sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

BERECI DA ROCHA MACEDO

Chamo a atenção de todos para o fato de 2010 ser um ano eleitoral. Será bom ou ruim de acordo com a vontade de cada um e de todos. Destaco nesta primeira edição o pensamento de BERTOLT BRECHT.
O ANALFABETO POLÍTICO
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Insisto, só acontecem reformas quando a sociedade quer. Portanto...
A baboseira da reforma agrária – O Poder da Idéias – Carlos Lacerda – 1963. “Gostaria de dizer, também, uma palavra sobre reformas. Está-se fazendo enorme confusão sobre a palavra “reforma” na América Latina, estes dias. Muitos falam de reforma agrária sem saber ao certo o que é, e dando a impressão de que esperam que ela seja uma panacéia. O exame desta matéria levar-nos-ia muito longe. Contentemo-nos em dizer que uma reforma rural é necessária, abrangendo, em certas áreas, a questão da propriedade da terra. Contudo, é também necessário definir o caráter dessa reforma, se não queremos que ela seja apenas o começo do desmoronamento de uma economia agrária que é primitiva, mas existe. Não faz sentido tomar a propriedade de alguns e dar a outros, menos numerosos ainda, que controlam o Estado. Sem um correspondente programa de crédito e assistência a reforma agrária será apenas outra decepção”. Dispensa comentários, não fazem certo porque ninguém quer.
Todos sabem que temos na cidade uma mesma rua com diversos nomes fruto da falta de bom senso dos administradores e legisladores responsáveis pela sua denominação. Para não alongar o assunto tomo como exemplo os seguintes nomes: Av. Antonio Trilha; Rua Juca Tigre; Rua Tristão Pinto e Rua Antonio Mercado. Quatro nomes em uma mesma artéria. Pois bem, mudar os nomes para um só acarretaria problemas de toda ordem e embaraços aos moradores e aos registros públicos. A solução é simples e barata.
As administrações se sucedem repletas de talentos e cabeças pensantes, mas um idiota ou burro, em um momento de inspiração, sugeriria a colocação de placas informativas para orientação dos transeuntes e, principalmente, dos forasteiros no seguinte molde: Fim da Av. Antonio Trilha – início da Rua Juca Tigre. Fim da Rua Juca Tigre – início da Rua Tristão Pinto. Fim da Rua Tristão Pinto – início da Rua Antonio Mercado e assim em todas as outras que se encontram na mesma situação. Fácil, não? Mas é preciso pensar e querer.
As tragédias se sucedem, mas os administradores públicos em vez de buscarem soluções definitivas para os problemas continuam empilhando recursos em publicidade, em gastos excessivos com os correligionários, em festas e homenagens e tantos outros gastos supérfluos enquanto vidas são ceifadas pela fúria da natureza que se rebela diante de tanta imoralidade, ganância, devassidão e desrespeito.
“Se perdoamos demasiado a quem comete faltas, faz-se uma injustiça a quem não as comete”. Castiglione.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

2 comentários:

  1. Autor: Bereci
    "Amigo Delmar, saúde.Precisamos começar uma revolução pelo comportamento popular. O costume da maioria é condenar os detentores de mandato eletivo como se eles fossem a causa de todo o mal. Na minha ótica eles são consequência de uma sociedade individualista e anárquica. Quem financia os sabidamente maus políticos? Quem elege os sabidamente corruptos? O povo que paga a grande conta é que tem que ter o voto limpo e sério. Os políticos são eleitos por uma maioria, pois só pela sua vontade jamais chegariam aonde chegam. E se chegam os maus é porque a maioria é má. Temos que pensar na coletividade. Só povo faz mudanças, quando quer e pelo que se vê o brasileiro não quer. O Arruda e tantos outros que renunciaram a um mandato para não perdê-lo foram contemplados com o voto popular novamente. Culpa deles? Não, culpa de quem os elegeu."
    Estava hoje relendo este comentário que anexo ao tema ANALFABETO POLÍTICO me incluo para refletir o quanto que ainda permitimos todos estes acontecimentos que remontam a história. Vou me policiar com veemência para honrar o fiel cumprimento de cidadão. Abração meu amigo incansável dos princípios morais, orgulho da minha terra. Berecí da Rocha Macedo

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  2. Don Bereci, aguardei dois anos para responder, mas acho o momento oportuno. Sou um admirador de teus princípios ideológicos. Acompanho o desenrolar da campanha em nossa São Gabriel, tentando aprender o que ocorre nos bastidores e com o nosso povo. Confesso que tive uma frustrada investida política colocando meu nome num preito. Mas foi com o meu erro que cursei uma faculdade que fez muita diferença na minha vida. Hoje jamais faria isso novamente, valeu a lição, porque observo que perde-se muitos amigos, muitas vezes, senão na maioria somos mal interpretados, sou amigo de todos os candidatos e quero que nossa São Gabriel seja realmente uma vencedora. Continuo ANALFABETO, mas quero continuar estudando a grande história que representa no palco nacional nossa cidade. Grande abração Bereci. Este ano quero te dar um abraço físico. Saudades.

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