A publicidade oficial quase sempre é utilizada para supervalorizar os feitos do administrador e minimizar suas deficiências. Aquele que não sai de sua casa e acompanha tudo pelas comunicações acaba tendo uma impressão completamente distorcida da realidade. Qual o agente público que usa da publicidade para mostrar o que não fez ou que fez mal? Nenhum. Todos, com raras exceções, procedem daquela maneira já preparando sua imagem para a próxima eleição com o aproveitamento dos recursos públicos.
Com a atual governadora do RS não é diferente principalmente depois de trazer de São Paulo um publicitário para lhe melhorar a perfomance.
O saneamento das finanças é um blefe e os investimentos alardeados pela publicidade oficial não chegaram à zona sul. Os serviços prestados pelo estado são de péssima qualidade, o que piora a cada dia que passa. A preocupação maior é com a arrecadação para que ela garanta polpudos aumentos salariais à cúpula dirigente.
Os usuários da RS 630 estão inconformados com o estado deplorável da sua pista de rolamento, pois oferece perigo até para os que andam a pé ou de bicicleta. Há poucos dias um defensor intransigente da governadora se engasgou com um pedaço de churrasco lá pelas bandas do Batovi-Formosa. A coisa ficou feia e como a presença de qualquer médico demoraria um bocado de tempo urgia uma assistência ao esganado e engasgado. Surgiu uma solução. Um cidadão conhecedor da precariedade da BR 630 disse coloquem o acidentado de barriga para cima na caçamba da minha camioneta e deixem o resto comigo.
O solidário cidadão dirigia a uma velocidade entre 50 a 60 km horários e o engasgado saltava tanto, de costas, que vomitou o maldito pedaço de carne. Soube-se mais tarde que um cidadão ao chegar à residência foi atingido por um estranho objeto e teve uma perna fraturada. Soube-se, depois, que era o carnegão do engasgado.
Contam ainda que outro cidadão ao transitar de moto pela malsinada RS 630 quebrou a prótese superior de tanto a mesma bater na inferior devido à quantidade de buracos.
Outros informam que a Prefeitura Municipal constatou em poucos metros da referida BR - 1.486 buracos. Hoje, comentam, existe a metade porque um emendou em outro.
Quem sofrer de osteoporose não ande pela BR 630 porque terá seu corpo transformado em uma colcha de retalhos ou em um picadinho de mortadela devido à trepidação dos veículos.
Muito mais que coragem para fazer, senhora governadora, é preciso paciência e saco para agüentar tanto descaso. E o diretor da Corsan não dá uma mãozinha?Ou é só para sessão de fotos?
O Aconselhável é o senhor prefeito, muito amigo da governadora, convidá-la para uma sessão de fotos nos buracos da RS 630 e não nos salões atapetados do Piratini.
ABUSO PERMANENTE: Continua o estacionamento particular em via pública na frente do 6º BE. Até quando? São Gabriel, definitivamente, é o Município onde reina a anarquia, pois cada um faz o que quer com o consentimento das autoridades. Ou não?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
O DIFERENCIAL É O ALUNO
A euforia de certas pessoas com a vinda do colégio Tiradentes para o município dá a entender que todas as suas dificuldades foram resolvidas. O Haiti, abalado por um terremoto não tem recebido tanto apoio quanto o referido estabelecimento. É comissão para formar biblioteca; é comissão para angariar fundos financeiros como se em nossa cidade se instalasse o primeiro educandário ou como se não existissem outros que merecessem a mesma atenção. Nem as faculdades quando aqui instaladas foram tão festejadas.
O município conta com escolas sucateadas e sem biblioteca que proporcione aos alunos leitura e pesquisa, porém tal situação nunca preocupou essa parcela da comunidade. Tal assanhamento talvez seja provocado pelo fato do prefeito “segundo se comenta” ter se comprometido com a governadora surpreendentemente paparicada e cortejada pelo mesmo. Ou então é porque o colégio em pauta tem o perfil ideológico da direita, pois parece que se identifica com a Brigada Militar. Paradoxais certas manifestações do prefeito, pois em determinados momentos nega apoio aos assentamentos por serem um projeto do governo federal e como tal a sua sustentação e sua implantação cabe àquele, de outro lado oferece todo o apoio a um colégio estadual que deveria ser sustentado e instalado pela administração estadual. Acredita-se que esse colégio seja estadual, pois ele em um passado não muito remoto foi fechado pelo então governador Olívio Dutra. Ou foi municipalizado para vir para nossa terra?
A razão invocada de que os alunos que freqüentam o Tiradentes tiram boas notas em Porto Alegre, Santa Maria ou onde quer que esteja funcionando ou que são aprovados em vestibulares não resiste a qualquer análise eis que o componente aluno é que faz a diferença e os alunos, é consabido, são diferentes.
O professor ministra a mesma matéria para quarenta (40) alunos, mas existirão os que têm melhor assimilação mercê do interesse individual. Uns dormem, outros escutam. Já fui estudante, levei colega de carona, e ocupei, raras vezes, o lugar do professor e quem é professor ou já foi ratificará o que afirmo.
Colégio nenhum por mais pomposo que seja seu nome faz com que uma turma heterogênea tenha o mesmo aproveitamento. Conquistei meu diploma de técnico em contabilidade no Colégio Comercial São Gabriel, hoje Escola Técnica de Contabilidade. Honro com muito orgulho, até hoje o diploma, os professores e o meu querido colégio municipal. Participei de muitos cursos de aperfeiçoamento profissional dentre diplomados em escolas de várias capitais do Brasil, surpreendi a todos com a capacidade da gente do interior. A escola e os professores mostram o caminho, os alunos precisam se preparar para percorrer o caminho, ou bem ou mal, mas depende destes.
Não importa o perfil ideológico da escola se de direita, de esquerda ou itinerante do MST, sempre haverá bons e maus alunos. Assim como sempre haverá o safado que por trás de todas ou de cada tira proveito dessa massa de manobra.
O interior tem vergonha de suas qualidades e por essa razão pouco ou nada desenvolve.
O que vem para somar sempre é bem vindo, mas não admito que desmoralizem minha gente, minha terra e que digam que os forasteiros são melhores.
Aos benfeitores do recém chegado colégio Tiradentes lembro que existem colégios velhinhos na nossa São Gabriel que estão, há muitos anos, esperando um pouquinho dessa preciosa ajuda.
O Nome? Ah o nome como escreveu um articulista, pouco importa. Para mim importa, pois é por esse pensamento que São Gabriel está sem memória e perdendo sua história. À modernidade e aos interesses materiais a tradição do nome é a primeira sacrificada exceto para mim ainda que me chamem de antiquado.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
O município conta com escolas sucateadas e sem biblioteca que proporcione aos alunos leitura e pesquisa, porém tal situação nunca preocupou essa parcela da comunidade. Tal assanhamento talvez seja provocado pelo fato do prefeito “segundo se comenta” ter se comprometido com a governadora surpreendentemente paparicada e cortejada pelo mesmo. Ou então é porque o colégio em pauta tem o perfil ideológico da direita, pois parece que se identifica com a Brigada Militar. Paradoxais certas manifestações do prefeito, pois em determinados momentos nega apoio aos assentamentos por serem um projeto do governo federal e como tal a sua sustentação e sua implantação cabe àquele, de outro lado oferece todo o apoio a um colégio estadual que deveria ser sustentado e instalado pela administração estadual. Acredita-se que esse colégio seja estadual, pois ele em um passado não muito remoto foi fechado pelo então governador Olívio Dutra. Ou foi municipalizado para vir para nossa terra?
A razão invocada de que os alunos que freqüentam o Tiradentes tiram boas notas em Porto Alegre, Santa Maria ou onde quer que esteja funcionando ou que são aprovados em vestibulares não resiste a qualquer análise eis que o componente aluno é que faz a diferença e os alunos, é consabido, são diferentes.
O professor ministra a mesma matéria para quarenta (40) alunos, mas existirão os que têm melhor assimilação mercê do interesse individual. Uns dormem, outros escutam. Já fui estudante, levei colega de carona, e ocupei, raras vezes, o lugar do professor e quem é professor ou já foi ratificará o que afirmo.
Colégio nenhum por mais pomposo que seja seu nome faz com que uma turma heterogênea tenha o mesmo aproveitamento. Conquistei meu diploma de técnico em contabilidade no Colégio Comercial São Gabriel, hoje Escola Técnica de Contabilidade. Honro com muito orgulho, até hoje o diploma, os professores e o meu querido colégio municipal. Participei de muitos cursos de aperfeiçoamento profissional dentre diplomados em escolas de várias capitais do Brasil, surpreendi a todos com a capacidade da gente do interior. A escola e os professores mostram o caminho, os alunos precisam se preparar para percorrer o caminho, ou bem ou mal, mas depende destes.
Não importa o perfil ideológico da escola se de direita, de esquerda ou itinerante do MST, sempre haverá bons e maus alunos. Assim como sempre haverá o safado que por trás de todas ou de cada tira proveito dessa massa de manobra.
O interior tem vergonha de suas qualidades e por essa razão pouco ou nada desenvolve.
O que vem para somar sempre é bem vindo, mas não admito que desmoralizem minha gente, minha terra e que digam que os forasteiros são melhores.
Aos benfeitores do recém chegado colégio Tiradentes lembro que existem colégios velhinhos na nossa São Gabriel que estão, há muitos anos, esperando um pouquinho dessa preciosa ajuda.
O Nome? Ah o nome como escreveu um articulista, pouco importa. Para mim importa, pois é por esse pensamento que São Gabriel está sem memória e perdendo sua história. À modernidade e aos interesses materiais a tradição do nome é a primeira sacrificada exceto para mim ainda que me chamem de antiquado.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
DOS MEUS ARQUIVOS - ACREDITEM, EU ESCREVI ISTO.
São Gabriel, 27 de outubro de 1972. Ilmº. Sr. EGLON MEYER CORRÊA – Presidente do Comitê Pró-Candidaturas BALTAZAR BALBO TEIXEIRA E INOCÊNCIO – São Gabriel – RS. – Apreciado Senhor. Tendo já me dirigido diversas vezes a esse comitê para uns esclarecimentos e tendo em vista não ter sido atendido, valho-me da presente para saber do prezado presidente e amigo, o seguinte: 1 – Quem está encarregado de escalar os candidatos a VEREADOR para apresentarem-se no Espaço Gratuito conforme determina a JUSTIÇA ELEITORAL? 2 – Por que estão dando atenção especial a uns candidatos (apresentaram-se diversas vezes) em detrimento de outros (somente ocuparam o espaço uma vez)? 3 – Se é da sua alçada corrigir esses pequenos detalhes ou pormenores que estimulando uns, creio, desestimula outros? 4 – Por que não se organiza um roteiro com proporção igual para todos os candidatos? Todos não têm os mesmos direitos?
Outrossim, esclareço que estou tomando esta atitude porque notei que muitos candidatos estão descontentes com a atual situação, o que poderá vir em prejuízo das candidaturas BALTAZAR E INOCÊNCIO.
A este candidato pouco importa se lhe derem ou não oportunidades porque saberá acatar todas as decisões desse comitê, pois se o mesmo assim está procedendo é porque deverá ter suas razões para tanto. O que realmente interessa a este candidato é a grande vitória de BALTAZAR E INOCÊNCIO e se preciso for algum sacrifício para que ela aconteça coloca-se à inteira disposição. As. Bereci da Rocha Macedo.
Sou egresso da política estudantil, mas nunca havia pensado em concorrer a qualquer cargo eletivo até o ano de 1972.
A Aliança Renovadora Nacional (ARENA) estava com dificuldades para formar a nominata dos candidatos à vereança em vista do exercício do mandato, naquela época, ser gratuito. O pedido do amigo Hélio Machado, já vereador, pesou o suficiente para que emprestasse meu nome e assim a convenção se realizasse. Lembro que o professor Eduardo B. Rocha foi outro convidado.
Bastou essa campanha política para que conhecesse a podridão que habita na mente de certos indivíduos. Sou precoce e nessa condição aos 26 anos de idade já tinha conhecimentos suficientes para avaliar rapidamente o comportamento dos homens. Sou bom aluno, aprendi a lição.
Estou publicando a correspondência acima para provar que estamos parados no tempo, pois embora decorridos trinta e sete anos (37) as práticas são as mesmas, privilégios, favorecimentos, indicações, tratamento diferenciado, etc. Observem os dias de hoje e verão quanta razão me assiste.
## Estéril e ridículo o bate boca entre o Baltaazar e o prefeito atual, pois evidencia que todos os dois estão equivocados quanto à administração pública. As dívidas são do município e este tem a obrigação de honrá-las independente se foi A ou B que as gerou. A discussão que deve existir não é sobre o que fizeram bem feito (é obrigação), mas sim sobre o que fizeram mal ou deixaram de fazer. Por favor, senhores iguais com estilos diferentes, acordem, não menosprezem a inteligência dos outros. O que vocês precisam discutir publicamente é qual dos dois utiliza mais Cargos de Confiança; qual dos dois patrocina, através de verbas públicas, mais Rádios e Jornais ou outros veículos de publicidade abrindo ralos por onde escoam recursos que deveriam ser aplicados na saúde que a cada dia vai mal, afinal vocês não são benfeitores ou ungidos, mas sim gerentões muito bem remunerados para o pouco que fazem.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
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Outrossim, esclareço que estou tomando esta atitude porque notei que muitos candidatos estão descontentes com a atual situação, o que poderá vir em prejuízo das candidaturas BALTAZAR E INOCÊNCIO.
A este candidato pouco importa se lhe derem ou não oportunidades porque saberá acatar todas as decisões desse comitê, pois se o mesmo assim está procedendo é porque deverá ter suas razões para tanto. O que realmente interessa a este candidato é a grande vitória de BALTAZAR E INOCÊNCIO e se preciso for algum sacrifício para que ela aconteça coloca-se à inteira disposição. As. Bereci da Rocha Macedo.
Sou egresso da política estudantil, mas nunca havia pensado em concorrer a qualquer cargo eletivo até o ano de 1972.
A Aliança Renovadora Nacional (ARENA) estava com dificuldades para formar a nominata dos candidatos à vereança em vista do exercício do mandato, naquela época, ser gratuito. O pedido do amigo Hélio Machado, já vereador, pesou o suficiente para que emprestasse meu nome e assim a convenção se realizasse. Lembro que o professor Eduardo B. Rocha foi outro convidado.
Bastou essa campanha política para que conhecesse a podridão que habita na mente de certos indivíduos. Sou precoce e nessa condição aos 26 anos de idade já tinha conhecimentos suficientes para avaliar rapidamente o comportamento dos homens. Sou bom aluno, aprendi a lição.
Estou publicando a correspondência acima para provar que estamos parados no tempo, pois embora decorridos trinta e sete anos (37) as práticas são as mesmas, privilégios, favorecimentos, indicações, tratamento diferenciado, etc. Observem os dias de hoje e verão quanta razão me assiste.
## Estéril e ridículo o bate boca entre o Baltaazar e o prefeito atual, pois evidencia que todos os dois estão equivocados quanto à administração pública. As dívidas são do município e este tem a obrigação de honrá-las independente se foi A ou B que as gerou. A discussão que deve existir não é sobre o que fizeram bem feito (é obrigação), mas sim sobre o que fizeram mal ou deixaram de fazer. Por favor, senhores iguais com estilos diferentes, acordem, não menosprezem a inteligência dos outros. O que vocês precisam discutir publicamente é qual dos dois utiliza mais Cargos de Confiança; qual dos dois patrocina, através de verbas públicas, mais Rádios e Jornais ou outros veículos de publicidade abrindo ralos por onde escoam recursos que deveriam ser aplicados na saúde que a cada dia vai mal, afinal vocês não são benfeitores ou ungidos, mas sim gerentões muito bem remunerados para o pouco que fazem.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
AOS JOVENS E AOS QUE ESQUECERAM DA HISTÓRIA
Desde moço estive junto ao poder, mas sem estar no poder e sem usufruí-lo. Essa proximidade, em todos os níveis, me proporcionou grandes conhecimentos que formaram a visão político-administrativa que tenho hoje. Vivi muitos bastidores.
Poucos nesta cidade estiveram tão perto do poder e poucos, muitos poucos, recusaram suas benesses como recusei. Por quê? Pela razão simples e pura de que nunca admiti ser capacho e muito menos admito praticar atos que desabonem minha conduta e atinjam minha personalidade. E o que sou? Um homem, tão somente um homem que vive em paz com sua consciência e que ao longo da sua caminhada prega uma mensagem de que cada cidadão é responsável por um país melhor. A maioria sendo boa, a coletividade será boa; a maioria sendo ruim, a coletividade será péssima.
O poder é podre porque os homens para tê-lo apodrecem primeiro e para mantê-lo perdem todos e quaisquer escrúpulos que por ventura um dia vieram a ter.
Os novos não sabem e quando perguntam as respostas não condizem com a verdade.
Getúlio Vargas foi um monstro, ninguém fala das atrocidades que cometeu para manter o poder, mas os falsos e fracos vão chorar no seu túmulo para tirar proveito político.
Atualmente vozes se levantam contra o atual Presidente da República afirmando ser ele o patrocinador da corrupção antes nunca vista no país. São essas mesmas vozes que esqueceram o frustrado atentado do Riocentro que seria realizado no Pavilhão Riocentro na noite de 30 de abril de 1981 quando no local estava se realizando um ato em homenagem ao trabalhador.
Os encarregados pela plantação das bombas seriam o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o capitão Wilson Dias Machado. A bomba explodiu antes, no colo do sargento, matando este e ferindo o capitão. Quantos inocentes morreriam se lograssem êxito? Brincavam com a vida das pessoas com a finalidade de endurecer um regime de exceção. A finalidade do atentado, se consumado, era paralisar a abertura política em andamento.
O fim da ditadura não interessava à comunidade de informações e seus membros temiam um possível revanchismo pela oposição. A idéia predominante entre certos militares era de que a esquerda envolvida na luta armada justificaria uma maior repressão política. Os inquéritos e processos abertos para responsabilizar os culpados pelo atentado foram todos arquivados.
O general Newton Cruz, entrevistado pela Rede Cultura, cometeu o disparate de dizer que preferia morrer a responder à Justiça quem seriam os autorizadores do malogrado atentado que escancarou a estratégia do militares para se manter no Poder.
No Rio Grande do Sul cassaram sete (7) deputados da oposição, em uma eleição indireta, para presentear o Walter Peracchi de Barcelos com a administração geral do Estado.
Direita e esquerda se equivalem nas suas artimanhas para a manutenção do poder e a maior hipocrisia de todas as duas é que uma critica a outra pela prática dos mesmos crimes.
É preciso sim abrir os arquivos da ditadura não para o acirramento de ódios, mas sim para que os novos conheçam e os velhos, que estão esquecidos, relembrem a história do Brasil. Para existir um País é necessário que tenha sua memória para conservar sua história.
## A anarquia tomou conta de São Gabriel. Os sons continuam mais altos; a anomalia do trânsito na frente do 6º BE persiste; andar na contramão é normal; parar em fila tripla também; a ocupação das calçadas é uma realidade; estacionamentos privilegiados tudo sob olhar complacente das autoridades. Será que estas não enxergam o que o povo enxerga ou querem ser simpáticas para não perder votos?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
Poucos nesta cidade estiveram tão perto do poder e poucos, muitos poucos, recusaram suas benesses como recusei. Por quê? Pela razão simples e pura de que nunca admiti ser capacho e muito menos admito praticar atos que desabonem minha conduta e atinjam minha personalidade. E o que sou? Um homem, tão somente um homem que vive em paz com sua consciência e que ao longo da sua caminhada prega uma mensagem de que cada cidadão é responsável por um país melhor. A maioria sendo boa, a coletividade será boa; a maioria sendo ruim, a coletividade será péssima.
O poder é podre porque os homens para tê-lo apodrecem primeiro e para mantê-lo perdem todos e quaisquer escrúpulos que por ventura um dia vieram a ter.
Os novos não sabem e quando perguntam as respostas não condizem com a verdade.
Getúlio Vargas foi um monstro, ninguém fala das atrocidades que cometeu para manter o poder, mas os falsos e fracos vão chorar no seu túmulo para tirar proveito político.
Atualmente vozes se levantam contra o atual Presidente da República afirmando ser ele o patrocinador da corrupção antes nunca vista no país. São essas mesmas vozes que esqueceram o frustrado atentado do Riocentro que seria realizado no Pavilhão Riocentro na noite de 30 de abril de 1981 quando no local estava se realizando um ato em homenagem ao trabalhador.
Os encarregados pela plantação das bombas seriam o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o capitão Wilson Dias Machado. A bomba explodiu antes, no colo do sargento, matando este e ferindo o capitão. Quantos inocentes morreriam se lograssem êxito? Brincavam com a vida das pessoas com a finalidade de endurecer um regime de exceção. A finalidade do atentado, se consumado, era paralisar a abertura política em andamento.
O fim da ditadura não interessava à comunidade de informações e seus membros temiam um possível revanchismo pela oposição. A idéia predominante entre certos militares era de que a esquerda envolvida na luta armada justificaria uma maior repressão política. Os inquéritos e processos abertos para responsabilizar os culpados pelo atentado foram todos arquivados.
O general Newton Cruz, entrevistado pela Rede Cultura, cometeu o disparate de dizer que preferia morrer a responder à Justiça quem seriam os autorizadores do malogrado atentado que escancarou a estratégia do militares para se manter no Poder.
No Rio Grande do Sul cassaram sete (7) deputados da oposição, em uma eleição indireta, para presentear o Walter Peracchi de Barcelos com a administração geral do Estado.
Direita e esquerda se equivalem nas suas artimanhas para a manutenção do poder e a maior hipocrisia de todas as duas é que uma critica a outra pela prática dos mesmos crimes.
É preciso sim abrir os arquivos da ditadura não para o acirramento de ódios, mas sim para que os novos conheçam e os velhos, que estão esquecidos, relembrem a história do Brasil. Para existir um País é necessário que tenha sua memória para conservar sua história.
## A anarquia tomou conta de São Gabriel. Os sons continuam mais altos; a anomalia do trânsito na frente do 6º BE persiste; andar na contramão é normal; parar em fila tripla também; a ocupação das calçadas é uma realidade; estacionamentos privilegiados tudo sob olhar complacente das autoridades. Será que estas não enxergam o que o povo enxerga ou querem ser simpáticas para não perder votos?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
BERECI DA ROCHA MACEDO
Chamo a atenção de todos para o fato de 2010 ser um ano eleitoral. Será bom ou ruim de acordo com a vontade de cada um e de todos. Destaco nesta primeira edição o pensamento de BERTOLT BRECHT.
O ANALFABETO POLÍTICO
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Insisto, só acontecem reformas quando a sociedade quer. Portanto...
A baboseira da reforma agrária – O Poder da Idéias – Carlos Lacerda – 1963. “Gostaria de dizer, também, uma palavra sobre reformas. Está-se fazendo enorme confusão sobre a palavra “reforma” na América Latina, estes dias. Muitos falam de reforma agrária sem saber ao certo o que é, e dando a impressão de que esperam que ela seja uma panacéia. O exame desta matéria levar-nos-ia muito longe. Contentemo-nos em dizer que uma reforma rural é necessária, abrangendo, em certas áreas, a questão da propriedade da terra. Contudo, é também necessário definir o caráter dessa reforma, se não queremos que ela seja apenas o começo do desmoronamento de uma economia agrária que é primitiva, mas existe. Não faz sentido tomar a propriedade de alguns e dar a outros, menos numerosos ainda, que controlam o Estado. Sem um correspondente programa de crédito e assistência a reforma agrária será apenas outra decepção”. Dispensa comentários, não fazem certo porque ninguém quer.
Todos sabem que temos na cidade uma mesma rua com diversos nomes fruto da falta de bom senso dos administradores e legisladores responsáveis pela sua denominação. Para não alongar o assunto tomo como exemplo os seguintes nomes: Av. Antonio Trilha; Rua Juca Tigre; Rua Tristão Pinto e Rua Antonio Mercado. Quatro nomes em uma mesma artéria. Pois bem, mudar os nomes para um só acarretaria problemas de toda ordem e embaraços aos moradores e aos registros públicos. A solução é simples e barata.
As administrações se sucedem repletas de talentos e cabeças pensantes, mas um idiota ou burro, em um momento de inspiração, sugeriria a colocação de placas informativas para orientação dos transeuntes e, principalmente, dos forasteiros no seguinte molde: Fim da Av. Antonio Trilha – início da Rua Juca Tigre. Fim da Rua Juca Tigre – início da Rua Tristão Pinto. Fim da Rua Tristão Pinto – início da Rua Antonio Mercado e assim em todas as outras que se encontram na mesma situação. Fácil, não? Mas é preciso pensar e querer.
As tragédias se sucedem, mas os administradores públicos em vez de buscarem soluções definitivas para os problemas continuam empilhando recursos em publicidade, em gastos excessivos com os correligionários, em festas e homenagens e tantos outros gastos supérfluos enquanto vidas são ceifadas pela fúria da natureza que se rebela diante de tanta imoralidade, ganância, devassidão e desrespeito.
“Se perdoamos demasiado a quem comete faltas, faz-se uma injustiça a quem não as comete”. Castiglione.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
O ANALFABETO POLÍTICO
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Insisto, só acontecem reformas quando a sociedade quer. Portanto...
A baboseira da reforma agrária – O Poder da Idéias – Carlos Lacerda – 1963. “Gostaria de dizer, também, uma palavra sobre reformas. Está-se fazendo enorme confusão sobre a palavra “reforma” na América Latina, estes dias. Muitos falam de reforma agrária sem saber ao certo o que é, e dando a impressão de que esperam que ela seja uma panacéia. O exame desta matéria levar-nos-ia muito longe. Contentemo-nos em dizer que uma reforma rural é necessária, abrangendo, em certas áreas, a questão da propriedade da terra. Contudo, é também necessário definir o caráter dessa reforma, se não queremos que ela seja apenas o começo do desmoronamento de uma economia agrária que é primitiva, mas existe. Não faz sentido tomar a propriedade de alguns e dar a outros, menos numerosos ainda, que controlam o Estado. Sem um correspondente programa de crédito e assistência a reforma agrária será apenas outra decepção”. Dispensa comentários, não fazem certo porque ninguém quer.
Todos sabem que temos na cidade uma mesma rua com diversos nomes fruto da falta de bom senso dos administradores e legisladores responsáveis pela sua denominação. Para não alongar o assunto tomo como exemplo os seguintes nomes: Av. Antonio Trilha; Rua Juca Tigre; Rua Tristão Pinto e Rua Antonio Mercado. Quatro nomes em uma mesma artéria. Pois bem, mudar os nomes para um só acarretaria problemas de toda ordem e embaraços aos moradores e aos registros públicos. A solução é simples e barata.
As administrações se sucedem repletas de talentos e cabeças pensantes, mas um idiota ou burro, em um momento de inspiração, sugeriria a colocação de placas informativas para orientação dos transeuntes e, principalmente, dos forasteiros no seguinte molde: Fim da Av. Antonio Trilha – início da Rua Juca Tigre. Fim da Rua Juca Tigre – início da Rua Tristão Pinto. Fim da Rua Tristão Pinto – início da Rua Antonio Mercado e assim em todas as outras que se encontram na mesma situação. Fácil, não? Mas é preciso pensar e querer.
As tragédias se sucedem, mas os administradores públicos em vez de buscarem soluções definitivas para os problemas continuam empilhando recursos em publicidade, em gastos excessivos com os correligionários, em festas e homenagens e tantos outros gastos supérfluos enquanto vidas são ceifadas pela fúria da natureza que se rebela diante de tanta imoralidade, ganância, devassidão e desrespeito.
“Se perdoamos demasiado a quem comete faltas, faz-se uma injustiça a quem não as comete”. Castiglione.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
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