dos atos oficiais em todas as esferas administrativas e não a propaganda descarada feita hoje para enaltecer o gerente de plantão, desrespeitando o princípio da impessoalidade.
Os administradores públicos gastam milhões com publicitários renomados para que estes transformem ou melhorem, através da mídia, a imagem do individuo que comanda determinada instituição. Outros controlam os meios de comunicação com o dinheiro da Prefeitura como acontece no Município de Sempre os Mesmos.
Os honestos, a grande maioria, precisam deixar a omissão e a covardia de lado e partir para o confronto com os mentirosos e demagogos que defendem altos salários e aumentos exorbitantes para si, esbanjam o dinheiro público e contemplam seu curral eleitoral, a minoria, com isenções que sobrecarregam a grande maioria. Não são apenas os candidatos que apodrecem o sistema eleitoral brasileiro, mas os eleitores que em determinadas circunstâncias são piores do que os eleitos. É preciso acordar, falar, espernear e fazer a mudança acontecer porque se depender dos sugadores do nosso suor ela jamais acontecerá. Insisto, ou mudamos ou continuaremos escravos dos gananciosos que convencionamos chamar de administradores públicos. Ganham muito e fazem pouco enquanto nós ganhamos pouco e sustentamos tudo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
A orgia com gastos desnecessários nas administrações federal, estaduais e municipais é tão abusiva que ofende todo o contribuinte que sustenta o funcionamento da máquina gerencial. Quanto custa o Congresso Nacional? Quanto custa as Assembléias Legislativas? Quanto custa as Câmaras de Vereadores? Quanto custa as pensões vitalícias e demais mordomias para ex-governantes? Verdadeiros rios de dinheiro. Nosso dinheiro. A tática é desviar a culpa para os aposentados do INSS que a cada dia vão de mal a pior. Em parte eles têm razão porque a grande maioria é omissa e silente e quem não reclama consente.
Para o articulista que desde jovem se interessa pelas coisas coletivas, participa ativamente da vida administrativa nacional e da vida partidária não foi surpresa o conteúdo do livro de autoria do Lúcio Vaz, A Ética da Malandragem. Para aqueles que nunca se preocuparam em saber como funcionam os bastidores dos nossos parlamentos aconselho sua leitura. É bom porque se pode fazer uma avaliação verdadeira da promiscuidade existente entre os péssimos eleitores e os péssimos detentores de mandatos. Prestem atenção, na página 15 do referido livro o autor assim se expressa: “É bem verdade que não apenas o Congresso é palco desse submundo da política. Parte das reportagens relata fatos ocorridos nos Estados, em campanhas eleitorais, em disputas de convenções invariavelmente com a participação de parlamentares. Afinal, é lá que eles são eleitos. Há quem acredite que essa prática política seja gerada e desenvolvida em Brasília para depois ser irradiada nos Estados. Mas é possível que ela tenha origem na base de atuação dos deputados e senadores, nas assembléias, nas câmaras de vereadores. O que acontece no parlamento brasileiro seria apenas um reflexo do que ocorre nos mais longínquos rincões do país”. Para quem me lê há bastante tempo isso não é novidade.
O artigo 37 da Constituição Federal diz: A administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Ninguém respeita. Os gastos em publicidade são aqueles necessários à divulgação dos atos oficiais em todas as esferas administrativas e não a propaganda descarada feita hoje para enaltecer o gerente de plantão, desrespeitando o princípio da impessoalidade.
Os administradores públicos gastam milhões com publicitários renomados para que estes transformem ou melhorem, através da mídia, a imagem do individuo que comanda determinada instituição. Outros controlam os meios de comunicação com o dinheiro da Prefeitura como acontece no Município de Sempre os Mesmos.
Os honestos, a grande maioria, precisam deixar a omissão e a covardia de lado e partir para o confronto com os mentirosos e demagogos que defendem altos salários e aumentos exorbitantes para si, esbanjam o dinheiro público e contemplam seu curral eleitoral, a minoria, com isenções que sobrecarregam a grande maioria. Não são apenas os candidatos que apodrecem o sistema eleitoral brasileiro, mas os eleitores que em determinadas circunstâncias são piores do que os eleitos. É preciso acordar, falar, espernear e fazer a mudança acontecer porque se depender dos sugadores do nosso suor ela jamais acontecerá. Insisto, ou mudamos ou continuaremos escravos dos gananciosos que convencionamos chamar de administradores públicos. Ganham muito e fazem pouco enquanto nós ganhamos pouco e sustentamos tudo.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 25 de maio de 2010
POR QUE NÃO CRITICAS O ATUAL PRESIDENTE?
Esta pergunta me é feita com muita freqüência pelos conservadores da direita. Uns com uma ênfase tão forte que beira à agressão. Respondo na hora. Nos últimos dias um leitor que não autorizou publicar seu nome insinuou que eu não teria coragem de escrever, neste espaço, minhas razões.
Aproveito para esclarecer a todos: Para quem pertenceu aos quadros da ARENA – Aliança Renovadora Nacional; para quem deu sustentação ao movimento militar de 1964; para quem sempre foi fiel escudeiro da direita; para quem milita dentro de partido político há mais de quarenta e cinco (45) anos; para quem sempre está dentro do poder sem por ele ser contaminado; para quem nunca tira proveito dessa proximidade com o poder por não aderir à corrupção; para quem durante sua vida política assistiu de camarote o aproveitamento dos torpes e ignorantes desde que atendam aos interesses da causa; para quem durante quase toda a existência assistiu a direita concentrar a riqueza nacional nas mãos de poucos; para quem assistiu a direita cassar parlamentares para nomear seu governadores; para quem assistiu constituírem os colégios eleitorais para nomearem indiretamente os governantes; para quem assistiu igualarem o estado do Acre ao Rio Grande do Sul, a São Paulo e demais estados no Senado da República; para quem assistiu um Presidente da República comprar descaradamente o instituto da reeleição; para quem assistiu abortarem todas as Comissões Parlamentares de Inquérito no Congresso Nacional; para quem assistiu criarem o PROER para beneficiar os maiores financiadores da própria campanha política; para quem assistiu a implantação dessa política nociva do “é dando que se recebe” no país; para quem assistiu o escândalo do adubo papel; para quem assistiu o fracasso do atentado do Rio Centro e, finalmente, para quem assistiu, como eu, a insensibilidade das elites burras da direita criar os Luiz Inácios, os Vicentinhos, os Ferreirinhas, os Paulinhos e tantas outras nulidades que estão encastelados no poder não pode, de sã consciência, criticar o aluno inteligente que aprendeu a lição e as práticas ensinadas.
Sou contra a corrupção da direita e da esquerda e não gosto que me confundam com aqueles que falam dos corruptos, mas a eles aderem quando seus interesses ou suas vaidades pessoais aconselham.
Os meus governaram por quinhentos (500) anos e deixaram de herança um povo indisciplinado, desmoralizado e dependente porque assim é mais fácil de dominá-lo. Estou sempre atento ao comportamento dos administradores deste país e em nada eles se diferenciam. Cada qual tem seu grupo. A direita e a esquerda são podres porque são originadas de uma sociedade egoísta e individualista cuja maioria sem consciência coletiva e sem identidade aceita a corrupção ora de uma, ora de outra quando devia repudiar a das duas.
Todos sabem, mas não querem admitir que é a sociedade que produz a corrupção governamental. A sociedade brasileira corrompeu o reinado, a república, a ditadura civil, e a ditadura militar. O vício do mensalão foi implantado há muito anos no Congresso Nacional. Os que se declararam corruptos, da direita ou da esquerda, hoje são palestrantes bem sucedidos em todo o território nacional. O PT do dinheiro nas cuecas que certos colunistas gostam de citar é igual ao PP & companhia do Detran, mas que os mesmos colunistas omitem. A corrupção desde que o mundo é mundo faz parte do poder. O povo gosta disso e por esse motivo impede de chegar ao poder os que não se deixam contaminar.
Segundo a Justiça brasileira houve má gerência e desvio de recursos na URCAMP haja vista que o Ferrugem, ex-reitor, está condenado. É uma empresa privada, mas se inicia um movimento na cidade para colocar dinheiro bom e público em instituição dominada pela má gestão. Ou não? Quando a URCAMP tinha lucro ela não o distribuía entre os seus sócios? Que distribua os prejuízos, ora bolas.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Aproveito para esclarecer a todos: Para quem pertenceu aos quadros da ARENA – Aliança Renovadora Nacional; para quem deu sustentação ao movimento militar de 1964; para quem sempre foi fiel escudeiro da direita; para quem milita dentro de partido político há mais de quarenta e cinco (45) anos; para quem sempre está dentro do poder sem por ele ser contaminado; para quem nunca tira proveito dessa proximidade com o poder por não aderir à corrupção; para quem durante sua vida política assistiu de camarote o aproveitamento dos torpes e ignorantes desde que atendam aos interesses da causa; para quem durante quase toda a existência assistiu a direita concentrar a riqueza nacional nas mãos de poucos; para quem assistiu a direita cassar parlamentares para nomear seu governadores; para quem assistiu constituírem os colégios eleitorais para nomearem indiretamente os governantes; para quem assistiu igualarem o estado do Acre ao Rio Grande do Sul, a São Paulo e demais estados no Senado da República; para quem assistiu um Presidente da República comprar descaradamente o instituto da reeleição; para quem assistiu abortarem todas as Comissões Parlamentares de Inquérito no Congresso Nacional; para quem assistiu criarem o PROER para beneficiar os maiores financiadores da própria campanha política; para quem assistiu a implantação dessa política nociva do “é dando que se recebe” no país; para quem assistiu o escândalo do adubo papel; para quem assistiu o fracasso do atentado do Rio Centro e, finalmente, para quem assistiu, como eu, a insensibilidade das elites burras da direita criar os Luiz Inácios, os Vicentinhos, os Ferreirinhas, os Paulinhos e tantas outras nulidades que estão encastelados no poder não pode, de sã consciência, criticar o aluno inteligente que aprendeu a lição e as práticas ensinadas.
Sou contra a corrupção da direita e da esquerda e não gosto que me confundam com aqueles que falam dos corruptos, mas a eles aderem quando seus interesses ou suas vaidades pessoais aconselham.
Os meus governaram por quinhentos (500) anos e deixaram de herança um povo indisciplinado, desmoralizado e dependente porque assim é mais fácil de dominá-lo. Estou sempre atento ao comportamento dos administradores deste país e em nada eles se diferenciam. Cada qual tem seu grupo. A direita e a esquerda são podres porque são originadas de uma sociedade egoísta e individualista cuja maioria sem consciência coletiva e sem identidade aceita a corrupção ora de uma, ora de outra quando devia repudiar a das duas.
Todos sabem, mas não querem admitir que é a sociedade que produz a corrupção governamental. A sociedade brasileira corrompeu o reinado, a república, a ditadura civil, e a ditadura militar. O vício do mensalão foi implantado há muito anos no Congresso Nacional. Os que se declararam corruptos, da direita ou da esquerda, hoje são palestrantes bem sucedidos em todo o território nacional. O PT do dinheiro nas cuecas que certos colunistas gostam de citar é igual ao PP & companhia do Detran, mas que os mesmos colunistas omitem. A corrupção desde que o mundo é mundo faz parte do poder. O povo gosta disso e por esse motivo impede de chegar ao poder os que não se deixam contaminar.
Segundo a Justiça brasileira houve má gerência e desvio de recursos na URCAMP haja vista que o Ferrugem, ex-reitor, está condenado. É uma empresa privada, mas se inicia um movimento na cidade para colocar dinheiro bom e público em instituição dominada pela má gestão. Ou não? Quando a URCAMP tinha lucro ela não o distribuía entre os seus sócios? Que distribua os prejuízos, ora bolas.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
PARTIDOS POLÍTICOS
O Ato Institucional nº. 2, de 27 de outubro de 1965, diz em seu artigo 18º. – Ficam extintos os atuais partidos políticos e cancelados os respectivos registros. Não sobrou nenhum. Todos foram para as paragens do além e de lá ninguém volta.
Logo após a edição desse ato a vida política partidária nacional se organizou dentro de dois (2) segmentos: ARENA – Aliança Renovadora Nacional apoiadora servil dos militares e o MDB – Movimento Democrático Brasileiro representando a oposição. Ambos tiveram vidas efêmeras, pois foram extintos no dia 21 de novembro de 1979 por decisão da maioria do Congresso Nacional quando foi restabelecida a liberdade partidária.
A história mostra que o brasileiro é mais seguidor de homens do que de idéias razão pela qual nossas instituições são fracas e desmoralizadas. A prova inconteste é a fundação de dois partidos políticos pelo mesmo homem, Getúlio Vargas, o PTB e o PSD em 1945, este último para brecar o crescimento do primeiro. O PTB – Partido Trabalhista Brasileiro abrigava o proletariado e as massas sindicais e o PSD – Partido Social Democrático os conservadores descontentes.
Com o restabelecimento da liberdade partidária proliferaram as siglas, duas ou três de expressão nacional e as demais as chamadas nanicas que gravitam em torno das maiores. A exceção, ela caracteriza a regra, acontece no Rio Grande do Sul onde a grande, o PP - Partido Progressista gravita em torno da menor que é o PSDB.
Cada líder quer um partido para si e aproveitando a oportunidade a Ivete Vargas cria o atual PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, em 03.11.1981 e para apressar seu crescimento não vacilou em dizer que era o mesmo de Getúlio Vargas, o que não passa de uma grande mentira. Tem o mesmo nome e assim foi feito para atrair os simpatizantes do antigo e aproveitar a mística do presidente assassinado.
O maior erro político do Leonel Brizola, na minha maneira de ver a política nacional, foi a recusa em disputar essa sigla com a Ivete, pois em igualdade de condições ele sairia vencedor. Pela sua arrogância perdeu uma sigla de abrangência nacional e fundou o PDT o que lhe impediu de chegar à presidência da república, seu grande objetivo.
A dificuldade maior da democracia no Brasil é a inexistência de partidos políticos fortes. Definitivamente não os temos. O que existe são cúpulas dominantes constituídas por familiares e aventureiros que sacrificam as instituições na busca de realizações pessoais. Isso é prejudicial ao país independentemente de quem o esteja administrando.
O ideal é a individualidade ser sacrificada em benefício da instituição, mas estamos muito longe dessa evolução. Não existe partido político no Brasil com mais de trinta (30) anos, porém existem os que clamam por uma nova reforma política. É impossível fazer as reformas de que o Brasil tanto precisa quando ninguém admite perder seus privilégios ou parte deles. Os homens são os mesmos e quem não tem grandeza não suporta o desenvolvimento coletivo, daí o atraso e a fragilidade de nossas instituições.
###Depois que certos proprietários rurais se abraçaram com os “sem terra” com a finalidade de eleger um prefeito em São Gabriel, desordem maior só a compra e venda de apoios aos candidatos à presidência da república e aos governos dos estados. E falam da podridão dos presídios...
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Logo após a edição desse ato a vida política partidária nacional se organizou dentro de dois (2) segmentos: ARENA – Aliança Renovadora Nacional apoiadora servil dos militares e o MDB – Movimento Democrático Brasileiro representando a oposição. Ambos tiveram vidas efêmeras, pois foram extintos no dia 21 de novembro de 1979 por decisão da maioria do Congresso Nacional quando foi restabelecida a liberdade partidária.
A história mostra que o brasileiro é mais seguidor de homens do que de idéias razão pela qual nossas instituições são fracas e desmoralizadas. A prova inconteste é a fundação de dois partidos políticos pelo mesmo homem, Getúlio Vargas, o PTB e o PSD em 1945, este último para brecar o crescimento do primeiro. O PTB – Partido Trabalhista Brasileiro abrigava o proletariado e as massas sindicais e o PSD – Partido Social Democrático os conservadores descontentes.
Com o restabelecimento da liberdade partidária proliferaram as siglas, duas ou três de expressão nacional e as demais as chamadas nanicas que gravitam em torno das maiores. A exceção, ela caracteriza a regra, acontece no Rio Grande do Sul onde a grande, o PP - Partido Progressista gravita em torno da menor que é o PSDB.
Cada líder quer um partido para si e aproveitando a oportunidade a Ivete Vargas cria o atual PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, em 03.11.1981 e para apressar seu crescimento não vacilou em dizer que era o mesmo de Getúlio Vargas, o que não passa de uma grande mentira. Tem o mesmo nome e assim foi feito para atrair os simpatizantes do antigo e aproveitar a mística do presidente assassinado.
O maior erro político do Leonel Brizola, na minha maneira de ver a política nacional, foi a recusa em disputar essa sigla com a Ivete, pois em igualdade de condições ele sairia vencedor. Pela sua arrogância perdeu uma sigla de abrangência nacional e fundou o PDT o que lhe impediu de chegar à presidência da república, seu grande objetivo.
A dificuldade maior da democracia no Brasil é a inexistência de partidos políticos fortes. Definitivamente não os temos. O que existe são cúpulas dominantes constituídas por familiares e aventureiros que sacrificam as instituições na busca de realizações pessoais. Isso é prejudicial ao país independentemente de quem o esteja administrando.
O ideal é a individualidade ser sacrificada em benefício da instituição, mas estamos muito longe dessa evolução. Não existe partido político no Brasil com mais de trinta (30) anos, porém existem os que clamam por uma nova reforma política. É impossível fazer as reformas de que o Brasil tanto precisa quando ninguém admite perder seus privilégios ou parte deles. Os homens são os mesmos e quem não tem grandeza não suporta o desenvolvimento coletivo, daí o atraso e a fragilidade de nossas instituições.
###Depois que certos proprietários rurais se abraçaram com os “sem terra” com a finalidade de eleger um prefeito em São Gabriel, desordem maior só a compra e venda de apoios aos candidatos à presidência da república e aos governos dos estados. E falam da podridão dos presídios...
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 18 de maio de 2010
O LIMPO É BONITO
Pode ser simples, mas muda o cenário e alegra o dia a dia das pessoas. A Rua 1º de Janeiro, no Bairro Menino Jesus, mudou o visual depois que a Prefeitura Municipal fez a sua parte, cumprindo sua obrigação, limpando aquele logradouro. Espera-se que de ora em diante os moradores deixem o relaxamento de lado e a mantenham bonita e prazerosa. A recuperação das luminárias dá a sensação de que estamos vivendo em permanente lua cheia. Quando falo em moradores, por uma questão de justiça, devo destacar que não são todos os relaxados, pois sou testemunha ocular de que temos cidadãos que ultrapassam suas responsabilidades e colaboram permanentemente com o poder constituído na manutenção da limpeza do bairro.
A cidade de um modo geral só não é mais bonita e mais asseada porque a Prefeitura limpa as ruas e povo as suja. Levanto cedo e percorro as ruas da cidade quando assisto o serviço silencioso e abnegado dos encarregados da limpeza pública. São trabalhadores merecedores de respeito como qualquer outro, mas infelizmente não têm seu trabalho reconhecido por certas pessoas que demonstrando a sujeira que tem por dentro não respeitam o esforço da maioria em manter uma cidade saudável para seus habitantes e acolhedora para os que nos visitam.
Nem toda a responsabilidade do lixo disperso deve ser atribuída aos cachorros, mas deve ser dividida com o morador descuidado que mal o embala ou coloca-o antecipadamente aos horários e locais de sua coleta. Observo que certos moradores têm a preocupação de construir pequenas lixeiras na frente da casa para facilitar o trabalho dos recolhedores, mas infelizmente, quase sempre, as fazem muito baixas e sem tampa o que facilita o acesso por parte dos cães.
Para ter uma cidade cada vez mais limpa e bonita proponho que cada morador assuma sua própria residência assim como tantos outros já assumem conquistando o direito de reclamar quando a Prefeitura não faz sua parte.
Todos têm que ter a consciência de que limpeza representa mais saúde e educação além de bom exemplo para os mais novos. Precisamos nos dar conta de que nosso mau procedimento traz prejuízos para nós, pois é o nosso dinheiro que sustenta toda a máquina administrativa.
É de entristecer ver o pulmão verde da cidade que é a área do patronato, uma propriedade particular e devidamente fechada, ser transformada em depósito de lixo por moradores das adjacências; é desalentador e ultrajante assistir a Praça Independência do Bairro Menino Jesus ser transformada em depósito de lixo por alguns moradores irresponsáveis que não têm noção de respeito e da boa convivência.
Temos que evoluir e participar. A sede da Associação dos Moradores do Bairro Menino Jesus outrora aprazível e próspera hoje agoniza e chora a perda da pujança e o lugar de destaque que conquistou na sociedade sãogabrielense. Culpa do Presidente da República? Culpa do Governador do Estado? Culpa do Prefeito? Não. Culpa dos moradores que perderam o espírito de convivência coletiva.
Foi ali, na sede da AMOBAMJE que nasceu o movimento comunitário da cidade, foi ela a primeira associação de moradores juridicamente constituída em São Gabriel. Seu estatuto foi base para tantas outras que foram surgindo. Na qualidade de seu primeiro Presidente, com os apoiadores excelentes da diretoria, e outros presidentes que me sucederam organizamos com muito esforço a melhor sede social de moradores de bairro que hoje todos lamentam a sua destruição. Vivíamos em constantes festas. Hoje ninho de ratos e de corujões. Culpa de quem? Do Papa? Do Hugo Chavez? Do Fidel Castro? Sei lá. Culpa de quem não mora lá?
Procurem um culpado qualquer porque o pior pecado é transferir responsabilidades. Tenho minhas responsabilidades assim como os bons ex-presidentes também têm. Afastamo-nos com a idéia de que os demais seguiriam o bom caminho. Deu no que deu. Mais uma lição para os desavisados, não adianta roupa bonita se o corpo que a veste é podre.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
A cidade de um modo geral só não é mais bonita e mais asseada porque a Prefeitura limpa as ruas e povo as suja. Levanto cedo e percorro as ruas da cidade quando assisto o serviço silencioso e abnegado dos encarregados da limpeza pública. São trabalhadores merecedores de respeito como qualquer outro, mas infelizmente não têm seu trabalho reconhecido por certas pessoas que demonstrando a sujeira que tem por dentro não respeitam o esforço da maioria em manter uma cidade saudável para seus habitantes e acolhedora para os que nos visitam.
Nem toda a responsabilidade do lixo disperso deve ser atribuída aos cachorros, mas deve ser dividida com o morador descuidado que mal o embala ou coloca-o antecipadamente aos horários e locais de sua coleta. Observo que certos moradores têm a preocupação de construir pequenas lixeiras na frente da casa para facilitar o trabalho dos recolhedores, mas infelizmente, quase sempre, as fazem muito baixas e sem tampa o que facilita o acesso por parte dos cães.
Para ter uma cidade cada vez mais limpa e bonita proponho que cada morador assuma sua própria residência assim como tantos outros já assumem conquistando o direito de reclamar quando a Prefeitura não faz sua parte.
Todos têm que ter a consciência de que limpeza representa mais saúde e educação além de bom exemplo para os mais novos. Precisamos nos dar conta de que nosso mau procedimento traz prejuízos para nós, pois é o nosso dinheiro que sustenta toda a máquina administrativa.
É de entristecer ver o pulmão verde da cidade que é a área do patronato, uma propriedade particular e devidamente fechada, ser transformada em depósito de lixo por moradores das adjacências; é desalentador e ultrajante assistir a Praça Independência do Bairro Menino Jesus ser transformada em depósito de lixo por alguns moradores irresponsáveis que não têm noção de respeito e da boa convivência.
Temos que evoluir e participar. A sede da Associação dos Moradores do Bairro Menino Jesus outrora aprazível e próspera hoje agoniza e chora a perda da pujança e o lugar de destaque que conquistou na sociedade sãogabrielense. Culpa do Presidente da República? Culpa do Governador do Estado? Culpa do Prefeito? Não. Culpa dos moradores que perderam o espírito de convivência coletiva.
Foi ali, na sede da AMOBAMJE que nasceu o movimento comunitário da cidade, foi ela a primeira associação de moradores juridicamente constituída em São Gabriel. Seu estatuto foi base para tantas outras que foram surgindo. Na qualidade de seu primeiro Presidente, com os apoiadores excelentes da diretoria, e outros presidentes que me sucederam organizamos com muito esforço a melhor sede social de moradores de bairro que hoje todos lamentam a sua destruição. Vivíamos em constantes festas. Hoje ninho de ratos e de corujões. Culpa de quem? Do Papa? Do Hugo Chavez? Do Fidel Castro? Sei lá. Culpa de quem não mora lá?
Procurem um culpado qualquer porque o pior pecado é transferir responsabilidades. Tenho minhas responsabilidades assim como os bons ex-presidentes também têm. Afastamo-nos com a idéia de que os demais seguiriam o bom caminho. Deu no que deu. Mais uma lição para os desavisados, não adianta roupa bonita se o corpo que a veste é podre.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
FAMÍLIA, ABANDONO, DROGA
O consumo de droga provoca a desagregação familiar ou é esta que provoca o consumo daquela? O prato está na mesa, mas é preciso muita coragem para que cada um assuma suas responsabilidades em uma análise muito profunda dos males, que assolam a sociedade de um modo geral.
Acredito piamente que um homem da minha idade (63) e que tem um espaço num periódico nada mais é do que um covarde quando não apresenta as suas idéias e suas respectivas conclusões a respeito das diversas situações com as quais hoje se defronta a pessoa humana. Há muitos anos, e quem me lê sabe disso, chamo a atenção para o desordenamento jurídico do país e o desmantelamento familiar.
Reafirmo meu ponto de vista: Penso que é a desagregação da família a causadora do aumento assustador do consumo de todos os tipos de droga devido à falta de convivência e de integração entre os seus próprios membros. Os pais modernos mais pensam na realização material dos filhos do que na formação moral e intelectual dos mesmos. Constato que o jovem de hoje é violento e rebelde devido à falta de assistência permanente e adequada desde o nascimento até a adolescência dando-lhes a sensação de vazio e abandono.
Aqueles que vendem a falsa idéia de que uma babá ou uma creche substitui a proteção de uma mãe escondem sua omissão sob tal afirmativa. São mais prejudiciais ainda quando invadem todos os lares através desse instrumento da discórdia e do avacalhamento de nobres sentimentos que se chama televisão para dizer que a grande responsável pelos nossos males é a pobreza ou a miséria.
E por que o jovem da classe A é violento? E por que o jovem da classe A se droga? E por que existem as gangues de jovens abastados? E por que pessoas com formação acadêmica e alta renda mensal formam quadrilhas? Por que a mulher, outrora tão prendada, hoje participa em igualdade com o homem de crimes de toda sorte? Por que as ruas de hoje estão infestadas de um maior número de mulheres fumantes do que homens? Tirem suas próprias conclusões, mas não se deixem enganar por quem tem lucro com falsas campanhas que mais promovem do que combatem a prática dos ilícitos.
O proletariado não é cem por cento ruim, porém a burguesia não é cem por cento boa.
O objetivo deste espaço é contribuir com a evolução de todos. Deus queira que esteja errado, mas aposto tudo nas minhas vivências e observações. Lembrem-se de que todo aquele que só diz o que queremos ouvir é o mesmo que leva com rapidez tudo aquilo que demoramos construir ou adquirir.
Será modernidade a mocinha parir com 12/13 anos para os avós cuidarem dos netos? Será modernidade a mocinha com 18/20 anos ter 2/3 filhos com homens diferentes? Será modernidade irmãos não se conhecerem? Será que eles terão noção do que é família?
Precisamos urgentemente recuperar a família como base de toda e qualquer coletividade. Onde estão as rádios? Onde estão os bons debates? Por favor, se ninguém tem a coragem de debater assuntos de tamanha relevância que me proporcionem o veículo de comunicação porque estou pronto para todo e qualquer debate, mesmo só, desde que sirva para a reversão do quadro negativo atual e desde que o grande público seja o maior beneficiado.
Estou pronto, nada me assusta, venha quem vier e venham de onde vierem desde vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores até a autoridade maior do país.
Precisamos discutir os novos rumos da família, é inadiável e exige a participação de todos.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Acredito piamente que um homem da minha idade (63) e que tem um espaço num periódico nada mais é do que um covarde quando não apresenta as suas idéias e suas respectivas conclusões a respeito das diversas situações com as quais hoje se defronta a pessoa humana. Há muitos anos, e quem me lê sabe disso, chamo a atenção para o desordenamento jurídico do país e o desmantelamento familiar.
Reafirmo meu ponto de vista: Penso que é a desagregação da família a causadora do aumento assustador do consumo de todos os tipos de droga devido à falta de convivência e de integração entre os seus próprios membros. Os pais modernos mais pensam na realização material dos filhos do que na formação moral e intelectual dos mesmos. Constato que o jovem de hoje é violento e rebelde devido à falta de assistência permanente e adequada desde o nascimento até a adolescência dando-lhes a sensação de vazio e abandono.
Aqueles que vendem a falsa idéia de que uma babá ou uma creche substitui a proteção de uma mãe escondem sua omissão sob tal afirmativa. São mais prejudiciais ainda quando invadem todos os lares através desse instrumento da discórdia e do avacalhamento de nobres sentimentos que se chama televisão para dizer que a grande responsável pelos nossos males é a pobreza ou a miséria.
E por que o jovem da classe A é violento? E por que o jovem da classe A se droga? E por que existem as gangues de jovens abastados? E por que pessoas com formação acadêmica e alta renda mensal formam quadrilhas? Por que a mulher, outrora tão prendada, hoje participa em igualdade com o homem de crimes de toda sorte? Por que as ruas de hoje estão infestadas de um maior número de mulheres fumantes do que homens? Tirem suas próprias conclusões, mas não se deixem enganar por quem tem lucro com falsas campanhas que mais promovem do que combatem a prática dos ilícitos.
O proletariado não é cem por cento ruim, porém a burguesia não é cem por cento boa.
O objetivo deste espaço é contribuir com a evolução de todos. Deus queira que esteja errado, mas aposto tudo nas minhas vivências e observações. Lembrem-se de que todo aquele que só diz o que queremos ouvir é o mesmo que leva com rapidez tudo aquilo que demoramos construir ou adquirir.
Será modernidade a mocinha parir com 12/13 anos para os avós cuidarem dos netos? Será modernidade a mocinha com 18/20 anos ter 2/3 filhos com homens diferentes? Será modernidade irmãos não se conhecerem? Será que eles terão noção do que é família?
Precisamos urgentemente recuperar a família como base de toda e qualquer coletividade. Onde estão as rádios? Onde estão os bons debates? Por favor, se ninguém tem a coragem de debater assuntos de tamanha relevância que me proporcionem o veículo de comunicação porque estou pronto para todo e qualquer debate, mesmo só, desde que sirva para a reversão do quadro negativo atual e desde que o grande público seja o maior beneficiado.
Estou pronto, nada me assusta, venha quem vier e venham de onde vierem desde vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores até a autoridade maior do país.
Precisamos discutir os novos rumos da família, é inadiável e exige a participação de todos.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 11 de maio de 2010
PREFACIO DO LIVRO - A ÉTICA DA MALANDRAGEM
Transcrevo na íntegra, de autoria da jornalista Eliane Cantanhede.
Se o deputado Severino Cavalcanti é o “rei do baixo clero” do Congresso, o jornalista Lúcio Flávio é o “rei do baixo clero” na imprensa.
Os motivos, porém, são completamente diferentes, até opostos. Um, Severino, está dentro do “baixo clero”. O outro, Lúcio, observa de fora, persistente, quem é, o que é, como age e por que (ou por quem) age o “baixo clero”.
Este livro de Lucio Vaz é um livro sobre os “severinos” e os perigos que eles representam. Lúcio, como ninguém, conhece, entende e reporta quem são, como são e como operam os agora notáveis líderes do “baixo clero” que viraram “cardeais”. Viu e contou reuniões de arrepiar os cabelos, liquidar com as esperanças e ideologias. Entrevistou os espertos que compram e os mais espertos ainda que vendem votos, trocam de partido como de camisa e são decisivos para manter o país no atraso. Ou, pior, para manter milhões de pessoas excluídas do progresso, da civilização e do alcance do Estado.
Severino é um legítimo líder dos deputados sem ideologia, sem visão pública, preocupados mais com o corporativismo interno do que com o interesse da população – ou do eleitor. Lúcio Vaz é o jornalista que mais estudou, entendeu, seguiu e relatou esse mundo à parte, mas cada vez mais importante, do Parlamento brasileiro. Digamos que seja um expert nos “severinos” da política.
Severino Cavalcanti é aquele político tosco, às vezes divertido, que conhece côo ninguém os corredores, gabinetes e as imensas vantagens que a Câmara pode oferecer, não como Casa de representação popular, mas como casa empregadora e distribuidora de mimos para seus “empregados”. Ele lidera uma legião de parlamentares que estão longe dos holofotes e dos microfones, mas muito perto das benesses do poder. Um dia já foram chamados de “300 picaretas” por um retirante que virou líder sindical, depois deputado federal e por fim presidente da República. E que agora tenta suportar e ser suportado pelos “picaretas” que antes condenava.
Já Lúcio Vaz é o jornalista que há 15 anos anda na contramão da cobertura política em Brasília. Repórteres, colunistas, chefes e editores freqüentamos os gabinetes das presidências e das lideranças, circulamos pelo Salão Verde da Câmara, somos aceitos no cafezinho do Senado. Conversamos sobre política, estratégia, acordos táticos, futuro da Nação. Ou corremos com nossos gravadores e bloquinhos de anotações atrás de declarações fluídas e carregadas de significados pelos tapetes que separam plenários de gabinetes. Lucio Vaz, não. Ele vai, literalmente, mais fundo. Sai da superfície dos concretos e vidros de Oscar Niemeyer para escarafunchar o “baixo clero” nos meandros mais subterrâneos.
Hoje, porém, superfície e subterrâneo se encontram. “Cardeais” e “baixo clero” disputam os mesmos gabinetes e cargos. Lucio Vaz e os demais repórteres, colunistas, chefes e editores se confundem e se trombam em todos os locais do Congresso.
O “baixo clero” chegou ao poder. Saiu dos subterrâneos e emergiu para a as presidências e lideranças. Ocupa a tribuna de honra, determina a pauta, a agenda, conduz as votações, pressiona os governos. E ganha mais e mais vantagens. Antes, pressionava para ganhar. Agora, tem a caneta. Basta assinar e estamos todos conversados.
A obra de Lucio Vaz, que além de tudo tem um texto solto, fácil de degustar, pode ser classificada como o livro certo na hora certa. Ele desfaz a sensação de que a vitória de Severino foi uma surpresa. E conta como Severino, em nome dos seus “severinos”, conseguiu, devagar e sempre, de reunião em reunião, de negociação em negociação, evoluir de “rei do baixo clero” a presidente da Câmara dos Deputados. Um processo que durou anos. E que, agora, parece de uma clareza cristalina. Estava escrito nas estrelas. E está muito bem contado neste livro revelador.
## Qualquer semelhança com o que acontece na província é mera coincidência.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Se o deputado Severino Cavalcanti é o “rei do baixo clero” do Congresso, o jornalista Lúcio Flávio é o “rei do baixo clero” na imprensa.
Os motivos, porém, são completamente diferentes, até opostos. Um, Severino, está dentro do “baixo clero”. O outro, Lúcio, observa de fora, persistente, quem é, o que é, como age e por que (ou por quem) age o “baixo clero”.
Este livro de Lucio Vaz é um livro sobre os “severinos” e os perigos que eles representam. Lúcio, como ninguém, conhece, entende e reporta quem são, como são e como operam os agora notáveis líderes do “baixo clero” que viraram “cardeais”. Viu e contou reuniões de arrepiar os cabelos, liquidar com as esperanças e ideologias. Entrevistou os espertos que compram e os mais espertos ainda que vendem votos, trocam de partido como de camisa e são decisivos para manter o país no atraso. Ou, pior, para manter milhões de pessoas excluídas do progresso, da civilização e do alcance do Estado.
Severino é um legítimo líder dos deputados sem ideologia, sem visão pública, preocupados mais com o corporativismo interno do que com o interesse da população – ou do eleitor. Lúcio Vaz é o jornalista que mais estudou, entendeu, seguiu e relatou esse mundo à parte, mas cada vez mais importante, do Parlamento brasileiro. Digamos que seja um expert nos “severinos” da política.
Severino Cavalcanti é aquele político tosco, às vezes divertido, que conhece côo ninguém os corredores, gabinetes e as imensas vantagens que a Câmara pode oferecer, não como Casa de representação popular, mas como casa empregadora e distribuidora de mimos para seus “empregados”. Ele lidera uma legião de parlamentares que estão longe dos holofotes e dos microfones, mas muito perto das benesses do poder. Um dia já foram chamados de “300 picaretas” por um retirante que virou líder sindical, depois deputado federal e por fim presidente da República. E que agora tenta suportar e ser suportado pelos “picaretas” que antes condenava.
Já Lúcio Vaz é o jornalista que há 15 anos anda na contramão da cobertura política em Brasília. Repórteres, colunistas, chefes e editores freqüentamos os gabinetes das presidências e das lideranças, circulamos pelo Salão Verde da Câmara, somos aceitos no cafezinho do Senado. Conversamos sobre política, estratégia, acordos táticos, futuro da Nação. Ou corremos com nossos gravadores e bloquinhos de anotações atrás de declarações fluídas e carregadas de significados pelos tapetes que separam plenários de gabinetes. Lucio Vaz, não. Ele vai, literalmente, mais fundo. Sai da superfície dos concretos e vidros de Oscar Niemeyer para escarafunchar o “baixo clero” nos meandros mais subterrâneos.
Hoje, porém, superfície e subterrâneo se encontram. “Cardeais” e “baixo clero” disputam os mesmos gabinetes e cargos. Lucio Vaz e os demais repórteres, colunistas, chefes e editores se confundem e se trombam em todos os locais do Congresso.
O “baixo clero” chegou ao poder. Saiu dos subterrâneos e emergiu para a as presidências e lideranças. Ocupa a tribuna de honra, determina a pauta, a agenda, conduz as votações, pressiona os governos. E ganha mais e mais vantagens. Antes, pressionava para ganhar. Agora, tem a caneta. Basta assinar e estamos todos conversados.
A obra de Lucio Vaz, que além de tudo tem um texto solto, fácil de degustar, pode ser classificada como o livro certo na hora certa. Ele desfaz a sensação de que a vitória de Severino foi uma surpresa. E conta como Severino, em nome dos seus “severinos”, conseguiu, devagar e sempre, de reunião em reunião, de negociação em negociação, evoluir de “rei do baixo clero” a presidente da Câmara dos Deputados. Um processo que durou anos. E que, agora, parece de uma clareza cristalina. Estava escrito nas estrelas. E está muito bem contado neste livro revelador.
## Qualquer semelhança com o que acontece na província é mera coincidência.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
PREOCUPAÇÕES DIFERENTES
Enquanto uns andam desesperadamente atrás dos votos dos cidadãos com o firme propósito de defender seus próprios interesses, este articulista, que tem poucos votos ou que não os tem porque não os compra ou troca por qualquer coisa, tenta, através deste espaço, transmitir ao seu semelhante um sentimento que o engrandeça e fortifique no contexto dos humanos.
Recebi, tempos atrás, do amigo Charlesmagne F. Neme o seguinte pensamento chinês: “Só aquele que encara despreocupadamente as coisas com que se preocupam os outros homens pode preocupar-se com as coisas que os outros homens encaram despreocupadamente”. Chang Ch’ao. Ao entregá-lo me disse: Isso serve para ti. Guardei-o. Sou um homem simples, mas que valorizo tudo o que me dão principalmente os subsídios que contribuam com meu desenvolvimento intelectual e o aprimoramento dos meus conhecimentos. Em um primeiro momento entendi como uma bondade do grande amigo Charles, mas hoje estou convencido de que realmente me enquadro perfeitamente naquele pensamento.
Por exemplo: Os detentores de mandato estão sempre preocupados em aumentar suas remunerações e seus votos que lhe garantirão a reeleição enquanto o articulista se preocupa em mostrar ao público as artimanhas que aqueles usam para atingir seus objetivos que nunca são os mesmos do povo. Eles recebem, o povo paga. O povo escolhe, mas arca com o preço.
Acredito firmemente que poucos detentores de mandatos remunerados, por mais esforçados que tenham sido, fazem pelo povo mais de 10% do que faço. Senão vejamos: Sem outro mandato que não o da minha consciência transmito segurança, respeito e confiança. Esclareço o que é cidadania, o que é o voto, de quem é a responsabilidade pelos maus eleitos, quem os sustenta, sobre a responsabilidade da formação moral dos filhos, enfim, transmito princípios que deveriam constar dos programas de televisão e de rádios. Esclareço-os enquanto tantos outros para tirar proveito dos seus votos os confundem. Enalteço a dignidade da pessoa humana e o seu papel no universo, independente de classe social, credo ou cor. Cuido da alma, entendo seus problemas e quando procurado sempre mostro bons caminhos.
Neste espaço escrevo o que o povo precisa saber para sua evolução e não aquilo que ele gosta com o fim de atender meus interesses pessoais. Dar uma consciência cívica é muito mais do que fazer qualquer favor com o objetivo de conquistar votos.
Diante de tantas manifestações de solidariedade recebidas quando das agressões descabidas, injustas e covardes de que fui alvo foi que constatei a força do Correio Gabrielense e o novo sentimento que começa a brotar com ímpeto no seio de nosso povo. É um contato maravilhoso porque não é comercial e gratificante porque não é de pessoas do meu círculo, mas de pessoas indignadas com o atrevimento de quem tem o único objetivo de desvirtuar uma trajetória digna.
Agradeço a todos e lhes digo que posso não ter votos, mas que independência e coragem tenho-as o suficiente para fazer valer a verdade.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Recebi, tempos atrás, do amigo Charlesmagne F. Neme o seguinte pensamento chinês: “Só aquele que encara despreocupadamente as coisas com que se preocupam os outros homens pode preocupar-se com as coisas que os outros homens encaram despreocupadamente”. Chang Ch’ao. Ao entregá-lo me disse: Isso serve para ti. Guardei-o. Sou um homem simples, mas que valorizo tudo o que me dão principalmente os subsídios que contribuam com meu desenvolvimento intelectual e o aprimoramento dos meus conhecimentos. Em um primeiro momento entendi como uma bondade do grande amigo Charles, mas hoje estou convencido de que realmente me enquadro perfeitamente naquele pensamento.
Por exemplo: Os detentores de mandato estão sempre preocupados em aumentar suas remunerações e seus votos que lhe garantirão a reeleição enquanto o articulista se preocupa em mostrar ao público as artimanhas que aqueles usam para atingir seus objetivos que nunca são os mesmos do povo. Eles recebem, o povo paga. O povo escolhe, mas arca com o preço.
Acredito firmemente que poucos detentores de mandatos remunerados, por mais esforçados que tenham sido, fazem pelo povo mais de 10% do que faço. Senão vejamos: Sem outro mandato que não o da minha consciência transmito segurança, respeito e confiança. Esclareço o que é cidadania, o que é o voto, de quem é a responsabilidade pelos maus eleitos, quem os sustenta, sobre a responsabilidade da formação moral dos filhos, enfim, transmito princípios que deveriam constar dos programas de televisão e de rádios. Esclareço-os enquanto tantos outros para tirar proveito dos seus votos os confundem. Enalteço a dignidade da pessoa humana e o seu papel no universo, independente de classe social, credo ou cor. Cuido da alma, entendo seus problemas e quando procurado sempre mostro bons caminhos.
Neste espaço escrevo o que o povo precisa saber para sua evolução e não aquilo que ele gosta com o fim de atender meus interesses pessoais. Dar uma consciência cívica é muito mais do que fazer qualquer favor com o objetivo de conquistar votos.
Diante de tantas manifestações de solidariedade recebidas quando das agressões descabidas, injustas e covardes de que fui alvo foi que constatei a força do Correio Gabrielense e o novo sentimento que começa a brotar com ímpeto no seio de nosso povo. É um contato maravilhoso porque não é comercial e gratificante porque não é de pessoas do meu círculo, mas de pessoas indignadas com o atrevimento de quem tem o único objetivo de desvirtuar uma trajetória digna.
Agradeço a todos e lhes digo que posso não ter votos, mas que independência e coragem tenho-as o suficiente para fazer valer a verdade.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
NOSSO AMOR
Ainda sinto o calor de teus beijos
e nossos corpos se tocando com ardor
eram carícias e também desejos
de duas vidas, tristes, sem amor.
Tu ontem foste meu maior tormento
quando te sentia em meus braços, tremer
então, feliz, tu fazias o juramento
de que jamais irias me perder.
Não me perdeste, me jogaste fora,
pois me dei conta da tua maldade...
minh'alma, calada, lembra agora
o fim de um romance e a saudade
daquele amor que ontem foi embora,
daquele engano da nossa mocidade.
S. Gabriel - 22.04.1991.
e nossos corpos se tocando com ardor
eram carícias e também desejos
de duas vidas, tristes, sem amor.
Tu ontem foste meu maior tormento
quando te sentia em meus braços, tremer
então, feliz, tu fazias o juramento
de que jamais irias me perder.
Não me perdeste, me jogaste fora,
pois me dei conta da tua maldade...
minh'alma, calada, lembra agora
o fim de um romance e a saudade
daquele amor que ontem foi embora,
daquele engano da nossa mocidade.
S. Gabriel - 22.04.1991.
terça-feira, 4 de maio de 2010
1º de MAIO na 1º de JANEIRO
Não poderia ter sido melhor o feriado de 1º de maio, como todos sabem, o dia dedicado ao trabalho e aos trabalhadores. Fui convidado para participar do churrasco que os amigos que se reúnem na Mercearia do Leci – Rua 1º de Janeiro, 140 – Bairro Menino Jesus – organizaram para comemorar nosso dia. O Enir e o Chinês, os idealizadores, se esmeraram para que o evento se realizasse dentro das regras da boa civilidade e os que lá compareceram fizeram jus ao esforço de todos os organizadores, pois se comportaram com respeito e fidalguia mostrando que os trabalhadores, por mais modestos que possam ser, têm a educação e o respeito que a vida coletiva exige.
Comandados pelo Ivan (Tupã) os presentes foram brindados com diversas músicas proporcionando descontração, alegria e coragem para que outros, não com o mesmo brilho, também ensaiassem alguma canção que falava de seus amores, de suas paixões, de seus desencantos, mas também da mulher amada que atualmente alegra e fortifica a vida de cada um.
Amigos é gratificante o convívio com vocês e quanto mais tenho essa vivência mais avalio a grandeza do nosso trabalhador sem o brilho falso das riquezas materiais, mas com o calor de um aperto de mão e a identidade expressa em um forte abraço. Se fosse possível escreveria todos os nomes dos presentes em primeiro lugar, porém a citação antes não demonstra privilégio como depois não significa desconsideração. Participaram do evento o Enir, o Miralha, o Tadeu, o Tupã, o Chinês, a Rose, o Leci, o Cleber, o Helber, o Buja (revelação como cantor), o Mesquita, a Brenda, a Lisiane, o Daniel, o Júnior, o Guilherme, o Fernando, o Cristian e o Ricardo.
Amigos, vocês são bons demais. O churrasco, sob o comando do Tadeu, estava muito bom e o ambiente excelente. Uma advertência. Não permitam nunca que lhes roubem a auto-estima e mostrem aos exploradores de plantão que nós sabemos distinguir o bem do mal. Honrem seu trabalho, pois é dele que vocês retiram o sustento de suas famílias, sejam valentes e fortes, honrem seus filhos porque os pais, por mais modestos que sejam, devem ser sempre um bom exemplo para os filhos.
Muito obrigado pelo convite. Que Deus, essa força extraordinária que comanda o universo, olhe para vocês e derrube suas bênçãos sobre suas famílias dando-lhes as forças suficientes para trilhar o bom caminho nos limites de cada uma.
Muito obrigado e através de vocês cumprimento todos os trabalhadores que com o suor de seu rosto também contribuem com a grandeza do Brasil.
## A vida é entremeada de bons e maus momentos. Registro com tristeza o falecimento do amigo Eloy Bérgamo que foi, junto com o seu irmão Neri, muito anos distribuidor dos produtos Antártica em nossa cidade. Á família e aos amigos a minha solidariedade e o meu abraço.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Comandados pelo Ivan (Tupã) os presentes foram brindados com diversas músicas proporcionando descontração, alegria e coragem para que outros, não com o mesmo brilho, também ensaiassem alguma canção que falava de seus amores, de suas paixões, de seus desencantos, mas também da mulher amada que atualmente alegra e fortifica a vida de cada um.
Amigos é gratificante o convívio com vocês e quanto mais tenho essa vivência mais avalio a grandeza do nosso trabalhador sem o brilho falso das riquezas materiais, mas com o calor de um aperto de mão e a identidade expressa em um forte abraço. Se fosse possível escreveria todos os nomes dos presentes em primeiro lugar, porém a citação antes não demonstra privilégio como depois não significa desconsideração. Participaram do evento o Enir, o Miralha, o Tadeu, o Tupã, o Chinês, a Rose, o Leci, o Cleber, o Helber, o Buja (revelação como cantor), o Mesquita, a Brenda, a Lisiane, o Daniel, o Júnior, o Guilherme, o Fernando, o Cristian e o Ricardo.
Amigos, vocês são bons demais. O churrasco, sob o comando do Tadeu, estava muito bom e o ambiente excelente. Uma advertência. Não permitam nunca que lhes roubem a auto-estima e mostrem aos exploradores de plantão que nós sabemos distinguir o bem do mal. Honrem seu trabalho, pois é dele que vocês retiram o sustento de suas famílias, sejam valentes e fortes, honrem seus filhos porque os pais, por mais modestos que sejam, devem ser sempre um bom exemplo para os filhos.
Muito obrigado pelo convite. Que Deus, essa força extraordinária que comanda o universo, olhe para vocês e derrube suas bênçãos sobre suas famílias dando-lhes as forças suficientes para trilhar o bom caminho nos limites de cada uma.
Muito obrigado e através de vocês cumprimento todos os trabalhadores que com o suor de seu rosto também contribuem com a grandeza do Brasil.
## A vida é entremeada de bons e maus momentos. Registro com tristeza o falecimento do amigo Eloy Bérgamo que foi, junto com o seu irmão Neri, muito anos distribuidor dos produtos Antártica em nossa cidade. Á família e aos amigos a minha solidariedade e o meu abraço.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
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